Prefeito de São José da Barra por meio Secretaria de Agropecuária, Indústria e Comércio celebra convênio com o IMA – Imagem: Reprodução
Desde junho de 2024, os produtores rurais de São José da Barra (MG), precisavam deslocar para cidades vizinhas em busca dos serviços do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), devido a falta de renovação do convênio.
No dia 2 de janeiro de 2025, o Secretário de Agropecuária, Industria e Comércio, Romulo Leandro, iniciou as tratativas para retomada de parceria e assim, facilitar para o produtor rural de São José da Barra. No dia 14 de janeiro, o prefeito Marcelo Rodrigues da Silva, assinou o Termo de Cooperação Técnica, o qual foi oficializado dia 21 de janeiro no Diário Oficial:
DIARIO OFICIAL DE 21/01/2025 Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA SEI N º 2370.01.0000218/2025 – Partes: IMA e o MUNICIPIO DE SÃO JOSÉ DA BARRA Objeto: Instalação do Posto de Atendimento. Vigência: 60 meses a partir de sua publicação.
Na última quarta-feira (22), o secretário municipal, Romulo Leandro, o Chefe de Agropecuária, Rubens Ribeiro, e o Chefe de Indústria e Comércio, Rafael Cardoso, participaram de um treinamento do Programa SIDADRO (Sistema de Defesa Agropecuária), para consultas, emissão de guias, cartas de avisos etc.
Na última sexta-feira (24), oficialmente foi inaugurado o Posto de Atendimento do IMA, na prefeitura de São José da Barra.
Para o prefeito, Marcelinho Silva, foi um grande avanço para o produtor rural, pois em 20 dias de gestão, diversos convênios e parcerias foram celebradas, incluindo o do IMA que é de grande importância para a agropecuária local.
O secretario municipal, Romulo Leandro, também comemou a conquista deste termo de cooperação, pois os produtores estão com diversas demandas do IMA.
Os produtores rurais, poderão comparecer na Secretaria de Agropecuária, Industria e Comércio, no piso superior da prefeitura, na Travesaa Ary Brasileiro de Castro, n⁰ 272, centro – São José da Barra/MG, para solicitar os serviços.
Sobre o IMA
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), é responsável pela execução das políticas públicas de defesa sanitária animal e vegetal no estado de Minas Gerais. Atua também na inspeção de produtos de origem animal, certificação de produtos agropecuários, educação sanitária e no apoio à agroindústria familiar.
Todas as atividades exercidas pelo IMA visam à preservação do meio ambiente e da saúde pública e estão focadas no desenvolvimento do agronegócio obedecendo as diretrizes fixadas pelo Governo Estadual e Federal para o setor.
O IMA, é uma autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, criada em 7 de janeiro de 1992, possui sede e foro no município de Belo Horizonte e jurisdição em todo o Estado de Minas Gerais.
12 de julho é instituído como o Dia Nacional do Produtor de Leite – Foto: reprodução
A partir de agora, o calendário oficial brasileiro passa a ter uma nova data comemorativa: 12 de julho foi instituído como o Dia Nacional do Produtor de Leite. O Projeto de Lei (PL) nº 6.487 estava em tramitação na Câmara dos Deputados desde 2019, foi aprovado no Senado Federal em abril e nesta terça-feira (28) foi sancionado pelo presidente tornando-se a Lei nº 14.870 / 2024.
A deputada federal e presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Produtor de Leite (FPPL), Ana Paula Leão (PP-MG) considera a medida como uma conquista para o setor. “O produtor de leite não tem sábado, não tem domingo, não tem dia santo e não tem contracheque. Essa data é importante porque as pessoas vão ter a oportunidade de saber um pouco mais sobre como é a lida no campo. E mais do que um dia só nosso, queremos políticas públicas concretas que reconheçam o trabalho e valorizem o produtor de leite brasileiro”, salientou.
