Proliferação exagerada de plantas no Rio Grande causa danos e prejudica moradores de Cássia – Foto: reprodução
A proliferação de plantas aquáticas tem prejudicado o uso do Rio Grande, em um trecho entre Cássia e Delfinópolis (MG).
A vegetação ocupa a superfície da água em uma grande extensão do rio. A seriedade da situação tem preocupado os proprietários dos cerca de 100 ranchos que existem no na região. Alguns pensam em vender suas propriedades.
A multiplicação exagerada de algas ou plantas em lagoas e represas é chamada de eutrofização e causa diversos problemas ambientais. Os principais são diminuição da oxigenação da água, perda de biodiversidade, queda da qualidade da água e aumento de bactérias.
Problema teve início em 2020
Segundo os moradores, as plantas começaram a aparecer em 2020, mas nos últimos meses têm crescido de forma exagerada, prejudicando o uso do rio e a fauna da região.
Uma moradora contou que a neta teve uma reação alérgica após entrar na água e precisou de atendimento de urgência.
A pesca também está prejudicada. As plantas não permitem o uso de canoas ou qualquer outro equipamento na água. Além disso, os moradores relatam ter encontrado peixes mortos nas margens do rio.
A situação foi denunciada à Agência Nacional das Águas (ANA). O órgão informou que o caso não é de sua competência e a reclamação foi encaminhada ao Estado de Minas Gerais.
Os moradores procuraram as prefeituras de Cássia e Delfinópolis. Segundo o secretário administrativo de Cássia, Frank Arantes de Souza, a prefeitura estuda realizar uma força tarefa para retirar a alga da água com ajuda de um triturador.
Prefeitura e Codema entregam 500 mudas em projeto social em Guapé – Foto: reprodução
A Prefeitura de Guapé (MG) e o Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Codema) iniciaram na última quarta-feira (23), o projeto “Guapé Sustentável – Óleo por árvores”, que consiste na troca de óleo de cozinha usado por mudas. A previsão é distribuir cerca de 500 plantas de espécies nativas e frutíferas da região.
O secretário de Meio Ambiente de Guapé, Marcelo Domiciano Gonçalves, a iniciativa do projeto “Guapé Sustentável: Óleo por Árvores” foi concebida em resposta a dois desafios ambientais críticos que enfrentamos.
“Após um longo período de estiagem, marcado por queimadas e incêndios florestais, a necessidade de reflorestamento tornou-se ainda mais evidente. Com a chegada das chuvas, temos uma oportunidade única de revitalizar nosso ecossistema através do plantio de árvores. Paralelamente, o descarte inadequado de óleo de cozinha representa uma ameaça contínua aos nossos recursos hídricos e solos”, destacou.
De acordo com o secretário, este projeto oferece uma solução prática e sustentável, incentivando a população a reciclar o óleo usado e, em troca, plantar e cuidar de árvores.
“Assim, estamos não apenas prevenindo a contaminação ambiental, mas também promovendo e incentivando o plantio de árvores que contribuem para a melhoria da qualidade do ar, a conservação da biodiversidade, a redução da erosão do solo e o aumento da infiltração de água no solo, além de oferecerem sombra e abrigo para a fauna local.
“Acreditamos que este é um momento crucial para agir com consciência e responsabilidade ambiental, transformando desafios em oportunidades de crescimento e sustentabilidade para Guapé. Convidamos toda a comunidade a participar ativamente desta iniciativa, que promete deixar um legado positivo para as futuras gerações”, completou o secretário.
Conforme explica o presidente da Codema em Guapé, José Augusto de Oliveira Filho, para participar do projeto o interessado deve trazer o documento de identificação com foto e o óleo usado de cozinha para a troca por muda, na sede do Codema, localizado no Bosque Municipal de Guapé, na rua Altivo José da Costa, 384, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 17h.
“A cada dois litros de óleo, entregue em garrafa PET, o participante recebe uma muda de árvore, que pode ser nativa ou frutífera. A troca está limitada no máximo de três mudas por pessoa, para alcançar o maior número possível de participantes. O óleo coletado será reciclado, evitando a contaminação do meio ambiente”, ressaltou.
Segundo José Augusto, inicialmente, o projeto disponibiliza cerca de 500 mudas, provenientes de recursos próprios, compensações ambientais e do viveiro municipal, que cultiva espécies nativas da região.
“Esperamos que essa ação também atraia empresas interessadas em contribuir, fornecendo recursos para expandir este e outros projetos ambientais”, disse.
Para o presidente, esta ação é fundamental para a preservação ambiental, pois o descarte inadequado do óleo de cozinha pode contaminar recursos hídricos e solos, afetando a fauna e a flora locais.
“O plantio de árvores melhora a qualidade do ar, conserva a biodiversidade e mitiga as mudanças climáticas. A reciclagem do óleo é uma ação urgente e essencial para proteger nosso meio ambiente de danos irreversíveis. Ao reciclar, transformamos um resíduo perigoso em uma oportunidade de preservação ambiental, garantindo a saúde de nossos recursos hídricos e de nossos solos. Não podemos esperar mais para agir, cada litro de óleo de cozinha reciclado faz a diferença agora e para o futuro de Guapé”, destacou.
Segundo informações da prefeitura, além da troca, o projeto promove a integração e o diálogo com os participantes, abordando temas de conscientização, práticas corretas de plantio e experiências de plantios anteriores, sendo uma oportunidade para discutir educação ambiental e incentivar práticas sustentáveis.
As espécies nativas e frutíferas disponíveis incluem ipê amarelo, ipê roxo, ipê Branco, quaresmeira, jatobá, ameixa amarela, acerola, laranja, abacate, marolo, jabuticaba e caju, entre outras.
Para mais informações do projeto e saber a lista completa das mudas, o interessado pode consultar pelo Instagram do Cedema de Guapé (@codemaguapemg) e no Instagram da Prefeitura de Guapé (@prefeituradeguape). (Clic Folha)
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