Dia Nacional e Mundial do Queijo: entenda como as pesquisas interferem na caracterização das iguarias – Foto: reprodução
Nesta segunda-feira (20/1), é celebrado o Dia Nacional e Mundial do Queijo. E se tem uma coisa que a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) entende, é de queijo. Além de atuar na caracterização dos produtos e mais uma diversidade de pesquisas relacionadas ao queijo, a empresa também oferece curso superior de Tecnologia de Laticínios, no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira.
Entre as pesquisas destacam-se as que têm objetivo de caracterização. Em dezembro de 2023, pesquisadores do ILCT concluíram o projeto “Caracterização do Queijo Minas Artesanal da Região Serras da Ibitipoca”.
A pesquisa agregou valor ao produto e estimulou a atividade na região que é reconhecida como produtora de Queijo Minas Artesanal (QMA). Ela avaliou a maturação do produto em dois períodos distintos, verão, caracterizado por chuva e umidade, e inverno, quando predomina o tempo seco.
Segundo o pesquisador e professor do ILCT, Junio de Paula, a Epamig é fundamental na caracterização do QMA em Minas Gerais, contribuindo com pesquisas que identificam suas características sensoriais, físico-químicas, microbiológicas e tecnológicas.
“A instituição também valoriza os territórios produtores, relacionando as especificidades do queijo ao terroir de cada região, e auxilia na garantia de segurança do produto, preservando a tradição artesanal”, explica o pesquisador.
Durante e após o processo de caracterização dos produtos, a Epamig oferece suporte técnico aos produtores com pesquisas de monitoramento de qualidade, promove a capacitação de produtores e incentiva melhorias nos processos produtivos.
Essas ações fortalecem a cadeia produtiva e promovem o QMA como patrimônio cultural.
No ano de 2023, os queijos artesanais mineiros conquistaram dez medalhas de ouro na 6ª edição do Mondial du Fromage et des Produits Laitiers (Mundial de Queijos e Laticínios), na França.
O concurso, que é realizado a cada dois anos, consagrou, ao todo, 17 queijos brasileiros com medalha de ouro e mais 67, sendo 23 de prata e 44 de bronze.
Junio destaca ainda o papel fundamental da tecnologia para o destaque do Queijo Minas Artesanal em concursos nacionais e internacionais, pois permite o controle rigoroso da qualidade, garantindo padrões consistentes nas análises.
“A tecnologia aplicada aprimora processos de produção, como maturação e armazenamento, sem comprometer a identidade artesanal. Ferramentas tecnológicas também asseguram a rastreabilidade e o cumprimento de normas sanitárias, além de valorizar o terroir ao evidenciar como fatores regionais influenciam as características do queijo”, reforça Junio.
“Ela também contribui para melhorar a apresentação e a credibilidade do produto, facilitando seu reconhecimento e competitividade em premiações”, conclui o pesquisador.
Reconhecimento pela Unesco
Em 4/12/2024, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal foram reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
A decisão fez com que o Brasil tenha o primeiro produto da cultura alimentar incluído na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, colocando Minas Gerais em evidência mundial.
Governo de Minas simplifica acesso ao registro de queijarias artesanais – Foto: reprodução
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) está em processo de revisão da legislação que trata do registro de queijarias artesanais no estado de Minas Gerais. A medida visa modernizar as normas existentes, abrangendo todos os queijos artesanais de Minas Gerais, e não apenas o Queijo Minas Artesanal. A revisão de atos antigos leva em consideração o fomento à regularização da produção e a unificação de diversos regulamentos em um único documento.
Ou seja, não será uma nova legislação, mas uma única portaria que reúne, de forma clara e consolidada, todas as normas referentes ao tema. Agora, o IMA lança uma consulta pública para coletar sugestões sobre o documento que estabelece os requisitos para produção e comercialização de queijos artesanais no estado. A minuta da legislação e o formulário para participação estão disponíveis no site do IMA até o dia 12/1.
O texto simplifica o acesso à informação para toda a cadeia produtiva, além de revogar duas normas obsoletas – as Portarias do IMA nº 517, de 14/6/2002 e nº 523, de 3/7/2002. A iniciativa do instituto faz parte das diretrizes do Governo do Estado de desburocratizar processos, buscando a eficiência do serviço público. Além de promover condições sanitárias adequadas respeitando as tradições mineiras, o documento também apresenta requisitos específicos de produção para queijos artesanais de Minas Gerais em entrepostos de laticínios – estabelecimentos voltados para o recebimento, maturação, afinação e acondicionamento de queijos artesanais.
A minuta da nova portaria prevê, entre outros pontos, que o leite deve ser armazenado e manipulado em instalações específicas, com equipamentos devidamente higienizados para evitar contaminações. Além disso, no controle da qualidade da água, incluem-se tratamentos cientificamente validados, como cloração ou métodos alternativos comprovados. O IMA também solicita análises laboratoriais periódicas dos produtos registrados para identificar contaminantes.
