Servidores da Prefeitura de Passos vão realizar paralisação no dia 29 de abril – Foto: reprodução
Pela primeira vez desde que tomou posse, o prefeito de Passos (MG), Diego Oliveira, poderá enfrentar uma greve dos servidores municipais. É o que promete o Sindicato dos Empregados da Prefeitura de Passos, depois da Assembleia da categoria. Uma das últimas vezes em que os servidores de Passos pararam foi em abril de 2014 (foto)
A decisão
Através de uma notificação protocolada ontem no Gabinete do Prefeito, a representação dos funcionários públicos municipais anunciou que a Assembleia decidiu aprovar uma Paralisação de Advertência no dia 29 de abril de 2025, como forma de manifestação e reivindicação de direitos.
O teor da decisão
Na notificação, o sindicato relata que no início da noite da última terça-feira, dia 15/04/2025, os servidores municipais de Passos, convocados pelo SEMPRE, que representa a categoria, decidiram entrar em estado de greve e deliberaram pela realização de Paralisação de Advertência como forma de manifestação e reivindicação de direitos.
A pauta
A pauta de reivindicações aprovada pela categoria permanece a seguinte:
• Reajuste salarial unificado de 15,83% para todos os servidores, com base no crescimento da Receita Corrente Líquida (RCL) 2020 e 2024, que foi de 78%;
• Equiparação do valor do auxílio-alimentaçäo de R$ 1.000, servidores do Executivo e do SAAE, garantindo isonomia do benefício
• Transparência e diálogo prévio com o sindicato nas decisões que envolvam impacto direto na remuneração e condições de trabalho dos servidores.
Intransigência
O SEMPRE explica que “a paralisação se deve à intransigência da administração municipal em conceder reajuste e auxílio-alimentação diferenciado aos servidores municipais. Fica Vossa Excelência notificado que a paralisação será de um dia e tem o objetivo de advertir a administração municipal que a categoria não abre mão da isonomia reivindicada e poderá deflagrar greve por prazo indeterminado”.
Prazo indeterminado
O documento conclui: “Ante o exposto, é o presente para informar que os servidores municipais paralisarão suas atividades no dia 29 de abril de 2025 (terça-feira) e que poderá ser deflagrada greve por prazo indeterminado, bem como requerer a Vossa Excelência que tome as providências necessárias para informar os usuários dos serviços públicos da interrupção das atividades na referida data”.
Canal de negociação
Por fim, solicita que o Município se manifeste sobre o recebimento da notificação e, ainda, que viabilize a abertura de canal de negociação junto ao SEMPRE, de modo a evitar o prolongamento de medidas de paralisação em prol da campanha salarial dos servidores públicos municipais.
Em ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da Barra
Em comemoração a semana da Páscoa, a prefeitura de São José da Barra (MG), por meio de todas as secretarias, realizou a distribuição de mais de 2 mil ovos de páscoa para os alunos da rede municipal e estadual de ensino, para os servidores públicos municipais e estaduais, polícia militar, conselho tutelar, funcionários do SAAE, vereadores e servidores da Câmara Municipal.
O prefeito Marcelinho Silva, o vice-prefeito Jailson Viana, o secretário de educação e cultura Sidnei José, o secretário de Agropecuária, Indústria e Comércio Romulo Leandro, a secretária de assistência social Lucimar Silva, o presidente da Câmara de Vereadores Adriano Oliveira, o vereador Sirlei Rosa e o chefe de gabinete Micael Carvalho, estiveram nas escolas municipais e estaduais nos dois períodos, assim como em todas as repartições públicas do município e Estado, para fazerem a entrega dos ovos de Páscoa.
Todos receberam com muita festa e entusiasmo os ovos de páscoa nesta terça-feira (15) e quarta-feira (16). A comemoração da Páscoa trouxe grande alegria aos alunos e também aos servidores que há anos não recebiam este presente simbólico. Além da distribuição dos ovos os estudantes já estavam participando de atividades ligadas à Páscoa e haviam confeccionado os adereços alusivos à data.
Para o Prefeito, a Páscoa simboliza a ressurreição de Cristo e nada mais valioso do que comemorar a data trazendo um pouco mais de alegria para os alunos e servidores públicos.
