Jornal Folha Regional

São Roque de Minas sedia o 4º Festival do Queijo Canastra; veja programação

São Roque de Minas sedia o 4º Festival do Queijo Canastra; veja programação - Foto: Devanir Gino
São Roque de Minas sedia o 4º Festival do Queijo Canastra; veja programação – Foto: Devanir Gino

A Prefeitura Municipal de São Roque de Minas (MG) anunciou a realização do 4º Festival do Queijo Canastra, que acontecerá nos dias 30 e 31 de maio e 01 de junho de 2024, na Praça da Matriz. A entrada é franca.

Celebrando a tradição e o sabor, o festival contará com o 25º Concurso do Queijo Minas Artesanal, promovido pela Emater, destacando os melhores produtores da região no dia 01 de junho. O evento é uma parceria entre a Prefeitura Municipal e instituições de renome como Sicoob Sarom, Sebrae, Aprocan, Café da Canastra, Emater e Krug Bier.

Os visitantes poderão desfrutar de stands de divulgação e comercialização do Queijo e do Café da Canastra, além de uma seleção de comidas típicas na área gourmet e artesanato local. O festival também será palco para uma variedade de apresentações artísticas em dois palcos distintos.

Programação Musical:

  • 30 de maio: A partir das 19:00, o Palco Krug recebe a Banda T-Rox, seguida pela
    Banda Lex às 22:00 no Palco Principal.
  • 31 de maio: A Banda Décima Corte toma o Palco Krug às 18:30. No Palco Principal,
    a partir das 21:00, teremos a Orquestra Mineira de Viola e a dupla João Pedro e
    Cristiano.
  • 01 de junho: O Palco Krug apresenta a Banda Cabal Tribal às 19:00. A noite continua
    no Palco Principal com Edinho Santa Cruz e banda, e o encerramento fica por
    conta do Legião Urbana Cover.

Sobre o Festival

Sobre o Festival do Queijo Canastra: O Festival do Queijo Canastra é um evento anual que celebra o famoso queijo da região de São Roque de Minas. O queijo Canastra é um patrimônio cultural e gastronômico, reconhecido por sua qualidade e sabor único.

Queijo canastra em Paris: Embratur exibirá documentário em festival de cinema

A chef Roberta Gomes e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, com o queijo Canastra no estande de Minas Gerais na feira BTL — Foto: Renato Vaz / Divulgação
A chef Roberta Gomes e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, com o queijo Canastra no estande de Minas Gerais na feira BTL — Foto: Renato Vaz / Divulgação

O queijo canastra será promovido na 26ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que acontece de 26 de março a 2 de abril no tradicional cinema de rua L’Arlequin, no bairro de Saint-Germain-des-Près. A informação é do presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, em entrevista no estande de Minas na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), onde parou para tomar um café e degustar o queijo canastra Roça na Cidade. O documentário produzido pela Embratur é o terceiro episódio da série “Turismo Transforma

“A parceria com Embratur é importante para Minas Gerais e, ao promover nosso queijo, primeiro patrimônio da cultura alimentar protegido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), significa um reforço para nossa candidatura a patrimônio do mundo pela Unesco. Minas é cultura. Um olhar amplo para além de sol e praia é colocar os pés na experiência que o viajante contemporâneo exige”, enfatiza o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

De acordo com a coordenadora de Cultura e Gastronomia da Embratur, Ana Paula Jaques, o modo artesanal de fazer o queijo Canastra torna o sabor original e fez a iguaria conquistar premiações internacionais, principalmente em festivais da França, a terra do queijo. Hoje, o queijo Canastra é o primeiro bem agroalimentar candidato ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

“É raro ter um bem alimentar patrimônio imaterial. Eu defendo a candidatura e estou em campanha na Unesco. Minas Gerais tem cidades como Belo Horizonte, Cidade Criativa da Gastronomia, onde a cultura do botequim é muito forte. O estande de Minas é do lado aqui do da Embratur, e trabalha gastronomia o tempo inteiro. As pessoas passam lá comer broa, frango com quiabo, tomar um café coado, isso em uma feira internacional”, ressalta Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

Para o presidente da Embratur, a cozinha mineira é espetacular, uma das maiores gastronomias que o Brasil tem. “O mercado europeu sempre comprou o Brasil como sol e praia, mas nós temos cultura, natureza, gastronomia. Temos que divulgar na feira esse Brasil com S, seus sabores e saberes. Nosso país tem que ser conhecido pela gastronomia também, e Minas Gerais é a porta de entrada”, salienta.