O documento também prevê que as queijarias devem manter ambientes adequados à produção, com ventilação, iluminação e barreiras sanitárias que atendam aos padrões higiênico-sanitários estabelecidos. O transporte dos queijos também segue normas rigorosas, exigindo o uso de caixas isotérmicas ou veículos com carroceria refrigerada, assegurando que não ocorra deformação ou contaminação dos produtos.
A consulta pública é um mecanismo de participação social que permite à toda a cadeia produtiva e à sociedade contribuírem para a definição de políticas públicas, assegurando que as normas atendam às reais necessidades do setor. Além disso, é fundamental para alinhar as demandas do mercado e promover a regularização e o fortalecimento da tradição mineira.
Reconhecimento internacional valoriza o Queijo Minas Artesanal
A abertura da consulta pública do IMA acontece em um momento de celebração para Minas Gerais. Em 2024, no início de dezembro, o “Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal” foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em decisão anunciada em Assunção, no Paraguai.
Esse reconhecimento coroa uma trajetória iniciada em setembro de 2022 e reforça a relevância histórica e cultural do queijo para o estado. Mais do que um alimento, ele simboliza a tradição e o saber-fazer transmitidos de geração em geração.
Governo de Minas promove espetáculo com drones para celebrar o Queijo Minas Artesanal – Foto: Cristiano Martins
Marco histórico para Minas Gerais e para o Brasil, o reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco é motivo de grande celebração.
Por isso, o Governo de Minas Gerais promove um espetáculo de drones com imagens de queijos, montanhas e dizeres que festejavam o título obtido junto à Unesco, e vão colorir o céu num show de tecnologia e mineiridade.
Até 14/12, espetáculos de drones vão iluminar o céu e projetar imagens de queijos e símbolos da cultura mineira em dez cidades pertencentes às dez regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal.
Nessa sexta (6/12), São Roque de Minas e Diamantina se emocionaram com o show. Veja o calendário.
Governo de Minas, em parceria com o Sebrae, lança as rotas do Queijo da Canastra e do Serro no Festuris – Foto: divulgação
A promoção do Queijo Minas Artesanal está no centro das ações realizadas pelo Governo de Minas durante a 36ª do Festuris, a maior feira de negócios de turismo da América Latina, sediada em Gramado, no Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira (8/11), em parceria com o Sebrae, foram lançadas as rotas do Queijo da Canastra e do Serro, que visam potencializar e fomentar o turismo de experiência associado à produção e a valorização do produto.
A iniciativa integra a campanha pela candidatura dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal a Patrimônio da Humanidade pela Unesco, que será avaliada durante a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Unesco, prevista para o início de dezembro, em Assunção, no Paraguai.
Além de colocar em evidência os lugares de fabricação do queijo, as rotas vão ressaltar os atrativos naturais e culturais, ampliando as possibilidades de experiência para o visitante, além de estimular o fortalecimento da atividade turística nessas regiões queijeiras.
“Esse projeto vem em consonância do que acontecerá no final do ano que será o reconhecimento dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal como Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Ao lançarmos essas rotas do queijo nós queremos mostrar também a cidade, os produtores, a experiência, a natureza, o ecoturismo, porque essa é uma ação extremamente sustentável e está também no âmbito do turismo verde”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira.
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, também destaca que as rotas representam uma conquista para o turismo de Minas Gerais. “Com o apoio do Governo do Estado, esses novos destinos não apenas contribuirão para atrair investimentos, mas também valorizarão a identidade de origem das regiões, estimulando a geração de emprego e renda”, reforça.
Rota do Queijo Canastra
A Rota do Queijo Canastra vai unir a tradição dos queijos, do café e das paisagens naturais que compõem a Serra da Canastra, abrangendo cachoeiras, grutas, trilhas e rica biodiversidade. Um dos destaques é o Parque Nacional da Serra da Canastra, onde nasce o Rio São Francisco, e local favorável para práticas de ecoturismo e esportes de aventura.
Contemplará especialmente os municípios onde o queijo é produzido: São Roque de Minas, Medeiros, Tapiraí, Bambuí, Piumhi, Vargem Bonita e Delfinópolis, no Centro-Oeste de Minas. Anualmente, mais de 6 mil toneladas são feitas por cerca 800 produtores.
Com dois séculos de tradição, o Queijo Canastra teve seu registro de Indicação de Procedência concedido em 2012 pela Associação dos Produtores do Queijo Canastra. Feito a partir de leite cru, o queijo maduro entre 21 e 40 dias, podendo ser encontrado em texturas semiduras ou mais macias. Seu sabor é levemente ácido e picante, agradando a uma ampla variedade de paladares.
A região da Canastra também obteve a Indicação Geográfica do café no ano passado, na modalidade Denominação de Origem. A região é responsável por uma produção de 750 mil sacas de 60 quilos por ano. A atividade ocupa uma área de 33 mil hectares plantados.
