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Número de mortos no terremoto no Marrocos sobe para 2.862

Jovem carrega móvel no dia 11 de setembro de 2023 em vilarejo nos arredores de Talat N'Yaaqoub, no Marrocos, destruído por terremoto — Foto: Hannah McKay/Reuters
Jovem carrega móvel no dia 11 de setembro de 2023 em vilarejo nos arredores de Talat N’Yaaqoub, no Marrocos, destruído por terremoto — Foto: Hannah McKay/Reuters

O número de mortos no forte terremoto que atingiu o Marrocos na semana passada subiu para 2.862, segundo um novo balanço do Ministério do Interior divulgado nesta segunda-feira (11).

O tremor, um dos mais destrutivos no mundo nos últimos anos, atingiu os arredores de Marraquexe na noite de sexta-feira (8) com uma magnitude de 6,8, segundo os serviços geológicos norte-americanos, e de 7, segundo o centro marroquino de pesquisa científica e técnica.

O tremor foi o mais poderoso desde que começaram os registros modernos no país e atingiu uma região muito habitada. Outras cerca de 2.562 pessoas ficaram feridas, ainda de acordo com o ministério marroquino, e há também centenas de desaparecidos.

O balanço anunciado na manhã de domingo (10), indicava 2.122 mortos.

Tremores secundários ainda estão sendo registrados , de acordo com relatos de moradores locais.

Buscas

Também nesta segunda-feira, centenas de membros de equipes de buscas de Marrocos e de outros países buscavam por desaparecidos, principalmente na província de Al Haouz, o epicentro do terremoto.

Militares do Reino Unido, da Espanha, dos Emirados Árabes e do Catar já estão no país, com equipamentos avançados de buscas, como microcâmeras para vistoriar escombros.

Um dos principais fatores que dificultam as buscas, segundo relataram membros das equipes à agência de notícias Reuters, é o tipo de construção de casas na região afetada: muitas são feitas de barro, pedra e madeira bruta.

“É difícil retirar as pessoas vivas porque a maioria das paredes e tetos se transformaram em escombros de terra quando caíram, enterrando quem estava lá dentro sem deixar espaços aéreos”, disse à Reuters um socorrista militar, que não quis se identificar.

Ajuda internacional empacada

Outro fator que dificulta a ajuda internacional é a demora do governo marroquino em aceitar ofertas e de solicitar oficialmente auxílio, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Até a última atualização desta reportagem, a ONU disse que o Marrocos ainda não havia enviado a solicitação oficial de ajuda humanitária. É a partir dessa solicitação que agências das Nações Unidas podem enviar equipes.

Rabat alegou estar ainda avaliando as ofertas de ajuda para que as operações não fiquem descoordenadas.

O país decretou três dias de luto nacional no sábado (9), e líderes de todo o mundo enviaram condolências a Rabat.

A Argélia, um país vizinho em conflito com Marrocos, abriu o seu espaço aéreo, fechado há dois anos, a aviões que transportam ajuda humanitária e resgatam os feridos.

O Banco Mundial também afirmou que dará “todo o seu apoio” ao país.

Edifício danificado na estrada entre Amizmiz e Ouirgane, após terremoto em Marrocos — Foto: Ahmed El Jechtimi/REUTERS
Edifício danificado na estrada entre Amizmiz e Ouirgane, após terremoto em Marrocos — Foto: Ahmed El Jechtimi/REUTERS
Epicentro do terremoto que atingiu o Marrocos — Foto: BBC
Epicentro do terremoto que atingiu o Marrocos — Foto: BBC

Dado como morto, sírio soterrado em terremoto ‘volta à vida’ em velório

Um homem declarado morto após ser encontrado nos escombros do terremoto na Síria ‘voltou à vida’ em seu próprio funeral. Ahmed al-Maghribi foi localizado pelas equipes de resgate e retirado de um prédio que desabou na cidade de Atarib, na Síria.

Durante o atendimento, ele não demonstrou sinais vitais e os profissionais o declararam como morto. Os médicos e paramédicos colocaram seu corpo em uma geladeira por dois dias enquanto esperavam que os familiares aparecessem para identificá-lo.

Segundo o tabloide britânico Daily Star, assim que os parentes confirmaram que era Ahmed, ele foi colocado em um saco para cadáveres e levado a um cemitério para cortejo fúnebre. No entanto, surpreendentemente, assim que o corpo chegou ao cemitério, ele começou a se mover. Quando os funcionários da funerária abriram o caixão, o homem foi achado vivo e aparentemente bem.

A surpresa deixou a família e os amigos da vítima atordoados e Ahmed foi levado de volta ao hospital, onde permanece internado.

A imprensa local informa que a suspeita é de que episódio pode ter sido um caso raro de coração de uma pessoa que voltou a bater após uma parada cardíaca provocada por um choque.

O terremoto de magnitude 7,8 ocorreu na manhã de 6 de fevereiro, e provocou mortes e destruição na Turquia e no norte da Síria.

O abalo sísmico é considerado um dos piores desastres naturais dos dois países, com mais de 47 mil pessoas mortas e mais de 100 mil feridos. Segundo a Al Jazeera, a Síria registra 5.939 mortes. Enquanto na Turquia, o número de mortos é de 41.156.

Pouco depois, um segundo terremoto de magnitude 7,6 atingiu a mesma região, causando ainda mais estragos.

Cerca de 50 mil pessoas morreram após dois terremotos de magnitude 7,8 e 7,6 que atingiram Turquia e Síria no último dia 6 de fevereiro.

Seis militares do corpo de bombeiros de MG integram comitiva brasileira que vão auxiliar nas buscas às vítimas de terremoto na Turquia

Seis militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais vão integrar a comitiva brasileira que vai atuar nas buscas e no resgate as vítimas do terremoto que atingiu a Síria e a Turquia. Os bombeiros fazem parte do do Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad) que atuou no rompimento da barragem em Brunadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. 

A equipe já está em São Paulo onde se juntaram a equipes do Estado paulista e do Espírito Santo. Ainda não há uma data marcada para a decolagem. “A equipe mineira possui vasta capacidade e experiência no atendimento a desastres naturais, tanto em Minas Gerais, no Brasil, como em operações fora do país, a exemplo Moçambique e Haiti. Todos os equipamentos específicos para o atendimento a estruturas colapsadas, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais está se deslocando juntamente com os militares para o atendimento mais efetivo e com tempo de resposta melhor para a operação”, ressalta o major Heitor de Aguiar Mendonça que vai chefiar a operação.

Segundo os bombeiros, pelas características da tragédia há chances de encontrar pessoas com vida e, por isso, a equipe corre contra o tempo para embarcar para a capital turca de Ancara. O convite aos bombeiros mineiros foi feito pelo Itamaraty. 

Os bombeiros poderão contribuir nas atividades de planejamento e inteligência, mapeamento estratégico, georreferenciamento, busca aérea, distribuição de alimentos, desobstrução de vias, buscas em campo e outras missões que se fizerem necessárias.

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