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Prefeitura protocola projeto na Câmara para reajustar em 7% o salário dos servidores em São José da Barra

Prefeitura Municipal de São José da Barra - Foto: arquivo/Jornal Folha Regional
Prefeitura Municipal de São José da Barra – Foto: arquivo/Jornal Folha Regional

A prefeitura de São José da Barra (MG) protocolou, na última terça-feira (21), um Projeto de Lei na Câmara Municipal, com a proposta de reajustar o salário dos servidores municipais em 7%. O projeto ainda será votado pelos vereadores.

O documento foi assinado pelo prefeito de São José da Barra, Marcelinho Silva, que defende o aumento e diz que o executivo implantou uma redução de gastos para chegar na medida.

‘’O município realizou a redução de gastos e assim chegar ao reajuste salarial em 7%, já que haviam alguns anos que os servidores não tinham um reajuste neste percentual’’, informou o prefeito.

De acordo com o Projeto de Lei,  4,77% do aumento salarial é com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulado no período de janeiro a dezembro de 2024, em atendimento ao artigo 40, parágrafo único da Lei Complementar n° 020/2007, além do aumento real de 2,23%, totalizando 7%.

Agora, o projeto deverá ser analisado pelo Legislativo e votado em sessão na Câmara. Não há previsão de quando a votação deverá ocorrer.

Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio

Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio - Foto: redes sociais
Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio – Foto: redes sociais

Manifestantes realizaram atos na última quinta-feira (13) em diversas cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, contra o projeto de lei que equipara o aborto a homicídio, e argumentam que a aprovação da proposta, que tramita na Câmara dos Deputados, vai colocar em risco a vida de milhares de brasileiras, especialmente meninas, que são as principais vítimas da violência sexual no país, além de desrespeitar os direitos das mulheres já previstos em lei.

O Projeto de Lei 1904/24 prevê que o aborto realizado acima de 22 semanas de gestação, em qualquer situação, passará a ser considerado homicídio, inclusive no caso de gravidez resultante de estupro. A pena será de seis a 20 anos para mulher que fizer o procedimento.

Atualmente, a legislação permite o aborto ou a interrupção de gravidez em casos em que a gestação decorre de estupro, coloca em risco a vida da mãe e de bebês anencefálicos. Não está previsto um tempo máximo da gestação para que seja realizado. Na legislação atual, o aborto é punido com penas que variam de um a três anos de prisão, quando provocado pela gestante; de um a quatro anos, quando médico ou outra pessoa provoque um aborto com o consentimento da gestante; e de três a dez anos, para quem provocar o aborto sem o aval da mulher. 

Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio - Foto: redes sociais
Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio – Foto: redes sociais

Na noite de ontem (12), a Câmara dos Deputados aprovou urgência para a votação do projeto de lei, ou seja, o texto pode ser votado diretamente no plenário sem passar por discussão nas comissões. 

Em São Paulo, o protesto foi realizado na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), sob gritos de “Criança não é mãe”, “Respeitem as mulheres” e “Fora Lira” [Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados].

Para as manifestantes, a aprovação da proposta vai afetar principalmente as crianças, cujos casos de abuso sexual e gestações demoram a ser identificados, resultando em busca tardia aos serviços de aborto legal. De acordo com dados do Fórum de Segurança Pública, 74.930 pessoas foram estupradas no Brasil em 2022. Desse total, 61,4% eram crianças com até 13 anos de idade.

“Esse projeto de lei é totalmente inconstitucional, uma vez que ele coloca em risco milhões de meninas que serão obrigadas a serem mães dos filhos de seus estupradores e mulheres que serão obrigadas a levar uma gestação sendo vítima de violência sexual”, disse Rebeca Mendes, advogada e diretora-executiva do Projeto Vivas – entidade que atua junto a mulheres que necessitam de acesso ao aborto legal, em entrevista.

Outra crítica é que se o projeto de lei for aprovado, a pena para as mulheres vítimas de estupro será maior do que a dos estupradores, já que a punição para o crime de estupro é de 10 anos de prisão, e as mulheres que abortarem, conforme o projeto, podem ser condenadas a até 20 anos de prisão. “Esse PL protege o estuprador, não a vítima. E isso diz muito sobre a nossa sociedade”, acrescentou. 

Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio - Foto: redes sociais
Manifestantes protestam contra projeto que equipara aborto a homicídio – Foto: redes sociais

Quem também participou do ato na Avenida Paulista foi Jennyffer Tupinambá, uma mulher indígena do povo Tupinambá de Olivença e que sofreu violência sexual quando criança. “”Estou aqui na Paulista muito emocionada. Fui vítima de violência sexual na primeira infância, entre os 3 e 11 anos, e poderia ter engravidado. Olho isso hoje sabendo que nossos representantes iriam me forçar a ter um filho de um estuprador. Esse é um trauma que até hoje, aos 40 anos, tento superar. E não há superação. Como é que uma vítima, que está totalmente abalada e traumatizada, poderia ser mãe?”, questionou ela. “É inadmissível que hoje o Brasil esteja aceitando isso e que deputados estejam direcionando o que o nosso povo deve fazer”, ressaltou.

No ato, houve críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por ter colocado o projeto de lei em votação. “Hoje estamos aqui contra o absurdo que foi feito pelo presidente [da Câmara dos Deputados] Arthur Lira, onde ele, em 23 segundos, conseguiu colocar em risco milhões de meninas e mulheres que são vítimas de violência sexual. Nossos direitos foram barganhados em 23 segundos ontem no Congresso Nacional”, disse Rebeca Mendes.

Na Câmara, Lira afirmou que o projeto foi colocado em votação para ser apreciado em regime de urgência após acordo entre os líderes partidários. 

Em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proibia a utilização da chamada assistolia fetal para interrupção de gravidez. O procedimento é usado pela medicina nos casos de abortos previstos em lei, como o caso de estupro.

Câmara aprova PL da ‘Taxa das Blusinhas’; texto vai à sanção de Lula

Câmara aprova PL da ‘Taxa das Blusinhas’; texto vai à sanção de Lula – Foto: reprodução

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite da última terça-feira (11), o projeto de lei que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e prevê a taxação em 20% de produtos importados de até 50 dólares – o último item foi apelidado de “Taxa das Blusinhas” . Ao todo, a proposta recebeu 380 votos favoráveis e 26 contrários. Agora, o texto segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) .

O PL, que trata de incentivos para a indústria automotiva, tem a “Taxa das Blusinhas” como um jabuti. No Senado, o relator da proposta na Casa, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), chegou a retirar o item do projeto . Apesar disso, para cumprir o acordo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, com Lula, a taxação foi reinserida no texto original .

O Mover

O programa visa “apoiar a descarbonização dos veículos brasileiros, o desenvolvimento tecnológico e a competitividade global”, segundo o governo federal. Ao todo, o projeto prevê que R$ 19,3 bilhões sejam disponibilizados em incentivos para montadoras. 

O incentivo será de R$ 3,5 bilhões em 2024, R$ 3,8 bilhões em 2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028, valores que deverão ser convertidos em créditos financeiros.

O projeto, inclusive, nasce de uma parceria entre o governo federal e as montadoras. Isto porque o presidente Lula pretende retomar a industrialização do país, enquanto as empresas automobilísticas veem com urgência a substituição motores a combustão por 100% elétricos e híbridos. 

Desta forma, os recursos do Mover serão usados para transformar os veículos em híbridos, bem como investir na pesquisa de novas tecnologias. Segundo as diretrizes do programa, as montadoras devem investir até R$ 130 bilhões no Brasil até 2030.

Taxa das Blusinhas

A medida aprovada pelos deputados determina que compras internacionais de até US$ 50 passarão a ter a cobrança do Imposto de Importação (II), com alíquota de 20%. Compras dentro desse limite são muito comuns em sites de varejistas estrangeiros, notadamente do Sudeste Asiático, como Shopee , AliExpress e Shein.

Essas plataformas são chamadas de market place, ou seja, uma grande vitrine de produtos de terceiros, e os preços costumam ser bem mais baratos que os de fabricantes brasileiros.