“É uma alegria poder percorrer as escolas em nosso município e todos os locais que prestam serviços a população barrense, o gesto é simples e simbólico, porém é uma forma contribuir para que a Páscoa das nossos alunos e servidores seja mais feliz. O envolvimento e o comprometimento dos secretários, dos vereadores, e de todos os funcionários tornam o ambiente escolar e de trabalho encantador. A entrega dos Ovos da Páscoa já é tradição para os alunos, porém, com o apoio da Câmara de Vereadores, fiz questão de retomar a distribuição aos servidores do município e Estado. O carinho das crianças e dos colaboradores é gratificante demais. Com certeza é isso que nos motiva acima de tudo. Desejo uma Páscoa abençoada a todos”, finalizou Marcelinho Silva.
Em ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da BarraEm ato histórico, Prefeitura de São José da Barra distribui mais de 2 mil ovos de Páscoa, para alunos e servidores do Município e Estado – Foto: divulgação/São José da Barra
Vereadores de Passos reivindicam aumento de 15,83% aos servidores – Foto: reprodução
Através de um ofício protocolado ontem na Prefeitura de Passos, os 11 vereadores da Câmara Municipal de Passos apresentaram ao prefeito Diego Oliveira uma manifestação apoiando o pleito dos servidores, representados pelo Sindicato dos Empregados da Prefeitura Municipal
No documento, os vereadores requerem que seja verificada a viabilidade do que abaixo segue:
a) – Reajuste dos 15,83% aos servidores municipais, lotados na Prefeitura Municipal;
b) – Elevação do auxílio alimentação para R$ 1.000,00 para os servidores da Prefeitura Municipal de Passos e servidores do SAAE — Serviço Autônomo de Água e Esgoto.
“Nesse sentido, em atenção à demanda supracitada apresentada a esta Casa de Leis e visando contribuir para a valorização dos servidores municipais, é que se faz necessário o presente requerimento’, diz o documento, cuja íntegra segue abaixo:
Vereadores de Passos reivindicam aumento de 15,83% aos servidores – Imagem: divulgaçãoVereadores de Passos reivindicam aumento de 15,83% aos servidores – Imagem: divulgação
Câmara de Piumhi aprova reajuste de 7,5% para servidores municipais – Foto: reprodução
Na sessão ordinária que aconteceu na última terça-feira (28), a Câmara Municipal de Piumhi (MG) aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei 6/25, de autoria do Chefe do Poder Executivo, que concede um reajuste salarial de 7,5% aos servidores públicos municipais. O aumento entrará em vigor a partir de janeiro e beneficiará servidores ativos, inativos e pensionistas.
A proposta foi discutida em única votação e recebeu o apoio de todos os vereadores presentes. O reajuste busca corrigir a defasagem salarial e valorizar o funcionalismo público, atendendo às demandas da categoria.
Agora, o projeto segue para sanção do prefeito, que deve oficializar a medida nos próximos dias.
Governo Zema vai pagar salário menor para servidores da saúde após atrasos da União – Foto: Carl de Souza / AFP
O governo Romeu Zema (Novo) diz que alguns servidores lotados em órgãos do sistema de saúde estadual irão receber apenas 86% do valor calculado como devido pelas unidades de Recursos Humanos. A razão, de acordo com o governo, seria um atraso do governo federal nos repasses referentes ao complemento previsto na criação do “piso da enfermagem”.
“Esse problema no repasse irá impactar a parcela complementar do piso referente ao mês de dezembro/24, cujo crédito ao servidor será no quinto dia útil de fevereiro. Em função disso os profissionais que têm direito ao complemento na SES-MG, na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), na Fundação Ezequiel Dias (Funed), na Fundação Hemominas, na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) receberão 86% do valor calculado como devido pelas unidades de Recursos Humanos”, diz nota enviada pelo governo à imprensa.
Ainda segundo a gestão Zema, o governo Lula (PT) deve R$ 4 milhões, referente a repasses pactuados para o pagamento do “Piso da Enfermagem” e avisa que irá cobrar o Ministério da Saúde para que regularize a situação.