Rota do Queijo do Serro
O modo de fazer o queijo artesanal do Serro foi o primeiro bem cultural a ser reconhecido como patrimônio imaterial no Brasil, em 2002, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Seis anos depois, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também o reconheceu como patrimônio cultural do Brasil.
A região produtora do queijo do Serro abrange os municípios de Alvorada de Minas, Coluna, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro. No total, reúne cerca de 800 pequenos produtores e agricultores familiares que mantêm viva uma tradição de mais de 300 anos.
Governo de Minas, em parceria com o Sebrae, lança as rotas do Queijo da Canastra e do Serro no Festuris – Foto: divulgaçãoGoverno de Minas, em parceria com o Sebrae, lança as rotas do Queijo da Canastra e do Serro no Festuris – Foto: divulgaçãoGoverno de Minas, em parceria com o Sebrae, lança as rotas do Queijo da Canastra e do Serro no Festuris – Foto: divulgaçãoGoverno de Minas, em parceria com o Sebrae, lança as rotas do Queijo da Canastra e do Serro no Festuris – Foto: divulgação
Exibição de documentários, palestras para estudantes do ensino público edegustação de queijos estão entre as ações.
Projeto sobre o queijo artesanal de Minas leva eventos para BH,Serra da Canastra e Araxá – Foto: divulgação
O projeto “Queijo Artesanal: Sabores e Saberes Mineiros”, que tem como objetivo identificar, pesquisar e valorizar os saberes e modos de fazer tradicionais que envolvem a produção do queijo artesanal de leite cru, apresentará seus resultados para os mineiros. Exibição de documentários, encontro para troca de experiências, degustações e um seminário estão entre as ações, todas gratuitas e abertas ao público. O projeto é realizado pelo Instituto Periférico, com o patrocínio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa MG), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio técnico da Emater.
As atividades serão realizadas, inicialmente, nas microrregiões da Canastra e de Araxá, onde a equipe de pesquisa esteve para elaboração de inventários e diálogo com produtores e comerciantes. Depois, as ações chegam a Belo Horizonte com um seminário para a cadeia produtiva da cozinha mineira e para o trade turístico, além de um encontro com comerciantes de queijo do Mercado Central da capital.
As atividades terão início em São Roque de Minas, em 30 de agosto, quando haverá a apresentação do projeto e do documentário produzido sobre a microrregião da Canastra para estudantes do ensino público. No dia seguinte, 31 de agosto, será realizada uma devolutiva para produtores e sociedade civil, com a exibição do documentário, uma mostra expositiva e uma degustação de queijos na Praça da Matriz.
A mesma programação será levada para Araxá, em 13 e 14 de setembro, com destaque para o documentário que contempla a produção de queijo nessa microrregião e para a mostra expositiva com imagens registradas durante o processo de pesquisa. Na noite de sábado, é na Fundação Calmon Barreto que estarão reunidos produtores, comerciantes, parceiros e demais interessados pela temática para, além de degustarem queijos produzidos também pelos municípios vizinhos, acompanharem os resultados do projeto.
Comércio e turismo em pauta em Belo Horizonte
Na capital mineira, o Mercado Central sediará, em 18 de setembro, um diálogo com comerciantes sobre o projeto e seu impacto na economia local. E, para encerrar o ciclo de ações, no Centro de Referência do Queijo Artesanal será realizado um seminário com o trade turístico, abordando as possibilidades de atuação e fortalecimento de rotas, além das perspectivas com relação à declaração da Unesco sobre os modos de fazer o queijo Minas artesanal como Patrimônio Cultural da Humanidade. O encontro será em 19 de setembro, das 14h às 18h, também com entrada gratuita e mediante inscrição pelo site institutoperiferico.org/queijominas.
A presidente do Instituto Periférico, Gabriela Santoro, destaca a relevância das próximas entregas: “Este projeto não apenas ressalta a riqueza do nosso patrimônio cultural, mas também promove a valorização do queijo como um símbolo da identidade mineira. Ao reconhecer e apoiar os saberes e sabores que compõem essa tradição, estamos investindo na nossa história e no futuro dos nossos produtores, garantindo que o queijo artesanal de Minas Gerais continue sendo uma fonte de orgulho e sustento para nossas comunidades”.
Segundo a coordenadora do projeto, Luciana Praxedes, “os modos de fazer o queijo artesanal integram a cultura alimentar mineira, que é internacionalmente conhecida e valorizada. O queijo possui um protagonismo na nossa história e, também, na nossa economia. São milhares de famílias que se dedicam à produção artesanal do queijo em diversas regiões do estado, perpetuando saberes tradicionais e preservando a nossa identidade”.
Dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) indicam que a comercialização dos queijos artesanais de Minas Gerais gerou uma receita superior a R$ 6 bilhões em 2022, número que deve ser ampliado caso a Unesco declare os modos de fazer o Queijo Minas Artesanal como patrimônio da humanidade. Inscrito na Lista Representativa do órgão, o bem cultural pode obter esse título em dezembro de 2024, durante a XIX reunião do Comitê do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco.
