Jornal Folha Regional

Agressões físicas entre morador e prefeito de Alpinópolis são registradas pela PM

Agressões físicas entre morador e prefeito de Alpinópolis são registradas pela PM – Foto: Rafael Freire/redes sociais

Uma gravação, realizada por um morador de Alpinópolis (MG), resultou em agressões envolvendo o prefeito Rafael Freire. O caso aconteceu na tarde da última quarta-feira (26).

Segundo a Polícia Militar, Rafael relatou que estava em um salão de cabeleireiro, localizado na Avenida Governador Valadares, quando tomou conhecimento que um homem teria gravado um vídeo em seu desfavor e divulgado em grupos de ‘WhatsApp’. Nas imagens, Guilherme José de Oliveira Filho, de 26 anos, alega que o prefeito estaria usando um veículo da prefeitura para fins particulares.

Rafael disse que realmente saiu da prefeitura por volta das 17h, com destino ao estabelecimento, quando Guilherme passou a gravar o vídeo. O pai de Rafael teria visto o jovem fazendo a gravação e o informou.

De acordo com Rafael, ele entrou em contato com a Polícia Militar informando que iria até a residência de Guilherme para esclarecer a situação e solicitou uma viatura no local. Ele foi orientado a não procurar o autor da gravação até a chegada dos militares. Em seguida, o prefeito desligou o telefone e foi dialogar com Guilherme, perguntando sobre o motivo da filmagem.

Conforme Rafael, ao tentar conversar com Guilherme, ele proferiu diversos xingamentos e insultos, como: ”vou acabar com sua vida Rafael”. Posteriormente, o autor da gravação teria ficado agressivo e tentou agredir o prefeito. A mãe de Rafael, S. F. V. S. F., de 49 anos, interveio, tentando apenas impedir que Guilherme continuasse realizando gravações da família, visto que ele estava com o aparelho celular em mãos e filmando.

O prefeito informou que a mãe foi pega pelas costas e na cintura por Guilherme, jogada no chão e agredida. Diante das agressões, Rafael e seu pai, M. W. S. F., de 49 anos, tentaram segurar o autor, sem êxito, sendo necessário fazer uso de força moderada para conte-lo. Durante a confusão, a mãe desmaiou e foi socorrida até o Pronto Socorro Municipal.

O prefeito frisou que há tempos Guilherme vem o difamando.

O pai de Rafael relatou que estava saindo de um supermercado quando viu Guilherme realizando a filmagem e ligou para a esposa afim de contar a situação. Nesse momento, a mãe de Rafael ligou para ele e informou sobre o acontecido. O prefeito disse que ia até a residência de Guilherme, e seus pais foram ao seu encontro.

Segundo PM, o pai de Rafael, disse que ao chegar no local, se deparou com Guilherme bastante agressivo. Ele teria partido para cima do prefeito, momento que sua mãe interveio e foi agredida. O pai ainda informou que tentou amenizar a situação para que não houvesse confusão ou briga.

Em sua versão, Guilherme relatou que estava transitando pela Avenida Governador Valadares, por volta das 17h33, quando percebeu que o veículo oficial da prefeitura estava estacionado próximo a uma barbearia, tendo ainda visualizado o prefeito Rafael dentro do estabelecimento.

De acordo com Guilherme, devido às circunstancias, resolveu gravar um vídeo para denunciar um possível crime contra administração pública, ou seja, um veículo oficial sendo usado para fins particulares. Após gravar o vídeo, enviou em grupos de ‘WhatsApp’, tendo ainda enviado o vídeo para assessoraria do prefeito.

Em seguida, Guilherme se deslocou até a sua residência, momento em que percebeu que o prefeito estava em um veiculo conversando ao celular. Após desligar a ligação, desembarcou do veículo e disse: “vou resolver do meu jeito”. Em continuidade, Rafael teria dado voz de prisão em flagrante a Guilherme, o qual disse que ele não era autoridade para prende-lo, vindo então Rafael a investir contra ele.

Conforme a versão de Guilherme, nesse momento, os pais do prefeito desembarcaram de outro veículo e também passaram a agredi-lo fisicamente, Guilherme relatou que o pai de Rafael pegou o celular de sua mão. O autor das gravações ainda disse que estava muito machucado devido as agressões sofridas pelo prefeito e seu pai.

Agressões físicas entre morador e prefeito de Alpinópolis são registradas pela PM – Foto: Guilherme José de Oliveira Filho/divulgação

Ainda de acordo com a PM, os envolvidos foram conduzidos para o Pronto Socorro local para atendimento e lavratura de Auto de Exame de Corpo de Delito (AECD).

Os exames constataram:

Rafael: hematomas, edema e luxação no punho direito;

Pai: edema e luxação em membros superiores;

Mãe: edema no 5° dedo do pé, associado a hematoma e dor interna, possuindo edema e luxação em ombro;

Guilherme: escoriação discreta no joelho direito e arranhadura cervical e rosto.

A Polícia Militar orientou devidamente as partes sobre as medidas cabíveis e providências recorrentes. Conforme a polícia, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo, não foi imposto o auto de prisão em flagrante.

Ex-prefeitos e vereadora, oposição da atual administração de Alpinópolis, divulga vídeo de repúdio a ataques contra atual prefeito

Ex-prefeitos e vereadora, oposição da atual administração de Alpinópolis, divulga vídeo de repúdio a ataques contra atual prefeito – Foto: reprodução/Instagram

Os ex-prefeitos de Alpinópolis (MG), Batatinha, Júlio Batatinha, Zé da Loja e a vereadora Maysa do Feijãozinho, oposição do atual governo municipal, divulgaram um vídeo repudiando os últimos acontecimentos envolvendo o atual prefeito, Rafael Freire. Assista aqui.