A cobrança tratada pelo PL é um tributo federal. Fora isso, as compras dentro desse limite de US$ 50 recebem alíquota de 17% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um encargo estadual.

Dessa forma, o consumidor que comprar um produto de R$ 100 (já incluídos frete e seguro), por exemplo, teria que pagar a alíquota do Imposto de Importação mais o ICMS, o que levaria o preço final para R$ 140,40.

Placa Mercosul deve mudar mais uma vez para exibir cidade e estado

Placa Mercosul deve mudar mais uma vez para exibir cidade e estado - Foto: reprodução
Placa Mercosul deve mudar mais uma vez para exibir cidade e estado – Foto: reprodução

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, na última terça-feira (16), o Projeto de Lei 3.214/2023, que defende que placas de veículos voltem a exibir o estado e o município de registro no Brasil. Agora, a proposta seguirá para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se aprovada, a medida entrará vigor um ano depois da sua publicação.

De acordo com o autor do PL, o senador Esperidião Amin (PP-SC), informações como estado e município podem facilitar a identificação de um veículo em situações irregulares por parte das autoridades de trânsito. Se aprovada, a medida entrará em vigor um ano depois da sua publicação, e valerá apenas para novos emplacamentos.

O Brasil implementou o padrão Mercosul para identificação de veículos a partir de 2018. Neste padrão, as placas apresentam apenas a bandeira do país de origem do veículo, mas emitem a cidade e o estado. Essas informações só podem ser identificadas por consultas em um aplicativo. Vale lembrar que a troca da placa para o padrão Mercosul não é obrigatória.

Congresso aprova R$ 15 bi para compensar perda de estados e municípios

Brasília – 22.05.2023 – Foto da Fachada do Congresso Nacional, em Brasília. Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

O Congresso Nacional aprovou na última quinta-feira (9), em Brasília, projeto de lei que libera R$ 15 bilhões para compensar a perda de arrecadação de estados, Distrito Federal e municípios. O texto original do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 40/2023, apresentado em outubro pelo Executivo, previa apenas a liberação de recursos para os ministérios.

Duas semanas depois, a Presidência da República enviou uma nova mensagem para incluir os R$ 15 bilhões destinados a estados, Distrito Federal e municípios.

Desse total, R$ 8,7 bilhões vão cobrir perdas de arrecadação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

Os R$ 6,3 bilhões restantes compensam redução nas transferências aos Fundos de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e dos Municípios (FPM) em 2023.

O repasse para compensar as perdas com o ICMS está previsto na Lei Complementar 201, de 2023, sancionada em outubro. Segundo o texto, a União deve repassar R$ 27 bilhões a estados e ao Distrito Federal até 2025.

O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) decidiu antecipar para este ano a transferência de parte dos recursos, o que deveria começar apenas em 2024. Isso foi possível porque, segundo o ministério, há um espaço fiscal de R$ 74,9 bilhões em relação à meta de resultado primário estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Os R$ 15 bilhões liberados neste ano devem ser rateados de forma proporcional à perda de arrecadação de cada ente. A redução da receita foi provocada pela Lei Complementar 194, de 2022. A norma limitou a 17% ou 18% a alíquota do ICMS cobrada sobre combustíveis e outros produtos considerados essenciais.

Vetos

A partir de acordo entre os líderes partidários, a análise de 33 vetos presidenciais a projetos de lei aprovados pelos parlamentares – inicialmente previstos na pauta do Congresso Nacional nesta quinta-feira (7) – deverá ocorrer somente no dia 23 de novembro.

Um dos itens mais polêmicos é o veto 30/2023, que trata de 47 dispositivos do Marco Temporal das Terras Indígenas (Lei 14.701 de 2023).

O principal dispositivo vetado no projeto de lei 2.903/2023 é o que estabelecia que os povos indígenas só teriam direito às terras que ocupavam ou reivindicavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da atual Constituição Federal.

A questão foi analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou a possibilidade de adotar a data como marco temporal, com decisão em repercussão geral.

Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “há no dispositivo usurpação dos direitos originários já previstos na Constituição”. Da mesma forma, o presidente barrou questões como exploração econômica das terras indígenas, até em cooperação ou com contratação de não indígenas; a vedação de arrendamento das terras indígenas e a proibição de ampliação de terras indígenas já demarcadas.

Para o Congresso rejeitar o veto, é preciso obter maioria absoluta de votos, ou seja, pelo menos 257 votos de deputados e 41 votos de senadores. Caso não alcance essa votação, o veto é mantido.

Projeto propõe oferta de merenda escolar aos finais de semana e nas férias

Projeto propõe oferta de merenda escolar aos finais de semana e nas férias – Foto: reprodução

A merenda escolar deve ser oferecida aos estudantes também em fins de semana e durante as férias, propõe o senador Weverton (PDT-MA). O Projeto de Lei (PL) 3.241/2023 foi apresentado pelo senador em junho e aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Depois, seguirá para a Comissão de Educação (CE) para decisão terminativa.

Weverton explica que a proposta busca combater a situação de insegurança alimentar na qual vivem muitos alunos de escolas públicas.

“Considero que o fornecimento da alimentação às crianças que estudam pode e deve ser estendido para todos os dias da semana, considerando a realidade de vários estados brasileiros nos quais a merenda escolar constitui a principal refeição da criança. O acesso dessas crianças à alimentação de qualidade também no final de semana vai proporcionar um acréscimo significativo no desempenho global e na sua capacidade de aprendizado”, justifica.

Para isso, o projeto modifica a Lei 11.947, de 2009 , que trata da alimentação escolar na educação básica. O aumento do custo será financiado com recursos alocados dos programas de aquisição de alimentos e de incentivo à alimentação sadia do governo federal, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), recriado neste mês pelo governo federal ,e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Autor do projeto, Weverton argumenta que em muitas regiões a merenda escolar é a principal refeição da criança – Foto: Divulgação/Luís Macedo/Câmara dos Deputados

Comissão de Educação de Minas Gerais aprova Projeto de Lei do ‘botão de pânico’ nas escolas

Imagem: reprodução

A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais deu parecer favorável ao Projeto de Lei 587/2019, que cria o botão do pânico nas escolas do estado – públicas e privadas. O aval foi dado durante a 6ª Reunião Extraordinária da comissão, que discute a educação especial na perspectiva inclusiva na última terça-feira (16).

O PL é de autoria do deputado estadual Douglas Melo (PSD). Apesar do parecer favorável, a comissão fez algumas ressalvas no texto, principalmente sobre a necessidade de integração entre as escolas e as autoridades da segurança pública para trabalhar o tema de maneira preventiva e inclusiva.

“Seria recomendável que as iniciativas de lei não se fragmentassem em medidas de caráter isolado, tendo em vista que o fenômeno da violência contra a escola não se restringe à ótica de segurança pública. É necessário, tanto quanto possível, integrar ações relacionadas à gestão pedagógica e ao fortalecimento da autonomia da escola, ao acompanhamento social dos alunos, à pesquisa sobre as condições geradoras de violência e às possíveis formas de intervenção, capacitação e participação das comunidades nas ações desenvolvidas”, afirmou a presidente da comissão, deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT).

Se aprovado e sancionado, o projeto obriga as autoridades a comparecer nas escolas para ministrar palestras sobre a importância do dispositivo, que será diretamente ligado às viaturas, destacamentos, centros de operações de segurança, batalhões, regiões integradas de segurança pública, entre outros.

O objetivo é diminuir o número de crimes nas escolas, principalmente aqueles ligados a massacres, como os ocorridos no Brasil recentemente. “O dispositivo de segurança, uma espécie de “alarme de pânico”, deverá ser instalado em todas as escolas estaduais de Minas Gerais, em pontos estratégicos dos estabelecimentos, como sala de professores, diretoria, cantina, secretaria, entre outros. É de suma importância que o aparato de segurança pública esteja presente no ambiente escolar, de forma a garantir maior tranquilidade aos pais e responsáveis, que se encontram receosos”, pontua o deputado Douglas Melo na justificativa do projeto.

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