Seguindo a expectativa de crescimento da comercialização dos queijos artesanais, o número de queijarias legalizadas em Minas Gerais cresceu de 20 para 155 estabelecimentos nos últimos cinco anos. Os dados, da Agência Minas, indicam uma expansão de 675% no período.
Essas ações do projeto “Queijo Artesanal: Sabores e Saberes Mineiros” possuem o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Associação dos Produtores de Queijo da Canastra (Aprocan), Associação Regional Produtores Queijo Minas Artesanal Araxá (Aqmara), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Centro de Referência do Queijo Artesanal e Mercado Central de Belo Horizonte.
Em 2002, o Iepha-MG registrou o Modo de Fazer o Queijo Artesanal da Região do Serro (MG) como Patrimônio Cultural Imaterial do estado, sendo o primeiro registro de bem relacionado à cultura alimentar do país. Dez anos depois, foi realizada novamente pelo Iepha-MG a revalidação do bem cultural atendendo ao disposto no Decreto Estadual 42.505 de 2002. Nesse mesmo ano, além da revalidação referente ao Serro, foram incluídos outros municípios: Alvorada de Minas, Coluna, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas.
A proteção federal veio em 2008, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que reconheceu o Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas nas regiões do Serro, da Serra da Canastra e Salitre/Alto Paranaíba como patrimônio nacional, inscrito no Livro de Registro dos Saberes. Recentemente, a proteção federal foi ampliada para oito regiões produtoras com base nos relatórios de caracterização produzidos pela Emater (Serro, Serra da Canastra, Araxá, Cerrado, Campo das Vertentes, Serras de Ibitipoca, Serra do Salitre e Triângulo Mineiro, bem como aquelas que venham a ser identificadas) e houve a alteração do título para “Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal”. A partir da também ampliação da caracterização feita pela Emater, a proteção do Iphan já alcança dez microrregiões.
Atualmente, são 15 regiões identificadas pela Emater e reconhecidas como produtoras de queijos artesanais no território mineiro, sendo dez regiões produtoras do Queijo Minas Artesanal (QMA) – Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro, Serras de Ibitipoca – e cinco produtoras de outros tipos de queijos artesanais mineiros – Alagoa, Mantiqueira de Minas, Serra Geral do Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Vale do Suaçuí.
Serviços:
Projeto “Queijo Artesanal: Sabores e Saberes Mineiros”
São Roque de Minas:
30/8: Apresentação do projeto e do documentário produzido sobre a microrregião da Canastra para alunos do ensino público.
31/8: Devolutiva para produtores e sociedade civil, exibição do documentário, mostra expositiva e degustação de queijos (Praça da Matriz, a partir das 18h).
Araxá:
13/9: Apresentação do projeto e do documentário produzido sobre a microrregião de Araxá para alunos do ensino público.
14/9: Devolutiva para produtores e sociedade civil, exibição do documentário, mostra expositiva e degustação de queijos (a partir das 18h, na Fundação Calmon Barreto – Praça Artur Bernardes, 10 – Centro).
Belo Horizonte – Mercado Central:
18/9: Encontro com comerciantes no miniauditório do Mercado Central, das 16h às 18h (Av. Augusto de Lima, 744 – Centro).
Belo Horizonte – Centro de Referência do Queijo Artesanal:19/9: Seminário com o trade turístico e cadeia produtiva do queijo, abordando as possibilidades de atuação das Instâncias de Governanças Regionais (IGRs) e o fortalecimento de rotas e perspectivas com a declaração pela Unesco dos modos de fazer o queijo Minas artesanal como patrimônio cultural da humanidade.
Produtores de Piumhi conquistam 16 medalhas no 7º Prêmio Queijo Brasil – Imagem: divulgação
Os produtores de queijo de Piumhi brilharam no 7º Prêmio Queijo Brasil, realizado em Blumenau, Santa Catarina.
Com um total de 16 medalhas, eles se destacaram pela excelência e qualidade de seus produtos, elevando o sabor de Minas Gerais a novos patamares nacionais.
A classificação dos premiados foi:
BARÃO DA CANASTRA:
Bronze na categoria Queijo Minas Artesanal
Prata na categoria Capa Florida
QUEIJOS DIVINO:
Ouro na categoria Parmesão (2 medalhas)
Prata na categoria Parmesão Defumado
Bronze na categoria Parmesão 90 dias
Ouro na categoria Requeijão
Prata na categoria Requeijão com aspas
Prata na categoria Queijo Minas Padrão
Ouro na categoria Manteiga de Leite
QUEIJO DO SERJÃO:
Prata e bronze na categoria queijo Minas Artesanal
FAZ O BEM ORGÂNICOS:
Duas pratas na categoria queijo Minas Artesanal
Bronze na categoria Queijo Tardezinha
FAZENDA ÁGUA LIMPA:
Bronze na categoria Queijo Minas Artesanal
O sucesso dos produtores de Piumhi no ”Prêmio Queijo Brasil” é uma prova da dedicação e talento dos queijeiros da região. A diversidade de categorias nas quais os queijos foram premiados demonstra a versatilidade e a capacidade de inovar dos produtores locais. Desde o tradicional parmesão até o requeijão e a manteiga de leite, a qualidade e o sabor dos produtos foram reconhecidos por especialistas do setor.
