Aposta de Passos acerta a quina da Mega-Sena e vai levar mais de R$ 70 mil – Foto: reprodução
Uma aposta de Passos (MG) acertou 5 dos 6 números da Mega-Sena sorteada na última terça-feira (25) e vai levar um prêmio de mais de R$ 71 mil. Um número separou 14 apostas mineiras do grande prêmio da Mega-Sena 2833. O concurso sorteado teve um único vencedor. O sortudo do Rio de Janeiro vai embolsar R$ 131 milhões.
O resultado da Mega-Sena 2833 foi 01-03-13-16-36-56. Para o sorteio desta quinta-feira (27), o prêmio é estimado em R$ 3,5 milhões.
Em todo o país, 205 apostas acertaram cinco dos seis números sorteados. Só em Belo Horizonte foram quatro bilhetes que levaram a quina. Os outros bilhetes foram feitos em Contagem, Curvelo, Itajubá, Juiz de Fora, Passos, Patrocínio, Pitangui, São Gotardo, Taiobeiras e Varginha.
Um bilhete de Belo Horizonte, feito com oito números, ao custo de R$ 140, embolsou R$ 106.887,93. O prêmio foi o mesmo para um bolão de Curvelo, que vai dividir o valor entre 14 cotas. Um bolão de Juiz de Fora com sete cotas e o bilhete de Passos foram feitos com sete números e vão faturar R$ 71.258,60. Os demais jogos, que foram simples, com seis números, faturam R$ 35.629,31.
Apostador de São Roque de Minas ganha prêmio de quase 2 milhões na Lotofácil – Foto: reprodução
A cidade de São Roque de Minas (MG), com cerca de 7.000 habitantes, dormiu com um novo milionário na última quinta-feira (13). Uma aposta feita na cidade foi a única vencedora da Lotofácil 3319.
O resultado da Lotofácil 3319 foi 01-04-05-06-07-14-15-16-17-19-20-21-22-23-25. O prêmio estimado para o concurso desta sexta-feira (14 de fevereiro) é de R$ 8 milhões, valor mais alto em relação ao usual por ser concurso de final zero.
Segundo a Caixa Econômica Federal, a aposta de São Roque de Minas levou sozinha o prêmio do concurso 3319. O bilhete foi feito na lotérica José Firmino e custou R$ 3. O vencedor vai embolsar R$1.934.268,46.
Prefeito de Alpinópolis é reconhecido nacionalmente por sua dedicação à alfabetização – Foto: redes sociais
Em cerimônia realizada em Brasília, a Prefeitura de Alpinópolis (MG), foi agraciada com o Selo Nacional de Compromisso com a Alfabetização na Idade Certa. A premiação, concedida pela Secretaria de Educação, reconhece o esforço contínuo e a excelência do município no desenvolvimento da educação básica e na promoção de uma aprendizagem de qualidade desde os primeiros anos escolares.
O selo é resultado de um trabalho pautado na humanização e modernização do ensino público. Nos últimos quatro anos, diversas ações foram implementadas, focando em melhorias estruturais, pedagógicas e no atendimento direto aos alunos. Entre as principais conquistas estão a reforma e construção de novas escolas, além da compra de bibliotecas infantis para incentivar a leitura desde a infância. O município também distribuiu kits com material didático, uniformes e materiais escolares, beneficiando centenas de estudantes.
Outro marco importante foi a implantação de telas interativas em todas as salas de aula, que trouxeram um novo dinamismo ao processo de ensino-aprendizagem. No aspecto financeiro, o município se comprometeu a pagar o Piso Nacional do Magistério, garantindo melhores condições para os professores e valorizando a profissão.
Prefeito de Alpinópolis é reconhecido nacionalmente por sua dedicação à alfabetização – Foto: redes sociais
A melhoria nos índices de qualidade educacional também foi notável, com destaque para o aumento na nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que atingiu 6,1, um reflexo do esforço coletivo para melhorar o ensino no município.
Além disso, o projeto “Trilhas da Esperança” foi criado para a alfabetização de adultos, expandindo as oportunidades educacionais para além das crianças. Para garantir maior transparência na gestão, foi implantada a Gestão Transparente da Educação, permitindo o acompanhamento público de todas as ações.