Para o presidente da Embratur, a cozinha mineira é espetacular, uma das maiores gastronomias que o Brasil tem. “O mercado europeu sempre comprou o Brasil como sol e praia, mas nós temos cultura, natureza, gastronomia. Temos que divulgar na feira esse Brasil com S, seus sabores e saberes. Nosso país tem que ser conhecido pela gastronomia também, e Minas Gerais é a porta de entrada”, conclui.

O Queijo canastra Roça na Cidade e outros Queijos Minas Artesanal (QMA) de diversas regiões são oferecidos em degustações no estande de Minas Gerais na BTL Lisboa — Foto: Marden Couto / Divulgação
O Queijo canastra Roça na Cidade e outros Queijos Minas Artesanal (QMA) de diversas regiões são oferecidos em degustações no estande de Minas Gerais na BTL Lisboa — Foto: Marden Couto / Divulgação

Papa ganha queijo Minas de presente e agradece em carta: ‘muito apreciei’

Papa ganha queijo Minas de presente e agradece em carta: ‘muito apreciei’ – Foto: reprodução

O Papa Francisco foi novamente presenteado com um Queijo Minas Artesanal, levado até ele pelo produtor cultural Jordane Macedo. O líder religioso agradeceu pelo presente com uma carta, na qual abençoa Jordane, a família dele e todo o povo de Minas Gerais. O Queijo do Ivair, entregue ao representante máximo da Igreja Católica, foi premiado com medalhas de ouro nas edições da Expoqueijo de 2021 e 2022. 

A produtora Lúcia Faria de Oliveira, de São Roque de Minas, na região da Canastra, conta que o presente foi um queijo de produção da manhã, maturado por 30 dias. Ele foi deixado por Jordane, amigo do casal de produtores, com um embaixador brasileiro em Roma, para ser encaminhado a Francisco, no mês de julho.

Papa ganha queijo Minas de presente e agradece em carta: ‘muito apreciei’ – Foto: divulgação

“A gente não sabia realmente se esse queijo ia ser entregue, torcia para que fosse, mas não tinha certeza. Agora, na semana passada, chegou a carta agradecendo o queijo e abençoando a todos nós mineiros e produtores”, explica Lúcia. A produtora e o marido, Ivair, que dá nome à marca, são de famílias de produtores de queijo artesanal e, desde 2013, eles se especializam para elaborar um produto com cada vez mais qualidade.

Para o diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ranier Chaves Figueiredo, a história é motivo de comemoração. “Trata-se de um queijo produzido por um casal de produtores trabalhador, que recorrentemente ganha medalhas em concursos para o setor. Nós esperamos que essa notícia traga visibilidade para os produtores de queijos artesanais do estado”, afirma.

Em 2022, o Papa Francisco já havia recebido um Queijo Minas Artesanal, da marca Barão da Canastra, do município de Piumhi, também na região da Canastra, pelas mãos do padre Patrick Samuel Batista.

Queijo artesanal

Minas Gerais possui dez regiões caracterizadas como produtoras de Queijo Minas Artesanal. São elas: Araxá, Canastra, Campos das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro, Serras da Ibitipoca, Diamantina e Entre Serras da Piedade ao Caraça. Além delas, há cinco regiões caracterizadas como produtoras de outros tipos de queijos artesanais: Vale do Suaçuí, Serra Geral, Jequitinhonha, Alagoa e Mantiqueira.

Em dezembro de 2022, o Governo de Minas reconheceu, de forma inédita no Brasil, a variedade do Queijo Minas Artesanal de Casca Florida, identificado pela cobertura com presença ou dominância de fungos filamentosos, popularmente nomeados de mofos ou bolores. 

Mondial du Fromage 2023: Produtores da Serra da Canastra são premiados em concurso internacional de queijo, realizado na França

Mondial du Fromage 2023: Produtores da Serra da Canastra são premiados em concurso internacional de queijo, realizado na França – Foto: Arquivo Pessoal

Produtores de queijo, da região da Serra da Canastra, representaram com maestria a tradição queijeira de Minas, no Mondial du Fromage 2023, realizado em Tours, na França.

