Jornal Folha Regional

Mãe relata sobre mal atendimento médico na UPA de Passos

Mãe relata sobre mal atendimento médico na UPA de Passos – Foto: Divulgação

Na noite da última sexta-feira (1⁰), Hellen Jaqueline Lino Borges, recebeu um casal de amigos em sua residência na rua Gonçalves Dias, no centro de Passos (MG), pois era seu aniversário e sua filha de 2 anos estava andando de motoca, quando caiu e bateu a cabeça na quina de um cimentado.

Hellen, relata que, após alguns minutos da queda, começou a sair muito sangue da cabeça de sua filha, inclusive o vestidinho ficou todo ensanguentado. De imediato ela foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Passos. Chegando lá, o médico olhou a paciente sem muita questão e informou que não precisaria dar pontos porque o corte era pequeno.

Assista o vídeo gravado pela mãe:

https://www.instagram.com/reel/CwtMCcuPDE2/?igshid=NjIwNzIyMDk2Mg==

“O médico mal olhou e passou uma faixa na cabeça de minha filha, receitou um remédio tipo spray, o qual seria para aplicar duas vezes ao dia e não deu nenhum remédio para dor e nos liberou da unidade hospitalar. Fomos embora, já em casa, a pequena estava sentada sem fazer esforço, pois devido ter perdido muito sangue ela estava fraquinha, naquele momento começou a jorrar muito sangue da cabeça dela, eu já estava apavorada e fiquei mais ainda. Eu pedi uma colega minha para chamar o Uber para retornarmos na UPA, pois estava perdendo muito sangue novamente”, informou Helen.

Criança precisou retonar a UPA de Passos devido perder muito sangue – Foto: Arquivo pessoal

A mãe citou que ao chegar na UPA, nem parou na recepção e foi direto com a filha para a triagem. A mesma funcionária que atendeu elas na primeira vez, atendeu na segunda e disse para Hellen que poderia aproveitar o prontuário do primeiro atendimento.

“A funcionária me levou para a sala de cirurgia, daí eu falei que queria que desse ponto na cabeça de minha filha, pois não tinha condições dela ficar assim. O médico estava com uma cara de quem não estava nem um pouco animado para trabalhar, levantou e falou que daria os pontos. Nessa hora, o médico abriu o cabelinho dela, pois estava duro de tanto sangue e ele mesmo me informou que estava saindo muito sangue porque havia cortado uma veia da cabecinha dela. Mesmo com curativo continuava saindo muito sangue. Eu perguntei para ele, o senhor não viu isso da primeira vez? Aí foi onde ele raspou um pouco do cabelo próximo ao corte, deu um ponto, enfaixou a cabeça dela novamente e nos liberou”, frisou a mãe.

Helen, afirma que em momento algum negou atendimento para sua filha, pois estava desesperada e não tinha o porque não procurar socorro.

“Na manhã deste sábado (2), conversei com algumas pessoas ligadas a prefeitura e inclusive com o diretor da UPA, e eles me disseram que não foi correto o que aconteceu com minha filha e perguntaram se a cabeça dela ainda estava sangrando, pois se fosse necessário retornar a UPA era para ligar para eles antes, que pediram para dar uma atenção especial. Dei banho nela com todo cuidado, pois ela está incomodada com o ponto, porém não saiu sangue, ou seja, ontem fui na UPA duas vezes, hoje graças a Deus ainda não precisou”, relatou a mãe.

A redação do Jornal Folha Regional entrou em contato com a UPA, porém foi informado que naquele momento não teria um responsável para pronunciar sobre o caso. Deixamos o espaço aberto para que possam manifestar.

Infartos são mais comuns às segundas-feiras, revela estudo

Infartos são mais comuns às segundas-feiras, revela estudo – Foto: Divulgação

Um curioso estudo irlandês descobriu que casos graves de infarto agudo do miocárdio são mais comuns às segundas-feiras. No total, os dados foram coletados por mais de cinco anos em hospitais da região. O porquê dessa relação ainda é desconhecida, mas a evidência sobre os ataques cardíacos no começo da semana deve servir de alerta para os serviços locais de emergência médica.

