Um homem foi preso após proferir diversas ofensas racistas e homofóbicas dentro da biblioteca pública Mário de Andrade, no centro de São Paulo.
Identificado como Wilho da Silva Brito, de 39 anos, ele foi gravado por funcionários da biblioteca dizendo que estaria lá estudando para melhorar o país.
Na mesa de estudos, é possível ver um exemplar do livro “Minha Luta” escrito pelo líder nazista Adolf Hitler.
Uma frequentadora da biblioteca intervém e também diz que ele está sendo racista. Ele confirma e diz que é racista.
Durante a discussão, Brito continua dizendo frases contra pessoas negras e também faz comentários homofóbicos.
Em depoimento, funcionárias afirmaram que o homem é frequentador da biblioteca e já causou problemas várias vezes. Segundo elas, ele estava incomodando os outros frequentadores com comentários racistas. As testemunhas afirmam que ele chegou a fazer gestos nazistas e ofensas às pessoas negras.
A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana foram acionadas e o homem foi preso em flagrante. Em depoimento, ele repetiu as ofensas contra pessoas negras e homossexuais. Brito vai responder pelos crimes de injúria racial e racismo.
A prefeitura de São Paulo, por meio de nota, repudiou os ataques registrados na biblioteca e afirmou que o espaço é marcado pela diversidade e pelos direitos individuais.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar se o vereador de Guapé (MG), Thiago Sávio Câmara, cometeu crime de injúria racial contra a presidente da Câmara Municipal, Elizabete Florêncio (PT). O caso ocorreu durante a reunião do Legislativo na última segunda-feira (1º). A vereadora registrou um boletim de ocorrência.
Durante a sessão, o vereador respondeu a vereadora com os dizeres: “Esse discursinho de preta. A senhora não gosta de branco? Qual é o seu problema contra o branco?”.
Elizabete explica que foi interrompida enquanto tinha o direito à fala na Tribuna. Segundo a vereadora, não foi a primeira vez que esse tipo de comentário acontece enquanto ela fala sobre algo na Câmara.
“Eu me posiciono, como uma mulher presidente da Câmara, para ser um exemplo para as outras mulheres, para elas saberem que são espaços que podem ser disputados por elas. Essas espaços de poder, esses espaços de decisão. E me refiro como eu, uma mulher preta. De repente o vereador fala ‘já vem com esse discursinho de preto’. Eu me senti discriminada”, disse a vereadora.
Em entrevista à EPTV, Thiago disse que a fala teria sido tirada de contexto. Ele explicou o que tentou dizer vereadora.
“O que eu quis dizer foi: ‘presidente, chega de esconder a sua incompetência por trás do seu sexo, por trás da sua cor. Ou seja, por trás do seu estereotipo’. O fenótipo da gente não quer dizer absolutamente nada ao nosso respeito. A régua que uso para medir pessoas, é a mesma que uso para melhorar o meu comportamento. Ou seja, uma régua moral”.
Após a reunião, a vereadora abriu um boletim de ocorrência. Um inquérito foi instaurado e o caso vai ser investigado como injúria racial.
“A partir de agora nós pegaremos as imagens completas da sessão, para que a gente entenda o contexto e a forma como tudo acontecer. Para tentar verificar eventual exagero e eventual crime cometido por qualquer pessoa que seja. Nós precisamos ressaltar que os vereadores tem imunidade com suas palavras, opiniões e votos na circuncisão do município em que vivem, mas essa imunidade não é absoluta. Ela tem que ser compatível com o exercício da função. Além disso, existe uma nova lei que combate a violência política notadamente contra mulheres e, principalmente, praticados em decorrência de gênero e de cor”, explicou o delegado Alexandre Boaventura Diniz, à EPTV.
O vereador Thiago possui três pedidos de cassação, todos por quebra de decoro parlamentar.
“Eu sou gordo e careca. Isso são características. O que eu não tolero, é incompetência e falta de caráter. Infelizmente isso infelizmente ela não tem”, disse o vereador.
