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Recursos da Saúde chegarão com mais agilidade aos municípios mineiros

Recursos da Saúde chegarão com mais agilidade aos municípios mineiros – Foto: Dirceu Aurélio

O acordo já em curso do pagamento da dívida relacionada aos repasses da verba da Saúde do Governo de Minas aos municípios e instituições, no valor de R$ 6,7 bilhões, será simplificado e ampliado. O governador Romeu Zema assinou, na última terça-feira (8), decreto que regulamenta a Lei Complementar (LC) 171/2023, sobre a execução dos recursos da dívida.

Na prática, os valores que estavam parados nos caixas das prefeituras e que deveriam ser utilizados apenas para uma finalidade, como no combate à dengue, por exemplo, agora poderão ser empregados na área da saúde de acordo com a necessidade do município.

De acordo com o governador, a lei complementar equacionou a dificuldade que os prefeitos esbarravam para executar os recursos provenientes de convênios antigos. “Com essa solução, bilhões de reais poderão, a partir de agora, começar a ser utilizados”, explicou.

Já o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, afirmou que LC é de grande importância porque existem resoluções de dez anos e que não fazem mais sentido.

“Hoje, o gestor público terá a autonomia para utilizar os recursos da melhor maneira, como em cirurgias, exames ou consultas. É uma dívida que está sendo paga conforme foi acordada, e até de forma adiantada pelo Governo de Minas. Isso significa mais saúde para a população mineira”, disse.

Sobre a dívida

Os R$ 6,7 bilhões são referentes a repasses para a saúde previstos no orçamento do Governo do Estado entre 2009 e 2020, mas que não haviam sido quitados.

O pagamento vem sendo realizado em 98 parcelas: uma de R$ 400 milhões, quitada em 2021, outra também de R$ 400 milhões, quitada no primeiro semestre de 2022, e o residual, em 96 parcelas mensais e consecutivas, que vem sendo pago desde outubro de 2022.

Recursos da Saúde chegarão com mais agilidade aos municípios mineiros – Foto: Dirceu Aurélio

Repercussão

O prefeito de Ipatinga, Gustavo Morais Nunes, agradeceu o Governo de Minas, a ALMG e os demais envolvidos pela solução encontrada. “O que era complexo tornou-se fácil. A LC vai ajudar a vida do gestor público que, consequentemente, facilitará a vida da população de um modo geral”, explicou.

Nunes disse que Ipatinga tem cerca de R$ 60 milhões que deverão ser desvinculados. “Isso significará um respiro para os municípios que são referências na área da Saúde e que recebem pacientes de outras cidades”, afirmou.

UTI da Santa Casa de Piumhi pode fechar por falta de recursos

A Santa Casa de Piumhi deve permanecer com a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) inativa até o fim deste ano. Segundo o prefeito do município, Paulo Vaz, o governo de Minas Gerais não deve pagar, de forma imediata, as dívidas dos anos de 2016, 2017 e 2018 que deve ao hospital.

Uma reunião aconteceu na última segunda-feira, 7, em Belo Horizonte com a presença da secretária de Saúde de Piumhi, Rosângela Terra, do secretário de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti, da superintendente regional de Saúde de Passos, Kátia Rita Gonçalves e do prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva e de São Roque de Minas, Onésio de Oliveira Andrade.

De acordo com o prefeito, as dívidas de anos anteriores foram reconhecidas e o município esperava que a quitação fosse paga de imediato. Segundo ele, essa dívida deverá ser paga em 96 parcelas a partir de 2023, pois, a vedação eleitoral impede repasses de recursos à Santa Casa ainda neste ano.

“O Estado está vedado não pode fazer essa ajuda de imediata, sendo impossível a reabertura dos leitos do centro de terapia intensiva. Nos deixam um pouco frustrados, mas também temos notícias boas para o próximo ano, que é a efetivação de um programa de investimento de infraestrutura, por parte da Secretaria de Estado de Saúde”, disse Paulo Vaz.

Conforme apontou o prefeito, esses investimentos serão necessários para a vinda de um centro de hemodiálise no município. Para ele, o município tem um vazio assistencial e não oferece um suporte adequado para esses pacientes, que favoreceria várias cidades da região.

“Efetivando esse investimento aqui no município todas as cidades vizinhas, Pimenta, Doresópolis, Vargem Bonita, Capitólio e Guapé devem transferir seus pacientes de hemodiálise e evitariam o deslocamento até a cidade de Passos”, disse.

“A instalação do centro de hemodiálise está 100% garantida na nossa região, aqui em Piumhi e em Cássia, que também não conta com esse serviço. Ainda deve entrar a fase de projeto, apresentação de documentações, editais, mas que de acordo com o secretário de Estado de Saúde, em 2023 já estará em andamento, para que essas reivindicações tornem realidade em nosso município”, disse o prefeito.

Segundo a administração municipal, está prevista uma revisão da tabela do programa ‘Opera Mais‘ e do Pronto Atendimento, que pode melhorar as finanças do hospital. O prefeito também deve analisar na prefeitura o que consegue para auxiliar a instituição. “A Prefeitura de Piumhi não consegue resolver todas as situações financeiras da Santa Casa, mas é um compromisso que vamos fazer para tentar ajudar”, disse.

Via: Clic Folha.

Passos corre risco de perder recursos da ANA

A Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA) está cobrando dos responsáveis pela execução do projeto Bocaina Produtor de Água, em Passos, agilidade para iniciar o processo licitatório visando a contratação da empresa que vai executar as primeiras obras na área que protege a bacia hidrográfica.

Há receio por parte autarquia federal de que essa delonga possa vir penalizar a atual administração municipal com a ordem de devolução de R$ 1 milhão contemplados através de contrato de repasse assinado em 2017, e tendo a Caixa Econômica Federal (CEF) como agente interveniente.

Via: Observo.

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