Jornal Folha Regional

Homem é preso por posse ilegal de arma de fogo em Passos

Homem é preso por posse ilegal de arma de fogo em Passos - Foto: divulgação/Polícia Militar
Homem é preso por posse ilegal de arma de fogo em Passos – Foto: divulgação/Polícia Militar

Um homem, de 30 anos, foi preso por posse ilegal de arma de fogo na noite da última quinta-feira (4), no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Passos (MG).

A Polícia Militar recebeu informações de que um individuo, considerado de alta periculosidade e com passagens por diversos crimes, estaria de posse de duas armas de fogo em sua residência. Os militares então passaram a monitorar a casa do autor.

Segundo a PM, em determinado momento, o homem chegou em casa conduzindo uma motocicleta e entrou rapidamente. Os policiais então entraram no imóvel em busca do indivíduo, que tentou se esconder atrás de um colchão. Ao realizarem a abordagem, o homem tentou pegar uma mala que estava sobre uma tábua de passar roupas, porém foi contido pelos militares.

De acordo com a PM, foram realizadas buscas no quarto em que o autor estava, e ao vistoriar a mala que ele tentou pegar, foram localizados uma submetralhadora, que aparentemente é de fabricação artesanal, dois carregadores de munição para a referida arma e um supressor de ruídos (silenciador). Continuando as buscas, os militares conseguiram localizar sobre um guarda-roupa, um revolver cal. 38, marca Taurus, carregado e pronto para uso, duas buchas esverdeadas com cheiro e características de maconha, uma pequena balança de precisão e uma replica de pistola. Com o autor foi encontrado a quantia de R$ 106,00 em dinheiro.

Homem é preso por posse ilegal de arma de fogo em Passos - Foto: divulgação/Polícia Militar
Homem é preso por posse ilegal de arma de fogo em Passos – Foto: divulgação/Polícia Militar

A PM encontrou diversos objetos e documentos pessoais em nome do autor, mas ele negou a propriedade dos materiais apreendidos, dizendo que quem fica naquele local é outra pessoa, porem não soube nos informar os dados dessa suposta pessoa.

O homem foi preso e encaminhado, juntamente com todo material apreendido, a Delegacia de Policia Civil para demais providências.

Idoso que saiu de Minas para posse de Lula está desaparecido

Familiares e amigos de Heleno Alves Resende, de 63 anos, procuram informações sobre o paradeiro do idoso que saiu de Araxá (MG), rumo à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, no último domingo (1). A última vez que ele foi visto foi por volta de 11h, ainda na Esplanada dos Ministérios. Uma mulher de Belo Horizonte, que também desapareceu durante a posse do petista, segue sem ser encontrada.

De acordo com Fernando Domingos, amigo há anos de Heleno e que também estava na caravana, o idoso tem quadro de epilepsia. “Infelizmente ele tem epilepsia. Então a gente está com suspeita que ele possa ter tido alguma crise de epilepsia, porém nós já entramos em contato com todos os hospitais públicos de Brasília, Corpo de Bombeiros e até IML a gente entrou em contato também. Nenhuma notícia, nenhuma entrada com o nome, nenhuma entrada com as características físicas”, contou.

O amigo disse que Heleno segue desaparecido e não há nenhuma informação sobre o paradeiro dele na capital federal. “Ele permanece desaparecido ainda. O último contato feito com ele foi às 11 horas do dia 1º de janeiro, lá na Esplanada. Depois disso ele foi para outro lugar e distanciou da galera da caravana. Algumas pessoas ainda viram ele durante o evento da posse do Lula, mas depois das 20h, que foi marcado o horário de ponto de encontro lá na torre da TV em Brasília, ele não apareceu”, relembrou.

A caravana de Araxá esperou pelo homem até por volta de 0h, quando ele não apareceu e não havia indicativo de onde ele poderia estar. O grupo busca por mais informações de forma intensa nesta terça-feira (3). Quem tiver informações que possam levar ao encontro de Heleno Resende, pode entrar em contato no número (34) 99862-5306.

Deputados federais e senadores não tomaram posse dia 1°; entenda

O primeiro dia de janeiro marca, além da chegada do novo ano, a data das cerimônias de posse de governadores, do presidente e do vice-presidente da República.