Os produtores da Canastra se destacaram com seus produtos entre os principais queijos do mundo e vão voltar para casa com medalhas, reconhecimento e a aprovação dos mais exigentes paladares do planeta.

Confira abaixo os produtores e a premiação recebida por cada um:

Barão do Queijo Canastra: 1 medalha de Ouro, 1 medalha de Prata e 1 medalha de Bronze;

Fazenda Capão Grande: 1 medalha de Bronze;

Queijo do Ivair: 1 medalha de Prata;

Queijaria Reserva do Lago: 1 medalha de Ouro e 1 medalha de Bronze;

Pedacin da Serra: 1 medalha de Bronze;

Quinta do Glória: 1 medalha de Prata;

Roça da Cidade: 1 medalha de Bronze;

Pingo do Mula: 1 medalha de Bronze;

Este ano a competição contou com cerca de 1.640 queijos e 250 jurados. Desses, 190 produtores brasileiros concorreram com 288 queijos.

Nesta edição, o Brasil quebrou o próprio recorde, foram 82 medalhas para queijos brasileiros: 18 de ouro, 23 de prata e 41 de bronze.

Queijos da Canastra conquistam medalhas em Araxá

A técnica de campo do ATeG Bruna Rodrigues de Almeida recebendo a premiação para a produtora Marisa, do Laticínios Vale do Sol na ExpoQueijo – Foto: Divulgação

Duas queijarias da região da Canastra, atendidas pelo Programa ATeG Agroindústria, do Sistema Faemg Senar, foram premiadas no Concurso Internacional de Queijos Artesanais da Expoqueijo Brasil em Araxá (MG), principal premiação do setor queijeiro da América Latina.

A produtora Marisa Garcia e Silva, do Laticínios Beira Rio/Chalé do Queijo, de Capitólio, conquistou a medalha de ouro na categoria requeijão em barra. Outro premiado foi Sérgio de Paula Alves, da queijaria artesanal Queijo do Serjão, da cidade de Piumhi. Sérgio ganhou duas medalhas de prata, sendo uma pelo queijo canastra com até 30 dias de maturação e outra pelo Queijo Canastra de 30 a 90 dias de maturação.

Sérgio Alves explica que o trabalho do ATeG Agroindústria na propriedade ajudou muito sua produção, tanto em qualidade, tempo de maturação e adequações sanitárias, como em organização de planilhas e análises de custos da queijaria. “Estou muito feliz com essa premiação e só tenho a agradecer o trabalho desenvolvido pelo Sistema Faemg Senar no meu negócio”, disse.

Foi a primeira vez que o Queijo do Serjão, original de Piumhi, conquistou um prêmio em Araxá. “Já tinha ganhado medalhas em outros concursos do Brasil e até na França, mas essa premiação, ainda mais sendo duas medalhas, me deixou muito motivado. Agradeço em especial ao técnico do ATeG Giancarlo Ferreira, que tem nos acompanhado com muita competência e atenção”, elogiou Sérgio.

 Sérgio Alves, outro premiado no concurso – Foto: Divulgação

Tradição

Marisa Garcia conta que trabalha com queijo há 33 anos. Nesse tempo, ampliou sua produção melhorando a qualidade e desenvolvendo novos produtos, chegando a processar sete mil litros de leite por dia. Hoje, no entanto, a queijaria prioriza a qualidade e o sabor por meio de um trabalho artesanal minucioso, com uma produção baseada em 500 litros de leite por dia.

O Laticínios Beira Rio, que ela gere com o marido Antônio Goulart da Silva, participa do ATeG Agroindústria desde setembro de 2022, por indicação do Sindicato dos Produtores Rurais de Capitólio, que viu na propriedade o perfil para o programa.

Bruna Rodrigues de Almeida, técnica de campo da família, explica que, no início, foi feito um planejamento junto aos produtores, que demonstraram interesse na agregação de valor aos produtos, para, futuramente, implementarem o turismo rural na fazenda.