“Agora, precisamos desvendar o que há em certos dias da semana que os tornam mais prováveis [para o infarto]”, afirma Nilesh Samani, diretor médico da British Heart Foundation (BHF), em nota. “Isso deve ajudar os médicos a compreenderem melhor essa condição mortal e fazer com que possamos salvar mais vidas no futuro”, acrescenta.

Os resultados do estudo foram anunciados, oportunamente, na última segunda-feira (5), durante a conferência anual da British Cardiovascular Society (BCS), na Inglaterra. A pesquisa completa ainda não foi publicada em nenhuma revista científica.

Risco de ataque cardíaco no Brasil

Antes de seguir, vale mencionar que o infarto agudo do miocárdio é uma causa de morte bastante comum no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra entre 300 a 400 mil casos anuais de ataque cardíaco. Em média, é um óbito para cada cinco ou sete casos.

O desfecho do caso está intimamente ligado ao atendimento de emergência médica nos primeiros minutos, o que aumenta significativamente a probabilidade da pessoa ser salva. O procedimento mais comum nesses casos graves é a angioplastia de emergência, que “reabre” a artéria coronária (artéria do coração) entupida, liberando o fluxo sanguíneo. 

Infarto do miocárdio e a “temida” segunda-feira 

O estudo que relaciona a segunda-feira com o pico de casos mais graves de infarto na Irlanda e na Irlanda do Norte foi desenvolvido por pesquisadores do Belfast Health and Social Care Trust e do Royal College of Surgeons, entre os anos de 2013 e 2018.

No total, a equipe analisou dados de mais de 10,5 mil pacientes que foram internados no hospital em decorrência de um ataque cardíaco por mais de cinco anos. Especificamente, só foram incluídos casos de Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do ST (Iamcsst), que é um dos tipos mais graves da condição.

No geral, foi possível identificar o aumento nas taxas de ataques cardíacos do tipo no início da semana de trabalho, mas as taxas mais altas eram observadas exclusivamente às segundas-feiras.

“A causa provavelmente é multifatorial, no entanto, com base no que sabemos de estudos anteriores, é razoável presumir um elemento [envolvido com o ritmo] circadiano”, sugere Jack Laffan, do Belfast Health and Social Care Trust. Apesar da suspeita, defende a necessidade de mais estudos sobre a questão.

Conheça os fatores de risco para o infarto do miocárdio

Oficialmente, a segunda-feira não é um fator de risco para os infartos, já que os dados foram recolhidos exclusivamente em uma população europeia e faltam evidências dessa correlação no Brasil, por exemplo.

Hoje, estes ainda são os principais fatores de risco, segundo o Ministério da Saúde:

Estresse em excesso;
Tabagismo;
Sedentarismo;
Colesterol alto;
Alimentação não saudável.

Cabe destacar que esses hábitos são associados com outras doenças e condições, além do infarto, como hipertensão, Acidente Vascular Cerebral (AVC), obesidade, diabetes e depressão. Inclusive, o Canaltech já compartilhou um especial sobre como mudar hábitos que estão associados com as doenças cardíacas, destacando alimentos que podem ser incluídos na dieta e a importância do sono.

Prefeitura de Itaú de Minas adquire UTI Móvel

Prefeitura de Itaú de Minas adquire UTI Móvel – Foto: Divulgação.

Na última quinta-feira (01), chegou a UTI Móvel que o município Itaú de Minas (MG), há tanto tempo aguardava.

O investimento é da prefeitura municipal por meio de uma gestão eficiente.

Para o prefeito Norival Lima, com gestão, planejamento e responsabilidade com o dinheiro público, a Administração tem a honra de ser a portadora dessa boa notícia, que só se tornou possível graças a cada cidadão que contribuiu – e muito – para que a cidade pudesse ser uma das únicas da região a contar com um veículo como esse em sua frota.