No vídeo, publicado nas redes sociais de Batatinha, os ex-prefeitos e a vereadora comentam sobre os ataques e as ‘fake news’ divulgadas contra o atual prefeito de Alpinópolis.

”Nós repudiamos, não concordamos, absolutamente, com nenhum ato de violência, que vise discriminar e desrespeitar qualquer tipo de orientação, seja ela partidária, religiosa ou sexual. Nós não compactuamos com isso e não concordamos veementemente com qualquer atitude nesse sentido, pois a intimidade, a vida particular das pessoas deve ser respeitada, sejamos ela quem for. Nós que nos colocamos como oposição ao atual governo de nossa cidade, quero deixar bem claro que é contra o atual governo e não contra nenhuma pessoa que componha o atual governo. Nós não temos nenhum vínculo com os atos, ações e atitudes que possa ter configurado qualquer crime de violência, seja de caráter pessoal, difamatória ou de violência contra orientação de qualquer pessoa que seja da nossa cidade, seja ela o prefeito ou qualquer outro cidadão alpinopolense”, disse o ex-prefeito Júlio.

Maysa relatou que foi vítima constantemente desses tipos de ataques e que fará de tudo para descobrir os responsáveis pelas difamações contra o prefeito.

”Já fui vítima de difamações, e nunca, jamais concordarei com esse tipo de atitude. Eu repudio esse tipo de ato, homofóbicos, não concordo, nunca vou concordar. Mas diante de várias alegações a oposição, da qual sou líder atualmente, estou aqui hoje para comunicar que também vamos até o fim para saber o que realmente, de fato, aconteceu”, informou a vereadora.

Zé da Loja disse que ficou triste em saber que seu nome foi envolvido no caso e que o seu único objetivo é trabalhar.

”Faz quatro anos que saí da prefeitura. Quero dizer a população que minha vida é trabalhar, não me envolver na vida de ninguém. Tenho 67 anos e tenho coragem de trabalhar, e não tenho coragem de ficar inventando coisas. Então quero deixar bem claro que, da minha parte, quero que seja apurado essa situação”, comentou o ex-prefeito.

Batatinha relatou que ficou ‘horrorizado’ com as acusações da atual administração contra a oposição.

”Só quero o bem de Alpinópolis. Quero que o povo tenha moradia, que até hoje não teve, que o povo tenha educação, saúde dedicada a toda a população. Quero ver Alpinópolis nos altos níveis de crescimento de nossa cidade, e não prejudicar o ser humano. Sou oposição ferrada, mas dentro da justiça e não falar da vida dos outros, como foi usada a nossa oposição, dizer que há 20 anos atrás a oposição matou ex-prefeito. Fiquei triste, horrorizado de ver sair da boca da nossas autoridades da cidade, fato tão sujo”, frisou o ex-prefeito.

Na manhã da última segunda-feira (17), Rafael Freire divulgou em suas redes sociais que ‘cansou e não irá disputar a reeleição em 2024’.

Leia a nota:

“Vocês venceram! Pela minha família e pela minha saúde mental, estou retirando minha pré-candidatura à reeleição como prefeito. Cansei de lutar sozinho e não tenho mais forças para enfrentar o ódio, o preconceito e a sujeira de meus opositores. Até breve!”, escreveu Rafael Freire.

‘Fake News’

No último sábado (15), o engenheiro mecânico, Luiz Flávio Melo Souza, 31 anos, juntamente com sua esposa, a engenheira de produção, Michele Cristina Esteves, 28 anos, deslocaram de sua residência em Guaxupé (MG) até Alpinópolis (MG), para visitar os familiares e ela aproveitou para realizar um procedimento estético na sobrancelha.

Para aguarda-la, Luiz Flávio foi até um estabelecimento comercial da cidade, porém chegando no local, deparou com algumas conversas como “e aí primeiro-damo”, entre outras. Ele sem entender interrogou a pessoa sobre o que se tratava, foi onde ficou ciente que uma música citando seu nome, inclusive com a profissão errada e uma foto estava sendo compartilhada em grupos de ‘WhatsApp’ de Alpinópolis.

Após conversar com sua esposa e tomar ciência dos fatos, o engenheiro foi até a Polícia Militar e registrou um Boletim de Ocorrência diante da tamanha ‘Fake News’ envolvendo seu nome.

Segundo o casal, eles foram informados que a notícia falsa citava que a esposa pegou Luiz Flávio com o prefeito de Alpinópolis, Rafael Freire, mantendo relações. Michele afirmou ser uma grande mentira, pois ela e o esposo sempre estão juntos.

“Eu e o Luiz moramos trabalhamos em Guaxupé, eu trabalho em uma empresa e ele trabalha na elaboração de projetos de estruturas metálicas, na música citaram que ele é ‘agroboy’, fiquei impressionada com tamanha maldade da pessoa que inventou e disseminou essa informação totalmente inverídica”, afirmou a engenheira.

Luiz citou que não sabe o motivo desta maldade. Ele e Michele casaram em dezembro de 2023 e sempre estão juntos.

Nesta segunda-feira (18), o casal que já tinha registrado o Boletim de Ocorrência na PM no sábado, registrou outro BO na Delegacia de Polícia Civil de Alpinópolis e contratou um advogado para dar andamento no caso, que têm prejudicado psicologicamente ambos.

“Queremos chegar até os autores deste fato e vamos até o fim com as investigações. Hoje o Rafael falou comigo via rede social, se eu estava ciente da maldade envolvendo nosso nome, daí o informei que sim e que já estava tomando as providências cabíveis, assim como ele me falou que também estava”, frizou Luiz.

O casal está sendo defendido pelo advogado, Dr. Ricardo Alexandre Lima e Lima (OAB/MG n.103.759), do Escritório Lima & Lima Advogados Associados.