O reconhecimento foi dedicado a todos os envolvidos no processo educacional de Alpinópolis. Em seu discurso, o prefeito enfatizou a importância dos professores, diretores, supervisores e da equipe da Secretaria de Educação, destacando o trabalho da Secretária Núbia, da adjunta Rosimairy e da coordenadora Liliane, que desempenharam papéis fundamentais na implementação das políticas educacionais que levaram ao reconhecimento.
Prefeito de Alpinópolis é reconhecido nacionalmente por sua dedicação à alfabetização – Foto: redes sociais
Aposta de Varginha fatura R$ 1 milhão na Lotofácil 3310 – Foto: reprodução
A Lotofácil 3310, sorteada na segunda-feira (3), teve sete vencedores. O prêmio era maior por ser um concurso com final de número 0.
O resultado da Lotofácil 3310 foi 01-02-04-05-06-07-10-12-13-16-18-19-20-21-24. O prêmio estimado para o sorteio desta terça-feira (4 de fevereiro) é de R$ 1,7 milhão.
Segundo a Caixa Econômica Federal, entre os sete vencedores do concurso 3310 da Lotofácil está uma aposta feita em Varginha, no Sul de Minas. Os outros vencedores são de Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Teresina (PI), Foz do Iguaçu (PR), Guabiruba (SC) e Joinville (SC). Cada aposta vai embolsar R$1.021.598,86. Os jogos de Fortaleza, Teresina e Guabiruba eram bolões e vão dividir o prêmio entre 13, 12 e 20 cotas, respectivamente.
Ganhador de R$ 201 milhões da Mega-Sena morre 24 dias após retirar prêmio em Cuiabá – Foto: reprodução
O ganhador que levou sozinho mais de R$ 201 milhões no sorteio da Mega-Sena, em novembro, morreu nesta quarta-feira (4) por suspeita de mal súbito enquanto fazia um tratamento odontológico em uma clínica de Cuiabá.
Antonio, de 73 anos, era pecuarista e trabalhava com compra e venda de gado em fazendas de Mato Grosso. Ele deixa quatro filhos.
O delegado da Polícia Civil, Edison Pick, informou a reportagem que está levantando informações junto à clínica para entender qual foi a causa da morte.
“Caso tenha sido um mal súbito não é culpa da clínica. Agora precisamos aguardar o exame de necrópsia e o laudo para esclarecer o que de fato aconteceu”, explicou.
Antonio Lopes foi vencedor do sorteio 2.795 da Mega-Sena, realizado no dia 9 de novembro, em São Paulo. Ele acertou as seis dezenas do sorteio com uma aposta simples, de R$ 5. O prêmio foi retirado no dia 11 do mesmo mês.
O prêmio pago a Antonio foi um dos 10 maiores da história. A lista considera os concursos regulares da Mega — ou seja, não inclui a Mega da Virada (veja o ranking abaixo).
Veja quantas apostas foram premiadas no concurso 2.795:
6 acertos: 1 aposta ganhadora, R$ 201.963.763,26
5 acertos: 242 apostas ganhadoras, R$ 49.426,51
4 acertos: 19.146 apostas ganhadoras, R$ 892,4
Prêmio de R$ 201 milhões
Números sorteados do concurso 2795 da mega-sena. — Foto: Caixa
Segundo a lotérica que registrou o bilhete, o cliente fez uma aposta simples, com apenas seis dezenas, e pagou R$ 5 pelo bilhete. Nesse caso, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860.
A proprietária da lotérica onde a aposta foi feita, Dalia Chahine, contou que após o sorteio, o movimento no local cresceu. Ainda de acordo com ela, esse foi o prêmio de valor mais alto já registrado na lotérica, que foi aberta há cinco anos.
Mega da Virada 2024: Caixa abre apostas para o prêmio de R$ 600 milhões, o maior da história – Foto: reprodução
A Caixa Econômica Federal abriu na última segunda-feira (11) as apostas para a Mega da Virada 2024. O concurso 2.810 vai ser sorteado em 31 de dezembro, a partir das 20h, e tem prêmio estimado em R$ 600 milhões, o maior da história da Mega-Sena.
O prêmio da Mega da Virada 2024 pode aumentar ainda mais de acordo com a demanda. O que determina o valor do prêmio é a quantidade de apostas feitas mais o valor acumulado de outros concursos durante o ano.