“Agradecemos, também, à Câmara Municipal que, em 2022, atendeu o nosso pedido e aprovou a abertura de crédito para que pudéssemos efetivar a aquisição do veículo.E assim, continuaremos trabalhando incansavelmente todos dias para honrar o voto de confiança que cada eleitor depositou na atual Gestão Municipal”, informou o executivo.

O vice-prefeito Matheus Vilela, frisa que os frutos dessa parceria estão aí todos os dias.

“E essa, é apenas mais uma de muitas promessas que a população nos tem ajudado a cumprir”, finalizou Matheus.

Casal de professores ganha fertilização in vitro em concurso no Instagram

Professora universitária em Passos, Fabrine Aguilar contou luta para conseguir ser mãe a ONG Gestar, que viabiliza tratamentos de reprodução assistida

Fabrine Aguilar e Reni agora bem mais felizes contam os dias para a FIV para que se tornem pai e mãe – Foto: Redes social


Natural de Salinas, Norte de Minas, Fabrine Aguilar Jardim Pinto tem 34 anos, é enfermeira, professora do curso de Enfermagem na UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais), unidade Passos, Sudoeste de Minas, e dá aulas no curso técnico da ETEP (Escola Técnica de Passos).

Ela acalenta o sonho, como muitas mulheres, de ter um filho, mas esbarra no problema da infertilidade. O problema é decorrente de um câncer que ela teve quando criança. Fabrine e o marido, Reni Aparecido Norberto Pinto, que dá aulas de Sistemas de Informação, também na UEMG/Passos, foram contemplados por um concurso no Instagram da ONG Gestar, instituição sem fins lucrativos que tem como objetivo viabilizar os tratamentos de reprodução assistidas.

A ONG foi fundada por Vanessa Jost e tem mais de 28,1 mil seguidores no Instagram. A instituição escolheu duas histórias para premiar com uma fertilização in vitro. Fabrine foi uma dessas mulheres. Sua história de vida recebeu 9.931 curtidas no Instagram. O resultado foi publicado na quarta-feira (31).

Tudo começou quando ela tinha 4 anos de idade e foi diagnosticada com câncer, chamado linfoma de Burkitt. Fabrine e a família passaram por momentos difíceis. Desde muito nova, ela foi submetida à quimioterapia, o que infelizmente resultou em sua infertilidade. No entanto, foi só aos 17 anos que descobriu que não poderia ser mãe de forma natural. “Ainda me lembro das palavras do médico: “mãe é quem cuida” e infelizmente, naquele dia tive o diagnóstico de infertilidade devido ao tratamento. Desde então, minha vida mudou em todos os sentidos”, contou.

Apesar da dor da infertilidade, a professora escolheu pesquisar sobre esse assunto para ajudar outras pessoas que passaram por problemas similares. Em 2014, Fabrine iniciou o mestrado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), onde pesquisou as incertezas e preocupações relacionadas à fertilidade de adolescentes e adultos jovens que sobreviveram ao câncer na infância e adolescência. Após concluir o mestrado, ela se especializou em oncologia, trabalhou na área e atualmente cursa o doutorado na mesma instituição.

Casamento

As coisas mudaram depois de seu casamento em agosto do ano de 2020, pois a vontade de ser mãe aumentou ainda mais.

A jornada começou no final de 2020. O casal foi a alguns médicos e todos falaram sobre a Fertilização In Vitro (FIV).

“Juntamos nossas economias para iniciar o tratamento, forças, esperanças e orações de todos ao nosso redor, e realizamos a transferência de dois embriões no dia 1/3/2021, meu aniversário, quando completei 32 anos. Naquele momento, senti que estava recebendo o melhor presente do mundo – a esperança de realizar um sonho. Ansiosa, fiz o teste de gravidez antes do tempo e deu positivo. Eu e meu marido ficamos extremamente felizes, mas infelizmente, no dia do ultrassom, não ouvimos o coração do nosso anjinho, e acabamos descobrindo uma gravidez química. Foi um sofrimento imenso, perdi temporariamente a esperança. Foram dias difíceis para nossa família”, diz, no testemunho.