O PL, de autoria dos deputados federais Emidinho Madeira (PL-MG), Domingos Sávio (PL-MG) e Evair Vieira de Melo (PP-ES), prevê também que tanto o setor público como o privado promovam palestras e seminários para estimular o consumo, para debater políticas direcionadas à cadeia produtiva leiteira e para valorizar o produtor.
Influenciador e produtor rural gay de MG fala sobre preconceito e como é conviver com HIV – Foto: redes socias
‘’Não foi fácil esse processo de aceitação de que estou carregando no meu organismo um vírus que não tem cura’’. A frase é do influenciador digital Jorge Santos, de 34 anos, natural de Uberaba, no Triângulo Mineiro e que atualmente vive na Zona Rural do Município. No início do ano ele descobriu ser portador do vírus HIV.
A descoberta veio através de um teste rápido realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) em Uberaba (MG), após Jorge sentir alguns sintomas visíveis, como úlcera oral (limpa branca), suor noturno, dores forte de cabeça, perda de peso, gengivite, fadiga ao caminhar e diarreia.
‘’Fui à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e me encaminharam para o CTA, fiz teste rápido onde o resultado saiu em 15 minutos. Tive que fazer o teste duas vezes, para ter a certeza de que o primeiro não estava errado. Enfim, o diagnóstico veio após consultas com o infectologista’’, disse o influencer.
Atualmente, Jorge realiza tratamento em um laboratório especializado em Uberaba, cerca de 60 quilômetros de distância da zona rural onde mora. Uma vez por mês, ele faz consultas de rotina, e toma dois medicamentos por dia para evitar a contaminação e que o vírus se espalhe pelo seu organismo.
Influenciador e produtor rural gay de MG fala sobre preconceito e como é conviver com HIV – Foto: redes socias
Jorge conta que a primeira pessoa a saber do diagnóstico foi sua mãe, mas que teve dificuldade para contar.
‘’Tive que engolir muitas palavras, pois eu não tinha coragem e nem palavras para expressar os ‘trens’. Depois de muita coragem, contei. A reação da minha mãe foi só de chorar. Mas ela ficou muito preocupada, pois teve uma tia que faleceu com AIDS, claro que não tinha tratamento adequado como temos hoje, mas minha mãe não consegue compreender isso. Ela acha que posso bater as botas a qualquer momento por conta disso’’, contou.
Jorge relata que aos poucos os familiares todos ficaram sabendo ‘’por boca de outras pessoas da própria família, os fofoqueiros’’. Ele diz que atualmente não se importa mais com isso e que inclusive fala abertamente sobre o assunto em suas redes sociais.
AgroGay: como tudo começou
Em suas redes sociais, o AgroGay, como é conhecido, posta sua rotina para seus milhares de seguidores. Porém, o que chama a atenção mesmo é o seu sotaque bem puxado para o ‘mineirês’. Suas respostas às ‘caixinhas de perguntas’ do Instagram fazem sucesso entre os internautas, devido a forma bem humorada que ele responde e ao sotaque diferenciado.
Segundo Jorge, ele começou a se descobrir gay com 11 anos, porém, mesmo sendo certo de sua sexualidade, sempre foi um ‘peão’ mais introvertido.
‘’Eu sempre morei na roça com minha família, sempre fui quieto e nunca fui de fazer muitas amizades. Nunca precisei me assumir gay pra ninguém, até hoje nunca precisei. Foi tudo natural. No começo minha família rejeitou o fato de eu ser um filho gay, fui expulso de casa, morei em casa de abrigos, orfanato e no acompanhamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra). Tudo se tornou um tormento pra família quando eu tinha uns 24 anos de idade, quando apresentei meu primeiro namorado’’, disse.
O influenciador diz que devido ele ser homossexual e trabalhar no campo, resolveu compartilhar sua vida nas redes sociais e responder de um jeito diferente aos ataques homofóbicos que sofria constantemente.
