Jornal Folha Regional

Tenente coronel, irmão de militar de São José da Barra, lidera equipe e prende autor de falas racistas em MG

Tenente coronel, irmão de militar de São José da Barra, lidera equipe e prende autor de falas racistas em MG - Foto: reprodução
Tenente coronel, irmão de militar de São José da Barra, lidera equipe e prende autor de falas racistas em MG – Foto: reprodução

Alessandro Pereira de Oliveira, de 36 anos, responsável por gravar e publicar nas redes sociais um vídeo com falas racistas, foi preso na última quarta-feira (23) pela Polícia Militar de Minas Gerais. A equipe de policiais foi liderada pelo Tenente Coronel Eduardo Lopes, comandante do 13º Batalhão da PM e irmão do Cabo João Ricardo, que atua em São José da Barra (MG).

Segundo a PM, após a repercussão do vídeo, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) fez uma denúncia e acionou as forças de segurança no último domingo (20). Desde então, o serviço de inteligência da PM começou a monitorar os passos do suspeito, tendo como ponto de partida um bar onde ele trabalhava na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

“Através do Disque Denúncia, o serviço de inteligência, juntamente com os policiais militares da Tático Móvel, realizaram uma operação. Ele estava no bairro Jaqueline, estava utilizando um apartamento. Após o cerco da PM, ele viu que não teria nenhuma alternativa de fuga e acabou se entregando, permitindo o nosso acesso”, explicou o tenente-coronel.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, Alessandro tem quatro passagens pelo sistema prisional incluindo um mandado de prisão em aberto, após ter o benefício da saída temporária concedido pela Justiça no dia 26 de março deste ano, e não ter voltado dentro do prazo determinado, sendo registrado como fuga por abuso de confiança.

A primeira passagem dele pelo sistema prisional foi em 2017. Ele já responde pelos crimes de Maria da Penha, stalking, violência psicológica, divulgação de cenas de estupro ou pornografia.

“Ele está sendo recapturado e responderá também pelos crimes eventualmente praticados de racismo”, concluiu o comandante.

No vídeo publicado nas redes sociais pelo criminoso, entre várias ofensas, ele critica a Lei Áurea, que foi assinada pela Princesa Isabel justamente para abolir a escravidão do Brasil.

Especialista em leitura labial diz à TV que Neymar foi chamado de macaco

Felipe Oliver, tradutor de libras do Instituto Nacional de Educação de Surdos, afirmou em entrevista ao “Esporte Espetacular”, da Globo, que Neymar foi chamado de “mono” [macaco, em espanhol] pelo zagueiro Álvaro González, do Olympique de Marselha, durante partida contra o Paris Saint-Germain no último domingo (13). 

“Ele fala a palavra mono em espanhol, no momento em que ele, inclusive, fala e vira a boca. Ali fica claro. A gente não conseguiu, por exemplo, perceber o que ele fala antes de falar a palavra mono, mas a palavra mono foi um trecho que a gente teve consenso na hora em que estava fazendo o trabalho de leitura labial”, relata o especialista.

Além de Oliver, participaram da reportagem Luis Felipe Ramos, da Associação de Surdos do Rio de Janeiro e colaborador do programa “Fantástico”, e Mikel Vidal, que faz parte do Instituto Nacional de Educação de Surdos e tem formação avançada em espanhol por ser filho de colombianos.

No último fim de semana, o Olympique de Marselha venceu o PSG por 1 a 0 pela quarta rodada do Campeonato Francês. Neymar foi expulso desta partida. No primeiro tempo, ele discutiu com Álvaro González após uma dividida do zagueiro adversário com Di María e disse que foi chamado de macaco. Em vídeo, é possível ouvir Neymar dizer “racismo, não” duas vezes em espanhol para González. A expulsão aconteceu já no fim do jogo, quando ele deu um tapa na nuca do mesmo jogador.

Na quarta-feira seguinte, Neymar foi punido pela agressão com duas partidas de suspensão, podendo pegar uma terceira, pela LFP (Liga de Futebol Profissional da França), enquanto a denúncia de racismo começou a ser investigada.

Durante a investigação foi descoberto que Neymar disse “puta maricón” (‘puta viado”, em tradução livre), uma expressão homofóbica, a González. Felipe Oliver confirmou à TV Globo: “Num segundo momento, fica claro também uma ofensa homofóbica.”

Fonte: UOL

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.