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Pesquisa aponta Minas como segundo estado do país com maior sensação de segurança

Pesquisa aponta Minas como segundo estado do país com maior sensação de segurança - Foto: Bernardo Carneiro
Pesquisa aponta Minas como segundo estado do país com maior sensação de segurança – Foto: Bernardo Carneiro

Uma pesquisa divulgada na última quarta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que Minas Gerais é o segundo estado do país onde a população se sente mais segura.

O levantamento levou em conta a autodeclaração de moradores sobre a sensação de segurança ou insegurança no bairro onde moram e, também, dentro de suas residências.

De acordo com o estudo, 81,7% da população mineira com 15 anos ou mais se sente segura ou muito segura na sua região de moradia.

O percentual está abaixo apenas dos dados de Santa Catarina, que contabilizou 90,1% de sensação de segurança. Em terceiro lugar está o estado do Rio Grande do Sul, com 81,3%.

O resultado é ainda 8,5 pontos percentuais acima da média nacional, na qual 73,2% da população declarou se sentir segura ou muito segura no bairro onde mora, como demonstrado no gráfico abaixo.

A pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2023” tem como base metodológica o ano de 2021.

“A gente recebe com muita alegria esse resultado, que é fruto do imenso trabalho integrado de prevenção e repressão à criminalidade que desenvolvemos em nosso estado”, destacou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.

“Há anos, Minas se destaca como um dos estados mais seguros do país, a partir da avaliação de índices objetivos, como a criminalidade violenta. Esse estudo nos coloca em destaque de novo, mas em outro patamar, muito importante, que é o da percepção que a população tem do nosso trabalho”, afirma o secretário.

Belo Horizonte também foi alvo do levantamento e ficou ranqueada como a segunda capital do país em sensação de segurança entre os moradores. Pela análise, 74,4% tem baixos índices de medo do crime no seu bairro de residência.

A capital ficou atrás apenas de Florianópolis, em Santa Catarina, com 89,7%. Cuiabá, no Mato Grosso, fica com o terceiro lugar com 73%. As capitais estão representadas pelos pontos laranjas no gráfico abaixo.

Pesquisa aponta Minas como segundo estado do país com maior sensação de segurança - Imagem: IBGE
Pesquisa aponta Minas como segundo estado do país com maior sensação de segurança – Imagem: IBGE

Análise dentro de casa

Quando o recorte do estudo é feito analisando a variável sensação de segurança ou insegurança dentro de casa, Minas Gerais segue em destaque e fica com a terceira posição nacional.

Pela autodeclaração, 91,2% dos mineiros se sentiam seguros ou muito seguros em suas residências. O primeiro lugar nacional é de Santa Catarina (94,8%) e o segundo, Rio Grande do Sul (92,9%).

Cidades sem crimes violentos

Recentemente, o Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) também divulgou um levantamento que mostrava que 98 municípios, espalhados por todo o estado, não registraram nenhum roubo, homicídio, estupro ou qualquer outro tipo de crime violento de janeiro a outubro de 2023.

Quando o recorte era feito desde 2022, 27 cidades permaneciam na lista, com destaque para Serranos, no Sul do estado.

Governo de Minas cria fluxo de medidas para ampliar segurança nas escolas

Governo de Minas cria fluxo de medidas para ampliar segurança nas escolas – Foto: Dirceu Aurélio

O ambiente escolar é um local de acolhida, lugar para se sentir seguro, tanto os estudantes, quanto os educadores e profissionais que trabalham nas escolas. Desde abril, o Governo de Minas vem realizando uma série de ações para fortalecer a segurança das unidades e proteger a comunidade escolar, a fim de prevenir atos de violência.

Em continuidade às ações já realizadas, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) desenvolveu, em conjunto com o Núcleo Interinstitucional de Proteção Escolar (Nipe), o “Fluxo de Medidas para Segurança Escolar”.

O documento traz orientações, de forma simplificada, sobre medidas que gestores escolares devem adotar em situações que envolvam postagens de ameaças de violência em redes sociais, pichações com mensagens de ódio ou extremismo nos espaços escolares, indícios de planejamento de atos de violência, entre outras. 