Em solenidades oficias realizadas no Palácio do Planalto, nas Assembleias Legislativas dos respectivos estados ou em locais definidos pelas legislaturas, os mandatários são empossados para os próximos quatro anos.

Porém, deputados federais e senadores não tomam posse neste dia, assumindo os cargos apenas em 1° de fevereiro de 2023. Essa é a data do início da nova legislatura do Congresso Nacional, que termina em 31 de janeiro de 2027.

Nela também será feita a eleição da nova Mesa Diretora. Os horários para esses eventos ainda serão divulgados.

A partir do dia 3 de fevereiro, acontece a posse do secretariado parlamentar, feita pessoalmente ou por procuração.

Zema toma posse em Minas, menciona tragédia de Brumadinho e enaltece gestão da crise

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), exaltou ações do seu primeiro mandato no estado durante discurso de posse neste domingo 1º, após ter sido reeleito em outubro.

Zema mencionou os acordos de reparação firmados com os atingidos pela tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro de 2019. O rompimento, que causou pelo menos 267 mortes, é atribuído por especialistas à falta de responsabilidade de mineradoras e a um sistema de licenciamento afrouxado.

“Assumimos a responsabilidade de buscar uma justa reparação aos atingidos, uma justa compensação pelo impacto socioeconômico e ambiental provocado em todo o estado e de solucionar a crise de insegurança gerada por mais um rompimento de barragem de enormes proporções”, declarou.

Zema disse que seu governo firmou o “maior termo de reparação da história do Brasil” e mencionou o valor de 37 bilhões de reais. Segundo ele, o montante aplicado “já dá resultados práticos”. O governador, no entanto, é criticado por movimentos sociais que tratam do tema, sob a acusação de favorecer as mineradoras.

Ele evitou mencionar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diferentemente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que enalteceu a última gestão federal e fez agradecimentos.

Associado ao eleitorado bolsonarista, Zema venceu o candidato indicado pelo presidente Lula (PT), Alexandre Kalil (PSD). O petista, porém, saiu vencedor no estado no segundo turno contra Bolsonaro, com 50,2% dos votos.

Leia a íntegra do discurso de Zema:

Quero saudar primeiramente o vice-presidente da ALMG, deputado Antônio Carlos Arantes, em nome de quem eu saúdo todos os demais deputados. Quero também cumprimentar e agradecer a presença dos meus familiares, agradeço também a presença dos familiares do vice-governador e estendo a todas as demais autoridades do Legislativo, Executivo, Judiciário, integrantes das forças de segurança, prefeitos, vereadores, imprensa e demais autoridades que nos honram com sua presença. Há quatro anos iniciava neste mesmo local minha trajetória como gestor público, depois de mais de 30 anos de experiência com empresas, começou naquele dia uma jornada em serviço aos mineiros. E se os setores públicos e privados são verdadeiramente diferentes, o intuito por trás muito se assemelha quando o olhar do gestor é pelo atendimento às pessoas. No balcão de uma loja ou no serviço de atendimento público, o desejo de quem os procura é o mesmo: ser atendido corretamente, de maneira honesta, justa, e principalmente, receber por aquilo o que paga. Especificamente, no caso do setor público, em tributos. Assim, retorno hoje a essa casa legislativa, no meio da travessia que se renovou por mais quatro anos diante da confiança daqueles que diariamente são atendidos pelos serviços do Estado. Seja na saúde, na educação, estradas, nos campos e nas cidades. O que significa que, em sua maioria, enxergam na atual gestão do governo de MG o atendimento adequado, ou pelo menos melhor do que acontecia antes.

Isso acontece porque o ambiente agora é completamente diferente do momento inicial, assumi o governo de MG em uma situação de total descrença com a política, em um dos piores momentos da história desse Estado. As galerias aqui estavam lotadas de prefeitos em greve simbólica protestando contra um calote inédito provocado pelo Executivo estadual passado. As manifestações que emergiam transformaram o momento solene em cobrança. Justa, é verdade, mas que naquele momento sequer havia tomado conhecimento do seu tamanho. Portanto, desde o primeiro momento da minha gestão, fui cobrado e sabia que teria um desafio extraordinário para colocar nosso Estado de novo nos trilhos.