Por um tempo, ela e Reni desistiram de pensar em uma nova FIV, devido as dívidas que tiveram com o tratamento. “Chegamos a pensar que nunca mais teríamos dinheiro para FIV e diante disso vivemos dias difíceis. Gastamos R$ 24 mil, e não posso dizer que foi um gasto, porque nosso sonho não tinha preço, mas esse dinheiro fez muita falta para um casal recém-casado. Até hoje estamos pagando o empréstimo que fizemos para a realização da FIV, mas graças a Deus estamos com as contas sob controle, mas infelizmente não temos dinheiro para uma nova FIV”, explica Fabrine.

por Luciene Garcia – Especial EM

Governo de MG aprova construção de UPA em Alpinópolis

O projeto deve ter um investimento aproximado de R$ 2 milhões do Governo de Minas./ Foto: Divulgação.

O Governo de Minas aprovou o projeto para construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Porte 1 em Alpinópolis (MG). O investimento estadual pode chegar a R$ 2 milhões, que ainda deve contar com uma contrapartida do município.

Segundo a Prefeitura de Alpinópolis, a obra deve ter início ainda neste ano e funcionamento em 2024 e a construção deverá ter uma área de cerca de 700 m².

De acordo com o prefeito de Alpinópolis, Rafael Freire, o projeto é necessário no município que ainda não conta com uma UPA. “Essa é uma demanda recorrente de Alpinópolis. Atualmente contamos com o serviço do Pronto Atendimento oferecido pela Santa Casa de Misericórdia de Alpinópolis. O Município compra esse serviço e coloca à disposição da sociedade, porém, a administração fica a cargo da diretoria do hospital, não cabendo a prefeitura a gestão direta dos atendimentos”, afirmou.

“É importante destacar que essa é uma grande vitória do governo municipal, visto que, são poucos os municípios do porte de Alpinópolis que possuem uma UPA. Com a instalação da UPA, o município contará com um serviço próprio de urgência e emergência 24 horas por dia, atendendo à população com a qualidade e o profissionalismo de uma equipe especializada em atendimento UPA”, disse.

Segundo ele, ainda será feito estudos para informar a quantidade de profissionais que serão contratados. “Ainda não tenho os dados precisos. Mas já estamos fazendo os levantamentos necessários. O que posso afirmar é que serão oferecidos todos os serviços necessários para o bom funcionamento da UPA, conforme as exigências do Ministério da Saúde e Secretaria de Estado de Saúde”, disse o prefeito.

“Sabemos que no serviço público tudo é burocrático. Com isso, leva mais tempo para as coisas acontecerem. Mas estamos empenhados em resolver toda a parte documental exigida para que, até 2024, essa UPA esteja devidamente inaugurada e em pleno funcionamento”, ressaltou.

A UPA será de Porte 1 devido a área de abrangência do município, que conta com aproximadamente 20 mil habitantes.

via, Clik Folha

Recém-nascidos e prematuros da UTI Neonatal do Hospital da Mulher e da Criança na Santa Casa de Passos já estão no clima festivo para o Natal

Foto: Ascom Santa Casa de Passos

Atualmente a UTI Neonatal integra a estrutura multidisciplinar do Hospital da Mulher e da Criança (HMC), uma estratégia da Santa Casa de Passos (MG), para oferecer um alto nível de qualidade em saúde do grupo materno-infantil, e abranger pilares como o pré-natal, aleitamento materno e, por fim, saúde da mulher e da criança.

A ação de mobilização busca chamar atenção para a questão da prematuridade, além de que esses momentos de humanização tornam o internamento mais leve, criando um vínculo afetivo e de acolhimento das mamães e seus bebês com a equipe multiprofissional.