“Criamos este fluxo, que é mais uma ação de segurança, com objetivo de facilitar o acesso às informações e condutas que devem ser adotadas. Sabemos que no momento de pânico ou de uma situação de perigo iminente, é difícil lembrar rápido dos meios de contato dos órgãos que devem ser acionados, como a Polícia Militar de Minas Gerais, a Superintendência Regional de Ensino (SRE), etc.

A ideia é que o fluxo fique em um lugar visível e estratégico para que os profissionais da escola tenham acesso fácil e saibam como agir e evitar que ocorra qualquer ato que coloque a vida dos estudantes e da comunidade escolar em perigo”, explicou a secretária de Estado de Educação em exercício, Geniana Guimarães Faria.

Sobre o fluxo 

O Fluxo de Medidas para a Segurança Escolar traz também o número 190, telefone de emergência da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), que deve ser acionado sempre que necessário, e outras áreas que precisam ser contactadas de imediato, como a seção de planejamento operacional regional (P3) da PMMG, via WhatsApp, além do contato da Superintendência Regional de Ensino (SRE) que for responsável pela escola.

O documento foi enviado para as 47 Superintendências Regionais de Ensino (SREs) na quarta-feira (6), e será repassado às escolas da rede estadual, além das instituições municipais e privadas, em todo estado.

A peça informativa, criada pela  SEE em conjunto com o Núcleo Interinstitucional de Proteção Escolar (Nipe), será afixada nas salas de professores, diretores e nos ambientes administrativos de todas as unidades da rede estadual de ensino.

Em Belo Horizonte, a Escola Estadual Isabel da Silva Polck, localizada na região Nordeste, é a primeira a implementar a iniciativa.

“Já trabalhamos a prevenção à violência no ambiente escolar, inclusive  por meio de palestras realizadas pela Polícia Militar, além de ações da Semana de Educação para a Vida e nos itinerários formativos como projeto de vida. A ação da SEE/MG vem para orientar e reforçar os protocolos” , destaca a diretora da unidade, Fabrícia Teixeira Moura.

Núcleo interinstitucional

O documento enviado à rede escolar é mais uma ação de reforço à segurança, alinhado às diretrizes do Protocolo de Acesso e Segurança para as instituições escolares, criado em abril deste ano, por meio do Núcleo Interinstitucional de Proteção Escolar no Estado de Minas Gerais (Nipemg).

O protocolo traz informações sobre as medidas de fortalecimento da rede de proteção no combate à violência nas escolas mineiras, o que inclui a rede estadual, municipal e privada.

Em abril de 2023, também foi enviada às escolas da rede estadual a Carta Conjunta que detalhou a criação do Protocolo de Acesso e Segurança, com orientações para a organização dos fluxos em todas as unidades de ensino, de forma a facilitar as tomadas de decisões em ocorrências e agir em fortalecimento à prevenção, promovendo a cultura da paz nas escolas.

O Nipemg é um grupo de trabalho idealizado  pela SEE/MG, que formulou as ações de reforço à segurança escolar. É composto pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), pelo Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinepe) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais (Undime), além da PMMG.

Esses órgãos já são parceiros da Secretaria Estadual de Educação em diversas iniciativas que desenvolvem em conjunto com foco na educação.

Troca de experiências nos EUA

O tema segurança escolar também está sendo discutido pelo secretário de Estado de Educação de Minas, Igor de Alvarenga, que participa de missão educacional com gestores estaduais de educação brasileiros, nesta semana, nos Estados Unidos.

No país norte-americano, Igor conheceu as experiências sobre prevenção à violência, segurança escolar, disciplina escolar solidária, condições de aprendizagem e clima escolar, além de aprendizagem social e emocional, envolvimento da família, colaboração, abordagens sensíveis ao trauma, e serviços de saúde mental, desenvolvidas pelo Institutos Americanos de Pesquisas (AIR).

O secretário também esteve no Departamento de Educação dos Estados Unidos, para conhecer a Política Federal de Educação em apoio a escolas seguras e solidárias.

Investimentos em segurança

O Governo de Minas vem realizando aportes robustos para melhoria da segurança das escolas.

Desde 2022, já foram investidos cerca de R$ 48 milhões para as escolas da rede estadual instalarem o Sistema de Segurança, Videomonitoramento e Alarme. A ferramenta já está instalada em 100% das escolas estaduais. Importante lembrar que a rede estadual mineira, segunda maior do país, conta com mais de 3,4 mil escolas.

