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TCE alerta 27 prefeituras mineiras por risco de ultrapassar limite de gastos com pessoal

TCE alerta 27 prefeituras mineiras por risco de ultrapassar limite de gastos com pessoal - Foto: reprodução
TCE alerta 27 prefeituras mineiras por risco de ultrapassar limite de gastos com pessoal – Foto: reprodução

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) emitiu, na última segunda-feira (12), um alerta para 27 prefeituras mineiras que estão próximas de ultrapassar o limite legal de gastos com pessoal. A medida visa garantir o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabelece um teto de 54% da receita corrente líquida para despesas com pessoal no Executivo municipal.

Os municípios foram divididos em duas categorias de risco:

  1. Entre 90% e 95% do limite: 12 municípios
  2. Entre 95,01% e 100% do limite: 15 municípios

O caso mais crítico é Bom Despacho, que já atingiu 53,58% do limite, muito próximo do teto de 54%.

O alerta do TCE-MG serve como um aviso para que os gestores municipais tomem medidas preventivas. Se uma prefeitura atingir o limite prudencial (acima de 95%), consequências mais severas podem ser aplicadas, como a proibição de conceder reajustes salariais e abrir novas vagas.

Em casos extremos, onde o município ultrapassa o limite legal, a Constituição prevê medidas drásticas, incluindo a redução de até 20% dos gastos com cargos comissionados e possíveis exonerações de servidores.

Lista completa dos municípios e prefeitos alertados:

Entre 90% e 95% do limite:

  1. Araújos – Geraldo Magela da Silva
  2. Campo Belo – Alisson de Assis Carvalho
  3. Campo do Meio – Samuel Azevedo Marinho
  4. Guapé – Nelson Alves Lara
  5. Inhapim – Márcio Elias de Lima e Santos
  6. Janaúba – José Aparecido Mendes Santos
  7. Joaquim Felício – Miguel Felipe Ferreira de Oliveira
  8. Nova Serrana – Euzébio Rodrigues Lago
  9. Pedro Leopoldo – Eloisa Helena Carvalho de Freitas Pereira
  10. Poços de Caldas – Sérgio Antônio Carvalho de Azevedo
  11. Ribeirão das Neves – Moacir Martins da Costa Júnior
  12. Viçosa – Raimundo Nonato Cardoso

Entre 95,01% e 100% do limite:

  1. Bom Despacho – Bertolino da Costa Neto
  2. Carmo do Cajuru – Edson De Souza Vilela
  3. Caxambu – Diogo Curi Hauegen
  4. Esmeraldas – Marcelo Nonato Figueiredo
  5. Formoso – Dinarte Henrique Guedes de Ornelas
  6. Frutal – Bruno Augusto de Jesus Ferreira
  7. Jordânia – Marques Uei Meira de Oliveira
  8. Luminárias – Écio Carvalho Rezende
  9. Muriaé – Marcos Guarino de Oliveira
  10. Pirapora – Alexandre Costa César
  11. Três Pontas – Marcelo Chaves Garcia
  12. Unaí – José Gomes Branquinho
  13. Vespasiano – Ilce Alves Rocha Perdigão
  14. Formiga – Eugênio Vilela Júnior

TCE fiscaliza escolas públicas em 20 cidades de Minas Gerais

Técnicos do Tribunal de Contas de Minas Gerais iniciaram, na última segunda-feira (24), uma série de fiscalizações na infraestrutura de escolas públicas no Estado. Até quarta-feira (26), eles irão percorrer 34 escolas em 20 cidades. A ação faz parte do projeto Fiscalização Ordenada Nacional, e será feita pelos 32 tribunais de contas do país, ao mesmo tempo. 

O presidente do TCEMG, conselheiro Gilberto Diniz, destacou a relevância da ação. “A educação é um direito fundamental do cidadão e um dever do Estado e da família. A importância dessa ação, feita em nível nacional, por todos os tribunais de contas do país, é justamente verificar como está sendo a alocação dos recursos públicos na manutenção e desenvolvimento do ensino. O ambiente escolar não requer apenas bons professores e conteúdo de qualidade, ele requer também estrutura adequada, com salas de aula de bom nível, banheiros em boas condições de uso, quadras esportivas e bibliotecas estruturadas”.

O conselheiro Cláudio Terrão falou sobre a fiscalização. “A ideia dos tribunais de contas é fazer uma análise, no Brasil inteiro, sobre a infraestrutura das escolas. Identificar os principais problemas encontrados para que diretores e gestores públicos possam desenvolver um plano de ação para a melhoria das condições de educação. Avançando na estrutura da escola, fazendo com que os alunos tenham acesso a uma escola acolhedora, com água potável, papel higiênico nos banheiros, segurança patrimonial, condições pedagógicas adequadas, faz com que a melhoria do ensino seja obtida”.

Com um tablet nas mãos, os técnicos do TCEMG estão avaliando questões como segurança dos prédios (alarme, botão do pânico, combate a incêndios), estrutura (muros, telhados, banheiros, bebedouros), materiais básicos (água potável, papel higiênico, merenda escolar), higiene e acessibilidade. Os dados coletados pelos auditores, incluindo fotos e vídeos dos problemas encontrados, são enviados simultaneamente para a sala de controle, na sede do TCEMG, que faz a compilação das informações.

O coordenador de Auditoria dos Municípios, Thiago Henrique da Silva, explicou os trabalhos feitos em campo. “A fiscalização engloba mais de 200 itens acerca da infraestrutura das escolas. Um questionário amplo e completo. As 34 escolas, na mesorregião da Grande BH, foram definidas após atuação da Central de Inteligência do Tribunal, que elencou unidades com mais níveis de criticidade”, ponderou. 

O objetivo da Fiscalização Ordenada Nacional é fazer um diagnóstico das condições estruturais ofertadas aos alunos. Após os três dias de fiscalização em mais de mil escolas Brasil afora, será produzido um relatório nacional com o levantamento feito em campo pelos auditores em todo o país. A expectativa é divulgar esse relatório na sexta-feira (28/04), data em que se comemora o Dia Internacional da Educação.

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