ELEVAÇÃO DO SABOR DE MINAS
O reconhecimento nacional é um marco importante para os produtores de Piumhi, consolidando a cidade como um polo de excelência na produção de queijos artesanais. Este destaque também impulsiona a reputação de Minas Gerais como um todo, reforçando a tradição e a inovação presentes na cultura queijeira do estado.
O FUTURO PROMISSOR
A conquista de 16 medalhas é um indicativo de que os produtores de Piumhi estão no caminho certo. A qualidade excepcional de seus produtos é resultado de técnicas tradicionais aliadas a inovações e ao cuidado meticuloso em cada etapa da produção. Este reconhecimento nacional abre portas para novas oportunidades e mercados, incentivando os produtores a continuarem aprimorando seus métodos e expandindo suas operações. (104 FM)
Serra da Canastra escolhe seu melhor queijo e doce de leite – Foto: reprodução
Os queijos da Serra da Canastra são famosos pelo sabor e alta qualidade, atraindo compradores de várias partes do país. Neste sábado (6) , ocorre o 20º Concurso Regional do Queijo Minas Artesanal da Região da Canastra, com disputa acirrada. O evento é a partir das 15h, no Espaço Berrantão, no Parque de Exposições Tonico Gabriel, em Piumhi (MG). O que já era uma festa de sabores, será ainda melhor com a realização do primeiro Concurso Regional de Doce de Leite do Sudoeste Mineiro.
O coordenador técnico regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Carlos Eduardo Bovo, explica que a criação do Concurso Regional de Doce de Leite do Sudoeste Mineiro era uma demanda antiga dos produtores locais, pela região ser uma importante bacia leiteira do estado.
“A região já tem uma grande produção de doces de leite e a proposta é valorizar essa tradição local, além de estimular a regularização de mais agroindústrias de doces. Acreditamos que o concurso vai agregar valor os doces locais e despertar o interesse dos produtores para a regularização”, salienta Bovo.
Sabor da roça
Segundo Bovo, nesse primeiro ano, foi aberta a participação para apenas doce de leite pastoso feito de leite de vaca, mas
posteriormente poderão ser criadas ainda categorias para doces feitos com leite de búfala e cabra, também já feitos na região. “Nessa primeira edição, vão concorrer dez doces de leite. Os jurados serão os mesmos do concurso de queijo, que são especialistas na área de lácteos. Entre os critérios a serem avaliados estão visual, aroma, textura e sabor”, esclarece o coordenador da Emater-MG.
Já no 20º Concurso Regional do Queijo Minas Artesanal da Região da Canastra concorrem 29 queijos de sete municípios da região. Serão avaliados aspectos como apresentação, textura, consistência, sabor, aroma dos queijos, entre outras características. Além dos dois concursos, o público poderá conferir ainda uma feira da agricultura familiar, com o melhor da produção local. “Vamos abrir espaço para a comercialização do queijo casca florida, que não está participando concurso, mas também de doces, cafés e outros produtos famosos localmente”, destaca.
Serra da Canastra escolhe seu melhor queijo e doce de leite – Foto: reprodução
Grande número de turistas
O coordenador espera que os dois concursos atraiam um bom público, por ser um período de férias e o turismo local ter crescido bastante nos últimos anos. “Os concursos municipais e o regional têm registrado um grande número de turistas. A região atrai muita gente por suas belezas naturais e nossa proposta é unir esse turismo já existente com o turismo rural, que tem muitos atrativos. Entre eles, produtos de ótima qualidade e muito saborosos”, diz.
No mês julho, também foi programado o 6º Concurso de Queijo Minas Artesanal da Microregião Entre Serras da Piedade ao Caraça, que foi realizado na última quarta-feira (3), no município de Santa Bárbara. O evento encerrou com degustação de pratos e petiscos preparados com os queijos participantes do concurso. Depois será a vez do 2º Concurso Regional do Queijo Minas Artesanal do Campo das Vertentes, que vai ocorrer em 10/7, a partir das 10h, no Senac em Tiradentes.
“Os cinco primeiros colocados em cada concurso regional estarão classificados para participar da final do Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Minas Gerais, previsto para ocorrer no Serro, em agosto”, explica a coordenadora estadual de Queijo Minas Artesanal da Emater-MG, Maria Edinice Rodrigues.
O Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Minas Gerais é uma realização do Governo de Minas Gerais, por meio da Emater-MG, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa).