Influenciador e produtor rural gay de MG fala sobre preconceito e como é conviver com HIV – Foto: redes socias
‘’A vida no campo não é fácil. É um ambiente árduo e machista. Há muito preconceito e brincadeiras sem graça contra a comunidade lgbtqiapn+. Um ambiente de engolir piadas sem graça, comentários homofóbicos e histórias de que os gays não podem ‘estragar a tradição do agro’. Cresci em fazendas onde sempre ouvia que homem foi feito pra casar com mulheres, ser o machão da família, ser o bruto da lida e mascar fumo pra ter um ar de superioridade e ter o estilo de homem robusto do mato. Foi então onde decidi abrir uma conta no Instagram (@89jorgesantos), e fazer vídeos quebrando tabus e respondendo comentários preconceituosos que todo gay que mora na zona rural ouve no dia a dia. Muitos não têm coragem de fazer o que faço nas redes sociais, de mostrar ao mundo que a diversidade também é importante no agro. Assim, com o crescimento da minha conta no Instagram , tive o privilégio de ser chamado pela TV Globo – Globo Rural no mês do orgulho LGBT e dar uma entrevista para mostrar essa diversidade tão importante. Hoje tenho zindtagram, TikTok e Kwai como redes sociais de apoio’’, relatou Jorge.
Atualmente, Jorge namora com o também influenciador Wellington Cristiano Aparecido Marques Ferreira (@chrys.oficiaal), conhecido por Cris, de 32 anos. Eles se conheceram pelo Instagram uma semana antes do peão anunciar abertamente nas redes sociais sobre sua sorologia.
‘’Eu estava namorando outro peão, então conversamos pouco por essa semana antes do anúncio. No dia do teste rápido do CTA, conversei com o Cris pelo Instagram pedindo um ombro pra eu chorar e desabafar tudo o que estava sentindo a respeito do resultado. Já que meu ex-namorado tinha me abandonado depois que falei pra ele do resultado do diagnóstico. Foi então onde o Cris teve mais espaço diariamente, me dando apoio, fazendo ligações de vídeo e áudio conversando comigo pra eu não fazer besteira na vida, já que eu estava no começo de uma depressão e estava prestes a tirar minha própria vida, porque eu não conseguia aceitar o diagnóstico e nem a separação do relacionamento’’, contou Jorge.
Cris também cria conteúdos para a internet com o filho, William, de 11 anos, com objetivo de quebrar tabus e preconceitos. O namorado reside em Guaratuba, no Paraná, cerca de 1.150 quilômetros de distância de onde Jorge mora, ou seja, 22 horas de viagem.
Influenciador e produtor rural gay de MG fala sobre preconceito e como é conviver com HIV – Foto: redes socias
‘’Já faz três meses que eu e Cris estamos namorando. Vivemos assim: vinte dias na cidade dele e vinte dias lá na roça no interior do Triângulo Mineiro. Além de digital influencer, o amor da minha vida também é pescador, assim como toda a família dele’’, disse.
Cris é pai de 3 filhos, frutos de um antigo relacionamento. Marielle, de 12 anos, William, de 11 e Isaque, de 8.
De acordo com Jorge, os filhos de Cris são crianças de mente aberta e muito bem educadas.
‘’São treinadas para espalhar o amor, o respeito e o carinho pelo mundo. São crianças estudadas, lindas, extrovertidas, animadas, inteligentes e saudáveis. São crianças ensinadas a se defender caso receba algum comentário preconceituoso nas ruas ou na escola por ter dois pais. Por esse motivo, o amor é o que reina no lar sabendo que agora eles têm dois pais que se amam’’, diz o AgroGay.
Influenciador e produtor rural gay de MG fala sobre preconceito e como é conviver com HIV – Foto: redes socias
Além da renda do campo, oriunda de lavoura de cana de açúcar, Jorge também capitaliza pelos conteúdos postados nas plataformas digitais, como Instagram, TikTok e Kwai. ‘’Tenho uma renda mensal considerável pela qualidade de meus vídeos, que contém uma quantidade significativa de visualizações e interações’’.