De acordo com a administração estadual, as dívidas surgiram por falhas na gestão federal. “Em função de erros nos repasses devidos pelo governo federal, não houve o pagamento integral pactuado junto ao Governo de Minas no período entre setembro de 2024 e a folha do 13º salário”, afirma em nota divulgada à imprensa.
O governo mineiro afirma que está em tratativas com o Ministério da Saúde para regularização desse repasse e, assim que a situação for regularizada pela União, irá fazer o pagamento do valor proporcional do complemento do piso da enfermagem de forma retroativa, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Ministério.
A reportagem fez contato com o Ministério da Saúde e aguarda um retorno sobre a previsão para que a situação seja regularizada.
Estado paga R$ 134,2 milhões de passivo salarial a servidores da Educação nesta sexta-feira (6) – Foto: reprodução
Minas Gerais dá mais um importante passo para zerar passivos deixados por gestões anteriores. Nesta sexta-feira (6/12), o Governo do Estado dá início ao pagamento R$ 134,2 milhões devidos a 135 mil servidores da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), contemplados em 2016 com reajuste salarial de 11,36%.
O montante se refere ao período de janeiro a março daquele ano e será pago com a folha de novembro. A medida vai beneficiar os servidores da Educação estadual que estavam na ativa àquela época.
Em março de 2016, atendendo à reivindicação de servidores da Educação, o Governo de Minas enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) propondo reajuste de 11,36%, de forma retroativa a janeiro daquele ano, às carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica. A medida seria uma forma de garantir à categoria a atualização do Piso Salarial Estadual nos mesmos índices de correção do Piso Salarial Profissional Nacional nos anos de 2016, 2017 e 2018.
Com a sanção do projeto pelo então governador de Minas à época, a Lei 22.062 foi publicada em 21/4/2016 no Diário Oficial do Estado, garantindo o reajuste aos servidores da Educação retroativo a janeiro daquele ano. No entanto, mesmo com a aprovação da norma, o percentual de 11,36% só começou a ser pago a partir de abril daquele ano, deixando um passivo para o Estado e descumprindo a lei e acordo firmado anteriormente com a categoria.
Com a política de valorização dos servidores da Educação, adotada pela gestão do governador Romeu Zema, Minas Gerais está honrando o pagamento do reajuste concedido à categoria em 2016. O Governo de Minas tem mantido também o compromisso de fortalecer o quadro efetivo das escolas. Para isso, o Estado já nomeou de 2019 até agora mais de 26 mil servidores.
“Em nossa gestão, os compromissos são honrados e a educação é reconhecida”, enfatizou o vice-governador Professor Mateus por meio das redes sociais. Segundo ele, para seguir zerando as dívidas do passado, o Governo de Minas está pagando as parcelas atrasadas do reajuste do Piso da Educação de janeiro a março de 2016.
“O pagamento do reajuste do piso, que deveria ter sido pago em 2016, representa não apenas a correção de uma dívida histórica, mas também o compromisso contínuo do Governo de Minas com a valorização de nossos servidores. Essa medida, fruto de muito trabalho, é um passo concreto para fortalecer a relação de confiança com a categoria e continuar construindo uma educação pública de qualidade”, afirma o secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga.
“O nosso propósito é cada vez mais valorizar o servidor público. Sabemos do valor desses profissionais, responsáveis pela Educação em Minas Gerais e pela prestação de serviços lá na ponta. Estamos conseguindo avançar, dentro da realidade do nosso Estado, reconhecendo os direitos dos servidores e quitando passivos devidos, com o objetivo de aprimorar sempre”, afirma a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto.
Câmara de Passos aprova auxílio de Natal de R$ 2 mil a servidores – Foto: reprodução
A Câmara aprovou na última segunda-feira (25), o auxílio alimentação especial de Natal no valor de R$ 2 mil para os servidores públicos da Prefeitura de Passos (MG), do Legislativo e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) do município.
De acordo com informações do Legislativo, o Projeto de Lei nº 043/2024 – CMP autoriza o benefício aos servidores do Poder Legislativo. Já o Projeto de Lei nº 075/2024 estende o auxílio aos servidores do Poder Executivo, enquanto o Projeto de Lei nº 076/2024 inclui os servidores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).