Cerca de 200 especialistas estão confirmados nesta edição; qualificação técnica garante isenção e dá credibilidade ao julgamento
ExpoQueijo Brasil: jurados nacionais e internacionais se preparam para o maior concurso das Américas – Foto: divulgação
Juana Girolimini tem 27 anos e mora em um pequeno povoado, na província de Buenos Aires, na Argentina. Sempre interessada em queijos, se formou em técnica em laticínios (Córdoba) e se especializou na área na Universidade de Santiago de Compostela (Espanha); seguindo logo após para a França, onde teve a oportunidade de estudar no Centro Lácteo ENILBIO e na Universidade IUT Nancy Brabois. “Esta formação me permitiu conhecer, aprender e me especializar no fascinante aspecto técnico dos queijos. Inclusive aprendi o português para descobrir mais sobre a cultura queijeira do Brasil”, conta.
A argentina já participou como jurada de vários concursos de queijos, mas ressalta a importância do Concurso Internacional ExpoQueijo Brasil – Araxá International Cheese Awards – como uma referência para o setor em todo o mundo. “É um evento de muita importância para os produtores do Brasil, mas também para os produtores estrangeiros, já que convoca produtores de diferentes países como Argentina, Uruguai, Itália e muitos outros. A ExpoQueijo é a reunião dos amantes do bom queijo, unidos para celebrar o trabalho diário. Tenho a honra de participar como jurada pelo segundo ano consecutivo”, destaca.
Juana representa bem o perfil dos quase 200 jurados que vão avaliar os mais de mil queijos inscritos nesta edição do concurso. “Temos a honra de dizer que todos os jurados são técnicos, especialistas na área. Aqui não temos produtores julgando queijos. A seleção é estritamente criteriosa e, muitos deles são indicados diretamente por entidades sérias e governamentais como o IMA e a Emater”, destaca a organizadora do evento, Maricell Hussein.
ExpoQueijo Brasil: jurados nacionais e internacionais se preparam para o maior concurso das Américas – Foto: divulgação
O Concurso Internacional da ExpoQueijo Brasil será novamente coordenado pela equipe da EPAMIG – Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG ILCT), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). Segundo o secretário da pasta, Thales Fernandes, além de um processo seletivo rigoroso, todos os jurados passam por um balanceamento junto aos profissionais da Epamig. “Temos um curso de formação especialmente elaborado para eles e que nos garante explorar ao máximo o conhecimento de cada integrante do corpo de jurados. Vale ressaltar ainda que, para cada etapa, haverá uma equipe diferente de julgadores, de forma a manter a credibilidade das notas.”, explica.
Experiência
Muitos jurados participam do Concurso Internacional da ExpoQueijo Brasil desde a primeira edição. É o caso da médica veterinária Valdeane Cerqueira, que atua na indústria de produtos de origem animal e correlatos há mais de 20 anos. “A primeira experiência como jurada na ExpoQueijo foi no final da pandemia, em 2021. O evento marcou para mim o regresso das atividades presenciais, foi inesquecível ter novamente o contato humano, a troca de experiências, as risadas, novas amizades…um grande recomeço”, relembra.
Para a especialista, participar do evento é sempre um marco. “A expectativa para a ExpoQueijo Brasil é sempre muito grande por se tratar de um evento que cresce a cada ano e que nos surpreende pela inovação no formato, mantendo a qualidade. É um concurso que destaca com notoriedade os produtores e suas histórias contadas através dos seus queijos. Será sempre um orgulho poder colaborar com o crescimento e reconhecimento deles”, ressalta.
A gastrônoma Sarah Biaggi participa do corpo de jurados pela terceira vez. Ela traz para o grupo, a experiência acadêmica e profissional. “Sabores, aromas, texturas, cheiros, gostos e suas combinações trazem possibilidades infinitas em harmonizações e tudo isso me cativou desde pequena. Cuidados no preparo, estética dos pratos e dos alimentos e a cultura alimentar de outros países são razões que motivaram para aprofundar o estudo da alta gastronomia e vários cursos na área de alimentos, entre eles o processamento do leite. Estou muito animada para, mais uma vez, dar o meu melhor!”, diz.
ExpoQueijo Brasil: jurados nacionais e internacionais se preparam para o maior concurso das Américas – Foto: divulgação
Outras atrações
Além do Concurso Internacional, a ExpoQueijo Brasil 2024 – Araxá International Cheese Awards – conta com uma Feira Internacional de Negócios com estandes que valorizam o consumo de produtos da agricultura familiar. O Fórum Internacional desenvolve uma agenda de palestras, conferências e mesas de debate sobre inovações, métodos e práticas para melhorar a qualidade e agregar valor comercial ao queijo artesanal regularizado, entre outros produtos da gastronomia rural. A vila gastronômica e cultural promove uma experiência sensorial na degustação de queijos artesanais harmonizados com outras iguarias da culinária regional. Uma celebração dos sabores e da cultura, com música ao vivo, mostras e exposições.
