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Jovem do Sul de Minas condenada por tráfico de drogas na Tailândia ganha perdão de multa e redução de pena

Brasileira condenada por tráfico de drogas na Tailândia ganha perdão de multa e redução de pena - Foto: redes sociais
Brasileira condenada por tráfico de drogas na Tailândia ganha perdão de multa e redução de pena – Foto: redes sociais

Presa por tráfico internacional de drogas na Tailândia, a brasileira Mary Hellen Coelho Silva conseguiu o perdão real da multa da condenação e a redução de pena para 7 anos e 6 meses de prisão. A multa é de, aproximadamente, R$ 105 mil. Mary Hellen foi presa em 2022, com outro brasileiro.

Segundo a advogada Kaelly Cavolli Moreira, a brasileira detida conseguiu o perdão real dos valores da multa da condenação civil. As informações são do Metrópoles.

Com o perdão, ela obteve isenção total do pagamento da multa e redução de dois anos da pena. Caso o valor não fosse pago, a pena da jovem poderia subir para mais de 11 anos de prisão.

Mary Hellen foi condenada a 9 anos e 6 meses de prisão – 2 anos seriam por crime civil e 7 anos e 6 meses por crime penal. Com o perdão, ela vai cumprir agora 7 anos e 6 meses na prisão feminina. A brasileira tem se dedicado a aprender inglês e tailandês, segundo a advogada.

Ela tem recebido auxílio financeiro mensal da embaixada para obter itens de higiene e outras necessidades básicas.

“Isso se deu devido ao bom comportamento dela e à participação em atividades extras na prisão. Mary Hellen tem uma boa relação com a unidade prisional e sempre que pode participa de atividades extras”, contou a advogada.

Relembre o caso

A brasileira Mary Hellen Coelho Silva acabou presa em 14 de fevereiro por tráfico de drogas no aeroporto de Bangkok com 9 kg de cocaína, em 2022. A jovem é natural de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, e foi detida com outros dois brasileiros ao desembarcar no aeroporto.

Lutadores sul-mineiros vencem disputa nacional e conquistam vaga em Mundial de Muay Thai, na Tailândia

Ronaldo, Luara e Matheus conquistaram vaga em Campeonato Mundial de Muay Thai, na Tailândia — Foto: divulgação

Lutadores sul-mineiros foram campeões no fim de semana durante o Campeonato Brasileiro de Muay Thai. A competição foi disputada em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, no sábado (30).

O evento realizado pela Confederação Brasileira de Muay Thai reuniu mais de 300 lutadores em 7 ringues no Ginásio Lourenção. A disputa foi uma seletiva para o Campeonato Mundial, que está agendado para fevereiro de 2024 em Bangkok, na Tailândia.

Do Sul de Minas, o Brian Gualberto, de 23 anos, natural de Lavras (MG), venceu na categoria adulto até 67 kg, semiprofissional. Ele ganhou as três lutas que disputou.

Também teve campeão de Machado (MG), o Ronaldo Gomes, de 18 anos, que mora e treina em Pouso Alegre (MG). Ele venceu também as três lutas na categoria até 66 kg, avançado.

De Pouso Alegre saíram outros campeões como o Marcos Camarini, ouro na categoria sub-17 até 63,5 kg; e a Luara Cristina, campeã adulta na categoria até 60 kg.

O Matheus Souza, que é de Lorena, interior de São Paulo, mas treina também em Pouso Alegre, foi ouro na categoria adulto até 57 kg.

Todos eles foram classificados para a disputa no berço mundial do Muay Thai em 2024.

Brasileira presa na Tailândia envia carta à família em MG: ‘Espero ver vocês o mais rápido possível’

A brasileira Mary Hellen, presa na Tailândia por tráfico de drogas em fevereiro, enviou uma carta para os familiares de Pouso Alegre (MG). A informação foi repassada pelo advogado Telêmaco Marrace, que é um dos profissionais que compõem a defesa da jovem de 21 anos.

