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Paróquias da região estão proibidas de realizar rifas e bingos em festas, determina Diocese de Guaxupé

Festa do Padroeiro São José em São José da Barra, realizada em março de 2025 - Foto: Reprodução
Festa do Padroeiro São José em São José da Barra, realizada em março de 2025 – Foto: Reprodução

A Diocese de Guaxupé, determinou, por meio de um comunicado assinado pelo Bispo Dom José Lanza Neto, que as paróquias e os espaços da Igreja não realizem mais rifas, bingos ou qualquer prática similar em eventos religiosos. A decisão foi tomada após a Diocese receber, no último dia 28 de março, a Recomendação 01/2025 do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que orienta a evitar atividades consideradas jogos de azar, mesmo que sob outros nomes, como “show de prêmios” ou “ação entre amigos”.

A recomendação busca garantir o cumprimento da Constituição Federal (Art. 150) e evitar a realização de eventos sem autorização legal. Além de proibir tais práticas, a circular emitida pela Mitra reforça a necessidade de atenção à venda de bebidas alcoólicas, garantindo que a comercialização seja restrita a maiores de idade. Também destaca a importância da presença do Conselho Tutelar em festas e eventos religiosos para assegurar a proteção de menores.

A posição da Diocese está alinhada ao Catecismo da Igreja Católica, que critica os jogos de azar, e aos cânones do Código de Direito Canônico. O descumprimento das orientações pode resultar em penalidades civis e eclesiásticas aos responsáveis pelas paróquias.

Como alternativa às atividades de arrecadação proibidas, a Mitra reforça a importância da Pastoral do Dízimo e propõe o fortalecimento do diálogo com os fiéis para garantir a manutenção das atividades paroquiais de forma transparente e alinhada à legislação e aos valores cristãos.

Justiça determina bloqueio de bens de suspeitos de integrar organização que promovia falsos sorteios na internet em Passos

Justiça determina bloqueio de bens de suspeitos de integrar organização que promovia falsos sorteios na internet em Passos - Foto: divulgação/Polícia Civil
Justiça determina bloqueio de bens de suspeitos de integrar organização que promovia falsos sorteios na internet em Passos – Foto: divulgação/Polícia Civil

A Justiça determinou o bloqueio de bens dos investigados de integrar uma suposta organização criminosa que promovia sorteios falsos na internet. De Passos (MG), o grupo teria feito vítimas de vários lugares do Brasil. A estimativa é que o esquema tenha movimentado cerca de um R$ 1 milhão de reais. A operação que apreendeu itens de luxo foi deflagrada nesta semana.

Segundo a Polícia Civil, os investigados criavam perfis nas redes sociais e se passavam por influenciadores digitais para atrair milhares de pessoas. Cada rifa custava apenas 4 centavos. Os usuários podiam escolher quantos quisessem.

As investigações apontam que os suspeitos ofereciam dinheiro e itens de luxo como prêmios para as rifas, mas os sorteios não eram nem mesmo realizados. Além disso, os supostos ganhadores também são suspeitos de fazerem parte do esquema criminoso. No total, três pessoas foram detidas, levadas para a delegacia de passos, onde após serem ouvidas, elas foram liberadas.

Foram apreendidos três carros, dez motocicletas, uma moto aquática e dinheiro, itens que a polícia considera de origem suspeita.

A polícia militar orienta que, para não cair em golpes, é preciso sempre desconfiar, principalmente quando a vantagem é muito grande.

“Se o cidadão tiver alguma dúvida, basta ele consultar o site do Ministério da Fazenda, existe um sistema próprio deles que através do CNPJ ou da numeração ali daquela rifa ele pode conferir se se trata de uma atividade regulamentar. Caso o cidadão ainda desconfie ou não esteja regulamentado, ele tem que noticiar aquele órgão e é muito importante também fazer o registro da ocorrência policial, porque na medida que as autoridades, as polícias tomam conhecimento desses registros, é que a gente faz o nosso planejamento operacional, bem como ocorrem as políticas públicas de segurança pública”, explicou o capitão da Polícia Militar, Diogo da Silva Rosa.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

“Esses crimes isolados não são tão graves, não têm penas tão altas, mas em conjunto pode sim dar uma pena alta e ainda pode ter talvez a decretação do perdimento de bens e indenização às vítimas”, explicou a advogada Andressa Ricardino.

A advogada ressalta a importância de registrar um boletim de ocorrência se você for vítima desse tipo de golpe.

“Porque às vezes a pessoa cai num golpe e ela acha que não tem nada a ser feito assim, a não ser comunicar, fazer o boletim de ocorrência para a polícia investigar. Além disso, pode ser que caibam as outras ações, até como uma ação de indenização no âmbito cível, que pode ser acionada pela Defensoria Pública ou por um advogado”, completou a advogada.

Via: G1

Influencer com mais de 500 mil seguidores é preso em MG por venda de rifas ilegais e ‘robô’ para operações digitais

Influenciador Breno Vespão exibia vida de luxo nas redes sociais — Foto: Redes Sociais/Reprodução
Influenciador Breno Vespão exibia vida de luxo nas redes sociais — Foto: Redes Sociais/Reprodução

O influencer Breno Alberto da Cunha Rebelo da Silva, conhecido também como Breno Vespão, de Juiz de Fora (MG), foi preso durante a Operação “Aracnídeo”, na última terça-feira (16).

Ele é suspeito de promover vendas de rifas ilegais na internet e vender um “robô” sem licença ou regulamentação para realizar operações econômicas no mercado de opções binárias

A polícia chegou até o rapaz após denúncias de supostas vítimas e como desdobramento da Operação “Provérbios 16:18”, que prendeu outros seis influenciadores da cidade, no início de dezembro, por realização de rifas ilegais na internet.

“Além de rifa, na modalidade sorteio ilegal que ele praticava, o que chamava atenção era a captação de cliente para uma plataforma, que é hospedada em ilhas fiscais no Caribe”, explicou o delegado da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado, Márcio Rocha.

Breno foi preso e conduzido ao Presídio de Matias Barbosa. O advogado de defesa dele, Leandro César de Faria Gomes, informou que protocolou o pedido de liberdade provisória na 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora.

Investigações

Segundo a Polícia Civil, Breno usava a influência que tinha nas redes sociais, com quase 500 mil seguidores, para estimular a venda do “robô” que impulsionaria os investimentos digitais.

O valor cobrado para acesso à ferramenta era R$ 1 mil.

No entanto, a ferramenta não teria autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é responsável por disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. Além disso, a plataforma estaria hospedada em ilhas fiscais no Caribe.

“Ela não pode atuar como investidora no Brasil, além do que ela não tem sede no Brasil, ela só tem sede nesse paraíso fiscal. Então, as pessoas, depois de tomar um prejuízo, não teriam nem como reclamar, porque a empresa não é sediada no Brasil”, explicou o delegado.

“Muitas pessoas caíam nesse golpe e não conseguiam reclamar. Era sempre uma desculpa, que era cartão de crédito, era a foto. E assim não tem como você buscar na Justiça essa reparação, porque ela não tem sede no Brasil”.

Conforme o delegado, pessoas que se consideram vítimas do influenciador podem entrar em contato com a polícia.

Carros de luxo foram aprendidos durante Operação "Aracnídeo" em Juiz de Fora — Foto: Marcus Pena/TV Integração
Carros de luxo foram aprendidos durante Operação “Aracnídeo” em Juiz de Fora — Foto: Marcus Pena/TV Integração

Ostentação

Na descrição do perfil em uma rede social, Breno diz ser especialista em opções binárias e criptomoedas. As fotos postadas mostram uma vida luxuosa.

Em algumas postagens, ele aparece ao lado de carros de luxo, relógios de marca e viajando. Uma foto mostra ele utilizando a ferramenta pelo notebook, próximo à piscina de um hotel.

Influenciador Breno Vespão exibia vida de luxo nas redes sociais — Foto: Redes Sociais/Reprodução
Influenciador Breno Vespão exibia vida de luxo nas redes sociais — Foto: Redes Sociais/Reprodução

Dois veículos de luxo foram apreendidos durante a operação. Segundo a polícia, eles teriam sido obtidos por meio do dinheiro recebido através das transações ilegais.

Desdobramento da Operação ‘Provérbios 16:18’

A ação desta terça-feira tem relação com a Operação “Provérbios 16:18”, realizada no dia 2 de dezembro, em Juiz de Fora. Na ocasião, o influenciador Wesley Alves foi preso por participação em suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de rifas on-line de carros e motos de luxo.

Além dele, outros seis suspeitos foram detidos.

O nome da operação deve-se justamente ao comportamento dos envolvidos: “vaidade e orgulho precedem a queda”.

Além de sorteio ilegal, o grupo será investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Juntos, eles teriam movimentado cerca de R$ 3,5 milhões. Carros de luxo e até uma moto aquática também foram apreendidas.

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