
A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite chegou ao fim em todo Brasil. No Sul de Minas, apenas Passos conseguiu atingir a meta de 95% das crianças com até cinco anos contra a paralisia infantil entre as quatro maiores cidades da região.
Os pais que ainda não levaram os filhos para receber o imunizante ainda podem levá-los mesmo com o fim da campanha. As doses do imunizante seguem disponíveis nos postos de saúde.
Vacinação nas quatro maiores:
- Poços de Caldas: 81,15%
- Pouso Alegre: 78,25%
- Varginha: 87,12%
- Passos: 95,36%
A campanha foi iniciada no dia 8 de agosto, como não atingiu a meta, foi prorrogada até a última segunda-feira (24). Desde 2015, a meta de atingir 95% do público não é alcançada no Brasil. Em Minas Gerais mais de 853 mil crianças entre um a quatro anos foram imunizadas contra a doença.
“É importante a gente se preocupar para que não volte, não é porque não vemos casos e a maior parte dos pais jovens não observam casos entre seus amigos e conhecidos que a doença não exista. Ela existe e é controlada pela vacinação e por uma meta adequada de vacinação, que é 95% das crianças vacinadas. Então, nós precisamos nos conscientizar da importância da vacina, que é capaz de prevenir deficiências, incapacitações e paralisias do corpo que vão ser arrastadas para o resto da vida. Com uma gotinha e com o calendário na infância injetável também é possível prevenir [a doença]”, explicou o epidemiologista Venício Rocha.
O especialista destacou, ainda, as consequências que a falta da vacina por causar para as crianças.
“Uma das principais consequências, além da mais grave que é a possibilidade de óbito, é ter uma atrofia, uma deficiências nos braços, nas pernas, nos membros. A pessoa fica com dificuldades para andar, para escrever, para as atividades de vida diária, ela vai ter uma limitação. Ou seja, uma doença que levar a uma deficiência adquirida, que poderia ser evitada com a vacina. Imagina o remorso de um pai ao ver o filho com uma deficiência evitável, que ele poderia ter levado para vacinar e não o fez. Ele vai carregar para o resto da vida as consequências de uma escolha não da criança, mas do familiar que não se conscientizou”, falou. (G1)