“Com a aprovação dos projetos em segundo turno, durante Sessão Extraordinária, os servidores municipais receberão um Auxílio-Alimentação Especial de Natal 2024 no valor de R$ 2.000,00, como forma de reconhecimento pelo trabalho essencial que realizam para o município. Outra importante contribuição desse reconhecimento é o estímulo à economia local, pois esses recursos retornam ao comércio, beneficiando, assim, toda a nossa sociedade”, informa a Câmara.
Os vereadores também aprovaram, em primeiro turno, o Projeto de Lei nº 073/2024 – PMP, que altera dispositivos da Lei Municipal nº 3.523, de 8 de janeiro de 2020, relacionada à criação do Conselho Municipal de Usuários do Transporte Público de Passos.
Na sessão de ontem, também foram quatro requerimentos apresentados pelo vereador Michael Silveira, que incluem a solicitação de instalação de uma academia ao ar livre na praça da Rua Quinca Couro, realização de operação tapa-buracos na rotatória no início da Avenida Brasília e na Rua Otávio Caetano de Faria, além da retirada de entulhos na Rua 18 de Setembro. (Clic Folha)
Servidores de Copasa e Cemig temem demissões com desestatização – Foto: reprodução
Os projetos de privatização da Cemig e da Copasa foram protocolados no último dia 14 pelo governo na Assembleia Legislativa (ALMG) e já causam incertezas entre funcionários quanto à manutenção dos empregos. O receio de representantes das categorias é que passar as estatais para a iniciativa privada possa resultar em cortes nos quadros.
Enquanto a Copasa conta com pouco mais de 9.600 funcionários, conforme a própria companhia, a Cemig tem cerca de 4.700 no Estado, como informado pelo Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética (Sindieletro-MG). Para conseguir levar os projetos adiante, o governador Romeu Zema (Novo) tenta, primeiro, a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, que põe fim à obrigatoriedade de referendos para privatizar as estatais.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos (Sindágua-MG), Eduardo Pereira, que representa os trabalhadores da Copasa, a categoria vem tentando barrar o projeto de privatização da companhia desde o primeiro mandato de Zema. Entre os principais temores estão a não manutenção dos empregos, o aumento de tarifas e a perda da qualidade dos serviços.
Pereira cita, como exemplo, os casos da Cedae, no Rio de Janeiro, e da Sabesp, em São Paulo, que abriram programas de demissão voluntária no processo de privatização. “Caso a Copasa seja privatizada, sabemos que, para justificar um possível lucro, o privado vai ter que demitir o trabalhador”, disse.
A reportagem questionou o governo de Minas sobre esse temor dos funcionários em relação a possíveis demissões. Até o fechamento desta edição, não tinha havido resposta. Entretanto, o vice-governador Mateus Simões (Novo), responsável por protocolar os projetos na Assembleia, publicou um vídeo em seu Instagram, no dia 21, no qual reforça que os empregados das companhias são celetistas e não podem perder benefícios com a desestatização. Ele nega, ainda, a possibilidade de aumento das contas, considerando que a Cemig é regulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), enquanto a Copasa, pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (Arsae).
Questionamento
De qualquer forma, para tentar conter o projeto de privatização, o presidente do Sindágua-MG informou que a categoria tem uma reunião marcada para o dia 28 deste mês na ALMG, além de ter formalizado um encontro com o BNDES, responsável por conduzir o processo de concessões e desestatização de ativos.
Os trabalhadores da Cemig, representados pelo Sindieletro-MG, receberam com “apreensão” a proposta em relação à companhia energética. Conforme o coordenador geral da categoria, Emerson Andrada, o temor também se direciona à possibilidade de “precarização” dos serviços com possível diminuição do quadro de funcionários. “Não temos dúvidas de que esses empregos serão ameaçados, porque o procedimento-padrão é o de substituir trabalhadores do quadro próprio por terceirizados”, afirma.
Andrada aponta, ainda, que o projeto da Cemig, que pretende transformar a companhia em corporação, não traz grandes novidades em relação ao que Zema já vinha defendendo, mas considera um movimento político para colocar Simões, pré-candidato a governador em 2026, em evidência. Relatos de funcionários da Copasa dão conta de que, apesar do temor com a privatização, eles acreditam que o projeto não deve ir adiante.