Profissionais da saúde e figuras publicas serão homenageados no evento “Expoente da Saúde” em Passos

Dr. José Hernani Silveira
Foto: Reprodução

Na próxima quinta-feira (22), o anfiteatro da Faculdade Atenas de Passos (MG), receberá profissionais e figuras públicas da cidade que prestaram e prestam relevantes serviços na área da saúde, para serem homenageados com a medalha Dr. José Hernani Silveira no evento “Expoente da Saúde”.

Sobre Dr. José Hernani Silveira

Ele nasceu em Passos no dia 11 de abril de 1942, filho do casal Francisco Machado da Silveira e Lucia Jabace da Silveira. Casou-se com Maria da Penha Freire Silveira em 10 de julho de 1972, com quem teve 3 filhos.

Ao longo da vida estudou na Escola Estadual Abraão Lincoln e no Colégio de Passos. Formou-se em Medicina pela FMTM, atual UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro).

Ocupou o cargo de Secretário Municipal de Saúde na gestão de Jose Figueiredo e de Cóssimo Baltazar de Freitas, quando implantou a rede de ambulatórios pelos bairros da cidade. Foi Diretor Regional de Saúde durante o período de 1985/1992 e de 1999/2000, além de médico do antigo Inamps (Instituto Nacional de Previdência Social) por 36 anos.

Prefeito de Passos por três gestões, 1993/1996, 2001/2004 e assumindo a de 2009/2012. Foi o primeiro presidente da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de Passos durante 4 anos, além de presidente da Sociedade São Vicente de Paulo, sendo responsável pela construção do asilo na avenida Arlindo Figueiredo e do primeiro velório da entidade, em frente ao Cemitério Municipal.

Criou o curso de gestantes e promoveu a ampliação da rede de saúde do município, com a criação do posto de saúde Dr. Antônio Faria Reis, dos primeiros ambulatórios de bairros da Policlínica Municipal e implantação do Núcleo Regional do Hemominas. Implantou a Casa de Assistência do Menor, extinguiu o lixão com a construção do aterro sanitário e construiu a praça de esportes Baru de Pádua.
Foi responsável por conseguir a aprovação junto à Caixa Econômica Federal do financiamento para a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) e início da implantação da rede da nova ETA (Estação de Tratamento de Água) do Saae, com a captação de água do Rio Grande, calçamento de 48km de ruas e a construção de 3 escolas municipais: Jalile Calixto Barbosa, Professor Ananias Emerenciano Campos e Professor Silas Roberto Figueiredo.

Faleceu em Passos no dia 25 de setembro de 2016, aos 74 anos.

Diretor clínico nega todas as acusações feitas por ex-diretor administrativo da UPA de Passos: “é pessoal”

Da esquerda para direita: vereadores Francisco, Gilmara e Dirceu; Dr. Flávio
Foto: Assessoria vereador Francisco Sena

O diretor clínico da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Passos (MG), médico Flávio Ferreira, participou na manhã desta terça-feira (29) de uma sabatina com a Comissão de Saúde da Câmara Municipal para se defender das acusações feitas na tribuna livre na segunda-feira da semana passada (21) pelo ex-diretor administrativo Antônio Carlos da Silva. Segundo ele, as denúncias são infundadas e são da esfera pessoal.

A Comissão de Saúde é formada pelos vereadores Francisco Sena (PODEMOS), Gilmara Silveira de Oliveira (PDT) e Dirceu Soares Alves (PSD), que sabatinaram o médico. Depois, foi dada abertura para que outros vereadores fizessem perguntas. Flávio foi taxativo a dizer que se trata de questões pessoais e não do âmbito profissional.

Sobre a denúncia que os médicos ortopedistas dormem e esperam juntar mais gente para descer e atender, Flávio negou que seja assim. Segundo Antônio Carlos os médicos recebem bilhetes para descer e atender na UPA.