O sistema contempla um Circuito Fechado de Televisão (CFTV) para vigilância e monitoramento remoto e sensores de presença com alarmes sonoros, que funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. São  monitorados pelas empresas responsáveis pela prestação do serviço em cada unidade escolar, e que também é acompanhada pela gestão da escola.

Em 2023, mais de R$ 35 milhões estão sendo investidos para a manutenção dos sistemas de segurança.

Em parceria com a PMMG, desde 2021, a SEE-MG já destinou R$ 33 milhões aos programas Patrulha Escolar e Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).

A parceria prevê o atendimento a mais de 1,1 mil escolas, contemplando 150 mil estudantes da rede estadual de ensino.

A união de esforços entre as instituições é para  tornar o ambiente escolar mais seguro, por meio da adoção de medidas preventivas à violência, em especial ao consumo e tráfico de drogas. Os recursos são para aquisição de viaturas, equipamentos, treinamentos e materiais didáticos, entre outros.

Prefeita se reúne com Capitão e Sargento de Delfinópolis para discutir sobre segurança pública

Prefeita de reúne com Capitão e Sargento de Delfinópolis para discutir sobre segurança pública – Foto: divulgação

Na última terça-feira (22), o comandante da 246 Cia da Polícia Militar, acompanhado do Sgt Thiago Ribeiro, se reuniram com a prefeita de Delfinópolis (MG), Suely Lemos. O objetivo da conferência foi discutir assuntos de segurança pública, buscando melhoria no atendimento de ocorrências e buscar recursos para adquirir novas viaturas para o município.

Na oportunidade a prefeita parabenizou a Polícia Militar de Delfinópolis pelos excelentes trabalhos realizados no município.

Destaque Alpinópolis 2023 contará com a melhor equipe de segurança do Estado: Dirceu Filho X Segurança

Parte desta equipe estará no Destaque Alpinópolis 2023 – Foto: Dirceu Filho

Neste sábado (05), às 21h, no Cabana Churrascaria e Choperia em Alpinópolis (MG), acontecerá o Destaque Alpinópolis 2023, o maior evento de reconhecimento empresarial e profissional da região.

A equipe Dirceu Filho X Segurança que é considerada a equipe mais preparada de Minas Gerais, será responsável pela segurança interna e externa do evento, a qual proporcionará mais tranquilidade para os homenageados e convidados.

O empresário Dirceu Filho, além da equipe de segurança, conta com uma equipe capacitada de bombeiros civis e profissionais de saúde, assim como veículos adequados deste viatura até ambulância.

O Destaque Alpinópolis 2023 acontecerá neste sábado – Imagem: Divulgação/Agência Inova

Recentemente a empresa Dirceu Filho X Segurança foi eleita Destaque Passos 2022, e em 2023 foi eleita Destaque Alpinópolis.

Durante a cerimônia de premiação, uma belíssima limousine estará a disposição dos agraciados e seus convidados para um translado e também fotos. O show ficará por conta da dupla Luigi e Rodrigo.

Equipe de bombeiros civis e profissionais de saúde – Foto: Dirceu Filho

Polícia Militar recupera diversos produtos furtados em Capitólio

Foto: Produtos recuperados pela PMMG

Na madrugada desta sexta-feira (05), a Polícia Militar de Piumhi (MG), após realizar operação batida policial, ao retornar para perímetro urbano visualizou um veículo, o qual é suspeito de vários furtos no município de Capitólio (MG).

O condutor do veículo ao perceber a presença policial fugiu sendo acompanhado visualmente, momento em que o condutor e passageiro abandonaram o veículo no acostamento da MG-050, desembarcaram e embrenharam em um matagal não sendo localizados.

O veículo foi recuperado e vários materiais produtos de furto, que estavam no interior do veículo foram apreendidos.

Escolas de Minas vão ganhar câmeras de segurança para ajudar a coibir violência

A escalada de violência nas escolas fez com que a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) investisse na instalação de câmeras nas escolas estaduais para tentar minimizar os crimes. A expectativa é que, até o dia 30 de dezembro deste ano, 3.444 das 3.543 instituições estejam com o sistema de monitoramento instalado, e o funcionamento deles está previsto para o início do ano que vem. As câmeras de segurança nas escolas podem ajudar a evitar furtos e roubos, mas também contribuem para identificar autores de ameaças de massacres, destruições e ajudar no controle do acesso às dependências escolares.   