Ao ser questionado pela redação do Folha Regional sobre os fatos, Dr. Ricardo disse que já está em mãos de vários ‘prints’, mensagens de textos e até áudios, todos repostados em diversos grupos da cidade e região.

“Diante destas provas, o caso será levado ao Poder Judiciário, para que os autores sejam punidos e condenados ao pagamento de indenizações para repararem os danos causados na vida e na imagem do casal. A jurisprudência brasileira, pune qualquer cidadão nesta situação”, informou Dr. Ricardo.

Por fim, o advogado citou que confia na Justiça Mineira e que certamente os autores da difamação e injúria não ficarão impunes, pois, o casal foi exposto nas redes sociais de forma humilhante, por pessoas que narraram inverdades sobre suas intimidades.

Câmara divulga principais acontecimentos da denúncia e pedido de cassação contra prefeito de Guapé

Câmara divulga principais acontecimentos da denúncia e pedido de cassação contra prefeito de Guapé - Foto: reprodução
Câmara divulga principais acontecimentos da denúncia e pedido de cassação contra prefeito de Guapé – Foto: reprodução

A Câmara Municipal de Guapé (MG) divulgou os principais acontecimentos da denúncia e cassação contra o prefeito municipal, Nelson Lara, acusado de liderar e integrar um esquema de corrupção no município mineiro.

Segundo as informações, a denúncia foi recebida no dia 26 de fevereiro de 2024 e apresentada/votada em plenário no dia 4 de março de 2024. Após a exposição das acusações, a denúncia foi aceita por unanimidade entre os vereadores.

No mesmo dia, foi realizado um sorteio para determinar os membro que iriam compor a Comissão Processante, sendo eles: Leilamilton Teixeira, como presidente, Jacenir
de Souza Miranda, como relatora, e Éverton Gonçalves de Oliveira, como membro.

No dia 16 do mesmo mês, Nelson Lara foi notificado por edital no Diário Oficial e recebeu 10 dias para apresentação de defesa. Dia 18 foi encaminhado a ele, a cópia da denúncia e a notificação do trâmite, porém, oito dias depois, a cópia da denúncia foi vetada e retornou à Câmara, isso porque o presídio não aceita nenhum tipo de documento ou papeis com mais de três folhas. Nelson foi notificado novamente e fornecido mais 10 dias para apresentação de defesa.

No dia 4 de abril, foi realizada uma reunião da Comissão Processante, onde ficou decidido a realização da oitiva do prefeito para o prosseguimento do processo, visto que o prefeito não apresentou defesa.

No dia 29 do mesmo mês, a Câmara respondeu à redação do Jornal Folha Regional, sobre os prazos processuais, informando que estavam de acordo com o que é estabelecido no Decreto Lei 201/1967.

A oitiva do acusado aconteceu no dia 2 de abril, via Google Meet. Ele recebeu o prazo de cinco dias para apresentar suas considerações finais, mas não apresentou.

A presidente da Comissão, Leilamilton, encaminhou um ofício no dia 13 de maio, ao Instituto de Treinamento e Aperfeiçoamento em Administração (ITAP), solicitando maior atenção ao processo e o relatório final do processo.

No dia 16, o presidente da Comissão, Leilamilton, enviou um mandado de intimação ao presídio, destinado a Nelson Lara, para a sessão de julgamento, que acontece nesta quarta-feira (22), às 15h.

Os prazos processuais vão até o início de julho, quando termina os três meses contados a partir da última notificação no Diário Oficial no dia 21 de março de 2024.

Corrupção, nepotismo e uso indevido de recursos públicos: Câmara divulga relatório de prefeito de Guapé; julgamento acontece em novo horário

Corrupção, nepotismo e uso indevido de recursos públicos: Câmara divulga relatório de prefeito de Guapé; julgamento acontece em novo horário - Foto: redes sociais
Corrupção, nepotismo e uso indevido de recursos públicos: Câmara divulga relatório de prefeito de Guapé; julgamento acontece em novo horário – Foto: redes sociais

Em um caso chocante que tem abalado a pequena cidade de Guapé (MG), o atual prefeito, Nelson Lara Alves, enfrenta acusações de corrupção, nepotismo e uso indevido de recursos públicos. As alegações vieram à tona após uma denúncia formal apresentada pelos cidadãos Mariel Marley Marra e Thiago Sávio Câmara, levando a uma investigação detalhada pela Câmara Municipal.

Segundo o relatório da investigação, o prefeito é acusado de nomear três de seus amantes para cargos de assessoria sem que eles exercessem efetivamente suas funções públicas, servindo apenas como acompanhantes de luxo nas viagens e eventos particulares do prefeito.

Os nomeados são Júnior Antônio de Jesus Bolivar Seijas, como assessor especial do governo, Luis Guillermo Cova Leon, como superintendente do programa Mais Genética, e Daniel Alves dos Santos, como assessor de comunicação social.

A investigação revelou também o uso indevido do veículo oficial da prefeitura, um Jeep Commander, que era frequentemente utilizado para fins pessoais, incluindo passeios e até viagens a cachoeiras com os assessores nomeados. Transcrições de captações ambientais indicam conversas entre os envolvidos que sugerem relações íntimas e impróprias para o contexto profissional.

Além disso, evidências apontam para a solicitação fraudulenta de diárias de viagem para cobrir despesas pessoais, como a compra de um telefone celular, IPhone, da marca Apple, sem a realização efetiva das viagens pretendidas.

Segundo a denúncia, o caso levanta sérias questões sobre o abuso de poder e a corrupção no nível municipal, destacando o desrespeito aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade que devem reger a Administração Pública.

Após quase 90 dias desde o protocolo do pedido de cassação, o relatório final da comissão processante anexado ao processo recomenda a cassação do mandato do prefeito considerando que todos os fatos denunciados estão comprados pelas investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), inclusive por meio de escutas.