“Eu gostaria de ver esse bilhete. O CRM dá direito a uma hora de descanso a cada plantão de 12 horas. A ortopedia que é uma esfera que não tem competência clínica para atender patologias, fica à noite. O médico está ali 24h para atender; se não tem paciente, ele não atende. Quando o irmão dele (Antônio Carlos), era ortopedista não tinha reclamação”, disse.

Quanto ao quarto confortável que os médicos dormem, com ar condicionado, Flávio disse que tinham ganhado um aparelho de um colega e fizeram o rateio para instalar. O aparelho deu problema por duas vezes e novos rateios foram feitos para consertá-lo, até que na prefeitura tinham comprado aparelhos de ar condicionado e tinha sobrado um, os médicos pediram e ganharam mas a instalação foi feita do próprio bolso deles.

Confusão

Sobre as denúncias de que ele (Flávio) vai à UPA uma vez por semana, durante o seu plantão, o médico diz que são infundadas. “Há uma confusão muito grande entre diretoria técnica e diretoria clínica, se a diretoria técnica se enquadra no cargo de diretor técnico responde diuturnamente pela UPA, que está sem agora. Eu cumpro os meus plantões e ainda ajudo como coordenador , que é aquele médico que resolve os problemas de escalonamento de plantões e outros mais”, falou.

Segundo Flávio, Antônio Carlos ficou afastado da UPA por 4 ou 5 anos e quando retornou queria os mesmos plantões que fazia. O seu desafeto entrou na Justiça e um mandado de segurança judicial o impediu de retomar os plantões. Depois que participei de uma reunião com ele, o dr Lucas, eu não fiquei sabendo de mais nada. “O mesmo deveria voltar de acordo com a necessidade da UPA. Diante o ato de diretor técnico e trouxe para si de maneira antiética, retirou os médicos sem os avisar”, falou.

“Antonio Carlos foi tirado da UPA por 4 ou 5 anos, fala-se que ele foi tirado pelo dr Hugo, mandado de segurança que retornou à UPA, vamos conversar com o dr Lucas, fizemos uma reunião com o diretor administrativo, A.C., tinha direito a retornar aos mesmos plantões, isso foi apresentado a ele. Eu, Flávio Ferreira, não sei de mais nada. Depois, continuou a secretaria e o advogado. O mesmo deveria voltar de acordo com a necessidade da UPA. Diante o fato de diretor técnico trouxe para si de maneira antiética, retiro os médicos e me coloco. Foi até ele e disse que colocaria 7 médicos – a UPA atende 24h”, disse.

Falta especialização

Sobre a acusação de que Flávio estaria ocupando irregularmente o cargo de diretor, sem ter o título de ortopedista, Flávio se defendeu. “Quando passei no concurso da prefeitura não havia exigência de titulação. Frequentei a especialização em ortopedia por três anos e só não passei na prova. Voltei para Passos de Ribeirão Preto e soube que teria concurso para médico na prefeitura e tinha cargo para médico ortopedista, então fiz o concurso e passei. E médico formado ele pode atuar sem a especialização. Suponhamos que ele é um clínico e resolve atender cardiologia. Ele pode”, comparou.

Sobre o recebimento da prefeitura de recursos de R$ 125 mil por mês para treinamento dos médicos, Flávio disse desconhecer e que nunca fez treinamento algum. “Esse assunto deve ser tratado com o secretário de Saúde, que é o gestor, e não com o diretor clínico”, disse. Francisco Sena disse que irá convidar também o secretário de Saúde para explicar sobre isso.