Já no primeiro mês do governo, enfrentamos a tragédia de Brumadinho e assumimos a responsabilidade de buscar uma justa reparação aos atingidos, uma justa compensação pelo impacto socioeconômico e ambiental provocado em todo Estado, e de solucionar a crise de insegurança gerada por mais um rompimento de barragem de enormes proporções. Firmamos o maior termo de reparação da história do Brasil, no valor de R$ 37 bi e que já dá resultados práticos.

Junto com o Ministério Público e essa ALMG, implementamos a lei “Mar de Lama Nunca Mais”, que aumentou a segurança dos empreendimentos minerários e tornou mais rigoroso o monitoramento da atividade. As barragens a montante foram proibidas em novos licenciamentos e as já existentes estão em processos de descomissionamento. Estruturas como essas que causaram os desastres de Brumadinho e Mariana serão parte de um passado.

A partir do meu segundo ano de gestão, também enfrentamos a maior pandemia dos últimos 100 anos, que nos colocou sob pressão a ponto de em determinado momento ter que exigir restrições para o bem estar coletivo. Tivemos que gerenciar uma demanda de saúde pública só vista em cenários de guerra. Entramos em estado de calamidade pública, movemos forças imensuráveis para comprar equipamentos, contratar médicos, abrir leitos e reduzir os impactos da enorme crise sanitária e social. Fizemos a maior operação de vacinação da história, ainda estamos superando a pandemia, mas já ultrapassamos o pior, com relevante índice para nós mineiros: a menor taxa de mortalidade das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste. As vidas salvas não retiram a dor e o sofrimento de famílias que perderam seus entes queridos, mas são um alento e demonstração que a gestão pública dos recursos e da saúde foi feita de maneira honesta e com responsabilidade.

Em meio aos desafios previstos e tantos outros inesperados, alcançamos conquistas e melhorias em praticamente todas as áreas de atuação do Estado. Resumidamente, vou elencar aqui as principais. Pagamos R$ 30 bi em dívida, inclusive com as prefeituras, que agora têm condição de investir. Alcançamos o posto de Estado mais seguro do Brasil, segundo dados do Ministério da Justiça. Aumentos a participação da economia mineira no PIB do Brasil de 8,8% para 9,3%, o melhor resultado em 20 anos. Facilitamos a vida de quem trabalha e produz, geramos mais de 600 mil empregos diretos com carteira assinada. Atraímos mais de R$ 270 bi em investimentos privados. Reformamos 1.700 escolas estaduais. Retomamos o pagamento do piso mineiro de assistência social e reajustamos o valor do mesmo em 50%, um compromisso com as prefeituras e pessoas mais vulneráveis. Estamos dando uma profissão para 130 mil jovens mineiros que estão participando dos cursos técnicos do Trilhas de Futuro. Tivemos investimentos recordes em saúde com reforma e ampliação de hospitais e das cirurgias eletivas. Fomos também o primeiro Estado da América do Sul a aderir à campanha de zerar as emissões de gases estufa até 2050, demonstrando nosso compromisso com a sustentabilidade. Os servidores passaram a receber em dia os salários e benefícios e tiveram em 2022 a reposição inflacionária, uma obrigação que ficou quase 6 anos sem ser cumprida. Nos momentos críticos da economia brasileira, congelamos tributos e reduzimos impostos para aliviar o bolso dos mineiros e fizemos tudo isso sendo o Estado mais transparente do Brasil, segundo ranking da Controladoria Geral da União. Demonstrando que é possível, sim, fazer gestão pública de maneira honesta, justa e, principalmente, com respeito com recursos públicos.