“No primeiro ano, a assistência visou a implementação das boas práticas de fabricação, junto ao emprego de algumas tecnologias na elaboração dos queijos. Já nos últimos meses, o foco foi o fomento na participação de eventos, principalmente os concursos queijeiros”, explicou Bruna.

Em julho o requeijão em barra Beira Rio foi bronze no Prêmio Queijo Brasil, realizado no Paraná. Na ocasião, o queijo muçarela trança defumado do laticínio foi premiado com a medalha de ouro.

Marisa afirma que o ATeG teve um papel fundamental para as premiações. Ela conta que já produzia queijos com uma qualidade muito alta, mas, com a ajuda da técnica Bruna, a queijaria conseguiu atingir um grau de excelência inimaginável até então.

“Com as premiações, a agroindústria obteve uma notória visibilidade na cidade e região, sendo que, desde o Prêmio Queijo Brasil, houve um aumento considerável das vendas e surgiram propostas para participação em diversos eventos”, comemorou Marisa.

Os grupos do ATeG Agroindústria desenvolvidos pelo Sistema Faemg Senar nas regiões produtoras de queijo tem a participação efetiva dos Sindicatos dos Produtores Rurais dos municípios. O Sindicato dos Produtores Rurais de Formiga, o Sindicato dos Produtores Rurais de Capitólio e o Sindicato dos Produtores Rurais de São Roque de Minas são parceiros do Sistema Faemg Senar e essa parceria foi fundamental para o alcance dos resultados na ExpoQueijo 2023.

Marisa Garcia e a técnica Bruna – Foto: divulgação

Via: Observo.

Amigos se unem e produzem queijo de 30 kg na Serra da Canastra; dinheiro da venda será doado

Queijo de 30 quilos foi produzido por cinco amigos na Serra da Canastra — Foto: Jordane Maacedo/Divulgação

Já imaginou um queijo de 30 quilos e quanto ele pode custar? Um grupo de amigos de São Roque de Minas, na Serra da Canastra, se uniu e, juntos, produziram no início de maio, o maior queijo do tipo Canastra já visto na região.

Com um peso impressionante, a iguaria foi produzida com 300 litros de leite e muita habilidade dos produtores. A ideia agora é vender a peça e doar o valor para instituições do município.

A produtora Maria Lúcia Oliveira contou que a ideia partiu de um amigo, Jordane Macedo, que é produtor de eventos. A iniciativa foi uma forma de estudar o comportamento do queijo durante a maturação que deve durar 180 dias, a partir de agora. Um processo cuidadosamente monitorado pelos produtores.

“O queijo segue em maturação agora, um processo demorado que precisa ser monitorado. Essa produção foi pensada justamente para dar visibilidade ao nosso produto e também os produtores”, contou Lúcia.

A produção durou cinco dias. A parte mais trabalhosa, como contou Lúcia, foi na hora de virar o queijo.

“Ele é muito pesado, então tivemos que unir forças para virar e nós conseguimos”, destacou.

Queijo de 30 quilos ao lado de um queijo normal de 1 quilo  — Foto: Lúcia Oliveira/Divulgação
Queijo de 30 quilos ao lado de um queijo normal de 1 quilo — Foto: Lúcia Oliveira/Divulgação

Venda da peça e doação em dinheiro

Após a maturação de seis meses, eles planejam vender a peça e doar todo o dinheiro arrecadado a duas instituições da cidade, o asilo José Morais de Oliveira e o Lar Maria Nolvinha da Costa. Ainda sem ideia do valor, eles calculam uma média de R$ 3 mil, já que cada peça de um quilo custa em média R$ 100.

” É uma forma de valorizar a cultura local e também colaborar com essas instituições. Ainda não temos ideia de como vamos vender, se será na queijaria ou mesmo pela internet. O valor médio é de fato acima de R$ 3 mil” , afirmou.

A produção de queijo Canastra é uma atividade importante para a economia local. Muitas famílias dependem dela para sobreviver. Além disso, a iguaria é conhecida nacional e internacionalmente pela qualidade e sabor únicos.

Agora o grupo de produtores já planeja produzir um queijo ainda maior. Uma ação que vai envolver ainda mais dedicação dos produtores locais, que não têm limites quando se trata de preservar e inovar a cultura gastronômica da região.