ExpoQueijo Brasil
Principal evento do segmento nas Américas, a ExpoQueijo Brasil 2024 – Araxá International Cheese Awards tem reconhecimento e participação dos principais países produtores, atraindo a atenção da comunidade internacional, de especialistas e da imprensa. O encontro conta com uma grande estrutura montada no pátio principal e nos luxuosos salões do Grande Hotel e Termas de Araxá, patrimônio cultural e histórico de Minas Gerais.
Neste ano, a ExpoQueijo será realizada entre os dias 27 e 30 de junho e se prevê que tenha um impacto positivo em diversas áreas, como o turismo, varejo, agropecuária, logística, indústria alimentícia e de suprimentos e relações internacionais.
O evento é realizado pela Bonare Eventos, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura; Ministério da Cultura, Governo Federal e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura; Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, Governo de Minas Gerais. Conta com o patrocínio da CBMM, Copasa, Cemig, McCain, Sebrae, Sistema Ocemg e Sicoob Crediara. Tem parceria com associações de produtores de queijos e apoio de todas as instituições de fomento do agronegócio, com destaque para o Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da Superintendência Federal de Agricultura MG; Governo de Minas, por meio da Seapa – Emater-MG, Epamig, IMA; Entreposto de Laticínios São Pedro, CCPR, Senar, Faemg e Prefeitura de Araxá. A Epamig – Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG ILCT), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) – Governo de Minas Gerais – é a entidade mantenedora da Expoqueijo Brasil 2024.
ExpoQueijo Brasil: jurados nacionais e internacionais se preparam para o maior concurso das Américas – Foto: divulgação
Serviço
ExpoQueijo Brasil 2024 – Araxá International Cheese Awards
Data: 27 e 30 de junho
Local: Grande Hotel e Termas de Araxá. Rua Águas do Araxá, sem número – bairro Barreiro, Araxá (MG)
PRF apreende carga de uma tonelada de queijo canastra impróprio para consumo – Foto: divulgação/PRF
Um caminhão carregado com uma tonelada de queijo da canastra foi apreendido na madrugada da última quarta-feira (12) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-153, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. O produto estava armazenado em um caminhão baú com placas de Minas Gerais.
Segundo a PRF, os produtos estavam em condições precárias de armazenamento, com moscas, odor forte e material de uso pessoal sobre a carga.
A mercadoria não tinha notas fiscais e nem documentos que comprovassem a origem do produto.
Mais de 900 peças de queijo não possuíam nenhum rótulo e 80 possuíam rótulo de embalagem com selo de inspeção e CNPJ de uma empresa que não tinham autorização para comercializar produto de origem animal.
De acordo com informações da PRF, os produtos seriam comercializados no município de São José do Rio Preto.
A vigilância sanitária da Prefeitura de Rio Preto inspecionou a carga e confirmou que o transporte estava irregular.
Todo queijo foi apreendido e destinado para descarte.
Evento será promovido de 13 a 15 de junho, em BH, com o intuito de apresentar a variedade da produção no estado e valorizar o trabalho de pequenos produtores
Por Thiago Carvalho
Produtores da Canastra participam do Festival do Queijo Artesanal de Minas, no Expominas – Foto: divulgação
Sete produtores de queijo da região da Canastra, apoiados pelo Sebrae Minas, vão participar da 6ª edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas, entre os dias 13 e 15 de junho, no Expominas, em Belo Horizonte. O evento, que divulga as características únicas dos queijos produzidos no estado, confere ainda mais visibilidade à região que reúne as cidades de São Roque de Minas, Medeiros, Vargem Bonita, Tapiraí, Delfinópolis, Bambuí e Piumhi.
O produtor Miguel Marcelio Faria, de São Roque de Minas, é um deles. A receita do legítimo queijo Canastra está na família dele há gerações. Ele conta que aprendeu a produção com os pais que, por sua vez, receberam o aprendizado dos avós dele. “Na minha infância, a produção era de 1 kg de queijo por dia. Na época das águas (chuva intensa), chegava a 3 kg. A gente comia queijo três vezes ao dia: no café da manhã, no almoço com macarrão ou abóbora, e à noite. O amarelinho (queijo curado) era vendido”, lembra.
Hoje, o Queijo do Miguel é reconhecido em todo o país. Há sete anos, conquistou o Selo Arte – assegura que o produto alimentício de origem animal é elaborado de forma artesanal. O produtor também foi um dos primeiros a receber o Selo de Caseína, que traz informações sobre a origem do queijo, o método produtivo, e resguarda e valoriza a conquista das chancelas de Indicação Geográfica (IG), dos produtores de queijo da Canastra, no Centro-Oeste do estado. A estratégia apoiada pelo Sebrae Minas evita falsificações e promove diferenciais competitivos no mercado.
No festival, o produtor vai expor peças do queijo Canastra Tradicional e do Extra Maturado, com variações de maturação entre seis meses e um ano. “Participei de todas as edições do Festival. O apoio do Sebrae Minas fortalece ainda mais os produtores da Canastra, por isso, não perco essa oportunidade”, afirma.