Em 2023, por exemplo, a Mega da Virada estimou pagar R$ 570 milhões, mas o prêmio saltou para R$ 588,8 milhões e foi dividido entre cinco apostas, relembre clicando aqui. Na ocasião, a arrecadação com o concurso foi de R$ 2,4 bilhões.
Quanto custa apostar na Mega da Virada e quais as chances de ganhar?
As apostas para a Mega-Sena 2024 devem ser feitas em volantes específicos. O valor de um jogo simples para a Mega da Virada, marcando seis dezenas das 60 disponíveis no volante, é de R$ 5. Para aumentar as chances de ganhar, apostadores podem escolher marcar mais números no volante, mas o valor da aposta aumenta.
Quem escolher apostar sete números na Mega da Virada vai pagar R$ 35 por jogo. Apostar 10 números custa R$ 1.050. O número máximo de dezenas que podem ser marcadas no volante da Mega-Sena é 20. E jogar marcando todas elas custa R$ 193,8 mil. (veja abaixo o valor de cada aposta na Mega da Virada e as chances de ganhar).
Lembrando que o horário limite para apostar na Mega da virada é às 17h (horário de Brasília) do dia do sorteio – atenção ao horário que nos concursos regulares vai até 19h. As apostas para a Mega da Virada podem ser feitas nas casas lotéricas, além de poder jogar por meio do aplicativo Loterias Caixa, disponível para os sistemas iOS e Android, ou no site Loterias Caixa.
Como nos demais concursos especiais como a Dupla Sena de Páscoa, a Quina de São João e a Lotofácil da Independência, o prêmio principal da Mega da Virada não acumula. Se não houver ganhadores na faixa principal, com acerto de 6 números, o prêmio será dividido entre os acertadores da 2ª faixa (com o acerto de 5 números) e assim por diante.
Como fazer um bolão para a Mega da Virada 2024?
Além da possibilidade de jogo simples, é possível fazer um bolão oficial e aumentar suas chances de abocanhar milhões (e dividir a grana em grupo).Você pode comprar um bolão oficial da Caixa em qualquer lotérica. É só preencher o campo específico para isso no volante.
Na Mega-Sena, os bolões têm preço mínimo de R$ 15. Porém, cada cota não pode ser inferior a R$ 6,00. É possível realizar um bolão de no mínimo duas e no máximo 100 cotas. A Caixa permite fazer no máximo 10 apostas por bolão, e elas devem ter a mesma quantidade de números.
Você também pode comprar cotas de bolões organizados pelas lotéricas. Porém, nesse caso, pode ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota.Também dá para jogar pelo site Loterias Online da Caixa.
Empresas, empresários e profissionais, são eleitos Destaques São José da Barra 2023/2024 por meio de voto popular – Imagem: Agência Inova
No dia 14 de novembro, o Barzin 050, no bairro de Furnas em São José da Barra (MG), será palco da 5ª edição do “Destaque São José da Barra”, o evento tem como objetivo homenagear os que fizeram a diferença no ano 2023/2024.
Com uma programação especial, o evento realizado pelo Jornal Folha Regional a cada ano vêm tomando grandes proporções em toda região e se tornou uma verdadeira vitrine de reconhecimento e marketing para todos.
As presenças poderão ser confirmadas até 8 de novembro, pelo whats (35) 91018-4342.
Yara foi premiada durante o maior evento de antropologia da América Latina – Foto: Reprodução
A coordenadora e professora do curso de História da Universidade do Estado Minas Gerais (Uemg), unidade Passos (MG), Yara de Cássia Alves, recebeu o Prêmio Lélia Gonzalez de melhor tese de doutorado defendida na área de Antropologia Social nos anos de 2022-2023.
“Me alegrou enormemente, dada a história da autora e sua importância na área. Negra, mineira, militante em prol das questões étnico-raciais, Lélia é uma inspiração que atravessa os estudos antropológicos contemporâneos. Portanto, me senti honrada e senti que honrei minha ancestralidade”, destaca a docente sobre ser premiada.
Segundo a instituição, a premiação aconteceu na 34ª Reunião Brasileira de Antropologia, nos dias 23 a 26 de julho, em Belo Horizonte. O evento aconteceu na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde se reuniram 3.800 antropólogos e antropólogas, sendo o maior evento de antropologia da América Latina.