É verdade que não tivemos somente acertos, mas vale ressaltar que minha gestão tem a humildade de estar sempre aberta ao diálogo que promova melhorias, sem compromisso com erro, muitas vezes precisamos reavaliar decisões e corrigir rotas. Há conhecimentos que só a experiência é capaz de trazer, mas só é possível alcança-lo se houver abertura ao diálogo para ouvir contraditórios que permitam ampliar a visão. As urnas mostraram com a nossa vitória em primeiro turno, que nosso saldo é positivo e que estamos trilhando o caminho certo. Por isso teremos mais 4 anos para trabalhar. Após arrumar a casa, e colocar o trem de novo nos trilhos, estamos prontos para fazer essa locomotiva acelerar. Com a experiência adquirida, agora em cenário mais positivo de equilíbrio fiscal, meu compromisso é o de fazer nesses próximos 4 anos um governo muito melhor que o primeiro e para isso conto com o auxílio e contribuição dos senhores e senhoras. Temos muito o que fazer ainda. Em 2023 teremos a retomada das obras dos hospitais regionais há anos paralisadas, uma demanda histórica que começa a se transformar em realidade e vai beneficiar milhares de mineiros. As rodovias começaram a passar por uma grande restauração. Ao longo de quase todo o meu mandato, só pude fazer tapa-buracos, por isso ainda é crítica a situação das estradas e reconhecemos isso. Mas agora estamos recuperando as rodovias com asfalto novo. Colocaremos em obra o Rodoanel, que será a maior intervenção viária da região metropolitana das últimas décadas, que vai reduzir o número atrasos e acidentes no Anel Rodoviário. Conseguimos garantir o leilão do metrô de BH, um investimento de mais de $3 bi, que vai, enfim, melhorar o sistema atual e expandir a linha para o Barreiro, facilitando o transporte de milhares de pessoas na capital. Obras fundamentais para o desenvolvimento de Minas, que vão levar mais que os 4 anos da nova gestão, mas o mais importante já está feito, que é garantir os recursos para execução e começa-las. Em 2023 os produtos rurais de Minas começam o ano com Estado reconhecido como área livre da febre aftosa, o que libera a obrigatoriedade de vacinação, gerando redução de custos e a abertura ao mercado internacional.

Por fim, temos como missão fazer a repactuação dos termos da tragédia de Mariana, que dará finalmente uma justa reparação à população da Bacia do Rio Doce atingida por esse desastre há mais de 7 anos. Seguiremos avançando em todas as áreas, fortalecendo os serviços públicos, economia para que possa se realizar o sonho de termos um emprego digno para cada mineiro. O sonho de dizer que aqui em Minas só não trabalha quem não quer, pois igualdade de oportunidades haverá para todos. Em meu primeiro discurso de posse, disse que Minas sairia da crise em que estava maior do que entrou. Estamos hoje no meio desse caminho de retomada do protagonismo político, econômico e social.

Na maior obra da literatura brasileira, em Grande Sertão Veredas, o mineiro Guimarães Rosa escreveu: “O real não está na saída, nem na chegada, ele se dispõe pra gente no meio da travessia”. É agora, percorrendo esse caminho, que podemos influenciar o futuro que deixaremos para os mineiros. A saída já ficou pra trás, é parte do passado, a chegada é uma meta, mas a nossa travessia está em curso e ela será bem mais rápida e bem sucedida se estivermos todos juntos, no mesmo barco, remando na mesma direção. Tenho certeza que o bem estar dos mineiros é interesse comum entre o Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, MP, Defensoria Pública e a sociedade civil. Todos temos como missão fazer de Minas e do Brasil um lugar mais livre, mais rico e mais igualitário. Por isso é fundamental que sejamos alinhados sobre o caminho que devemos seguir. Se estamos no mesmo barco e remamos em sentidos opostos, permaneceremos no mesmo lugar. Os maiores avanços que alcançamos ao longo do nosso governo vieram quando, juntos, seguimos em uma mesma direção. Cito como exemplos termo de reparação de Brumadinho e acordos firmados para pagamentos de dívidas com os municípios e também com o TJMG.