Relatório

O relatório, divulgado pela Câmara Municipal, mostra diálogos gravados por captação de áudio, entre o prefeito e os contratados.

Em uma das gravações, Nelson Lara, diz a Daniel, que ele, como prefeito, pode ter ”quantos assessores quiser”, ainda que estes não desempenhem qualquer função, já que isso é prerrogativa do cargo público que ele exerce. Na conversa, o acusado ainda diz que levaria um dos assessores para uma viagem, que serviria de manicure, maquiador e cabeleireiro.

Em outro diálogo, Junior relata o interesse em adquirir um aparelho celular iPhone, da marca Apple, mas foi impedido por outra servidora pública: ”Como vamos justificar um IPhone para o gabinete?”. Posteriormente, Nelson diz: ”A gente compra de outra maneira, de outro jeito. É melhor assim. Dá uma diária para você e você compra um [IPhone]”.

As diversas captações mostram, possivelmente, ilegalidades na atuação de Nelson como prefeito de Guapé. Veja todos os diálogos anexados mais a baixo .

Mudança de horário

Câmara Municipal de Guapé - Foto: reprodução
Câmara Municipal de Guapé – Foto: reprodução

O julgamento, que está marcado para a próxima quarta-feira (22) na câmara municipal de Guapé, aconteceria á 13h, mas a pedido do presidente da comissão processante, o vereador Leilamilton Teixeira, foi remarcado para ás 15h.

Se o mandato for cassado, Nelson Lara Alves ficará inelegível por oito anos a partir do dia 1° de janeiro de 2025.

Confira o relatório completo

Prefeito de Passos é convidado especial para o 52º Congresso Nacional de Saneamento da ASSEMAE

Prefeito de Passos é convidado especial para o 52º Congresso Nacional de Saneamento da ASSEMAE - Foto: reprodução
Prefeito de Passos é convidado especial para o 52º Congresso Nacional de Saneamento da ASSEMAE – Foto: reprodução

O prefeito de Passos (MG), Diego Rodrigo de Oliveira, é um dos convidados especiais do 52º Congresso Nacional de Saneamento da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (ASSEMAE), que teve início no dia 20 e segue até o 24 de maio, no Taiwan Centro de Eventos – Ribeirão Preto (SP). A participação de Diego Oliveira será nesta terça-feira (21), das 8h30 às 12h, no Painel – Oportunidades e desafios da prestação direta dos serviços de saneamento básico na visão dos Prefeitos.

O painel será coordenado pelo Presidente da Assemae, Rodopiano Marques Evangelista e participam os prefeitos de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, o anfitrião; de São José do Rio Preto (SP), Edinho Araújo; de Itu (SP), Guilherme Gazzola e o prefeito de Poços de Caldas (MG), Sérgio Azevedo.

O SAAE de Passos vem se destacando na gestão do saneamento. São mais de 47 mil residências que recebem diariamente água tratada e de altíssima qualidade.

Atualmente são coletados cerca de 16 milhões de litros/dia de esgoto e tratado em média 11 milhões de litros/dia, representando 97% de esgoto coletado e cerca de 68% tratado. Com a elevatória do São Domingos, para os próximos meses, o município vai passar para 88% de tratamento, faltando pouco para a universalização do saneamento, preconizado pelo governo municipal para o ano de 2033.

A Estação de Tratamento de Água (ETA) Antonio Porto, coleta água do Ribeirão Bocaina, sendo responsável pelo abastecimento de 62% da população passense, tratando cerca de 23 milhões de litros de água por dia com uma média de 220 l/s, chegando à máxima de 360 litros por segundo.

A Estação de Tratamento de Água (ETA) Complexo Otaliro Silveira (Rio Grande) coleta água do Rio Grande e faz o tratamento de água de cerca de 13,5 milhões por dia, com média de 150 litros por segundo chegando à máxima de 200 litros segundo, abastecendo cerca de 37% da população. Atualmente Passos tem quase 100% de água tratada.

TJMG expede terceiro pedido de prisão preventiva contra Nelson Lara, prefeito preso desde fevereiro por liderar grande esquema de corrupção em Guapé

TJMG expede terceiro pedido de prisão preventiva contra Nelson Lara, prefeito preso desde fevereiro por liderar grande esquema de corrupção em Guapé - Foto: reprodução
TJMG expede terceiro pedido de prisão preventiva contra Nelson Lara, prefeito preso desde fevereiro por liderar grande esquema de corrupção em Guapé – Foto: reprodução

No dia 30 de abril, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) expediu o terceiro pedido de prisão preventiva contra o prefeito Nelson Lara, atual presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), preso desde o dia 7 de fevereiro de 2024, acusado de liderar e integrar um esquema de corrupção na prefeitura de Guapé (MG). Segundo o relator, desembargador Jaubert Carneiro Jaques, mesmo que Nelson já esteja privado de sua liberdade por outro processo, não há impedimento na decretação da prisão preventiva em um outro processo, que será utilizado posteriormente para impedir que ele seja colocado em liberdade.

Documento que comprova que prefeito cassado é presidente do Diretório Municipal do PT de Guapé - Imagem: divulgação
Documento que comprova que prefeito cassado é presidente do Diretório Municipal do PT de Guapé – Imagem: divulgação
Documento que comprova que prefeito cassado é presidente do Diretório Municipal do PT de Guapé - Imagem: divulgação
Documento que comprova que prefeito cassado é presidente do Diretório Municipal do PT de Guapé – Imagem: divulgação

De acordo com o documento, em 2023, Nelson Lara, na condição de prefeito de Guapé, desviou uma televisão, marca LG, cor preta, 50 polegadas, pertencente ao patrimônio municipal. Segundo apurado, o denunciado determinou que o eletrônico fosse subtraído do âmbito da Secretaria Municipal de Saúde e fosse entregue aos irmãos Luis Guillermo e Junior Antônio de Jesus, nomeados para cargos em comissão e com os quais possuía relação íntima de afeto.