De acordo com o gerente executivo da Associação dos Produtores do Queijo Canastra (Aprocan), Higor Freitas, a participação dos produtores no Festival do Queijo Artesanal de Minas tem o objetivo de promover uma experiência cultural e gastronômica para todos os visitantes do evento. “O queijo da Canastra tem mais de 200 anos de tradição, e se mantém ‘vivo’ a cada geração. Esperamos agradar a todos os paladares com o sabor único e especial do queijo artesanal produzido na nossa região, e possibilitar uma conexão entre o consumidor e o produtor”, destaca.
PRODUTORES DO QUEIJO CANASTRA PARTICIPANTES DO FESTIVAL:
Queijaria Pedacin da Serra – Medeiros
Produtora: Francielle Cristina Leite
A queijaria Pedacin da Serra existe desde março de 2020, mas o queijo está presente na família da produtora há cinco gerações. Após atuar por dez anos no setor de Engenharia Civil, ela optou por se dedicar 100% à queijaria, que teve o produto premiado com medalha de Ouro no Mundial do Queijo do Brasil 2024, em São Paulo. “Acredito que teremos uma boa visibilidade, assim como ocorreu em edições anteriores, com acesso a novos mercados”, ressalta.
Queijaria Pontevelhano – Medeiros
Produtor: Marcos da Cunha Lana
A produção do queijo é feita na fazenda que pertenceu ao avô do produtor, adquirida em 1984. No ano de 2015, Marcos Lana passou a residir em Medeiros, realizando diversas melhorias na propriedade. Cinco anos depois, a queijaria foi inaugurada, e a conquista do Selo Arte veio em 2022. “Será a primeira participação no festival. Além de apresentar nossos produtos para o público de BH, quero estabelecer uma rede de relacionamento com produtores e comerciantes”, conta.
Queijaria Capela Velha – São Roque de Minas
Produtor: Guilherme Henrique Silva
A queijaria surgiu da necessidade de agregar valor à maturação do queijo Canastra, em uma infraestrutura adequada à legislação federal para produtos artesanais. A expectativa com o evento é gerar novos negócios, além do relacionamento direto com o cliente final e com produtores de outras regiões do estado. “Será uma oportunidade de trocar experiências e memórias com os amigos queijeiros. O público é intenso e a organização grandiosa, fato que torna o festival o maior evento queijeiro do estado, e um dos principais do país”, diz.
Tradição da Canastra – São Roque de Minas
Produtores: José Gabriel da Silva e Edna Barreto
O negócio teve início em 2015, idealizado pelo produtor José Gabriel, nascido em São Roque de Minas. Aos 17 anos, ele foi estudar Engenharia, em Belo Horizonte, e a família continuou no interior, dedicada à produção do queijo Canastra. Após a morte dos pais, a fazenda foi vendida. Tempo depois, José Gabriel retornou à cidade, comprou parte da propriedade que foi dos pais e iniciou a produção de leite. Hoje, produzindo queijo, mantém a tradição da família e a memória dos antepassados. “Espero poder divulgar nosso queijo para todo o estado, com bons resultados de vendas e novos contatos”, conta.
Queijaria Irmãos Faria – São Roque de Minas
Produtores: Leonardo Faria, Fernando Faria e Rafaela Faria
A queijaria Irmãos Faria nasceu há cinco anos, mas a tradição do queijo Canastra na família tem muitas décadas. O início foi com o bisavô dos irmãos Leonardo, Fernando e Rafaela. “Esta é a primeira vez que participamos do festival. Vamos levar nosso melhor queijo, premiado com a medalha Super Ouro, no Mundial do Queijo realizado no Brasil. Esperamos conhecer outros produtores e trocar experiências em BH”, destaca Leonardo.
Queijaria Lobeira – Bambuí
Produtora: Mariana Urquiza Veloso
A empresa surgiu da paixão da produtora pela iguaria. Na época, Mariana Veloso era advogada e morava em São Paulo. Em 2019, decidiu mudar de vida, adquiriu a fazenda e investiu na queijaria. “O Festival é o maior evento queijeiro do nosso estado. Será uma excelente oportunidade para apresentar meus queijos, conhecer outras regiões queijeiras e estabelecer contato com produtores, clientes e lojistas”, afirma.
Festival do Queijo Artesanal de Minas
A 6ª edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas é promovida pelo Sebrae Minas e Sistema Faemg Senar, com o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais (Seapa) e da Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo). A programação inclui palestras e seminários técnicos, oficinas de harmonização, Agenda de Relacionamento e votação popular para escolha do melhor queijo do festival. Haverá, ainda, a venda de produtos da agroindústria mineira, além da degustação de pratos preparados por chefs renomados, que utilizarão os queijos produzidos em 13 regiões do estado como ingredientes principais. Informações: festivalqam.com.br.
–SERVIÇO
6ª edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas