Jornal Folha Regional

Novo vídeo mostra homem acendendo rojão que matou turista no Réveillon

Um novo vídeo localizado pela Polícia Civil pode ajudar a identificar o responsável pelo disparo do rojão que matou uma turista, na noite de Réveillon, na Praia Grande, litoral paulista.

Elisângela Tinem Gonçalves morreu sobre a areia da praia do bairro Nova Mirim, segundo constatado por socorristas dos Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela estava acompanhada do primo, Alexander Freitas Gonçalves, de 41 anos, que se feriu ao tentar ajudar a parente, mas sem gravidade.

Nas novas imagens levantadas pela polícia é possível observar quando o suspeito acende o artefato e o momento em que o explosivo atinge o peito de Elisângela, que tenta retirá-lo, sem sucesso. O homem usa camiseta branca a bermuda vermelha.

Ele agacha em um ponto da areia, de acordo com o registro, e se retira assim que o artefato começa a se incendiar. Em cerca de 20 segundos, o morteiro dispara, mas desvia seu curso, acertando em cheio o peito de Elisângela, explodindo em seguida. O clima de festa se converte em terror, com gritos e corre-corre. As investigações apontam que, após o estrondo, o responsável pelo disparo fugiu do local, sem prestar socorro.

O delegado Alex Mendonça do Nascimento, assistente do 1º DP da cidade litorânea, afirmou na tarde da última terça-feira (3) que a polícia já conhece o rosto do suspeito. Os trabalhos estão focados agora para identificá-lo. “Seria interessante que ele se apresentasse na delegacia, já que o caso, por ora, é avaliado como culposo [sem intenção de matar]”, sugeriu o policial.

Caso o suspeito não se apresente, Nascimento não descarta a possibilidade de solicitar à Justiça um mandado de prisão contra o homem, para que ele dê esclarecimentos sobre o caso.

Além de identificar o autor do disparo, a polícia também trabalha para saber quem vendeu o artefato, cuja base do disparador já foi apreendida. Segundo a Lei Municipal n° 744, de outubro de 1991, é proibida a venda e comercialização de fogos de artifício na cidade.

A Polícia Civil foi a campo, nesta terça, para levantar novos registros em vídeo do momento em que a turista foi atingida pelo rojão. Os novos ângulos podem ajudar a identificar o suspeito e verificar como ele agiu antes, durante e após a morte da vítima. A Prefeitura de Praia Grande também foi acionada, para disponibilizar eventuais registros feitos por sua central de monitoramento com câmeras.

Elisângela morava na região central da capital paulista, segundo a polícia, e foi para a Praia Grande exclusivamente para passar o fim de ano. Ela deixa um filho de 13 anos.

No dia do incidente, a prefeitura da cidade litorânea esclareceu que o bairro onde Elisângela foi atingida não constava no cronograma oficial da queima de fogos do município. “O artifício que acertou a vítima não partiu dos fogos oficiais da Prefeitura”, salientou o governo municipal em nota.

O caso foi registrado como homicídio e lesão corporal culposos, ou seja, sem intenção de matar.

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