A tese intitulada “Nos rastos do passado: costuras do tempo na construção do parentesco e da socialidade entre quilombolas do Vale do Jequitinhonha- MG” tem como objetivo central percorrer a noção de rasto, que busca de maneira ampla reviver o passado no presente, se expressando de maneiras distintas nos espaços, festas, corpos, etc.
“A tese tem uma abordagem etnográfica e foi escrita após aproximadamente seis meses de trabalho de campo, divididos em estadias diferenciadas que se relacionavam a eventos específicos que acontecem no calendário local, como a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, o tempo da política, o tempo das águas. Nessas estadias, residi em casas das quatro comunidades quilombolas pesquisadas, o que já acontecia desde 2009, quando iniciei as pesquisas na região, principalmente na comunidade Pinheiro. Portanto, a experiência adquirida ao longo de treze anos contribuiu significativamente para o aprofundamento das questões centrais da pesquisa, que se relacionam diretamente com os temas do parentesco, da política e da construção da memória”, explica Yara.
Ainda de acordo com a instituição, a professora é associada ao Métis, um projeto temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Yara é vinculada ao projeto como pesquisadora associada por meio do Grupo de Pesquisa Hybris, o qual ela faz parte na Universidade de São Paulo (USP).
“Os principais resultados da tese me mostraram que os quilombolas da região estão sempre buscando referências no passado para entenderem o presente e se direcionarem ao futuro, algo semelhante à filosofia africana do Sankofa, que ensina que é preciso olhar para trás para caminhar à frente. De maneira ampla, o parentesco, a política e a religião se constroem com forte base no território que ocupam, principalmente nas casas, conhecidas como casas raízes. A partir disso a figura da mãe surge como central, sendo reconhecida pelo respeito que inspira e pela força que adquire com os desafios cotidianos. A maternidade extrapola o campo do parentesco e surge como ponto de referência para compreenderem a política, por exemplo. Portanto, o trabalho feminino da criação dos filhos é fundamental para compreendermos uma série de fatores que não são associados diretamente ao parentesco”, comenta a docente sobre os resultados em relação à tese. (Clic Folha)
Astério Moreira de Santana Neto e Marcelo Henrique Silva, vencedores do 1º Prêmio Alta Literatura Foto: Divulgação
O Grupo Editorial Alta Books acaba de anunciar os vencedores da primeira edição do Prêmio Alta Literatura. Astério Moreira de Santana Neto ganhou a categoria não estreante com o livro A Morte da Finada, de realismo mágico. Já o médico passense Marcelo Henrique Silva conquistou a categoria estreante com o romance histórico Sangue Neon.
Além da publicação das obras, o autor não estreante recebe um prêmio de R$ 60 mil, enquanto o estreante recebe R$ 20 mil. Neste segunda categoria, outros dez selecionados ganham uma oficina de escrita criativa. São eles: Adriane Garcia Pereira, Ana Maria da Silva Souza Rodrigues, Angela Issler Marsiaj, Carla Íria Perim Guerson, Guilherme Augusto Trigo Doin, João Matias de Oliveira Neto, Jordão Alves da Cruz Filho, Paulo Furnari Gama, Pedro Felipe Wosch de Carvalho, Raphael Geraldo Gomes
Ao todo, foram 850 inscrições, 60% homens e 40% mulheres. Os jurados da categoria não estreante foram Natalia Timerman, Socorro Acioli e Jeferson Tenório. Já os jurados que avaliaram os livros de estreantes foram Eliane Robert Moraes, Luiz Antonio de Assis Brasil e Luiz Ruffato.
Em comunicado à imprensa, Rodrigo de Faria e Silva, que idealizou o concurso com o CEO da Alta Books, Gorki Starlin, disse que a premiação “foi um sucesso tanto pelo número de inscritos quanto pela qualidade das obras submetidas, mostrando que a produção literária contemporânea brasileira está a todo vapor.”
VENCEDORES
Marcelo Henrique Silva nasceu em Passos, mas hoje mora em Belo Horizonte. É médico e atuou na linha de frente durante a pandemia de covid-19. Tem como foco o cuidado de grupos vulneráveis, minorias e pacientes oncológicos.
Sangue Neon é ambientado entre os anos 1970 e 1990, quando a epidemia de aids chegou ao Brasil. Inspirado em eventos reais, ele segue diferentes personagens que se cruzam na luta contra a doença e a discriminação sofrida naquele período.