Entre as principais corretoras de investimentos no Brasil, a XP emitiu uma nota técnica ao mercado, no dia 15 deste mês, dizendo considerar improvável a aprovação dos projetos de privatização da Cemig e da Copasa. Entre as ponderações, a corretora aponta o prazo curto, tendo em vista que as próximas eleições para governador ocorrem em 2026, e que o Executivo não teria um relacionamento “sólido o suficiente” com a ALMG para obter os votos necessários.
Alguns municípios mineiros têm outros modelos de serviço
Em Minas Gerais, dos 853 municípios, a Cemig atua em 774, enquanto a Copasa, em 638. Algumas cidades, como Juiz de Fora, possuem modelos próprios para realização de tratamento de água e esgoto. Em outras, como Ouro Preto, os serviços foram concedidos para a iniciativa privada. Essa troca, entretanto, não agradou à população da cidade, que chegou a cogitar a remunicipalização dos serviços em audiência pública na ALMG, em março do ano passado. O questionamento se referia a supostas tarifas abusivas e cortes no fornecimento de água por causa do não pagamento das contas.
No caso da energia elétrica, Leopoldina e Cataguases, na Zona da Mata, por exemplo, são atendidas pela Energisa, grupo empresarial privado. Já em Poço de Caldas, no Sul de Minas, 60% da energia é fornecida pelo Departamento Municipal de Eletricidade (DME), e o restante, pela Cemig.
Tarifa não deve sofrer alteração
Conforme o advogado Paulo Henrique Studart, especialista em direito público, a privatização das empresas públicas muda, na prática, apenas quem está no comando.
Dessa forma, alterações nas tarifas são uma possibilidade “remota”, na avaliação do especialista, considerando que são fixadas e amparadas pela legislação, pelo eventual edital de concessão e pelos órgãos reguladores. Por outro lado, a mudança na gestão pode ter reflexo nos vínculos trabalhistas, segundo ele. No caso de empresas estatais, os empregados são regidos pela CLT, ou seja, não têm a mesma garantia de estabilidade dos servidores públicos.
“O que existe é uma garantia de que eles não sejam demitidos de forma desmotivada, isso ocorre por parte dessas empresas estatais atualmente. Com a privatização, caberá uma decisão gerencial das empresas de manter ou demitir eventuais empregados”, diz.
Município de Carmo do Rio Claro deve exonerar servidores que assumiram 16 cargos sem concurso público – Foto: reprodução
A Prefeitura de Carmo do Rio Claro deve exonerar, no prazo de seis meses, servidores comissionados que assumiram 16 cargos no município sem concurso público. Além disso, não podem ser nomeadas outras pessoas sem antes realizar um certame.
A decisão é do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e confirma decisão cautelar da Vara Única da Comarca de Carmo do Rio Claro que atendeu pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) feito em Ação Civil Pública Condenatória. A decisão proferida em 1ª instância foi questionada pelo Município com recurso, que, por sua vez, foi negado pelo TJMG.
De acordo com petição inicial do Ministério Público, ajuizada por meio da Promotoria de Justiça de Carmo do Rio Claro, diversas normas que criaram cargos de livre provimento em leis complementares municipais foram declaradas inconstitucionais por duas vezes pelo TJMG, tornando necessária a realização de concurso público.
Mesmo assim, nas duas vezes, conforme esclarece a Ação ajuizada pelo MPMG, os poderes Executivo e Legislativo de Carmo do Rio Claro utilizaram subterfúgios na elaboração de nova Lei Complementar, como troca de nomes de cargos, atribuições e de competências, na tentativa de manter cargos de livre provimento para postos claramente burocráticos, repetindo os mesmos vícios de inconstitucionalidade das declarações anteriores do TJMG.
Segundo ACP, “isso tem sua razão de ser: inchar a máquina pública com os apaniguados e simpatizantes externos que nela não adentraram pela via do concurso público.”