No documento, consta ainda que por volta do segundo semestre do ano de 2023, Nelson solicitou para si vantagem indevida, consistente em três lotes urbanos localizados no empreendimento Belvedere, em Guapé, cada um com valor de mercado de aproximadamente R$80.000,00, totalizando R$240.000,00.

Também foi constatado que em 2023, os denunciados Reginaldo Fernandes de Souza, Cledimildo Cândido de Alcântara e Polwmer Gonçalves Vieira, se apropriaram de dinheiro público, o qual Nelson tinha posse em razão do cargo.

Na petição, o Ministério Público de Minas Gerais requere a decretação da prisão preventiva dos denunciados Nelson, Reginaldo e Polwmer, o afastamento cautelar de todos os cargos públicos (em comissão e efetivos) do denunciado Nelson e a fixação de medidas cautelares específicas para o denunciado Cledimildo.

Conforme o relator, os crimes praticados, em tese, por Nelson, são de extrema gravidade, visto que, praticou crime de desvio de bem público, e, em conluio com os codenunciados, praticou os delitos de corrupção passiva, peculato e frustração do caráter competitivo de licitação, além de lavagem de dinheiro.

‘’Nesse contexto, entendo que a decretação da prisão preventiva é a única medida apta a interromper a atuação de Nelson. Entendo que outras medidas cautelares não seriam suficientes para desmantelá-la, devido ao grau de influência dos denunciados e sofisticação de suas operações, com indícios de falsificação de documentos e desvio de bens públicos, além da continuidade das práticas criminosas e envolvimento de pessoas da estrutura administrativa, o que também, revela a contemporaneidade da necessidade da prisão preventiva’’, relata o desembargador.

Ainda conforme o documento, há indícios da prática dos crimes de corrupção passiva do ano de 2012, em outro mandato de Nelson, e sua intensificação no atual mandato, com um esquema organizado de corrupção e lavagem de dinheiro.

‘’É evidente que as circunstâncias denotam concretamente a periculosidade acentuada do denunciado, que, em tese, utiliza de seu mandato de prefeito para praticar uma série de crimes, utilizando indevidamente os bens públicos e causando prejuízo ao erário municipal, e a gravidade concreta das condutas, de forma que sua manutenção em liberdade configura risco manifesto para a ordem pública’’, informa Jaubert.

O desembargador diz que Nelson não deve ser mantido em liberdade. Isso porque, diante dos elementos do caso concreto, é possível inferir que a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares não se revela suficiente para o acautelamento do meio social.

Jaques informa que a prisão preventiva é o único meio eficaz no momento para interromper a série de crimes e salvaguardar o interesse público, visto que a população de Guapé está sendo lesada pela prática, em tese, dos crimes praticados pelo prefeito, atualmente afastado.

‘’A quantidade de crimes supostamente praticados pela organização criminosa é bem excessiva, especialmente se considerarmos que Guapé se trata de uma pequena cidade contendo apenas 14.258 habitantes, conforme censo do IBGE 2020. A sua liberdade representaria, no caso, a continuidade da suposta organização criminosa e um risco potencial da prática de novos crimes, e ocultação, destruição de provas e coação de testemunhas, o que poderia interferir na conveniência da instrução criminal’’, citou.

O documento informa que uma das testemunhas relatou que Nelson, antes da prisão, lhe pediu silêncio a respeito das práticas criminosas de que tinha conhecimento. Posteriormente, em novos depoimentos, cinco testemunhas alteraram completamente suas versões inicialmente apresentadas.

Segundo testemunhas, Nelson contou que possui propriedade de diversos bens imóveis em nome de terceiros, recebia propinas de empreendedores em forma de lotes, possui novo empreendimento em andamento na entrada da cidade, permitia o recebimento indevido de diárias e o uso desviado de bens públicos, movimentava grandes quantias de dinheiro em espécie e utilizava os salários/diárias dos assessores para pagamento de contas particulares.

Reginaldo Fernandes Souza

Em captação de som ambiental, realizada no dia 26 de outubro de 2023, Reginaldo e Polwmer conversam sobre o desvio de R$5.000,00, possivelmente envolvendo fraude no contrato do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Na ocasião, Reginaldo, por intermédio de um ‘laranja’, simularia uma operação de distribuição de água, enquanto Polwmer, para acobertar a citada irregularidade, emitiria “nota antiga”.

Em outro diálogo, Reginaldo, conhecido como “Miguelinho”, foi flagrado praticando corrupção passiva. Na conversa com Fábio Afrânio, gestor de obras da Secretaria Municipal de Obras de Guapé, Reginaldo fala sobre a existência de acordo entre o prefeito Nelson Lara e um empreendedor, possivelmente para a aprovação de loteamento no município de Guapé.

Polwmer Gonçalves Vieira

De acordo com o relator, o crime praticado, em tese, pelo denunciado Polwmer é de extrema gravidade, visto que seria o responsável por desviar dinheiro público do contrato firmado com Cledimildo e também participava dos esquemas para frustrar as investigações criminais.

Também, consta, nos autos, anotação encontrada em poder de Cledimildo, por ocasião do cumprimento de mandado de busca e apreensão, contendo o importe desviado e entregue a Polwmer em uma das oportunidades.