Com humor e inteligência, o peão diz que não existe tempo, idade e nem limite para se assumir. ‘’Recomendo não ficar ali dentro (do armário), pois tem um cheiro muito forte de mofo e naftalina. Se sentir que não é a hora de sair do armário para respirar um ar puro, então não faça nada com pressa. Pense e reflita nas pessoas com quem quer se abrir, no ambiente onde vive e até mesmo nas pessoas com quem quer se relacionar’’.
Em relação a ser soropositivo, Jorge diz que teve sorte em encontrar alguém que o aceitou do jeito que é, mesmo sabendo que ele é portador do vírus.
‘’Eu sou soropositivo, o Cris não. Agora, tenho que ter atenção duplicada. Proteger eu e ele contra alguma infecção. Se você tem HIV e sofre calado, costuma ir pra um bosque para chorar sozinho, ou tem medo de se abrir pra alguém da família, incentivo a encontrar um amigo do peito que sempre teve ao seu lado, se abre aos poucos com ele. Comece fazer estudos sobre HIV para entender melhor sobre o vírus. Se sinta confortável e confiante em falar para alguém sobre sua sorologia, ou então siga seu coração. Se precisar de mim, eu tô aqui. Pode me procurar também. Lembrando que, mesmo tomando as medicações corretamente, ou não, nunca deixe de se prevenir usando preservativo! Essa é a melhor escolha’’, aconselha o influenciador.
O casal é um sorodiscordante, isto é, Jorge possui o vírus e Cris não.
‘’Meu boy não convive com o HIV. Ele toma prep, um medicamento que ajuda a combater a infecção por manter um relacionamento de risco, mesmo sabendo que eu sou um soropositivo indetectável. Cris não tem medo, pois ele sabe se prevenir e se cuida. Ele sabe que hoje em dia temos tratamento. Temos um namoro descontraído, um peão e um pescador vivendo numa casa com três crianças extrovertidas e feliz’’, finaliza o peão.
Influenciador e produtor rural gay de MG fala sobre preconceito e como é conviver com HIV – Foto: redes socias
Renda média dos produtores rurais do Sul de Minas Gerais apresenta queda – Foto: reprodução
A Renda Média do produtor rural do Sul de Minas Gerais apresentou uma queda de 6,63%, no ano de 2023, conforme pesquisa do Departamento de Gestão do Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (DGA/UFLA).
Conforme o coordenador da pesquisa, professor Renato Fontes, a movimentação de preços da commodity é normal no setor de produção agropecuária, pois o mercado se organiza de forma bastante pulverizada na produção agropecuária, caracterizando como mercado em concorrência perfeita, onde o preço das commodities é dado pela interação da oferta e demanda.
Neste ano, notou-se queda em diversos setores de produção. Contudo, o setor de grãos se destacou, apresentando uma redução de 26,65%. A maior expressividade de queda foi vista no preço do feijão, que em janeiro custava R$400,00 e em dezembro foi comercializado por R$245,00, indicando uma queda de 37,75%. Apesar da soja e do milho terem uma recuperação nos seus preços no último mês do ano, seus índices ainda representam uma redução em relação a janeiro de 16,9% e 11,68% respectivamente.
Essa queda ocorreu, principalmente, pela boa safra, devido ao grande aumento na produção e/ou produtividade. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sobre a safra 22/23, o feijão, a soja e o milho tiveram um aumento nas suas produtividades de 7,9%, 15,9% e 13% respectivamente.
O setor das proteínas animais, formado pelo conjunto de carnes de boi, ave, suíno e peixe, apresentou uma queda média de 18,5%, resultado de uma expansão na oferta, de preços melhores no passado. Um fator que amenizou este resultado na renda dos produtores de carne foi o barateamento dos insumos utilizados em sua produção. Contudo, houve destaque para o movimento do preço do boi gordo que diminuiu em 19,2% em relação a janeiro, sendo resultado do grande volume de abates no ano de 2023.
As verduras também tiveram uma diminuição substancial no índice, com destaque para queda nos preços da cebola, 46,04%, e o tomate, 16,13%. No caso do tomate, essa variação se deu pelo aumento da oferta no mercado devido a maturação acelerada do fruto, com o calor, fazendo com que houvesse um direcionamento do produto ao mercado. No caso da cebola e outras commodities que também tiveram queda, a variação acontece regionalmente, variando, portanto, de acordo com o local de coleta de dados, já que, esse setor é caracterizado por uma grande pulverização de produção no território nacional.
Outra queda expressiva de preço ocorreu no mercado leiteiro. Preço elevado no passado estimulou a oferta no mercado interno, junto com a elevada importação de lácteos e uma maior dificuldade financeira por parte da população em consumir derivados lácteos de maior valor agregado, trouxe um novo rearranjo entre a oferta e demanda e o mercado interno não foi suficiente para absorver o aumento da oferta, acarretando em uma queda sequencial nos preços, terminando o ano com uma queda de preço no leite na ordem de 12,2%.
Em contrapartida à queda, destaca-se a recuperação no preço do café no final de 2023, uma vez que vinha acumulando baixa de preços no decorrer do ano. A commodity café obteve uma alta de 9,47% no valor de sua saca.
Os recursos do Plano Safra também já estão disponíveis para financiar projetos de silos, inovação e sustentabilidade
BDMG libera crédito de R$ 60 milhões para o setor do café na Safra 2023/2024 – Foto: Agência Minas
A Safra 2023/2024 já começou para o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Nesta terça-feira (29), foram realizados os primeiros desembolsos com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) em um total de R$ 60 milhões referentes a contratos de financiamento para o setor cafeeiro nas regiões Sul, Alto Paranaíba e Zona da Mata mineira.
Desde o último dia 21, empresas e cooperativas de produtores interessadas em financiar a comercialização, aquisição, capital de giro, armazenagem de grãos, inovação, entre outros, podem acessar os R$ 232,6 milhões destinados ao BDMG pelo Funcafé. Os recursos do Plano Safra, R$ 385 milhões, também já estão disponíveis para os clientes.
“Começamos, agora de forma oficial, a liberar os financiamentos do Funcafé, com o qual conseguimos garantir suporte a toda a cadeia produtiva do grão, um segmento de extrema importância para a economia do país”, diz Gabriel Viégas Neto, presidente do BDMG. “Nossa meta é repetir o desembolso de 100% desses recursos, pois sabemos de importância do crédito para a produção cafeeira”, completou.
Desde o ano safra 2018/2019, o BDMG desembolsa 100% dos recursos do Funcafé destinados ao banco. Além disso, de 2014 até agora são R$ 2 bilhões em crédito para a produção cafeeira por meio do Funcafé. No último período, encerrado em julho, os desembolsos do BDMG, que chegaram a R$ 264 milhões, financiaram a compra de 258 mil sacas de café. Quase 60% do total de recursos seguiu para o Sul de Minas, uma das principais regiões produtoras do estado.
Em 2022, a produção de café em Minas Gerais foi de 22 milhões de sacas, representando 43% da safra nacional. Para 2023, a estimativa é de 27,8 milhões de sacas, representando 50% da safra brasileira. O café é o principal produto das exportações mineiras, respondendo por quase 40% do volume.
Plano Safra
Já no Plano Safra, o BDMG disponibiliza R$ 385 milhões que também já podem ser contratados por empresas e cooperativas. Esse valor representa um aumento de 1.000% em relação ao período anterior. Esses recursos podem ser utilizados para financiar a construção de silos utilizados na armazenagem de grãos; a incorporação de inovação tecnológica nas propriedades rurais; apoio e fomento a setores de produção agropecuária; incremento à competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas; capital de giro; e incentivo ao desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável, além da redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias.
Nos últimos 12 meses, mais de um terço dos desembolsos do BDMG foi para o setor agro. Os recursos para financiamento seguem a lógica da economia estadual, com o agronegócio correspondendo a 22% do PIB mineiro no ano passado e a 36% das exportações totais de Minas Gerais nos sete primeiros meses de 2023.