São Roque de Minas realiza festival e concurso do queijo Canastra

Imagem: Restaurante Tordesilhas – Festival do queijo da Serra da Canastra

São Roque de Minas realiza, entre os dias 9 e 11 de junho, o 3º Festival do Queijo Canastra. O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Esportes, Cultura, Lazer, Turismo, Meio Ambiente e Agricultura terá a 24ª edição do Concurso do Queijo Minas Artesanal Canastra de São Roque, no dia 10, e tem como objetivo promover a cultura e a gastronomia do município.

O festival também vai contar com shows do 14 Bis, Vi-Voz e Banda, Banda Texas Radio e Gabriel Ferrari. Segundo a prefeitura, a estimativa de público é de 2 mil pessoas.

O evento também terá espaço para degustação de cerveja artesanal e churrasco feito por equipe de profissionais premiados internacionalmente. De acordo o chefe de Gabinete da Prefeitura de São Roque de Minas, Valmório Lima, foram investidos R$ 30,5 mil na promoção do evento. “Com exceção do 14 Bis que foi pago pelo patrocínio do Sicredi e Sítio Recanto do Queijo”, afirmou.

O 24º concurso do Queijo Minas Artesanal Canastra é uma realização em parceria da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) com a prefeitura do município e a Diretoria de Agricultura. De acordo com Valmório, os produtores que forem participar do concurso devem ser cadastrados no Serviço de Inspeção Municipal (SIM).

“Em se tratando do Queijo Canastra, premiado mundialmente, hoje ele é um de nossos principais atrativos turísticos e a prefeitura tem como objetivo apoiar as ações e divulgação de seus produtos, além de ajudar na qualificação desses produtores para a produção de queijos de qualidade por meio do trabalho realizado pela Diretoria de Agricultura e das veterinárias do Consórcio Cicanastra, que semanalmente prestam serviços a estes produtores”, disse.

MG BUSCA RECONHECIMENTO DE QUEIJO DO JEQUITINHONHA

BELO HORIZONTE – Nesta terça-feira, 16, foi comemorado o Dia dos Queijos Artesanais de Minas Gerais com a inclusão de mais um membro na família dos queijos mineiros, o Queijo Cozido, produzido no Vale de Jequitinhonha.

De acordo com informações da Emater, o Governo do Estado trabalha para que o reconhecimento do Queijo Cozido, ainda não legitimado por nenhuma instância governamental no Brasil. Com modo de fazer tradicional e características sensoriais próprias, o produto, quando formalmente identificado, deve agregar valor e fomentar o comércio legal em outras regiões, fora do Nordeste mineiro.

Os trabalhos para a identificação do Queijo Cozido começaram com uma visita de equipes da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) aos produtores dos municípios de Rubim, Almenara, Salinas e Araçuaí, em março deste ano. Na oportunidade, foram discutidos possibilidades, desafios e potencialidades para o alimento típico jequitinhonhense.  

“O reconhecimento, a promoção e a valorização desse queijo é fundamental para incentivar a produção sustentável, o consumo consciente e o respeito ao meio ambiente. Assim, contribuímos para gerar renda, auxiliar na diminuição das desigualdades sociais e erradicar a pobreza, problemas históricos na região, de forma alinhada com os objetivos de desenvolvimento promovidos pela ONU”, reflete o superintendente de Abastecimento e Cooperativismo da Seapa, Gilson de Assis Sales. 

Atualmente, o grupo atua na elaboração de uma nota técnica, que culminará na publicação do reconhecimento em um futuro breve. A Emater-MG estima que aproximadamente 450 famílias produzam o Queijo Cozido, em 24 municípios do Vale do Jequitinhonha. (Clic Folha)

Produto de Minas está perto de se tornar patrimônio imaterial da humanidade

Minas Gerais está mais perto de ver um dos seus produtos mais admirados se tornar conhecido internacionalmente. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entregou na quarta-feira (29) a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal à Lista Representativa da Convenção para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O pedido foi formalizado ao secretariado da Convenção do Patrimônio Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), via Delegação Permanente do Brasil junto à Unesco (Brasunesco).

Segundo divulgou o Iphan na noite desta quinta-feira (30/3), a lista inclui bens culturais imateriais que são considerados representativos da diversidade cultural mundial e que precisam ser protegidos e valorizados.

