
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin, eleitos em outubro, recebem nesta segunda-feira, 12, o diploma que formaliza o resultado da eleição em cerimônia na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O evento teve acesso restrito e esquema reforçado de segurança, que supera até mesmo o megaevento realizado pela Corte para a posse do atual presidente do órgão, Alexandre de Moraes, em agosto.
A diplomação marca o encerramento do processo eleitoral, após o julgamento das contas de campanha, e habilita a chapa vencedora a tomar posse em 1 de janeiro de 2023.
Lula agradece TSE e STF pela garantia do processo eleitoral
Na abertura de seu discurso na cerimônia de diplomação, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu a “coragem” do TSE e do STF em respeitar e garantir o andamento do processo eleitoral. “Poucas vezes na nossa história, a vontade popular foi tão colocada à prova e teve que vencer tantos obstáculos para enfim ser ouvida”.
“Felizmente, não faltou quem defendesse nesse momento tão grave a nossa democracia. (…) Além da sabedoria do povo brasileiro, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular. Cumprimento a cada ministro e a cada ministra do STF e do TSE pela firmeza na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral nesses tempos tão difíceis. A história há de reconhecer sua coerência e a fidelidade à Constituição”, afirmou Lula.
Lula se emociona durante início do discurso
Durante discurso, o presidente eleito Lula se emocionou ao lembrar lembrar de sua primeira diplomação. “Em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário, um diploma. O petista foi aplaudido pela plateia, que puxou o grito “Olé, olé, olé, olá, Lula, Lula”.
Moraes diz que diploma entregue a Lula e Alckmin expressa vontade das urnas
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin receberam os diplomas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo presidente do órgão, o ministro Alexandre de Moraes. Em tom neutro, Moraes afirmou que a vitória da chapa foi “vontade do povo brasileiro”.
“Pela vontade do povo brasileiro, expressa nas unas no dia 30 de outubro de 2022, o candidato pela coligação Brasil da Esperança formada por Federação Brasil, PT, PCdoB, Solidariedade, Federação PSOL-REDE, PSB, AGIR, AVANTE E PROS, Luiz Inácio Lula da Silva, foi eleito presidente da república federativa do Brasil. Em testemunha desse fato, a Justiça Eleitoral expediu-lhe este diploma que o habilita a investidura perante ao cargo perante ao Congresso Nacional em primeiro de janeiro de 2023 nos termos da Constituição Federal”, disse Moraes.
Lula é longamente aplaudido ao chegar à cerimônia
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva foi aplaudido de pé, longamente, ao ser anunciado na cerimônia de diplomação no TSE. Parte dos presentes entoaram gritos de “boa tarde, presidente Lula”. A mesma frase era proferida todos os dias pelos manifestantes que acamparam em frente à superintendência da Polícia Federal em Curitiba, quando o petista estava preso.
Diplomação tem saia justa diplomática
Embaixadores convidados para a cerimônia de diplomação de Lula e Alckmin se revoltaram com o tratamento recebido no TSE.
Parte do corpo diplomático acreditado em Brasília não teve acesso ao auditório principal e preferiu não ficar para a cerimônia. Eles diziam que haviam sido instalados “num salãozinho” e que “se fosse para ver numa tv ficariam em casa”.
Eles foram alocados em um salão paralelo, um auditório ao lado do principal e reclamavam de não ter acesso.
Países como Russia, Portugal, Irã, Panamá, Índia, Marrocos, Irlanda, Arzebaijao, Suíça, ente outros, não puderam entrar.
O embaixador do Panama, por exemplo, reclamava que alguns representes de países haviam conseguido acesso, como os EUA, como o encarregado de negócios Douglas Konneff.