TJMG expede terceiro pedido de prisão preventiva contra Nelson Lara, prefeito preso desde abril por liderar grande esquema de corrupção em Guapé - Imagem: divulgação
TJMG expede terceiro pedido de prisão preventiva contra Nelson Lara, prefeito preso desde abril por liderar grande esquema de corrupção em Guapé – Imagem: divulgação

Há indícios de que, diante das investigações em curso, na data de 15 de novembro de 2023, Nelson, Reginaldo, ‘Bite’ e Polwmer, antes da prisão, teriam se reunido para combinar versões e adotar estratégias visando impedir o curso das apurações. No diálogo, Reginaldo convoca Polwmer para, no dia seguinte, participar de uma reunião, com a presença dos investigados e de outra pessoa cujo nome não foi citado. Os investigados se reuniriam também com um advogado de outra cidade. A citada reunião aconteceria na propriedade rural de Reginaldo e o objetivo seria tratar das investigações do Ministério Público de Minas Gerais e montar uma estratégia para acobertar os ilícitos cometidos por eles na aquisição dos imóveis onde estão construindo as novas instalações de um restaurante, sendo sócios Bite, Reginaldo e Nelson.

Ameaças

Antes da prisão, em diálogo datado no dia 8 de novembro de 2023, Reginaldo e Polwmer estariam planejando redigir cartas anônimas ameaçando de morte o ex-vereador Thiago Sávio Câmara — responsável pelo início das representações que culminou na presente investigação — sua esposa e filhos. Conceberam, inclusive, um plano para contratar uma pessoa para quebrar sua casa e espancá-lo, ficando clara, portanto, a possibilidade de coação da testemunha.

Em outro diálogo, na mesma data, Reginaldo conta ao investigado Fábio Afrânio Coelho, sobre a conversa com Polwmer. Fábio concorda com o plano arquitetado e vai além, cogitando que as ameaças direcionadas a Thiago fossem realizadas por meio de um telefone público (“orelhão”), cujo local não tivesse a presença de câmeras de vigilância e que fosse fora da cidade de Guapé. Fábio sugere também a contratação de um agressor de aluguel vindo do Mato Grosso para aplicar uma “coça” em Thiago. Na ocasião, Reginaldo demonstra certeza da impunidade, pois se gaba afirmando que mesmo que as agressões ou morte da testemunha ocorresse, ele, na condição de mandante, não seria pego.

O documento relata que há indícios de que Reginaldo, cogitou também atentar contra a vida de um Promotor de Justiça. Em um diálogo extraído de captação ambiental no dia 12 de dezembro de 2023, Reginaldo e Fábio conversam sobre as investigações do Ministério Público e demonstram preocupação em relação à oitiva de Nelson Lara que ocorreu na mesma data. Reginaldo alerta que o chefe dos promotores estaria em Guapé, em visita ao prefeito, dando a entender que poderiam usar a oportunidade para prejudicarem o promotor, responsável pelas investigações, cogitando, inclusive, um tiro na cabeça da autoridade.

‘’É evidente que as circunstâncias denotam concretamente a periculosidade acentuada do denunciado, que, em tese, participa de forma efetiva em conluio com Nelson, fornecendo seu nome para registro de imóvel pertencente ao prefeito e desviando serviço público, e a gravidade concreta das condutas, de forma que sua manutenção em liberdade configura risco manifesto para a ordem pública e para a instrução criminal’’.

Afastamento cautelar de Nelson Lara

A Procuradoria Geral de Justiça requereu o afastamento cautelar do prefeito Nelson Lara, de todos os cargos públicos. Conforme o relator, cabe consignar que o afastamento cautelar do cargo não é uma consequência imediata da prisão preventiva, visto que, em tese, ele poderia ainda despachar, assinar documentos e dar ordens, mesmo dentro da prisão, visto que o afastamento cautelar é uma medida complementar, visando impedi-lo de exercer qualquer influência dentro da Prefeitura nesse momento.

Cassação

O prefeito afastado continua preso em uma cidade do Triângulo Mineiro e está sendo alvo de investigação pela Câmara de Vereadores de Guapé, a qual tem como objetivo cassar o mandato do político.

Nas próximas semanas será votado se o prefeito será cassado ou não.

Câmara de São João Batista do Glória aprova 20% de reajuste a prefeito, vice e vereadores

Câmara de São João Batista do Glória aprova 20% de reajuste a prefeito, vice e vereadores - Foto: reprodução
Câmara de São João Batista do Glória aprova 20% de reajuste a prefeito, vice e vereadores – Foto: reprodução

A Câmara de São João Batista do Glória aprovou em primeiro turno, na noite da última segunda-feira, 29, os projetos de lei 10 e 11, que fixam os subsídios aos vereadores, prefeito, vice e secretários, com 20% de reajuste a partir de 1º de janeiro de 2025. Na próxima sessão do Poder Legislativo, na segunda-feira, 6, as propostas devem ser votadas em segundo turno e, se aprovados, vão para a sanção do gestor municipal.

Os autores dos projetos Cresio Costa, presidente; Luiz Antônio Garcia e Ricardo Israel dos Reis, todos aliados ao prefeito. Por isso, houve mais dois votos a favor, dois contra, e o vereador Danilo Soares, em razão de problemas de saúde, não participou da sessão.

“Jamais fui contra o aumento salarial como manda a lei, porém o percentual determinado é abusivo. Quando fui pedir aumento para os servidores, o prefeito disse que não tinha dinheiro e só autorizou 3,71%, aumentando a nossa defasagem salarial para 40%. Se a cidade tivesse em ordem administrativa politicamente falando como obras concluídas, promessas de campanhas cumpridas e benefícios à população, ficaria calado, mas não tem nada disso acontecendo”, disparou Renato Aparecido Silva, motorista de ambulâncias e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do município.

“É um absurdo. Apesar dos secretários terem o direito, na justiça, de receberem o salário dobrado, ou seja, o 13°, juntamente com a folha de pagamento de cada mês de dezembro entre 2025/28, os aproveitaram isso e colocaram também os cargos de prefeito e vice no meio do reajuste. O Poder Legislativo gloriense só pensa em valorizar as funções mais elevadas da máquina administrativa, pisando com força nos servidores que ralam e fazem a cidade crescer, todavia de acordo com a péssima atual gestão”, afirmou revoltado o sindicalista.