O processo de candidatura foi conduzido pelo Iphan, em articulação com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), as secretarias de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e a da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Rede Minas e a Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo). O objetivo é assegurar a preservação de conhecimentos e técnicas relacionadas à produção de queijo, desenvolvidas ao longo dos últimos três séculos, por pequenos produtores rurais de Minas.

Lista

Para entrar na seleta Lista Representativa, a candidatura deve seguir alguns critérios, como o bem cultural ser acautelado nacionalmente, ou seja, ser registrado como patrimônio imaterial pelo Iphan; ter um plano de salvaguarda elaborado; e garantir o envolvimento dos detentores do saber no processo. Além disso, a inscrição do bem deve contribuir para a visibilidade e conscientização sobre a importância do patrimônio cultural imaterial, encorajando o diálogo e refletindo a criatividade humana. 

A candidatura ressalta o caráter familiar das propriedades envolvidas na produção do Queijo Minas Artesanal. E destaca ainda a tradicional preocupação dos produtores com o bem-estar animal e enfatiza o papel do queijo, em conjunto com outros fatores, na articulação de um modo de vida marcado pela importância das relações de boa vizinhança, tolerância e hospitalidade, cultivados nas comunidades rurais e por um forte sentido de pertencimento ao plano local.

A candidatura apresenta as diversas ações de salvaguarda já realizadas e a previsão de revisão do plano de salvaguarda com o envolvimento de diversas instituições, tanto no plano federal quanto estadual, bem como a participação e o entusiasmo dos detentores e associações de produtores de queijo, no processo, inclusive como postulantes do pedido através da Amiqueijo. O processo de construção da candidatura contou com a intensa participação social dos detentores do bem cultural e as ações de salvaguarda dão a base e suporte ao processo de candidatura.

Importância

Em nota, o presidente do Iphan, Leandro Grass, explica o papel da autarquia federal como órgão representativo do país no âmbito internacional para o patrimônio cultural. “Em colaboração com outros parceiros institucionais e a sociedade civil, o Iphan conduz e apoia os processos de candidatura, monitoramento e salvaguarda dos bens culturais brasileiros.” Para o presidente, “caso a inscrição do bem seja confirmada, ela irá promover o desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável, além de combater o êxodo rural e garantir a segurança alimentar”, completou.

Os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal representam uma coleção de experiências, símbolos e significados que estabelecem a identidade deste patrimônio cultural imaterial, amplamente reconhecido pelos brasileiros. “A inclusão desse bem na Lista Representativa da Unesco é uma significativa valorização desse bem, que deve ser preservado e valorizado para as gerações futuras”, acrescentou Grass.

Candidatura

Atualmente, a candidatura está na etapa de submissão à Secretaria Executiva da Convenção da Unesco, na qual poderão ser solicitados ajustes e correções. Em 2024, terá início a etapa de avaliação da candidatura e será feita a análise de mérito e emitido um parecer. A decisão final sobre a inscrição do bem na Lista Representativa será realizada na reunião do Comitê Intergovernamental da Convenção de 2003 da Unesco que ocorrerá entre novembro e dezembro de 2024. O prazo de submissão de candidaturas, até o dia 31 de março de 2023, corresponde ao ciclo de avaliação de 2024. As datas dos ciclos de avaliações e suas etapas são definidas pelas diretrizes operacionais da Convenção de 2003 da Unesco.

Histórico

Em 2002, o Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal foi reconhecido na região do Serro pelo Iepha, sendo o primeiro bem cultural registrado por Minas Gerais como patrimônio imaterial. Em 2008, o Iphan registrou o Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas, contemplando três regiões: Serro, Serra da Canastra e Serra do Salitre/Alto Paranaíba. 

Em 2021, o Iphan alterou o título do bem cultural para Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, ampliando o território de abrangência do registro para as regiões identificadas pela Emater-MG. As novas regiões identificadas foram: Araxá, Campo das Vertentes, Serras do Ibitipoca, Triângulo de Minas, Diamantina e Entre Serras da Piedade e do Caraça.