Cada vez mais as ameaças de massacres ou até mesmo a concretização da violência, como o ocorrido em duas escolas Aracruz, no Espírito Santo, se espalham pelo Brasil. Nesta terça-feira (29 de novembro) duas escolas municipais de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, amanheceram destruídas e com frases fazendo referência ao nazismo. Na Escola Municipal José Silvino Diniz, as carteiras estavam quebradas, banheiros foram destruídos e várias paredes com pichações faziam referência ao nazismo.  

Os funcionários suspeitam de um aluno do nono ano, mas a escola não tem câmeras de segurança, o que deve dificultar a identificação do suspeito. Se contasse com monitoramento, toda a ação teria sido gravada. “A escola está sem câmeras neste momento. Foi feita uma requisição para a instalação de câmeras, mas ela não foi aceita, e estamos sem esse, recurso que poderia auxiliar neste caso”, disse um funcionário da instituição. 

Já a Escola Municipal Professora Maria Martins “Mariinha”, no bairro Tropical, amanheceu com os vidros quebrados. A instituição até tinha câmeras de segurança, mas elas não inibiram a ação dos criminosos, que arrancaram os equipamentos e os levaram embora. Na escola também foram escritas frases relacionadas ao nazismo. Ainda não se sabe se os dois crimes têm alguma relação. A Prefeitura de Contagem informou, por nota, que está em andamento um projeto para implantação de um sistema de videomonitoramento específico para as escolas.  

O subsecretário de Administração da Secretaria de Estado de Educação, Silas Fagundes, destaca que a instalação das novas câmeras vai funcionar como um reforço na segurança das escolas. “As câmeras podem auxiliar as forças de segurança na identificação de invasores em caso de furtos e roubos e auxiliar os gestores escolares no controle de acesso às dependências da escola. Os sensores de presença passam a sensação de segurança para professores, alunos e funcionários”, ressalta. 

Segundo ele, o projeto terá um investimento inicial de R$ 48,3 milhões e vai contemplar quase todas as escolas estaduais, exceto as das unidades prisionais, socioeducativas e Colégios Tiradentes da Polícia Militar. A definição dos locais onde as câmeras serão instaladas será feita pela empresa de segurança contratada para colocar o projeto em prática. O monitoramento das câmeras será feito 24 horas por dia, nos sete dias da semana, pela empresa contratada e pela gestão da escola.

A professora do Departamento de Educação e membro do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Publica (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Valéria Cristina enfatiza que as câmeras podem não impedir a concretização de um ataque, mas elas podem contribuir para impedir ações em que a pessoa não faria algo se soubesse que está sendo filmada e também ajudam na identificação dos suspeitos de um crime, como no caso das pichações nazistas nas instituições de educação de Contagem.  

“A instalação de câmeras pode prevenir alguns crimes contra o patrimônio e pode ajudar a esclarecer algum tipo de evento relacionado a conflitos entre estudantes ou envolvendo professores e alunos. Porém, um evento como o de Aracruz dificilmente seria evitado com a presença de câmeras, tal como não foi. Afinal de contas, a ação foi filmada em pelo menos uma das escolas. Esse tipo de resposta pode contribuir para dissuadir atos que seriam possíveis de serem dissuadidos com a presença de vigilância – aquele tipo de ação que, se alguém sabe que se está sendo filmado, ele deixaria de fazer”, destaca a especialista.  

Ainda de acordo com a professora, coibir crimes como furtos e roubos, uma das funções das câmeras de segurança, é importante para aumentar a sensação de segurança nas escolas. “Um ambiente em que se tem uma sensação de insegurança compromete as relações estabelecidas ali. Se eu tenho uma escola onde os professores e funcionários sentem que estão expostos a riscos de furtos e roubos, eles passam a ter um desinteresse de trabalhar no local. Os alunos também passam a não querer estudar naquela escola. Isso contribui indiretamente para dificultar uma boa relação de ensino e aprendizagem”, complementa a professora. 

