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Imposto sobre as ‘blusinhas’ será embutido no preço do produto na plataforma

Imposto sobre as 'blusinhas' será embutido no preço do produto na plataforma - Foto: reprodução
Imposto sobre as ‘blusinhas’ será embutido no preço do produto na plataforma – Foto: reprodução

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou nesta sexta-feira (28) que o imposto sobre compras internacionais online de até US$ 50, que terá vigência a partir do dia 1º de agosto, já virá embutido no preço do produto na plataforma onde for comprado.

Nesta sexta-feira, foi publicada a Medida Provisória (MP) determinando a data como o início da cobrança do tributo. Até lá, em tese, as aquisições de até US$ 50 seguem isentas de tributação. No entanto, há um risco de compras feitas pouco antes do dia 1/8 serem taxadas assim que chegarem ao Brasil.

O motivo é que o pagamento do tributo decorre da Declaração de Importação de Remessa (DIR), um documento que pode ser emitido com certo atraso em relação ao momento da compra. Assim, se um produto for adquirido, por exemplo, no fim de julho e a DIR cobrada só no início de agosto, será cobrada a taxa do consumidor.

O subsecretário de Administração Aduaneira, Fausto Vieira Coutinho, afirma que a Receita fará reuniões já a partir desta sexta-feira com as plataformas de vendas para evitar esse tipo de distorção.

“O objetivo é que isso não ocorra. Que as plataformas tenham tempo para aproximar o máximo possível o tempo da compra do registro de Declaração para que o comprador tenha a transparência disso”.

De acordo com o subsecretário, a data de vigência foi definida para que as plataformas tenham tempo de adaptação às novas regras e para comunicar as mudanças aos consumidores.

“Para que tenhamos tempo de transição e diálogo e para que as plataformas se adequem às novas regras e incluam a taxa ainda na compra, sem que o consumidor seja surpreendido com novas cobranças quando elas chegam no Brasil”.

O texto da MP mantém a atual isenção à importação de medicamentos por pessoas físicas. Para os demais produtos, a cobrança será feita da seguinte forma:

  • Taxa de 20% de imposto de importação sobre as compras internacionais de até US$ 50,00 (cerca de R$ 275); 
  • 60% para produtos que custem entre US$ 50,01 e US$ 3 mil (cerca de R$ 16,5 mil), com dedução fixa de US$ 20. Ou seja: multiplica-se o valor do produto, em dólares, por 0,6 (60%) e o resultado é subtraído por 20

Também a partir de 1º de agosto, entra em vigência uma Portaria do Ministério da Fazenda confirmando os mesmos valores da MP. Remessas postais ou encomendas aéreas internacionais também continuam sendo taxadas em 60%.

Dados da Receita apontam que entre janeiro e maio deste ano, cerca de 18 milhões de remessas entraram no país por mês. Cerca de 70% delas têm o abaixo de US$ 50.

Arrecadação

Apesar de a taxação das ‘blusinhas’ ser mais um dispositivo para o governo federal elevar a arrecadação e buscar o equilíbrio das contas públicas, membros do Ministério da Fazenda negam que ela tenha esse objetivo e afirmam que ainda não há previsão de quanto a União irá arrecadar com o novo imposto.

“Essa não é uma medida arrecadatória, não tem a intenção de arrecadar. A estimativa não foi feita ainda, pois há mudanças de comportamento nas compras. Isso ainda precisa ser refeito”, disse Fausto Vieira Coutinho.

Taxa de incidência da covid-19 cai 9% em Minas e quatro macrorregiões avançam para a onda verde

Minas Gerais registou queda de 9% na taxa de incidência da covid-19 na última semana em todo o estado. Com isso, as macrorregiões Centro-Sul, Jequitinhonha, Norte e Oeste avançam para a onda verde, a mais flexível do plano Minas Consciente, criado para promover a retomada segura e gradual da economia. Já a macrorregião Leste do Sul progrediu para a onda amarela. 

Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (29) durante reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, que se reúne semanalmente para discutir a situação da pandemia no estado. Minas também registrou queda nos números de óbitos e de espera por leitos. A solicitação de internação pela doença caiu 29,59% na última semana. Atualmente, 34 pacientes aguardam vaga para uma UTI para tratamento da covid-19. Este número chegou a ser pelo menos seis vezes maior no início de junho.