Primeiro Queijo Canastra Orgânico recebe certificação em Piumhi

O primeiro Queijo Canastra Orgânico com certificação já pode ser degustado pelos amantes da iguaria mineira. Após um ano de produção dentro dos padrões exigidos para produção orgânica, o queijo da Faz O Bem Orgânicos recebeu sua certificação pelo IBD, principal certificadora registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A certificação é resultado de um trabalho em família que busca, além de oferecer um produto de qualidade, desafiar os modelos de produção e consumo convencionais.

Para produzir o queijo, junto da família, o engenheiro agrônomo Vinícius Soares deixou o trabalho em uma multinacional e voltou para sua terra natal, em Piumhi, Minas Gerais, na região da Serra da Canastra. “Estamos muito felizes com a certificação porque é ver o nosso trabalho sendo reconhecido. Produzir fora dos padrões convencionais, sem uso de agrotóxicos, antibióticos e transgênicos é um desafio muito grande”, afirma Vinícius.

As vacas são criadas soltas e a pasto. Na produção da comida dos animais não são utilizados adubos químicos, agrotóxicos e nem sementes transgênicas e as vacas são tratadas com homeopatia, fitoterapia, vacinação e controle biológico. Todos estes critérios estão dentro do padrão exigido pelo Mapa para a produção de orgânicos.

“Esse manejo orgânico tem que ser realizado desde a comida feita para o gado, passando pelo manejo dos animais, práticas de ordenha e produção do queijo. Todo o processo atende essas normativas de produção”, afirma Vinícius

A Faz O Bem Orgânicos nasceu do sonho de pessoas que amam a terra e possuem uma ligação emocional com ela de produzir algo que fosse familiar, sustentável e ligado aos seus valores e princípios.

Para realizar este sonho, o engenheiro agrônomo começou, em 2019, a estruturar o projeto na pequena propriedade da família, localizada à beira do ribeirão Araras, afluente do Rio São Francisco.

A propriedade tem 25 hectares, sendo 11 de mata nativa e está localizada no Portal da Serra da Canastra. Portanto, 44% da área da propriedade encontra-se com mata nativa preservada. O sítio conta com 3,4 hectares no sistema silvipastoril intensivo, que integra árvores, arbustos, gramíneas e leguminosas. “Esse sistema é base da nossa proposta de manejo regenerativo, que visa a produção dos nossos queijos, aliada às melhorias das condições gerais da nossa propriedade, como o solo, a água, a paisagem, a biodiversidade, o microclima e o bem estar dos animais e das pessoas”, explica Vinícius.

Para exemplificar o manejo regenerativo, o agrônomo diz que em 5 ou 10 anos vão produzir queijo debaixo de uma floresta, pois em uma área de pastagem de pouco mais de três hectares foram plantadas cerca de 300 árvores e 4 mil arbustos.

Junto do Vinícius e sua esposa, os pais e proprietários do sítio também trabalham e se dedicam ao projeto, além das irmãs e cunhados. Eles contam com a ajuda de dois colaboradores que contribuem na ordenha do leite e produção do queijo. Todo o processo é familiar e em pequena escala.

Atualmente, com os cerca de 100 litros de leite produzidos pelas vacas, são feitos 10 queijos Canastra por dia. A comercialização dos produtos é feita via Instagram, Facebook e WhatsApp, além de parceiros estabelecidos por todo o Brasil.

Via: Observo.

Queijo Canastra ganha rota do queijo

A Rota foi criada após o evento Made in Minas, em dezembro de 2022, visando fomentar o turismo e facilitar a vida do visitante. Jordane Macedo, um dos idealizadores da Rota, conta “Sempre que ia à região de São Roque de Minas, apesar de conhecer diversos produtores, procurava um destino para visitar que eu ainda não conhecia. E foi dessa vontade e em poder compartilhar parte do meu saber com o turista que surgiu a Rota do Queijo”, disse.

Com o uso da tecnologia, tudo é feito de forma interativa. O visitante clica no mapa e logo abre o nome da fazenda produtora de queijo, horário de funcionamento, informações sobre o produto e como chegar.

Para melhorar a sinalização, estão sendo instaladas placas dentro do roteiro, com QR- Code, permitindo que o turista aponte a câmera do celular sem sair do carro e seja direcionado para a Rota do Queijo, conhecido por sua cor amarelada e sabor levemente picante.

Confira a rota clicando aqui.

(MilkPoint)

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.