Segundo o advogado, a carta foi escrita em inglês para facilitar o entendimento das autoridades locais. Telêmaco contou que uma lei do país pune as pessoas que criticam o rei da Tailândia. A pena pode chegar a 15 anos de prisão.

“São vários presos de diferentes nacionalidades. Se cada preso escrever uma carta em seu idioma, dificultaria um pouco o acesso das autoridades para ter o conteúdo dessas cartas. Lá existe uma lei, chamada de Lei “lesa-majestade”. Nessa lei não tem como ninguém fazer qualquer crítica ao rei da Tailândia. Isso é levado severamente. Uma critica ao rei da Tailândia pode gerar uma pena de 15 anos”, explicou Telêmaco.

Na mensagem, a jovem fala sobre a saudade da família. Além disso, ela também disse que se sente melhor, mas que às vezes não consegue dormir.

“Eu estou pensando muito no meu caso. Eu não conseguia dormir de noite porque me preocupo muito. Obrigada por se lembrarem de mim e agradeço aos meus amigos por tentarem me ajudar com os advogados. Eu vou cuidar de mim. Tenho aqui dois amigos para me ajudarem. Eu estou muito melhor agora, espero ver vocês o mais rápido possível”.

Na mensagem, a jovem também envia beijos e abraços carinhosos aos familiares e amigos. Ela ainda diz que espera que a família e os amigos respondam sua carta e finaliza dizendo que vai sonhar com todos eles.

“Manda um beijo ao meu avô e para minha avó. Lembro de todos vocês no Brasil. Mãe, eu amo você tanto e espero que você melhore logo. Um grande obrigado a todos do Brasil por me ajudarem. Estou muito feliz agora. Espero que minha família e todos os amigos me respondam. Me faz sentir muito feliz e sorrir todo dia. Vou sonhar com vocês todas as noites”.

Segundo o advogado de Mary Hellen, as cartas entre a jovem e os familiares estão sendo trocadas porque a superlotação nas prisões da Tailândia e a pandemia de Covid-19 dificulta a realização de chamadas de vídeo. Ele disse que não sabe quem escreveu a carta para Mary Hellen, mas acredita que ela tenha contado com a ajuda de organizações que atuam no presídio e no país.

O advogado também informou que em breve haverá uma audiência preliminar com a jovem, mas ainda não há data confirmada. A defesa também reforçou que já encaminhou a documentação sobre o perfil de Mary Hellen. O objetivo é comprovar a idoneidade moral dela, reforçar o perfil de trabalhadora, além de provar que ela não possui envolvimento com tráfico de drogas.

Ainda de acordo com o advogado, a defesa acredita que a jovem tenha entrado como “mula” e não sabia da existência da droga dentro da mala. Para ele, a carta enviada para a família comprova que Mary Hellen está com a saúde física e mental íntegras.

Entrou no país de ‘mula’


“A Mary Hellen entrou de ‘mula’, com possibilidades de não ter conhecimento do que levava”, afirmou.

Telêmaco acredita que Mary Hellen tenha ido para a Tailândia como ‘mula’, ou seja, apenas transportou a droga apreendida no aeroporto de Bangkok. Em entrevista ao g1, o advogado explicou como é feito o aliciamento de jovens para o tráfico de drogas. O foco são mulheres fragilizadas.

Estes garotos são aliciados pelos emissários dos grandes traficantes que ficam em ‘baladas’. Uma outra estratégia que utilizam é o chamado ‘Angel’, que funciona da seguinte forma: o emissário do traficante cria perfis no Tinder, Instagram e Facebook… É o ‘cara’. Jogam a isca e simulam uma paixão…Daí as garotas são convidadas para uma viagem internacional e eles enchem a mala com drogas no fundo falso. Muitas vezes as gurias entram numa fria e realmente são inocentes. E com os rapazes, a promessa é de vida boa…Carros, riqueza etc…”, explicou.