Só as câmeras não são suficientes

Apesar de acreditar que as câmeras contribuem para ajudar na segurança das escolas, a professora da UFMG destaca que são necessárias outras medidas para conter a violência nesses espaços. “A escola e a comunidade podem contribuir para a prevenção desse tipo de evento, fazendo um acompanhamento próximo dos estudantes, observando as situações de conflito que podem se dar no espaço escolar de uma forma silenciosa, mas extremamente danosa quando escalam para situações de violência. Os casos de bullying, por exemplo, que são parte das motivações dos autores desses massacres, tendem a acontecer em espaços onde circulam professores e parte da equipe pedagógica, e nem sempre eles são entendidos por esses profissionais como algo que precisa ser prevenido, como situações para as quais é necessário realizar algum tipo de intervenção”, destaca. 

Ainda segundo ela, é importante um acompanhamento das questões psicológicas dos estudantes. “Um aluno com problemas de saúde mental também pode ser um sinal de que ele tem uma postura que lhe coloca em uma situação de cometer atos de violência com os demais colegas, se exposto a situação de violência, bullying, piadas e agressões que são entendidas como brincadeiras. É importante ampliar o apoio psicológico e pedagógico mais próximo aos estudantes para tentar identificar, antes que esses eventos aconteçam, sinais de que eles possam acontecer, sinais de que algum estudante ou alguém na comunidade escolar possa estar desenvolvendo um comportamento agressivo a ponto de atentar contra a vida de integrantes da comunidade escolar”, conclui. 

A opinião é compartilhada pelo diretor estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG), Paulo Henrique Santos Fonseca. Segundo ele, as câmeras são importantes para controlar o acesso às escolas, mas a violência nesses espaços deve ser combatida com educação. “Estamos em um momento em que o ódio vem sendo incentivado na sociedade e reflete na escola. Precisamos ter um debate com a comunidade para revertermos essa situação. Os professores precisam ter liberdade para discutir temas com os alunos. A escola tem que retomar o papel de passar informação, de contar a história sem interferência e censura”, considera. 

Além das câmeras, a Secretaria de Estado de Educação informou que a rede pública estadual de ensino desenvolve diferentes iniciativas, ações e projetos no combate à violência no ambiente escolar. Dentre as ações está a “atuação de Psicólogos e Assistentes Sociais nas escolas através do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), que atendem de forma itinerante as unidades escolares pertencentes ao seu núcleo de atuação”. “No Estado, foram criados núcleos nas 47 Superintendências Regionais de Ensino (SRE). Juntos, os profissionais desenvolvem ações que cooperam para o processo de ensino-aprendizagem, auxiliando as escolas no desenvolvimento do processo pedagógico com o objetivo de prevenir e minimizar os problemas educacionais orientando os gestores na mediação desses conflitos”, informa.  

Belo Horizonte teve 186 registros de violência nas escolas em 2022 

Nas escolas de Belo Horizonte foram 186 casos de violência registrados pela Guarda Municipal até o dia 3 de novembro deste ano. Foram 22 crimes de ameaça e 37 de agressão. Os outros registros são relacionados a furtos e roubos. O município tem 323 instituições de ensino pública e 145 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei).  

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), “as escolas possuem sistema de alarme e concertina nos muros, além de porteiros terceirizados”. “As escolas são monitoradas, e a Smed realiza projetos pedagógicos entre alunos e professores, para a melhoria da convivência e a segurança nas instituições. Há também a Gerência do Clima Escolar e o Plano de Convivência Escolar, além de ações de abordagem preventiva e o tratamento das situações de violência”, explica.  

Além disso, o município tem também um documento chamado “Escola, Lugar de Proteção: Guia de Orientações e Encaminhamentos”, que traz orientações para casos de violência nas instituições de educação. A Guarda Municipal também atua na prevenção com a Patrulha Escolar e palestras para combater o bullying, o ciberbullying e o uso de linhas  

A maioria das instituições de ensino particulares de Minas possuem câmeras de segurança, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinep-MG), tanto para coibir atos de violência como para monitorar e garantir a segurança dos frequentadores.  