O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, ressaltou que os indicadores têm melhorado devido ao avanço no processo de vacinação, mas lembrou que ainda não é a hora de se descuidar.

“Já ultrapassamos a marca de mais de 13,6 milhões de doses aplicadas. Com o avanço deste processo, temos observado a redução no número de óbitos, casos e, principalmente de internações, aliviando a pressão no sistema de saúde. Isso só comprova a eficácia e a importância da vacina. Temos que ficar atentos ao calendário da vacinação, incluindo a segunda dose, que é muito importante. Também não é a hora relaxarmos em relação aos cuidados. Devemos seguir com o uso de máscara e evitar aglomerações”, alertou o secretário.

Atualmente, a ocupação de leitos exclusivos para covid-19 no estado está em 54,69%, enquanto a ocupação dos de enfermaria está em 79,03%.

Ondas

Com as mudanças aprovadas pelo Comitê nesta quinta-feira, as macrorregiões Centro-Sul, Jequitinhonha, Norte e Oeste passam para a onda verde do plano Minas Consciente, a mais flexível, se juntando às macro Sudeste e Vale do Aço.

Já Leste do Sul progride para a onda amarela. Seguem nesta etapa as macrorregiões Centro, Noroeste, Leste, Sul e Triângulo Norte. Nordeste e Triângulo do Sul permanecem na onda vermelha. As alterações valem a partir do próximo sábado (31).

A taxa de positividade da doença também recuou para 21% em todo o estado. Com isso, o número de cidades com menos de 30 mil habitantes que poderão progredir de onda, independentemente da situação em que se encontra a macro ou a microrregião, chegou a 100 nesta semana, registrando o melhor resultado do ano. Estas cidades registraram menos de 50 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Eventos

O Comitê Extraordinário Covid-19 também aprovou nesta quinta-feira a criação de um grupo de trabalho para aperfeiçoamento dos protocolos do Minas Consciente para os setores de Eventos, Cultura e Entretenimento. Os representantes do governo estadual e dos segmentos se reunirão para que sejam discutidas e elaboradas, em 30 dias, novas medidas visando à segurança na retomada das atividades.

Mais 1,1 milhão de brasileiros buscam vagas, e taxa de desemprego bate recorde

A taxa de desemprego no Brasil aumentou de 13,2% na terceira semana de agosto para 14,3% na quarta semana do mês, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o mais elevado desde que a pesquisa teve início, em maio deste ano. Em apenas uma semana, cresceu o número de pessoas buscando emprego, enquanto diminuiu o total de trabalhadores ocupados. A nova taxa é recorde desde o início da pesquisa em tempos de covid-19, em maio.

A população desempregada foi estimada em 13,7 milhões de pessoas na quarta semana de agosto, cerca de 1,1 milhão a mais que o registrado na terceira semana do mês, quando essa população totalizava 12,6 milhões.

O total de ocupados foi de 82,2 milhões na quarta semana de agosto, cerca de 500 mil a menos que o patamar da terceira semana do mês, quando havia 82,7 milhões de pessoas ocupadas.

Cerca de 3,6 milhões de trabalhadores, o equivalente a 4,4% da população ocupada, estavam afastados do trabalho devido às medidas de isolamento social na quarta semana de agosto. O resultado representa cerca de 400 mil pessoas a menos que o patamar de uma semana antes, quando esse contingente somava 4,0 milhões ou 4,8% da população ocupada.

A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 76,1 milhões de pessoas, ante um contingente de 75,9 milhões de trabalhadores registrado na semana anterior.

Na quarta semana de agosto, 8,3 milhões de pessoas trabalhavam remotamente. Na semana anterior, também havia 8,3 milhões de pessoas em trabalho remoto.

A população fora da força de trabalho – que não estava trabalhando nem procurava por trabalho – somou 74,4 milhões na quarta semana de agosto, ante um total de 75 milhões na semana anterior. Entre os inativos, cerca de 26,7 milhões de pessoas, ou 35,8% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar. Aproximadamente 16,8 milhões de inativos que gostariam de trabalhar alegaram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

O nível de ocupação foi de 48,3% na quarta semana de agosto, ante um patamar de 48,6% na semana anterior, segundo o IBGE. A proxy da taxa de informalidade ficou em 34% na quarta semana de agosto, ante 33,4% na semana anterior.

Fonte: UOL

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