Polícia Civil indicia homem por solicitar fotografias nuas de sua cunhada de 13 anos em Alpinópolis – Foto: PCMG
Nesta quinta-feira (5), a Polícia Civil de Alpinópolis (MG), concluiu um inquérito em que indiciou um homem de 24 anos, que vinha chantageando sua própria cunhada, adolescente de 13 anos, a enviar fotos e vídeos com conteúdo pornográfico.
Em companhia de um familiar, a vítima compareceu à Delegacia relatando que vinha passando quatro meses de terror, afirmando que um indivíduo, à época desconhecido, teria conseguido acesso as suas redes sociais e vinha exigindo fotografias pornográficas, “nudes”, sob pena de divulgar conversas privadas encontradas em suas redes sociais.
Através de investigação qualificada, a Polícia Civil chegou até o autor, sendo ele, surpreendentemente, o cunhado da vítima. Diante dos fatos, a Polícia representou por Mandado de Busca e apreensão e apreendeu o celular do investigado.
Durante as investigações, o indivíduo confessou a prática do ilícito, tendo alegado que estava “doido”, não sabendo os motivos que o levaram a prática dos atos.
Em razão dos fatos, o indivíduo foi indiciado por três crimes: Estupro de Vulnerável (Art. 217-A, CP), Invasão de dispositivo informático qualificada (Art. 154-A, parágrafo 3º do Código Penal) e Aliciamento de adolescente com o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita. (Art. 241-D, parágrafo único, II, ECA), em crimes que podem chegar até 23 anos de prisão.
Participaram das ações policiais, o Delegado Luan Maturano Dutra, a investigadora Grace Renata Cunha Paula e o escrivão Lucas Marley da Silva Leal.
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram em 30 de março, quando um membro do alto escalão da Igreja Católica procurou a corporação para fazer a denúncia. — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Um padre mineiro de 59 anos foi preso em flagrante suspeito de produzir e armazenar conteúdo de pornografia infantil. Ele foi detido na cidade de São Paulo (SP) na última quarta-feira (3).
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram em 30 de março, quando um membro do alto escalão da Igreja Católica procurou a corporação para fazer a denúncia.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em São João del-Rei, na região do Campo das Vertentes, em São Paulo (SP) e em Goiás (GO). Foram localizados celulares tanto do padre quanto de uma vítima. Segundo o delegado Evandro Radaelli, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, no aparelho do investigado foram achadas fotos de um adolescente, sem roupa.
“Foram encontradas imagens que comprovaram os atos investigados por nós. Imagens pornográficas de adolescentes e imagens em que ele aparecia ao lado de adolescentes”, detalha o delegado, que também esclarece que em nenhuma imagem o padre aparece sem roupa.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente mora em São João del-Rei, mas viajava com frequência para São Paulo para visitar o padre. Ainda segundo Evandro, até o momento uma vítima foi confirmada, mas é possível que o número seja maior. “A gente ainda tem muitos elementos a colher, mas existe a possibilidade da existência de outras vítimas”, explica.
Projeto social seria isca
Conforme investigação da Polícia Civil, o padre é natural de São João del-Rei e tem um projeto social na cidade. Ele traria adolescentes para o local, que atende cerca de 300 crianças e adolescentes.
Segundo a Polícia Civil, esses adolescentes eram trazidos da cidade de Goiás (GO), onde o suspeito também exerceu a função de padre. O projeto funciona em São João del-Rei e em São Paulo, motivo pelo qual o religioso, conforme a polícia, transita frequentemente entre as duas cidades.
A Polícia Civil vai investigar onde os abusos aconteciam e como o suspeito conseguia autorização da família para levar as crianças para o projeto social. Os investigadores também reforçam a importância de outras possíveis vítimas realizarem denúncia do caso.
PCMG cumpriu cinco mandados de busca e apreensão contra o padre em Minas, São Paulo e Goiás (foto: Divulgação/ PCMG)
Posicionamento
Em nota, a Ordem dos Pregadores Dominicanos, da qual o padre faz parte, se solidarizou com as possíveis vítimas do religioso. Além disso, a organização afirmou que desde o recebimento da denúncia, em março deste ano, foram tomadas as medidas necessárias.
“Desde então, ele foi proibido de exercer o ministério sacerdotal, de trabalhos que o levassem a ter contatos com menores, de frequentar as cidades de São Paulo e de Goiás. O religioso, contudo, estava desobedecendo a algumas das disposições”, afirmou, destacando que colabora na averiguação dos fatos envolvendo o religioso.
“Interessa à Ordem Dominicana que os fatos sejam apurados e esclarecidos, com transparência e responsabilidade, e que as devidas medidas legais sejam tomadas”, disse.
Ainda conforme a organização, as obras sociais que o religioso preside e para as quais arregimenta fundos são de iniciativa pessoal. “Ele nunca teve permissão de nenhum de seus legítimos superiores para tais obras, que eram realizadas à revelia das orientações das autoridades da Ordem no Brasil”, afirmou.
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