Ainda segundo o sindicato,  são também efetuadas outras medidas de prevenção como projetos objetivando autoconhecimento, autocuidado, construção de valores, relações saudáveis e construção de vínculos afetivos; acompanhamento diário dos alunos com diálogos, orientações, escuta das dificuldades que envolvem as relações sociais, a expansividade, a comunicação não violenta e a convivência saudável; e atuação de profissionais externos para combater bullying, ciberbullying e suas consequências em todas as faixas etárias, entre outras medidas.

Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Minas Gerais é o estado mais seguro do país

Minas Gerais é o Estado mais seguro do país em 2021, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), referentes aos meses de janeiro a maio. A base de informações agrega estatísticas disponibilizadas pelas 27 unidades federativas brasileiras e tem, por finalidade, subsidiar a implementação de políticas públicas em segurança e defesa social. Nos três últimos anos, Minas passou de terceiro colocado no ranqueamento, em 2019, para segundo, em 2020, até alcançar a primeira colocação nos primeiros meses de 2021. 

“O resultado é fruto de um trabalho integrado das Forças de Segurança. Um estado mais seguro significa, principalmente, um lugar melhor para se viver e com melhores perspectivas para os mineiros. O investidor também tem mais confiança para empreender aqui, gerando emprego e renda para a população”, afirma o governador Romeu Zema.

O Sinesp acompanha as taxas de violência de nove naturezas criminais. São elas: latrocínio, homicídio consumado, estupro consumado, roubo de carga, roubo a veículo, roubo a instituições financeiras, lesão corporal seguida de morte, homicídio tentado e furto de veículo. A base é alimentada por todos os Estados da nação, com registros de ocorrências lavrados pelas forças de segurança atuantes em cada localidade.

O ranking liderado por Minas Gerais neste ano avalia as menores taxas de incidência criminal: ou seja, o somatório de ocorrências registradas, de forma proporcional à população estadual, conforme a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o período analisado, multiplicando o resultado por cem mil. Nos casos de furto e roubo a veículos, são calculados os registros proporcionalmente à frota inscrita no Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Não há atribuição de peso entre os diferentes crimes observados.

Taxa de criminalidade 

Segundo o cálculo, Minas tinha, em 2016, uma taxa de criminalidade de 474,03 por 100 mil habitantes, ocupando o sétimo lugar no ranqueamento nacional. No mesmo período, a taxa nacional equivalente era de 668,49. Em 2019, ao atingir o terceiro lugar no pódio de Segurança Pública, o estado apresentava uma taxa de 260,96 por 100 mil habitantes, enquanto o coeficiente brasileiro era de 358,51. E, finalmente, nos cinco primeiros meses de 2021, a taxa mineira é de 73,17, sendo a proporção em todo o Brasil de 145,04.

Metodologia

O banco de dados do MJSP considera, como último consolidado, o período de três meses anteriores à publicação, que, normalmente, ocorre após o 15º dia corrido. O intervalo é justificado como necessário para que as respectivas pastas de Segurança Pública e Defesa Social de todas as unidades federativas possam coletar, tratar e validar as estatísticas antes de submetê-las à base nacional.

Vale ressaltar que os dados podem apresentar diferenças para outras análises. O Observatório de Segurança Pública da Sejusp, por exemplo, compila e disponibiliza à imprensa, na seção “Dados Abertos” do site, ou sob demanda, as estatísticas mensalmente – via de regra, na segunda quinzena do mês posterior ao balanço mais recente.

Reunião de Gestão de Desempenho Operacional (GDO) acontece em São José da Barra

Publicado por Romulo Leandro – 16/09/2020

Na última terça-feira (15), na Câmara Municipal de São José da Barra (MG), ocorreu a reunião de Gestão de Desempenho Operacional (GDO) a qual foi presidida pelo novo Comandante da 18ª RPM Cel PM Ricardo Geraldo de Oliveira Viana.

A GDO é realizada mensalmente para analisar os indicadores de Índice de Crimes Violentos, Taxa de Reação Imediata, Índice de Apreensão de Arma de Fogo, Redução de Furtos, Abordagens, Qualidade no Registro de Ocorrências etc, com o objetivo em estabelecer linhas de ações para melhorar eventuais dificuldades.

Participaram da reunião os Tenentes Coronéis Comandantes dos Batalhões da PMMG de Poços de Caldas, Alfenas, Passos e São Sebastião do Paraíso.

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