Muitas vezes, para remarmos em um mesmo sentido, é preciso que a tripulação discuta sobre qual a melhor rota e chegar a esse entendimento pressupõe diálogo e respeito mútuo. Ao deparamos com dificuldades para um consenso, o caminho deve ser sempre o da flexibilidade para concessões e disposição para continuar o trabalho em busca de união e nunca pra ver quem rema mais forte. Tenham a certeza que o governo de MG seguirá os próximos anos pautado pelos princípios de colaboração, justiça e transparência. Muito dos desafios que enfrentaremos nesse nosso governo só serão superados com apoio dessa casa legislativa. Temos e teremos projetos importantes para destravar o desenvolvimento do Estado. Estamos todos no mesmo barco, temos todos o mesmo objetivo, por isso conto com os senhores e senhoras deputadas para atuarmos como um grande time que conduzirá Minas para outro patamar. Essa é a principal meta do meu segundo governo.

Podem contar também com apoio do Executivo estadual para discutir as pautas relevantes que surgirem do parlamento e que são fundamentais para essa evolução. Vamos caminhar em harmonia com os demais poderes para alcançar um Estado eficiente, que melhore a vida de todos, servindo de exemplo para o Brasil de que é possível um projeto político inovador, com compromisso fiscal, transparência e valorização da execução técnica, voltado exclusivamente para atender corretamente, de maneira honesta, justa e, principalmente, oferecer serviços com qualidade, respeitando os recursos pagos em tributos provenientes do esforço e trabalho de todos nós mineiros. Teremos, com toda certeza, um ótimo 2023, fica aqui os meus votos de feliz ano novo para todos.

Lula toma posse diante de centenas de milhares, recebe a faixa de representantes do povo e defende a democracia

Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse no último domingo (1º) como o 39º presidente da história do país. A celebração do início do mandato levou centenas de milhares de apoiadores à Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em um dos momentos mais marcantes, Lula recebeu a faixa presidencial de pessoas comuns, representantes do povo brasileiro.

Em discursos, o presidente ressaltou a defesa da democracia e o foco no combate à pobreza e à fome. Ao falar de fome, no parlatório do Palácio do Planalto, de frente para a multidão, Lula chegou a chorar.

Ele também fez críticas ao governo anterior, sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Veja o que de principal aconteceu na posse:

Desfile no Rolls Royce

A equipe de Lula não havia confirmado até o início da tarde se o presidente faria o trajeto até o Congresso Nacional em carro aberto.

A dúvida acabou quando, no início da tarde, ele subiu no tradicional Rolls Royce da Presidência. Lula estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e da mulher do vice, Lu Alckmin.

Tropas em revista

Em seguida, na chegada ao Congresso, Lula passou em revista as tropas militares, uma das etapas tradicionais da celebração da posse (veja no vídeo abaixo).

Discurso no Congresso

Lula foi oficialmente empossado no Congresso, em cerimônia diante de parlamentares e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Em uma fala de 31 minutos, o presidente exaltou a “democracia para sempre”.

“Sob os ventos da redemocratização, dizíamos ‘ditadura nunca mais’. Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer ‘democracia para sempre'”, afirmou.

Lula disse ainda que seu governo vai ser de esperança, união do país e sem revanchismo.

“Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que essa nação levantou a partir de 1988, vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer esse edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos os nossos esforços”, disse Lula.

Sem citar o nome de Bolsonaro, afirmou que irregularidades na pandemia devem ser investigadas.

“Em nenhum outro país, a quantidade de vítimas fatais foi tão alta proporcionalmente à população quanto no Brasil, um dos países mais preparados para enfrentar as emergências sanitárias”, argumentou.

“Este paradoxo só se explica pela atitude criminosa de um governo negacionista, obscurantista e insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes”, acrescentou Lula.

Faixa presidencial

Ao sair do Congresso, Lula foi para o Palácio do Planalto e subiu a rampa.

Em uma das cenas mais históricas da posse, ele subiu acompanhado de Janja, cidadão comuns e a cachorrinha do casal, chamada de Resistência, em referência ao período em que Lula passou preso.

No alto da rampa, a faixa passou pelas mãos dos representantes do povo e foi finalmente entregue a Lula por Aline Sousa, uma mulher de 33 anos, catadora desde os 14.

Choro ao falar sobre fome

Já com a faixa no peito, Lula se dirigiu ao parlatório do palácio, para falar à multidão que o aguardava na Praça dos Três Poderes.

Foi nesse discurso que, ao falar da fome no país, Lula chorou.

