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Prefeito de Boa Esperança renuncia para assumir como diretor-presidente do CEASA Minas

Prefeito de Boa Esperança renuncia para assumir como diretor-presidente do CEASA Minas - Foto: divulgação
Prefeito de Boa Esperança renuncia para assumir como diretor-presidente do CEASA Minas – Foto: divulgação

O prefeito de Boa Esperança, Hideraldo Henrique Silva (sem partido), renunciou ao cargo para assumir a diretoria-presidência das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais. O cargo será ocupado pela vice-prefeita Silvana de Fátima Rodrigues a partir desta segunda-feira (16) até o 31 de dezembro deste ano.

O político comunicou a renúncia por meio de uma carta enviada à Câmara Municipal na quinta-feira (12). No documento, ele destacou a posse para a nova função e comunicou o último dia na gestão.

“Tomarei posse como Diretor-Presidente da CEASA Minas – Centrais de Abastecimento de Minas Gerais. Assim, em respeito à lei Orgânica de Nosso Município, mais precisamente ao art. 72 e 73 de tal diploma, que impede que o prefeito de Boa Esperança exerça cargo em sociedade de economia mista, venho apresentar minha renúncia, a partir do dia 16.12.2024 (segunda-feira), considerando o último dia de mandato o dia 15.12.2024 (domingo)”, diz trecho.

Conforme a Lei Orgânica de Boa Esperança, o prefeito não deve aceitar cargo, função ou emprego remunerado em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista ou com empresas concessionárias de serviço público. Ainda de acordo com a Lei Orgânica, a renúncia deve ser declarada pelo presidente da Câmara.

A vice-prefeita Silvana de Fátima Rodrigues irá assumir o cargo até 31de dezembro. Silvana será a segunda mulher a assumir a prefeitura de Boa Esperança.

Em 1º de janeiro, o prefeito eleito Aroldo Medeiros, do Avante, irá tomar posse do cargo. Nesta mesma data, Silvana irá assumir o cargo de vereadora eleita pelo MDB.

Via: G1

Marcos do Val desiste de renunciar ao mandato

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse na manhã da última quinta-feira (2) que desistiu de renunciar ao mandato. Durante a madrugada, ele havia anunciado em uma rede social o afastamento do Senado e a saída definitiva da política. O parlamentar negou ainda que o então presidente Jair Bolsonaro tenha sugerido um plano para dar um golpe de Estado. Segundo ele, a proposta teria partido do então deputado Daniel Silveira (RJ), na presença de Bolsonaro, que não teria se manifestado sobre o assunto. 

De acordo com o senador, a publicação sobre uma eventual renúncia se deu “em um momento de muita raiva”, após ter sido chamado de “traidor” por internautas. Na noite de quarta-feira (1), integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) teriam criticado Marcos do Val por supostamente apoiar o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na eleição para a Presidência do Senado.

― Foi aquele desabafo. Quando você está nervoso, você fala coisas. Como em qualquer discussão de casal, depois você se arrepende do que fala. Nunca fui político. Quando você entra aqui, tem hora que a gente fica com vontade de ir embora. Foi um desabafo na minha rede social. Quando disse isso, eu estava praticamente decidido mesmo a reunir a equipe e tomar a decisão. Naquela hora que eu postei, se fosse num horário comercial, eu teria saído. Mas, quando acordei, comecei a falar: “Se eu sair, não vou mostrar o resultado do meu trabalho”. Minha equipe me pediu para que eu ficasse ― disse em entrevista coletiva.

Gravação

O senador contou que no dia 9 de dezembro, uma sexta-feira, encontrou-se com Daniel Silveira e Bolsonaro. Na conversa, o então deputado teria sugerido que Marcos do Val fizesse uma gravação clandestina do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. 

— A ideia é que eles colocariam um equipamento de gravação, teria um veículo já próximo ao STF captando o áudio, e eu, nessa reunião com o ministro Alexandre, eu conduzindo, para ele falar que em alguns dos processos dele ele ultrapassou as linhas da Constituição  — explicou o senador.

Bolsonaro teria ouvido a proposta sem se pronunciar, segundo o senador. Marcos do Val disse que “pensaria” e que depois “faria contato”. Mas ao sair, mandou uma mensagem a Alexandre de Moraes relatando a reunião. Dias depois, foi ao encontro do ministro no Supremo e detalhou o encontro. 

— Fiz o meu papel de não prevaricar. Fui e comuniquei ao ministro. E me coloquei à disposição como testemunha.

O senador mandou mensagem para o celular de Daniel Silveira dizendo que “não cumpriria a missão”. A revista Veja, segundo Marcos do Val, o procurou porque teve acesso ao texto da mensagem e quis saber do que se tratava. Ele então decidiu tornar pública toda história e fez uma transmissão ao vivo na internet, na madrugada desta quinta, anunciando o que seria “uma bomba”. 

