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‘Não vou desistir enquanto vida eu tiver’, diz mãe de rapaz morto em rancho em Rifaina

‘Não vou desistir enquanto vida eu tiver’, diz mãe de rapaz morto em rancho em Rifaina – Foto: arquivo familia

Imagina uma mãe olhar em um canto da casa e não ver mais seu filho. Esperar pela volta dele depois de um passeio e ele não chegar. Assim vive Maria Izabel Nascimento há cinco meses. Seu filho do meio, Alisson Wagner Nascimento, é só saudade.

O jovem de 29 anos foi morto a tiros durante uma festa em um racho próximo de Rifaina (SP), em junho deste ano. Alisson morava em Pedregulho (SP) e o suspeito do crime, de 33 anos, reside em Franca (SP).

Maria Izabel espera uma resposta das autoridades que ainda não capturaram o assassino de seu filho e clama por Justiça. “Eu quero Justiça. Eu quero que a polícia tome providência. Ele tem que pagar pelo que fez com meu filho. Eu não vou desistir enquanto vida eu tiver. Ele matou um pai de família, um trabalhador, uma pessoa honesta. Meu filho nunca se envolveu com nada errado, só trabalhou”.

Na época, foi noticiado que o motivo de uma discussão entre Alisson e o autor dos disparos teria sido por uma “disputa” de mulher, história que não convence Maria Izabel.

“Esse rapaz (citando o nome do acusado) chegou lá (no rancho) junto com o primo dele, que é o dono do rancho. Ele já chegou caçando briga com todo mundo. Tinha uma menina lá, que parece já teria tido envolvimento com ele. Havia também uma ex-namorada desse rapaz. Ele começou xingar essas mulheres, procurou briga com todo mundo e atirou na perna de um rapaz que era amigo deles também e descarregou o revólver em meu menino. Agora, o fato que aconteceu de verdade nesse rancho, porque ele atirou no meu filho, ninguém informa. Eu tenho certeza: meu filho estava no lugar errado, com as pessoas erradas e no dia errado”.

Alisson, que trabalhava no ramo de eletrônica, deixou três filhos, sendo que um nasceu logo após sua morte. “Eles matou meu filho em um dia, no outro dia o filho dele nasceu. Esse rapaz tirou a oportunidade de meu filho criar os filhos dele. Ele criou muita dor em mim, na família e nos amigos, porque meu filho era muito amado, muito querido”.

Maria Izabel, moradora em Pedregulho, diz que o processo de investigação do caso corre em Sacramento (MG), e volta a pedir Justiça. “Se fosse ao contrário, meu filho já estaria preso. Se eu estivesse no lugar dessa mãe que está acobertando esse filho, eu já tinha o denunciado, porque quando uma mãe apoia coisa errada, amanhã ele faz o dobro. Antes ela fazer o filho pagar pelo crime que ele cometeu do que escondê-lo. Ele tem que se entregar, pagar pelo crime que cometeu, se entregar e não ficar escondido igual rato de esgoto”.

O crime
Alisson Wagner Nascimento, de 29 anos, foi assassinado em junho com quatro tiros, sendo que alguns atingiram sua cabeça. Os disparos foram feitos por homem de 33 anos, durante festa de aniversário à margem do rio Grande, em um rancho próximo a Rifaina.

Um grupo de amigos da cidade de Pedregulho alugou o rancho para a realização de uma festa de aniversário. Durante a confraternização, teria ocorrido uma discussão entre eles, envolvendo uma moça. Em determinado momento, o homem sacou uma pistola 9 milímetros e efetuou vários disparos contra Alisson. Ele foi socorrido para Rifaina, mas não resistiu aos ferimentos. Outro rapaz que estava na festa também foi atingido na perna. O autor dos disparos fugiu para Franca, onde o carro que dirigia (Cruze branco) foi encontrado horas depois do crime.

Via: GCN

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