“Há muito tempo, não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas. Mães garimpando lixo em busca de alimento para seus filhos. Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo. Crianças vendendo bala ou pedindo esmola, quando deveriam estar na escola vivendo plenamente a infância a que têm direito”, disse.

“Trabalhadores e trabalhadoras desempregados, exibindo nos semáforos cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: ‘por favor, me ajuda'”, continuou, perdendo a voz em razão do choro.

Líderes estrangeiros e posse de ministros

A próxima etapa no dia de Lula foi, dentro do Palácio do Planalto, receber cumprimentos de líderes estrangeiros. Entre eles, estavam 17 chefes de Estado.

Na sequência, Lula deu posse a seus 37 ministros.

Primeiros atos

Ainda no Palácio do Planalto, Lula assinou os primeiros atos administrativos de seu mandato. Um deles foi a medida provisória que garante o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família.

Lula também assinou decreto que altera a política de Bolsonaro de flexibilização de acesso às armas.

Outro ato do presidente prevê reavaliar sigilos impostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em documentos

Bolsonaro decide não passar faixa a Lula e viajará para resort de Trump

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no Palácio da Alvorada
Imagem: Lucio Tavora/Xinhua

O presidente Jair Bolsonaro (PL) não apenas decidiu não passar a faixa presidencial para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1º de janeiro como pretende estar fora do país nessa data.

Bolsonaro disse a amigos que passará uma temporada no condomínio Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida. O ex-presidente Donald Trump é o dono da propriedade, que abriga um resort de luxo, também pertencente às empresas de Trump. Ele e Bolsonaro jantaram lá em março de 2020, durante uma visita oficial do presidente brasileiro ao então presidente americano, no começo da pandemia da covid 19.

A reportagem não conseguiu confirmar se Bolsonaro ficará na residência de Trump ou em outra casa da propriedade.

A viagem de Bolsonaro está programada para o próximo dia 28. O em breve ex-presidente disse a amigos que pretende “descansar por um ou dois meses” na Flórida.

Prefeito reeleito, vice e vereadores são empossados em Guapé

O prefeito reeleito de Guapé MG), Nelson Lara, foi empossado na manhã da última sexta-feira (1⁰), em uma cerimônia marcada pela emoção, e adaptada por conta da pandemia. O evento, que aconteceu na Câmara Municipal da cidade, também deu posse ao vice-prefeito, Evandro Oliveira, o Evandro Contador e aos nove vereadores eleitos para o mandato 2021-2024.


A solenidade, presidida pelo vereador Randerson Ribeiro (Nena), foi transmitida ao vivo pela página oficial da Câmara no Facebook, e teve acesso presencial restrito aos empossados e familiares, além de seguir todos os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19.


Em seu discurso, o prefeito reeleito agradeceu o apoio da população e os mais de 66,42% de votos confiados a ele. Nelson Lara, reforçou que irá continuar trabalhando de forma transparente, investindo em planejamento, oferta de serviços e em projetos voltados para o desenvolvimento da cidade.


“Em nossa gestão Guapé teve grandes avanços, conseguimos colocar as contas em dia e ainda realizar obras e conquistas que mudaram a vida de nossa população, agora iniciaremos um novo mandato, ainda com mais experiência, planejamento e ação, vamos manter a nossa ótima relação com a Câmara Municipal e fazer com que a nossa cidade continue no caminho do progresso e desenvolvimento”, frisou Nelson.

Além de Nelson Lara e Evandro Contador, foram empossados os vereadores: Elizabete Florêncio, Randerson Ribeiro (Nena), José Milton Campos, Éverton Gonçalves de Oliveira, José Aparecido da Silva (Kuty), Thiago Sávio Câmara, Danilo Álvaro da Silva, Celso Oliveira Freitas e Ernando Soares Neves.


Ainda durante a Sessão Solene de Posse, aconteceu a eleição da Mesa Diretora da Câmara, para o biênio de 2021/2022, a chapa eleita, composta pela presidenta, Elizabete Florêncio, vice-presidente, José Milton Campos, 1º Secretário, Éverton Gonçalves de Oliveira e o 2º Secretário, José Aparecido da Silva (Kuty), obtiveram oito votos a favor e apenas um voto em branco.

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