A família não sabia da viagem internacional e do suposto envolvimento dela com as drogas. Segundo Mariana Coelho, irmã de Mary Hellen, ela tinha informado que iria viajar para Curitiba, mas não contou o motivo. A irmã pensava que ela teria ido ao encontro de um possível namorado.

Entenda o caso


Mary Hellen Coelho Silva foi detida em fevereiro deste ano com outro brasileiro no aeroporto de Bangkok com 9 kg de cocaína. A droga estava escondida dentro de um compartimento oculto das três malas que eles carregavam. Outros seis quilos da droga estavam com outro suspeito, que foi preso horas depois. Os três são investigados por tráfico internacional de drogas.

O Itamaraty informou que, por meio da embaixada de Bangkok, acompanha a situação e presta toda assistência aos brasileiros.

A Tailândia é um dos países onde o tráfico de drogas pode ser punido com pena de morte, dependendo da quantidade e das circunstâncias.

Mineira é presa na Tailândia; família teme pena de morte

Uma jovem de Pouso Alegre (MG) , está entre os três brasileiros presos na Tailândia esta semana por suspeita de tráfico internacional de drogas. Mary Hellen Coelho Silva, de 22 anos, foi detida ao desembarcar no aeroporto de Bangkok, no dia 14 de fevereiro. Ela tinha saído do Brasil pelo aeroporto de Curitiba (PR).

Comunicados de autoridades tailandesas à imprensa local informam que foram apreendidos com os brasileiros 15,5 quilos de cocaína, com valor equivalente a cerca de R$ 7,5 milhões. As drogas estavam nas malas de cada um deles. Mary Hellen e um amigo, de 27 anos, chegaram em um voo. Outro rapaz, de 24, chegou em um outro voo, horas depois, e foi preso. Ele também saiu da capital paranaense.

Funcionários do aeroporto da Tailândia desconfiaram de itens mostrados no raio-X e as três malas levadas pela jovem de Pouso Alegre e o amigo foram revistadas. Foram encontrados 9 quilos de cocaína em um compartimento oculto. Mais tarde, o outro paranaense, de 24 anos, foi preso com 6,5 quilos de cocaína em duas malas. Ainda não há confirmação se esse rapaz conhecia os outros dois brasileiros presos no mesmo dia.


Jovem pediu demissão de emprego para viajar

Mariana Coelho, de 27 anos, irmã de Mary, conta que eles são cinco irmãos. Todos moram na região do Bairro São João, periferia de Pouso Alegre. Mariana é a irmã mais velha e já casada.

Segundo Mariana, Mary Hellen, que morava sozinha na mesma região da cidade, pediu demissão de um emprego em um restaurante e avisou que iria para a Tailândia. Mas não contou o motivo da viagem. Mariana diz que até tentou entender, mas não conseguiu conversar direito, porque foi tudo muito rápido.

Já na madrugada de domingo, segunda-feira na Tailândia, Mariana recebeu áudios e a foto da irmã já presa na Tailândia. Mariana diz que busca entender o caso. Segundo ela, não sabe se a irmã tinha participado de qualquer ação envolvendo tráfico de drogas antes, e nunca tinha sido presa no Brasil. Ela acredita que a jovem possa ter sido enganada, viajado sem saber o que levava na mala.

Pedido de ajuda: Tailândia prevê até pena de morte para casos de tráfico


Mariana entrou em contato com o Itamaraty, que respondeu o e-mail afirmando que acompanha o caso e que não pode fazer muito, além de garantir que a brasileira tenha seus direitos respeitados. Ainda de acordo com Mariana, o consulado brasileiro confirmou que a jovem presa é mesmo Mary Hellen.

A família já pediu ajuda para advogadas no Brasil, que estão buscando informações sobre a prisão da jovem pouso-alegrense. O principal receio refere-se às leis da Tailândia, que preveem até pena de morte para casos de tráfico de drogas, dependendo da quantidade e circunstâncias em que o crime é cometido.

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