Elizabete diz esperar que a Justiça seja feita.
“Eu creio muito na Justiça. Eu acredito na Justiça. Até porque eu tenho que acreditar na Justiça”, comentou a vereadora Elizabete.
A Câmara de vereadores informou que vai se reunir para analisar possíveis providências cabíveis sobre o caso. (Com informações de G1)
Em entrevista ao apresentador Tucker Carlson, da emissora estadunidense conservadora Fox News, o presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a existência do racismo no Brasil e mencionou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal oponente nas eleições de outubro para o Palácio do Planalto.
“É uma forma de você dividir. Mesmo antes de Lula tomar o poder, em 2003, a esquerda já pregava uma disputa de negros contra brancos, chefes e empregados, nordestinos e sulistas. A esquerda ganhou seguidores graças a essa abordagem”, afirmou o presidente. A conversa foi exibida na noite de quinta-feira (30/6) nos Estados Unidos.
“Eu sou um branco de olhos azuis. Racismo existe no Brasil, mas não como dizem. A maioria dos nossos jogadores de futebol é descendente de africanos. Sem problemas”, prosseguiu.
Confira a entrevista:
Ainda na entrevista, o mandatário afirmou que a esquerda brasileira estaria desesperada, pois seu governo “está indo muito bem”.
Bolsonaro também voltou a criticar a vacina contra a Covid-19 e medidas restritivas de combate à doença, voltou a defender o tratamento precoce com hidroxicloroquina, desmentiu informações sobre o desmatamento da Amazônia e minimizou o racismo no Brasil.
Thaise Damiani denunciou que a filha foi vítima de racismo em Criciúma, no Sul catarinense, na sexta-feira (19). Ela registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) por injúria racial na manhã de sábado (20). O caso será investigado pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCami).
A situação começou a ganhar repercussão depois que a mãe expôs na internet um comentário que recebeu após publicar um vídeo da filha. Ela havia feito um registro da menina, de 7 anos, vestida com uma fantasia de princesa do filme “A Bela e a Fera”, que seria usada em uma festa da escola.
A mulher, que é parente de Thaise, enviou um comentário sobre a publicação: “Desculpa aí, mas vi uma macaca se coçando”. Quando a mãe questionou o comentário, a autora apagou a mensagem (veja imagem abaixo).
A família conta que a mulher pediu desculpas quando percebeu que o ato poderia ser investigado. A mãe da criança, disse que a mulher tentou justificar a ação e que o comentário seria para um outro vídeo que estaria na rede social.
Apesar do grau de parentesco, a família afirmou que não existe uma relação de proximidade com a mulher e que ela não conhece a criança.
O pai da menina e marido de Thaise, Fabrício Silvério Lucas, conta que a família espera encontrar solução para o caso. A pena por injúria racial pode chegar a 3 anos de reclusão.
“A situação está desagradável, principalmente para o psicológico e o emocional. Eu, como pai, não tenho palavras para explicar o que estou sentindo. Só quero justiça pelo que ela fez com minha filha”, disse.
Era um momento feliz
A menina, segundo relato da mãe, estava eufórica com a fantasia, que seria usada em um evento escolar.
“Ela quis provar esse vestido. Ela estava tão radiante e tão feliz. Colocou o vestido e rodava com ele”, lembra Thaise.
Fabrício compartilhou um vídeo com desabafo neste domingo (20). “Eu não sei o que se passou com essa mulher. A sociedade está aí, não podemos nos calar. Eu não vou sossegar enquanto essa mulher não pagar tudo o que fez com a minha filha”, afirmou.
Repercussão
O caso chamou a atenção do Coletivo Chega de Racismo, de Criciúma, que disse que vai mobilizar moradores para que o crime siga em evidência até ser solucionado.
“Entendemos que o racismo é um problema crônico da sociedade, mas não podemos naturalizar e aceitar casos como esse. A pessoa racista pratica o seu racismo porque acredita na impunidade, e nós queremos tratar o caso como deve ser tratado. Racismo é crime e nós queremos justiça”, afirma o coordenador do grupo, Alex Sander da Silva.
