Jornal Folha Regional

Polícia Civil conclui investigação sobre mensagem preconceituosa em Passos e encaminha para MPMG

Reprodução PCMG

Na última quinta-feira (10), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o procedimento de apuração de ato infracional instaurado para investigar a conduta de uma adolescente, de 16 anos, na cidade de Passos (MG).

Conforme apurado pela equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a jovem teria divulgado áudios em aplicativo de troca de mensagens com conteúdo racista, preconceituoso e discriminatório.

A delegada Mariana Fioravante, que coordenou as investigações, esclareceu que, no dia 30 de outubro deste ano, a adolescente teria mandado áudios em um grupo do aplicativo cujo conteúdo refletia um discurso de ódio à população negra, e transfóbico e homofóbico contra a comunidade LGBTQIA+.

Tal conduta da jovem gerou indignação na população da cidade, que organizou um protesto, no início deste mês, em repúdio à disseminação desse tipo de conteúdo.

O procedimento de apuração de ato infracional foi remetido ao Ministério Público de Minas Gerais.

‘’Pior raça, um bando de viado, preto, nojento’’: áudio com fala racista e homofóbica de jovem passense viraliza a revolta internautas

Um áudio de WhatsApp de uma jovem de Passos (MG), contendo falas racistas e homofóbicas, foi divulgado na última segunda-feira (31) e revoltou internautas da região.

‘’Onde estava a comemoração? Lá no Borogodó [bar localizado em Passos]. Olha isso gente, Borogodó. Cheguei lá, pior raça que tinha, um bando de viado, preto, nojento, com o cabelo tudo colorido, aquele povo cheio de piercing na cara. Estavam lá, aquela reuniãozinha do capeta’’.

O comentário foi feito após as eleições no último domingo. Os eleitores do Lula comemoravam a vitória no estabelecimento citado no áudio.

Na redes sociais, usuários pedem justiça pelas falas preconceituosas da jovem.

O grupo ‘Coletivo Providência’, que luta pela criação do Conselho LGBTQIA+ em Passos, organizou um protesto em frente a prefeitura, que acontece nesta terça-feira (1°), a partir das 18h.

‘’O recente áudio viral de uma garota reproduzindo o ódio do cidadão de bem contra gays e negros só é a ponta do iceberg do que precisamos urgentemente enfrentar. E a resposta começa amanhã, às 18h, na frente da Prefeitura de Passos. O Conselho LGBTQIA+ precisa existir para que jovens não sejam reflexos desta barbárie e que crimes como esse não sejam impunes. Levem caixas de som, bandeiras e a nossa voz que gritará, em uníssono: NOJENTO É TEU PRECONCEITO’’, publicou o coletivo.

Os proprietários do bar informaram em suas redes sociais que estarão presentes na manifestação.

Em seu perfil no Instagram, o pai da autora, que é um forte influencer da cidade, publicou uma nota pedindo desculpas pela fala da filha.

‘’Eu e minha família sentimos muito pelo recente ocorrido. Mas uma vez pedimos desculpas pelas palavras proferidas por minha filha, que não condizem com os ensinamentos, pensamentos e valores de nossa família. Estamos extremamente envergonhados com o que houve. Como pai, me sinto na responsabilidade de refletir e repreender exemplarmente os atos cometidos por ela,, para que isso jamais se repita. Por fim, ratifico nossos mais sinceros pedidos de desculpas à sociedade, e espero que esse incidente sirva para minha filha refletir que hoje em dia não existe mais espaço para pensamentos discriminatórios, pois só o amor liberta e trás paz’’.

Professora e monitora são demitidas de creche por chamar criança de “macaco” e obriga-lo a comer apenas bananas

Foto: Reprodução / EPTV

Segundo relatos de testemunhas, menino de 3 anos, filho de refugiado de Guiné-Bissau, era chamado de ‘macaco’ e obrigado a comer apenas bananas com as mãos em Ijaci.

Uma professora e uma monitora de uma creche de Ijaci (MG) foram exoneradas após um boletim de ocorrência ser registrado por injúria racial e xenofobia contra uma criança de 3 anos, filho de um refugiado de Guiné-Bissau.

A informação foi divulgada inicialmente pelo Movimento Brasil Livre (MBL). O caso aconteceu em março deste ano, mas segundo a Polícia Civil, a ocorrência só foi registrada pela mãe da criança no início deste mês.

De acordo com o relato de testemunhas, o menino era chamada de “macaco” pelas funcionárias e obrigada a comer apenas bananas. E, por ser de outro país, teria que comer com as mãos. Testemunhas disseram que alertaram a professora e a monitora sobre o ato, mas de nada adiantou.

Conforme a mãe da criança, que é brasileira, nas primeiras semanas o menino gostava de ir para a creche, mas posteriormente, não quis ir mais e não podia nem ver e mochila.

A mãe também contou para a polícia que constantemente era chamada na creche e que a professora reclamava da criança e a diagnosticava como autista. Disse ainda que achava que a creche não alimentava seu filho corretamente, pois ela chegava em casa com muita fome.

Segundo a Polícia Civil, o Conselho Tutelar foi notificado e tomou providências. Já a polícia, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, de Lavras, instaurou um inquérito para apurar o caso.

O que diz a prefeitura

Através de uma rede social, o prefeito de Ijaci, Fabiano da Silva Moreti (MDB) e a secretária de Educação, Valéria Aparecida Fabri Ribeiro Lucas, disseram nesta segunda-feira (24) que as funcionárias eram professoras contratadas por processo seletivo e que elas foram exoneradas após comprovação dos fatos.

Ainda segundo o prefeito e a secretária, a criança não perdeu a vaga na creche, mas foi retirada da escola por decisão da família.

Via Eptv

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