Caso seja aprovado o reajuste de 20%, no próximo mandato, de 2025 a 2028, o prefeito vai receber R$ 21.548,16 por mês, o vice, R$ 5.224,53, e os secretários, R$ 6.970,86. O salário dos parlamentares deve passar de R$ 3,1 mil para R$ 4.287,92.

Via: Clic Folha

Desembargador nega revogação da prisão preventiva de suspeitos de integrar organização criminosa na prefeitura de Guapé

Desembargador nega revogação da prisão preventiva de suspeitos de integrar organização criminosa na prefeitura de Guapé - Foto: redes sociais
Desembargador nega revogação da prisão preventiva de suspeitos de integrar organização criminosa na prefeitura de Guapé – Foto: redes sociais

Na última segunda-feira (29), o Desembargador Jaubert Carneiro Jaques, negou o pedido de revogação da prisão de Nelson Alves Lara, Deyvison Silva de Andrade, Reginaldo Fernandes de Souza, Paulo Henrique Camilo, Polwmer Gonçalves Vieira e Fábio Afrânio Coelho. Eles foram presos acusados de integrar um esquema de corrupção na prefeitura de Guapé (MG).

Segundo a defesa de Polwmer e Fábio, eles não oferecem mais risco à ordem pública e à instrução criminal, visto que já pediram exoneração das funções públicas que exerciam, não tendo mais contato com os demais investigados e influência no processo.

A defesa também afirma que Fábio é portador de Diabetes tipo II, síndrome de ansiedade, doenças cardiovasculares, hipertensão, e tem episódios depressivos, fazendo uso constante de medicamentos. Além disso, o acusado estaria aguardando uma consulta com o reumatologista desde o dia 10 de março de 2024 para avaliar a causa de suas dores torácicas.

A defesa de Deyvison pediu a revogação da prisão preventiva do acusado, alegando que a decisão é nula, porque carece de fundamentação, e que a citação aos documentos não dizem respeito a Deyvison. A defesa afirma que não há nenhuma prova concreta de que o denunciado estaria colocando em risco à ordem pública ou à instrução criminal.

Segundo o desembargador, em resposta à defesa, para a decretação da prisão preventiva, é necessária somente a comprovação da materialidade delitiva e indícios de autoria dos delitos, não exigindo uma avaliação de todas as provas, que serão devidamente avaliadas no julgamento da ação penal.

‘’Ao contrário do que alega a Defesa, as conversas citadas, em conjunto com o depoimento de uma testemunha, são indícios de que Deyvison fazia parte da organização criminosa’’, informou o relator.

Em algumas interceptações, apesar de não fazerem referência direta a Deyvison, mencionam o lote objeto da lavagem de dinheiro, que, supostamente, teria ciência dele, o qual teria auxiliado os denunciados na elaboração de estratégias para ludibriar o Ministério Público na oitiva dos investigados.

Desembargador nega revogação da prisão preventiva de suspeitos de integrar organização criminosa na prefeitura de Guapé - Foto: reprodução
Desembargador nega revogação da prisão preventiva de suspeitos de integrar organização criminosa na prefeitura de Guapé – Foto: reprodução

Nelson Lara

De acordo com o desembargador, há fortes indícios de que o ex-prefeito, Nelson Lara, no seu papel de líder de uma organização criminosa voltada no recebimento de vantagens indevidas, cometeu uma série de delitos, que já se desdobraram em três ações penais, com imputação de mais de dez crimes.

Jaubert diz que a prisão preventiva de Nelson foi e continua sendo a única medida apta a interromper a atuação da organização criminosa. Ele ainda afirma que outras medidas cautelares não seriam suficientes, devido ao número de pessoas envolvidas e a sofisticação de suas operações, com indícios de falsificação e ocultação de documentos, corrupção e lavagem de dinheiro, além da continuidade das práticas criminosas.

‘’Assim, é evidente que as circunstâncias denotam concretamente a periculosidade acentuada do denunciado, que, em tese, utiliza de seu mandato de prefeito para chefiar uma organização criminosa, cometendo uma série de crimes, utilizando indevidamente os bens públicos e causando prejuízo ao erário municipal, e a gravidade concreta das condutas, de forma que sua liberdade configura risco manifesto para a ordem pública’’, diz o relator.

Jaubert diz que a prisão, além de garantir a ordem pública, também serve para resguardar a instrução criminal, havendo risco de interferência na apuração desses e de outros delitos, visto que Nelson possui influência política na cidade.

Deyvison Silva de Andrade

O desembargador diz que a prisão de Deyvison, como suposto membro da organização criminosa, também deve ser mantida. O acusado utilizava de seus conhecimentos jurídicos para conturbar a investigação e auxiliar os outros membros em práticas ilícitas, podendo interferir nas diligências que ainda estão em andamento.

Reginaldo Fernandes de Souza

O relator afirma perceber fortes indícios no seu papel de principal sócio e escudeiro de Nelson no âmbito da organização criminosa voltada no recebimento de vantagens indevidas, tendo uma série de delitos.

Paulo Henrique Camilo

Jaubert diz que a prisão preventiva de Paulo é necessária para a garantia da ordem pública e para a conveniência da instrução criminal. Isso porque Paulo era, em tese, um dos principais sócios de Nelson, auxiliando também Reginaldo, papel fundamental na organização criminosa, visto que a lavagem de dinheiro era o objetivo dessa e Paulo figuraria como “laranja”.

Polwmer Gonçalves Vieira

Jaques afirma perceber que o crime praticado, em tese, pelo denunciado Polwmer é de extrema gravidade, visto que seria o responsável por desviar dinheiro público de um contrato firmado e também participaria dos esquemas para frustrar as investigações criminais.