Astério Moreira de Santana Neto nasceu em 1992 em Tucano, município do sertão baiano. Além de escritor, é advogado, formado em Direito pela Universidade do Estado da Bahia. Seu primeiro livro, Desgosto, foi publicado em 2022 pela editora Mondrongo e retrata uma vila na Bahia cujos habitantes sofrem de uma epidemia de desgosto.
A Morte da Finada, livro que ganhou o prêmio, segue a história de uma jovem do sertão nordestino que conta sua vida a partir dos acontecimentos que levaram à sua morte. A obra aborda a experiência da mulher em um sertão marcado por “machismo, opressão financeira, religiosidade, superstição e moralismo severo.”
LEIA TRECHO DE SANGUE NEON:
“Antes do bisturi havia o corpo. Depois, o objeto. Uma vez abertas as fibras superficiais da pele e do tecido subcutâneo e expostos os feixes vásculo-fibrosos de acordo com a habilidade de dissecação do anatomista, não havia mais pessoa havia página. Era carne que se descortinava ao conhecimento como folhas de um livro definitivo. O que se deitava na maca não era alguém, mas algo. E como todo algo: passível de ser manuseado. Um brinquedo de montar e desmontar com instruções complicadas e peças redundantes. Para cada parte, um código sofisticado a ser decifrado. Naquele estudo havia um roteiro específico a se seguir: localizar o plexo e identificar seus componentes com alfinetes coloridos. Era preciso muito cuidado: um movimento errado, um apertar indelicado e o tecido se rebenta e se perde, torna-se inútil. E o que um dia foi corpo e depois se tornou objeto, torna-se por fim nada.
Míseros alunos àquele tempo, incomodavam-se somente com o bafo ácido do formol que lacrimejava pelas córneas e sugava a umidade das pontas dos dedos, como um veneno devorando tônus e impressões digitais. As figuras desenhadas pelos atlas eram comparadas com as peças expostas quase como quem compara uma obra de arte com o mundo real. Cada grupo de seis estudantes se reunia ao redor do corpo designado para si. Ouviam com atenção as demonstrações dos monitores e fingiam tomar notas. Grafites riscavam papeis em vão.
O plexo braquial era uma malha de troncos nervosos sob a axila que ora se ramificavam ora se confluíam à medida que ganhavam o membro, carregando em suas bainhas o que um dia foi uma intensa corrente elétrica que fazia aquele corpo levantar os braços, dançar e abraçar. Que conduziam aquelas pernas pelas ruas, que doía, que dava prazer e sentia medo. Somente meninos, não pensavam nessas coisas. O objetivo era decifrar o mistério do plexo e nada além. Alguns desenhavam, outros faziam esquemas e mnemônicos e uns simplesmente aceitavam: há coisas que não se podem entender. Depois da prova nem sabiam mais por onde andava o tal plexo e já procuravam decorar o próximo tópico da ementa.
Os monitores eram sempre os últimos a deixar o anatômico, guardiões responsáveis por organizar as pranchetas e recolher as peças. Saíam os calouros todos rapidamente, tinham fome e sede, queriam comer o ar, jogar água na cara e lavar o cabelo. Queriam ver gente viva e se sentirem vivos por ainda não estarem dissecados, por ainda não serem páginas. A padiola rangeu e ela olhou, curiosa. A maca possuía duas alças articuladas em aço inox, facilitando o manuseio do cadáver para a carga e descarga daqueles corpos no tanque.
Não aquele, mas aquilo, como toda matéria, como toda substância. Ordinária em vida, infundado conjunto de células e tecidos e sistemas e organismos desprovidos de significado, a não ser o que faziam de si mesmos. Mas que depois de dissecada era enfim útil, tornava-se nobre, conveniente, ganhava status divino. A peça sobre a qual se extraía a dádiva do aprendizado.
A caloura arriscou perguntar quem era, tentando imputar alguma essência à ideia de identidade. O monitor olhou confuso para a face das duas figuras femininas, a viva e a morta, como se comparasse os traços e tentasse identificar assimetrias. Depois estacionou a visão sobre a genitália _ da morta, não da viva _ ocultando um sorriso cínico de quem faz uma descoberta. Não moça, era uma traveca, viviam matando e morrendo.