Um vereador de Planalto (SP) passou a ser investigado pela Polícia Civil após a mãe de uma menina de 2 anos denunciá-lo na delegacia alegando que o parlamentar escreveu mensagens ofensivas contra a criança, que é negra. O vereador nega (veja mais abaixo).
A atendente Carolaine Vilela diz que publicou uma foto da filha com a filha do vereador Gercimar Maximiliano de Mattos (Solidariedade), já que é amiga da ex-mulher dele.
Após a publicação, Gercimar teria escrito ofensas. Em um dos prints da conversa pelo WhatsApp, é possível ver os insultos contra a criança: “Eu não quero essa sua pretinha feia e fedida com a minha filha”.
“Minha filha não entende o que é certo ou errado, mas se vocês insistirem nisso, é essa sua neguinha que vai pagar o preço”, afirma a mensagem.
Carolaine diz que publicou a conversa nas redes sociais, mas alega que começou a ser ameaçada pelo vereador.
“Tive que mudar de casa porque não estava me sentindo segura por causa das ameaças de vida. A menina não está podendo mais frequentar a creche. Vou sozinha para o serviço, mas meus patrões precisam me trazer de volta”, conta a mãe.
Versão do vereador
O vereador afirma que nunca falou com Carolaine e nega que tenha enviado as mensagens ofensivas. Ele também diz que não fez ameaças nenhuma.
“Jamais, nunca na vida, eu teria coragem de ofender um adulto dessa forma, que dirá uma criança”, conta o vereador.
Investigação
A Polícia Civil já ouviu Carolaine, mas Gercimar ainda vai prestar depoimento. Os celulares dos dois devem ser periciados.
“Devem ser juntado os prints das telas de WhatsApp. Elas já são suficientes para a prova preliminar. A oitiva da testemunha é fundamental para valide os prints da conversa que foi mantida”, explicou o delegado Alexandre Del Nero Arid.
Por exercer cargo de vereador, Gercimar será investigado pela Delegacia Seccional de São José do Rio Preto (SP).
Além de registrar boletim de ocorrência, Carolaine protocolou uma denúncia na Câmara de Planalto. Por decisão unânime, os vereadores criaram uma Comissão Processante para investigar a quebra de decoro de Gercimar. A conclusão do relatório deve sair nos próximos dias.
O advogado entrou com pedido na Justiça para que o procedimento da Câmara seja suspenso. Ele também afirmou que o cliente não cometeu os crimes de ameaça e de injúria.
Um grupo de ativistas do movimento negro, protestaram na última quinta-feira (26), em Alfenas (MG), após caso de injúria racial envolvendo um padre da cidade.
O Bispo Diocesano, Dom José Lanza, emitiu uma nota de repúdio e apoio ao Sacerdote Riva Rodrigues de Paula, pelos atos racistas que vem sofrendo por parte de alguns fiéis. Rivas, que é Vigário da Paroquial na Paróquia São José e Nossa Senhora das Dores, vem sofrendo diversos casos de discriminação em razão de sua cor.
Em um passeata, acompanhada pelo padre Riva, o grupo foi com cartazes e gritos de protesto, onde atravessou o centro da cidade seguindo até a Igreja Matriz
O padre Riva, emocionado, agradeceu a toda população e sentiu-se acolhido pela comunidade.
Um Padre de Alfenas (MG) foi vítima de injúria racial por fiéis da cidade. A vítima preferiu não registrar o caso e optou pela conscientização da sociedade.
Riva Rodrigues de Paula, de 42 anos, chegou em Alfenas há dois meses e, segundo ele, é o primeiro vigário paroquial negro da Paróquia São José e Nossa Senhora das Dores. “Via telefone eles falaram muitas coisas. Era pra ser avisado quando o padre preto ia celebrar a missa, porque eles não gostam de negro”.
A última ofensa aconteceu na semana passada, quando foi celebrada a semana da Consciência Negra. “O casal chegando para celebração perguntou se era o padre preto fedido que ia celebrar a missa de novo”, afirma.