Oxigênio

Um dos assuntos mais graves, o do fechamento da válvula de oxigênio para “matar pessoas”, em outubro e nos dias 16 e 17 de novembro, Flávio Ferreira disse que a Polícia Civil já abriu um inquérito e que tem que ser apurado mesmo. “No dia 17, passei a madrugada com a minha filha; no outro dia meu filho apresentou sintomas de Covid, minha esposa teve Covid e apresentou sintomas também. Como eu não tive Covid e sábado e domingo eu estaria de plantão, resolvi consultar com o dr Luiz Baião, diante de sintomas que eu estava tendo. Ele me afastou. Voltei para casa e dormi, quando acordei vi que tinham muitas ligações da UPA. Retornei para a enfermeira chefe e ela me conotou do problema do oxigênio novamente. O plantão dele seria às 19h e eram 17h30 ainda. Solicitei que fossem trocadas as chaves, que ficam de posse de enfermeiros, do senhor Clayton, uma pessoa extraordinária. Quando falta oxigênio apita lá dentro e graças a Deus nenhum paciente estava entubado”, afirmou.

A UPA vem sendo alvo de furtos. Furtaram 5 torneiras na semana passada e outras duas ontem, sem contar o furto de documentos da eleição da diretoria que foram levados sem que ninguém tenha visto. “Lá precisa de câmeras de segurança, só assim. Se for por imperícia, crime, a Polícia está apurando. Como diretor clínico, eu não posso fazer”, narrou o diretor clinico.

Projeto

Na reunião ordinária da tarde de ontem, os vereadores aprovaram, por unanimidade, um projeto de lei do prefeito Diego Oliveira (União Brasil) que pode resolver conflitos na direção da UPA. Os projeto cria a função gratificada para o cargo de Diretor Técnico da UPA em Passos.

Por Luciene Garcia

Irregularidades são denunciadas por ex-diretor da UPA de Passos, o qual afirma que válvula de oxigênio era fechada com a intenção de matar pacientes entubados

Foto: Dr. Antônio Carlos da Silva

Na tarde desta segunda-feira (21), o ex-diretor técnico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Passos (MG), Dr. Antônio Carlos da Silva fez o uso da tribuna livre da Câmara Municipal de Passos e pronunciou denunciando o médico Flávio Ferreira, o qual é cotado para assumir a direção técnica da Unidade.

Dr. Antônio Carlos que ocupou o cargo de diretor de 17 de agosto a 20 de outubro, afirmou que em algumas ocasiões teria ocorrido o fechamento de uma válvula de oxigênio, com a intenção de matar pacientes que estavam entubados na UPA, e também disse que há outros casos que não poderia ser falado no microfone do Legislativo.

Silva que é profissional da medicina há 45 anos, afirmou que Dr. Flávio teria uma suíte de 25 mts² para repousar e só aceitava ser acionado via mensagem de texto por celular e que comparecia a unidade quando estava de plantão. O médico ainda frisou que a UPA gasta R$12 milhões por mês e que trabalhadores terceirizados não teria recolhimento de FGTS e INSS.

“A UPA está doente, não no sentido psicológico, mas no sentido administrativo. O Dr. Flávio, por exemplo, não atende paciente, e pede para acordar tal hora, e essa conduta tem sido adotada por outros médicos que trabalham a noite, e fica somente um no atendimento. Eu pedi uma sindicância contra ele, mas devido as trocas de secretário de saúde, nunca é efetivado meu pedido”, destacou Dr. Antônio.

Após ouvir o médico, os vereadores não descartaram a possibilidade da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar as denúncias, muitas já apontadas num relatório do Conselho Municipal de Saúde. O vereador Edmilson Amparado disse que o Ministério Público tem que ser notificado. O Parlamentar Luiz Carlos do Souto Junior afirmou que caberia afastar o servidor de sua função. A vereadora Gilmara Silveira de Oliveira sugeriu uma auditoria na saúde de Passos.

Dr. Flávio que está afastado por suspeita de Covid, informou que aguarda ser chamado para ser ouvido, mas que precisa ter acesso às denúncias para manifestar na Câmara de Vereadores, e ainda confirma que 99,9% das denúncias são por despeito.

Nesta terça-feira (22), a Comissão de Saúde da Câmara Municipal realizará uma reunião às 14h com o Dr. Antônio Carlos para tratar do assunto.

A redação do Folha Regional entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina (CRM), e aguarda retorno.

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