A figura sorriu _ a viva, não a morta _ e rezou para que seu caminho nunca se cruzasse com uma daquelas _ viva”. (Observo)
Estudante brasileira cria conservante natural e ganha prêmio internacional – Foto: redes sociais
A estudante Gabrielle de Oliveira Rodrigues criou um conservante natural potente, sem aditivos artificiais, a partir de plantas nordestinas, e recebeu um prêmio internacional pelo trabalho.
Aluna da Escola de Ensino Médio Luiz Girão, em Maranguape, no Ceará, Gabrielle recebeu o prêmio Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), em Los Angeles, nos Estados Unidos, com o “Revestimento comestível à base de mandacaru e carnaúba: uma nova alternativa como conservante de frutos”.
Ela ficou em 2º lugar na categoria Plant Sciences no Gran Awards e se diz incomodada com os excessos químicos e desperdício de alimentos, por isso teve a grande ideia do conservante natural. “Esse tipo de método conservativo faz mal à saúde humana e alguns desses conservantes podem não ter uma ação efetiva na conservação de frutos”, disse a brasileira premiada.
Conserva frutas por 27 dias
A brasileira estudou o mandacaru e a cera de carnaúba para criar um conservante saudável, natural e sustentável.
Segundo ela, o conservante natural que criou é capaz de fazer uma fruta durar por até 27 dias.
E a estudante quer muito mais: planeja implementar seu conservante em cooperativas de agricultura familiar em sua região, ajudando a diminuir o desperdício e beneficiar agricultores locais.
Apoio que precisava
Estudante brasileira cria conservante natural e ganha prêmio internacional – Foto: redes sociais
De acordo com Gabrielle, sua escola pública deu todo o suporte que precisava para a pesquisa e desenvolvimento do trabalho, sob orientação do professor Carlos Eduardo Oyama.
“Como todo projeto de iniciação científica, foi cheio de altos e baixos, porém muito exitoso. Gabrielle foi uma aluna excepcional durante toda a sua trajetória e conseguiu resultados incríveis com o RCMC (conservante) em suas testagens finais”, ressaltou o professor.
O professor disse que o prêmio obtido por Gabrielle é um belo reconhecimento. “Para minha escola, foi o reconhecimento de um trabalho que há 8 anos vem colhendo frutos da iniciação científica, sendo premiada dentro e fora de nosso estado”, afirmou.
A meta da brasileira é dar continuidade à pesquisa em nível superior.
“Quero fazer um estudo extenso, verificando todas as possibilidades de trabalhar com essas duas espécies, inclusive verificar a compatibilidade do meu conservante com outros frutos, como a acerola, o fruto mais produzido na região de Maranguape”, disse.
Ampliar a pesquisa com acerola
Ela incentiva outros estudantes a se envolverem na pesquisa científica e fala do impacto positivo que isso pode ter em suas vidas e comunidades.
“Desejo que todos os estudantes sempre busquem se engajar em pesquisas dentro do ambiente escolar, busquem ir além, independentemente de qualquer obstáculo. É extremamente importante que tenhamos cada vez mais alunos pesquisadores”, ressaltou.
A ideia agora é ampliar a pesquisa, incluindo acerola, fruta que existe em abundância no Ceará, e continuar seus trabalhos.
“A pesquisa científica muda vidas, forma profissionais de excelência mesmo em nível pré-universitário. É algo extremamente importante para a educação e não forma apenas cientistas, mas cidadãos que poderão eventualmente solucionar diversos problemas em nível nacional e global.”
Uma trajetória de prêmios
Gabrielle obteve, com o mesmo projeto de pesquisa do conservante natural, sete prêmios.
Ela conseguiu o 1º lugar geral na categoria Ciências Agrárias, na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), a maior do Brasil, promovida pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).
No mesmo evento científico, Gabrielle conseguiu credencial para a ISEF 2024. Para participar da Febrace, por sua vez, o credenciamento veio por conta da participação na Mostra Científica do Cariri, em 2023, com a experiência desenvolvida na Escola Luiz Girão, em que a aluna cursava a 3ª série do Ensino Médio.
Na ocasião, a iniciativa da brasileira ficou em primeiro lugar na categoria Ciências Agrárias, segundo informações do governo do Ceará.
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