Fábio Afrânio Coelho

Conforme o desembargador, é evidente que as circunstâncias denotam concretamente a periculosidade acentuada de Fábio, que em tese, participa de forma efetiva na organização criminosa, participando de corrupção passiva na celebração de contratos entre particulares e prefeitura, além de elaborar estratégias para coagir testemunhas, e a gravidade concreta das condutas, de forma que sua manutenção em liberdade configura risco manifesto para a ordem pública e para a instrução criminal.

Quanto ao histórico de saúde de Fábio, o desembargador disse que não há incompatibilidade da prisão com a continuidade de seu tratamento, se considerar que uma porcentagem grande da população brasileira possui diagnóstico da diabetes, hipertensão e a síndrome de ansiedade.

‘’Como a própria Defesa ressalta, Fábio está tomando corretamente sua medicação no estabelecimento prisional, está comparecendo a consultas médicas, havendo atraso apenas de uma consulta com reumatologista, que deverá ser providenciada em breve’’.

Jaque solicitou ao Diretor do Presídio, onde se encontra preso o denunciado, a informar, no prazo de 10 dias, o estado atual de Fábio, e se há previsão para a realização de sua consulta com o reumatologista, juntando os documentos necessários para comprovar suas afirmações.

Ex-prefeito tem direitos políticos suspensos pelo TRE/MG e terá que devolver R$1,5 milhões ao município de Carneirinho em MG

Ex-prefeito tem direitos políticos suspensos pelo TRE/MG e terá que devolver R$1,5 milhões ao município de Carneirinho em MG - Foto: redes sociais
Ex-prefeito tem direitos políticos suspensos pelo TRE/MG e terá que devolver R$1,5 milhões ao município de Carneirinho em MG – Foto: redes sociais

Condenado por nepotismo, Cássio Rosa, está inelegível pelos próximos 4 anos. Duas filhas, um irmão e um sobrinho também foram condenados e terão que restituir valores à prefeitura.

O ex-prefeito de Carneirinho (MG), Cássio Rosa Assunção (2005/2008), teve seus direitos políticos suspensos e terá que devolver R$ 1.499.234,42 aos cofres públicos do município, por condenação de crime de nepotismo. A publicação da suspensão de seus direitos políticos saiu em 17 de abril de 2024.

De acordo com a Justiça de Minas Gerais, o ex-prefeito não só terá que devolver o montante à prefeitura, sob pena da penhora de seus bens, bem como teve seus direitos políticos suspensos por 4 anos.

Além de Cássio, as duas filhas dele, Camila e Cássia Assunção, juntamente com o irmão Leomar Damascena de Queiroz e o sobrinho Moisés Palmieri Assunção sofreram sanções e terão que devolver o valor de cinco salários que receberam ilegalmente durante a gestão do ex-prefeito. Eles também estão impedidos de trabalharem em órgãos públicos, pelo período de três anos. No total, o valor previsto pela sentença proferida aos familiares do ex-prefeito chega a R$ 342,5 mil.

A ação civil pública movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que resultou na condenação de Cássio e seus parentes, tramita pela justiça há cerca de 18 anos, entre recursos e condenações nas três instâncias. 

Na época das denúncias, o MPMG recomendou ao ex-prefeito que exonerasse dos cargos comissionados, suas filhas e sobrinhos, atentando-se aos princípios da moralidade administrativa, mas, mesmo assim, o apontamento foi ignorado.

Sendo assim, o ex-prefeito está impedido de disputar as próximas eleições municipais, e ainda proibido de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo da condenação.

Ex-prefeito tem direitos políticos suspensos pelo TRE/MG e terá que devolver R$1,5 milhões ao município de Carneirinho em MG - Imagem: divulgação
Ex-prefeito tem direitos políticos suspensos pelo TRE/MG e terá que devolver R$1,5 milhões ao município de Carneirinho em MG – Imagem: divulgação

Processos

O ex-prefeito ainda responde a outra ação movida pelo MPMG, pelo crime de improbidade administrativa (promoção pessoal com recurso público). Já condenado em primeira instância, ele terá que devolver mais R$ 650 mil corrigidos desde a data dos fatos ao município, ficando por esse crime, inelegível por mais oito anos. Atualmente, o ex-prefeito recorre da decisão.

Prefeito de Iguatama vai em busca da reeleição com quase 90% de aprovação

Prefeito de Iguatama vai em busca da reeleição com quase 90% de aprovação - Foto: arquivo pessoal/Lucas Vieira
Prefeito de Iguatama vai em busca da reeleição com quase 90% de aprovação – Foto: arquivo pessoal/Lucas Vieira

O prefeito de Iguatama (MG), Lucas Vieira, está se filiando ao “Avante” essa semana, e vai em busca de sua reeleição.

Neste primeiro mandato, Lucas trabalhou forte na unificação de grupos políticos na cidade, deixando para trás a velha política, que fez com que o município ficasse “parado no tempo” durante décadas. Sua abordagem inclusiva e visionária desencadeou uma onda de mudanças significativas em Iguatama, proporcionando um ambiente político mais colaborativo e progressista.

O prefeito vem colocando em ordem as finanças do município e, aos poucos, investindo em setores como obras, saúde e educação, o que fez com que ele conseguisse uma aprovação de quase 90%, registrada numa pesquisa realizada recentemente pelo Instituto Multidados.

Essa alta taxa de aprovação é um reflexo do compromisso do prefeito com o progresso e o bem-estar da comunidade iguatamense.

Ao se filiar ao partido “Avante” e lançar sua pré-candidatura para a reeleição, Lucas Vieira demonstra sua determinação em continuar liderando Iguatama rumo a um futuro próspero e promissor.

Via: Jornal Tribuna

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