O vigário ainda não registrou o boletim de ocorrência. “Eu acredito na força do amor e optei pela conscientização. A primeiro momento, as palavras tem um impacto muito grande sobre nós. Mas rezando, eu optei pelo desabafo, pela denúncia e levar o nosso povo a conscientizar, que nenhum tipo de preconceito é bem-vindo na nossa sociedade”, ressalta.
De acordo com o padre, não é a primeira vez que sofre racismo. Em 2013, ele também passou por situações parecidas em Poços de Caldas. “Aqueles que prezam pelo respeito à vida, tem que denunciar e falar desse mal, que ainda está vivo na nossa sociedade”, finaliza.
No último domingo (22), a modelo Erica Vitório, moradora de São José da Barra (MG), postou em seu perfil pessoal no Facebook, algumas imagens de um ensaio fotográfico, o qual participou.
Após a publicação das fotos, Erica sofreu um novo ataque virtual, uma pessoa comentou: ‘’Tá no cio?’’. A fotógrafa Livian Dias, que a algum tempo executa trabalhos com a modelo, imediatamente entrou em defesa da mesma.
Pouco tempo depois, Erica ocultou o comentário, ‘’Ocultei por constrangimento. É a segunda vez que isso acontece comigo, as pessoas podem achar que duas vezes é pouco, mas é pouco para outras coisas, quando se trata de racismo e cyberbullying, uma vez já é muito, imagina duas’’.
A São José Barrense disse que não conhece o autor do comentário, mas sabe que é morador de Alpinópolis (MG).
‘’Esses ataques está me deixando muito mal, ainda mais por ter acontecido em menos de um mês, isso me deixou ainda mais em choque’’, completou a modelo.
Erica lamentou o ocorrido, ‘’Até quando isso meu Deus’’.
Felipe Oliver, tradutor de libras do Instituto Nacional de Educação de Surdos, afirmou em entrevista ao “Esporte Espetacular”, da Globo, que Neymar foi chamado de “mono” [macaco, em espanhol] pelo zagueiro Álvaro González, do Olympique de Marselha, durante partida contra o Paris Saint-Germain no último domingo (13).
“Ele fala a palavra mono em espanhol, no momento em que ele, inclusive, fala e vira a boca. Ali fica claro. A gente não conseguiu, por exemplo, perceber o que ele fala antes de falar a palavra mono, mas a palavra mono foi um trecho que a gente teve consenso na hora em que estava fazendo o trabalho de leitura labial”, relata o especialista.
Além de Oliver, participaram da reportagem Luis Felipe Ramos, da Associação de Surdos do Rio de Janeiro e colaborador do programa “Fantástico”, e Mikel Vidal, que faz parte do Instituto Nacional de Educação de Surdos e tem formação avançada em espanhol por ser filho de colombianos.
No último fim de semana, o Olympique de Marselha venceu o PSG por 1 a 0 pela quarta rodada do Campeonato Francês. Neymar foi expulso desta partida. No primeiro tempo, ele discutiu com Álvaro González após uma dividida do zagueiro adversário com Di María e disse que foi chamado de macaco. Em vídeo, é possível ouvir Neymar dizer “racismo, não” duas vezes em espanhol para González. A expulsão aconteceu já no fim do jogo, quando ele deu um tapa na nuca do mesmo jogador.
Na quarta-feira seguinte, Neymar foi punido pela agressão com duas partidas de suspensão, podendo pegar uma terceira, pela LFP (Liga de Futebol Profissional da França), enquanto a denúncia de racismo começou a ser investigada.
Durante a investigação foi descoberto que Neymar disse “puta maricón” (‘puta viado”, em tradução livre), uma expressão homofóbica, a González. Felipe Oliver confirmou à TV Globo: “Num segundo momento, fica claro também uma ofensa homofóbica.”
Fonte: UOL
Gostaria de adicionar o site Jornal Folha Regional a sua área de trabalho?
Sim
Receber notificações de Jornal Folha Regional
Sim
Não