Repercussão

No Plenário, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que as acusações atribuídas a Marcos do Val são “de extrema gravidade”.

― O Congresso Nacional deve acompanhar a par e passo. Suponho que o ministro Alexandre de Moraes e o STF devem instalar algum tipo de investigação específica sobre isso. Até porque, se for verdadeira essa informação pelo senador Marcos do Val, há indícios extremamente fortes da participação direta do ex-presidente da República em uma tentativa de golpe ― afirmou.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu a apuração do caso. Mas disse que a situação narrada pelo senador Marcos do Val “não configura nenhuma espécie de crime”.

― O senador Marcos do Val já havia me relatado o que tinha acontecido, que isso iriar ser trazido a público, contudo numa linha de que essa reunião, que aconteceu, seria uma tentativa de um parlamentar de demover as pessoas que estavam nesta reunião de fazer algo absolutamente inaceitável, absurdo e ilegal. O que peço aqui, obviamente, é que todos os esclarecimentos sejam feitos. Não digo abertura de inquérito porque a situação narrada não configura nenhuma espécie de crime ― disse.

Vandalismo

Marcos do Val diz estar investigando os ataques de 8 de janeiro nas sedes dos três Poderes e defende a criação de uma CPI para investigar os atos de vandalismo. Ele disse que tem muito a falar sobre os mandantes, mas como os dados são sigilosos, só podem ser revelados em uma comissão de inquérito.

— Não posso tornar público porque é sigiloso, por isso estou cobrando [o presidente do Senado, Rodrigo] Pacheco para a abertura da CPI, aí eu posso divulgar. Claro que já tenho todos os nomes, mas só na CPI posso apresentar.

Marcos do Val anuncia renúncia ao mandato de senador: ‘saída definitiva da política’

senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES), eleito em 2018 e que, portanto, ainda tinha mais quatro anos no Senado, anúnciou na madrugada desta quinta-feira (2) sua renúncia ao mandato e “saída definitiva da política”.

Em uma publicação nas redes sociais, do Val cita que, “após quatro anos de dedicação exclusiva como senador pelo Espírito Santo, chegando a sofrer um princípio de infarto”, decidiu comunicar aos capixabas a decisão tomada e aponta alguns dos motivos. “Perdi a convivência com a minha família em especial com minha filha. Não adianta ser transparente, honesto e lutar por um Brasil melhor, sem os ataques e as ofensas que seguem da mesma forma”, escreveu. 

Ele informou que, nos próximos dias, dará entrada no pedido de afastamento do Senado e voltará para a carreira nos EUA. “Nada existe de grandioso sem paixão. Essa paixão não estou tendo mais em mim. As ofensas que tenho vivenciado, estão sendo muito pesado para a minha família. Que Deus conforte os corações de todos os meus eleitores. Desculpem, mas meu tempo, a minha saúde até a minha paciência já não estão mais em mim! Por mais que doa, o adeus é a melhor solução para acalmar o meu coração…”, concluiu. 

Rosana Foerst é a suplente de Marcos do Val. De acordo com informações do G1 Nacional, até 2021, o nome de Rosana constava como gerente de Benefícios e Transferência de Renda da Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social do Espírito Santo.

Críticas

Na eleições à Presidência do Senado, Marcos do Val declarou apoio à Rogério Marinho (PL/RN) e acabou sendo duramente criticado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após cumprimentar Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que saiu vitorioso na disputa. Em suas redes, do Val publicou o vídeo em que aparece com Pacheco. “Pessoal, pelo amor de Deus, vamos ter um pouco de civilidade. O Pacheco é um amigo que tenho há 4 anos e com a educação que aprendi com o meus pais, fui dar os parabéns pela vitória e aproveitei para perguntar se amanhã será pautado o meu pedido da CPI do Terrorismo. Nada mais do que isso! Se vocês não gostaram de ver uma atitude civilizada, fiquem a vontade de deixar de me seguir!”. 

Golpe

Durante uma live nas redes sociais, Marcos do Val afirmou que sofreu coação do ex-presidente Jair Bolsonaro para se aliar a ele em um golpe de Estado. Ele disse ter recusado a proposta e denunciado o caso, mas não informou a quem e nem quando a coação teria ocorrido. “Eu ficava p… quando me chamavam de bolsonarista. ‘Ah, o senador bolsonarista e tal’. Vocês esperem. Eu vou soltar uma bomba aqui para vocês: sexta-feira, vai sair na Veja, a tentativa do Bolsonaro, que me coagiu para que eu pudesse dar um golpe de Estado junto com ele. Só para vocês terem ideia. E é lógico que eu denunciei”, disse o senador.

Após essa declaração, Marcos do Val publicou em suas redes sociais que estava renunciando ao cargo de senador. 

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