Servidores de agências reguladoras fazem paralisação e ameaçam greve maior – Foto: Sindiagências
Servidores de todas as agências reguladoras do País, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Agência Nacional do Petróleo (ANP), pedem reajuste salarial e ameaçam entrar em greve, pressionando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os funcionários das agências realizaram uma paralisação na última quinta-feira (4), por 24 horas, mas ameaçam uma greve maior se não tiverem as reivindicações atendidas, paralisando atividades em portos, aeroportos, estradas, empresas e até o repasse de royalties de petróleo para Estados e municípios.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, responsável pela negociação por parte do governo, afirmou ao Estadão que os servidores receberam reajuste de 9% em 2023. Além disso, o governo propôs aumento de mais 9% em 2025 e 3,5% em 2026. “Essa recomposição totaliza ganho acima da inflação projetada para o período 2023-2026, observando as estimativas de inflação do Boletim Focus do Banco Central”, disse o órgão.
As agências são responsáveis por liberar cargas, autorizar operações de empresas e verificar os valores a serem repassados para os governos locais, por exemplo. Uma greve pode atrasar concessões, obras do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), leilões de novos poços de petróleo e transferências de dinheiro para o poder público.
Os representantes da categoria querem compensar o congelamento salarial dos últimos anos e uma defasagem de 30% em relação à remuneração de outras carreiras semelhantes do serviço público federal, como os servidores do Banco Central e da Receita Federal, mas ainda não apresentaram um reajuste específico que acabaria com a mobilização.
Outro complicador foi a prioridade dada pelo governo Lula para reajustes à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal, no início da gestão. “Temos uma tempestade perfeita que junta desvalorização da categoria, falta de recursos para a execução do trabalho e sobrecarga que servidores têm ao acumular funções em um quadro de pessoal insuficiente”, diz o presidente do Sinagências, sindicato que representa os servidores das 11 agências reguladoras do Brasil, Fabio Gonçalves Rosa.
Gasto do governo com servidores das agências reguladoras
Os gastos do governo federal com o pagamento dos funcionários das agências reguladoras diminuiu 8%, em valores ajustados pela inflação, entre 2012 e 2024. Servidores dizem que, entre 2015 e 2023, não houve nenhum diálogo com o governo federal para reajuste salarial, congelando as remunerações. Em 2024, houve um aumento linear para todos os funcionários públicos federais, mas os integrantes das agências reguladoras dizem que a medida não foi suficiente para cobrir a defasagem acumulada.
“Sabemos o impacto que uma greve desse tipo tem sobre a atividade econômica do País. Não há interesse da nossa parte de deflagrar uma greve, mas, infelizmente, estamos em uma escalada e, se não houver resposta, não temos outras ferramentas para lidar com a situação”, afirma Fabio Gonçalves Rosa.
Uma nova rodada de negociação com o governo está marcada para o próximo dia 11. O Ministério da Gestão afirmou, em resposta ao Estadão, que a proposta do sindicato será discutida nesta data. “O governo tem realizado um grande esforço para atender as reivindicações de reestruturação das carreiras de todos os servidores federais, respeitando os limites orçamentários”, disse a pasta.
Ministros de Lula enfiam ofícios para Gestão pedindo reajuste para agências
Os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Juscelino Filho (Comunicações), Margareth Menezes (Cultura) enviaram ofícios para a ministra da Gestão, Esther Dweck, pedindo reajustes para os servidores das agências reguladoras. Os documentos foram encaminhados entre março e junho.
“Hoje, a remuneração final das carreiras das agências é a remuneração inicial de outras carreiras assemelhadas, o que estimula a evasão de seus servidores em direção das carreiras de gestão governamental, do Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários ou mesmo da Receita Federal”, afirmou o ministro Juscelino Filho, cuja pasta é ligada às atividades da Anatel, no ofício.
“Também no contexto de transição energética global, a manutenção de um corpo técnico qualificado e apto a desempenhar suas atividades será fundamental para se garantir condições favoráveis para o desenvolvimento e o protagonismo do Brasil neste tema em esfera mundial”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na carta, ao citar o trabalho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Agência Nacional de Mineração (ANM) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombusveis (ANP).
Ao longo do ano, a ministra Esther Dweck manifestou expectativas de receber recursos adicionais do Orçamento da União em 2024 para dar reajustes. O governo antecipou um aumento de R$ 15,8 bilhões do arcabouço fiscal, mas o dinheiro foi consumido por gastos com benefícios previdenciários e emendas parlamentares.
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