Os usuários da balsa do Itapiché em Carmo do Rio Claro (MG), pedem que a Eletrobras Furnas melhore a manutenção da embarcação e informam que a balsa atual está sendo usada como substituta da balsa do Itaci, cujos motores foram levados por Furnas para manutenção.
Em nota, a prefeitura de Carmo do Rio Claro informou que a balsa do Itapiché é essencial para os moradores dos bairros rurais Furna, Leandros, Ferreiras, Balbinos e principalmente para os produtores rurais durante a safra. A falta da balsa resulta em prejuízos e aumento dos custos de escoamento da produção agrícola.
“Furnas Centrais Elétricas é responsável pela manutenção de todas as balsas na região, enquanto as prefeituras cobrem os custos de combustível e de profissionais para trabalhar nas embarcações”, afirmam em nota.
Segundo a Divisão de Transporte da Prefeitura de Carmo do Rio Claro, Furnas ainda não informou quando a manutenção da balsa do Itaci será concluída, para que a balsa do Itapiché possa retornar à sua comunidade.
Produtores locais se reuniram na última terça-feira (17) para exigir que Furnas resolva o problema com rapidez, já que a travessia é fundamental para o escoamento da produção. O prefeito Filipe Carielo criticou a ineficiência de Furnas em sua única responsabilidade, que é manter as balsas em funcionamento. O vereador Elton Reis, representante da Câmara Municipal, pediu sensibilidade aos responsáveis para acelerar a manutenção, mencionando que, como caminhoneiro, sabe que é possível resolver o problema em um dia com determinação.
“No ano passado, a direção de Furnas anunciou a compra de 34 novas balsas, mas até agora elas não foram colocadas em operação. Além de Carmo do Rio Claro, outros municípios da região também estão cobrando e dependem da entrega dessas balsas”, finaliza a nota da prefeitura.
O produtor rural Robinho, gravou um vídeo para expor a insatisfação, informando que desde o dia 14 de maio o transporte aquaviário foi interrompido e continua suspenso sem previsão de retorno.
“A balsa tem dois motores, primeiro fundiu um, fizeram a solicitação para o concerto e ignoraram, ficou aproximadamente 15 dias operando somente com um motor. No dia 14 de maio fundiu o outro motor, os mecânicos de Furnas vieram na última segunda-feira (16), identificaram o problema e agendaram somente para retirar os motores para levarem para retífica na sexta-feira (19). Sempre acontece isso e o transporte é interrompido”, pronunciou o produtor.
Robinho frisa que na base da Eletrobras Furnas tem balsa do município de Carmo do Rio Claro que levaram para reformarem e está prontinha.
“Eles colocam obstáculos em tudo e não estão nem aí para nós usuários da balsa. Peço humildemente ajuda ao Jornal Folha Regional para chegar às autoridades competentes. Estão violando o nosso direito. Precisamos ser respeitados. Esse descaso não é a primeira vez e não será a última. Isso sempre acontece. Basta, chega. Queremos que nosso direito seja respeitado”, finalizou.
Eletrobras Furnas pronuncia
Em nota para o Jornal Folha Regional, a Eletrobras Furnas reafirma que, de forma responsável, toma as providências referentes às manutenções corretivas das balsas que operam na travessia do reservatório. A atual indisponibilidade da balsa Delfinópolis foi provocada pela perda dos dois motores, um em 11 de maio e outro em 15 de maio do corrente ano, em decorrência de falhas na manutenção operacional (que não é de responsabilidade da empresa).
Em ambas as ocasiões, a equipe de manutenção da Eletrobras Furnas realizou prontamente a inspeção e constatou a contaminação por óleo lubrificante nos motores devido à falta de manutenção preventiva por parte da tripulação, conforme relatório enviado à Prefeitura de Rio Claro. Segundo o fabricante dos motores, a substituição do óleo lubrificante e filtros deve ser efetuada a cada 250 horas e os motores estavam com 382 e 396 horas, o que inviabiliza o funcionamento da embarcação.
Os motores foram enviados para retífica e a empresa aguarda informações sobre os danos e prazo dos reparos.