Menina de 8 anos morre após inalar desodorante em desafio nas redes sociais – Foto: arquivo familiar
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou um inquérito, no último domingo (13), para investigar a morte de Sarah Raissa Pereira, de 8 anos, que participou do “desafio do desodorante”, que começou a circular nas redes sociais.
Na última quinta-feira (10), a criança deu entrada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no Distrito Federal, após inalar o gás de um desodorante aerossol, que lhe provocou uma parada cardiorrespiratória.
A garota chegou a ser reanimada cerca de uma hora depois, porém sem apresentar reflexos neurológicos, o que levou à constatação de morte cerebral.
O óbito só foi declarado oficialmente neste domingo, quando a família também registrou a ocorrência policial. A PCDF busca esclarecer como a criança teve acesso ao conteúdo do desafio e identificar os responsáveis pela publicação.
Os responsáveis podem responder por homicídio duplamente qualificado – por emprego de meio capaz de causar perigo comum e por se tratar de vítima menor de 14 anos, crime cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão.
Este garoto está viralizando nas redes, depois de ser filmado fazendo crochê ao lado de sua mãe. Ele tem três irmãs, mas foi o único que herdou o talento da genitora.
A cena, com mais de 4 milhões de visualizações no TikTok, foi gravada por Stefany Cristine, irmã dele e moradora do Tocantins. O vídeo mostra Miguel Ribeiro e a mãe sentados lado a lado no sofá, tricotando enquanto assistem televisão. E a dupla arrasa.
Na internet, Miguel recebeu vários elogios. “Não é somente pelo crochê, é pra ter momentos como este com a mãe”, disse uma seguidora.
Único que herdou
A mãe bem que tentou ensinar às filhas como se faz crochê, mas nenhuma delas se empolgou.
Por sorte, Miguel, o único filho, se empolgou e está mostrando que, em vez de preconceito, é preciso ter competência.
O vídeo compartilhado por Stefany no TikTok é curto e lindo. Mãe e filho sentados lado a lado, dividindo um momento único. Até a maneira de tricotar é semelhante.
“Entre 14 e 75 anos”
Em outro vídeo, a irmã brinca com o garoto: “Meu irmão tem entre 14 e 75 anos”, disse ela ao filmar o irmão tricotando no portão da casa.
Em outra gravação, Stephany diz que o irmão ficou de castigo sem celular e deu muito certo. “Ele ficou de castigo sem celular e olha aqui, já fez um tapete deste tamanho. É conjunto que você vai vender, Miguel?”, brincou a irmã.
E o tapete é realmente enorme! Inacreditável que ele fez esse tapete só durante o tempo do castigo. Que talento!
Comentários preconceituosos
O vídeo, com mais de 4 milhões de visualizações, rendeu vários comentários, vários positivos. Outros nem tanto.
Pessoas retrógradas disseram que homens não podem tricotar. Mas vários internautas defenderam o Miguel:
“Homem não pode fazer crochê? Eu adoraria ter um namorado que soubesse, ia fazer vários looks pra mim”, disse uma.
Outro, destacou que o talento do menino pode render bons frutos financeiros.
“Vocês ficam falando mas não sabem o preço de uma roupa de crochê.”
Um terceiro disse que o talento do menino vai muito além do crochê.
“O povo falando quanto vale um boné, uma blusa, mas ninguém fala o quanto é valioso ainda esses momentos dois dois. Não tem nenhum dinheiro no mundo que pague, não tem preço!”.
TikTok pode ser suspenso do Brasil após possível fraude com dados pessoais de crianças – Foto: reprodução
A rede social TikTok , pertencente ao grupo chinês ByteDance , enfrenta um processo de investigação pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) , após acusações de tratamento irregular de dados pessoais de menores de idade . A empresa agora deve adotar medidas rigorosas para impedir o acesso de crianças e adolescentes sem a supervisão de pais ou responsáveis. Entre as sanções possíveis estão multas de até 2% do faturamento, ou R$ 50 milhões, além da possibilidade de suspensão da plataforma no Brasil, segundo informado pela ANPD em uma teleconferência com jornalistas nesta segunda-feira (4).
Na manhã da última segunda-feira (4), a ANPD exigiu que o TikTok tome providências imediatas para bloquear o acesso de menores de 13 anos e implemente uma verificação robusta de idade. Além disso, a rede social terá dez dias úteis para desativar o recurso de “feed sem cadastro”, o qual permite que usuários visualizem conteúdos sem se cadastrarem. Em até 20 dias úteis, o TikTok também deverá apresentar um plano de conformidade, especificando como irá aprimorar seus mecanismos de verificação de idade, buscando evitar o uso da plataforma por pessoas sem cadastro prévio.
Fabricio Madruga Lopes, chefe de fiscalização da ANPD, enfatizou que “não permitir o acesso à ferramenta sem cadastro prévio é um primeiro passo essencial” e ressaltou que a exigência da ANPD se fundamenta em dados coletados e evidências da presença de menores na rede. “Temos dados da pesquisa TIC Kids e informações que a própria empresa compartilhou”, disse Lopes, apontando que o TikTok removeu, nos últimos 12 meses, ao menos 7,5 milhões de contas de menores de 13 anos.
Em resposta ao processo, o TikTok declarou na tarde desta segunda-feira que possui “um firme compromisso com a segurança e a privacidade” dos usuários, especialmente dos mais jovens. A empresa explicou que, enquanto plataforma destinada a pessoas com idade mínima de 13 anos, “trabalha proativamente para aplicar nossas políticas, incluindo a remoção contínua de contas que não atendem ao requisito mínimo de idade.” A empresa afirmou ainda que o aprimoramento de controle etário é um desafio global para o setor, e que pretende colaborar com a ANPD, bem como com outros parceiros da indústria e sociedade civil, para implementar soluções eficazes.
A ANPD também destacou a gravidade do caso: “Concretamente, esperamos que o TikTok cumpra as medidas sem maximizar o tratamento de dados desnecessários. O interesse comercial de empresas não pode vir antes da proteção absoluta de crianças e adolescentes.”
Um adolescente de 13 anos morreu após tomar mais de 14 comprimidos de antialérgico, em Ohio, nos Estados Unidos (EUA). O menino participava de desafio viral no TikTok chamado de “Desafio Benadryl”, que incentiva pessoas a ingerirem o máximo possível de comprimidos do remédio.
Jacob Stevens estava acompanhado dos amigos no momento em que tomou os remédios e seu corpo começou a se contrair. O grupo filmou todo o processo, que faz parte do desafio. O adolescente foi levado ao hospital, onde ficou internado por seis dias até os médicos declararem morte cerebral. A família optou por desligar os aparelhos que o mantinham vivo.
“Foi demais para o corpo dele. Sem varredura cerebral. Não havia nada lá. Ele disse que poderíamos mantê-lo no ventilador, poderíamos, você sabe. Ele poderia ficar deitado assim, mas nunca abriria os olhos. Ele nunca vai respirar sozinho, fazer qualquer coisa assim”, disse o pai, Justin Stevens.
O desafio viral incentiva internautas a ingerirem grandes quantidades do remédio Benadryl, nome comercial de medicamento antialérgico, para causar alucinações. Vídeos semelhantes circulam nas redes sociais desde 2020, quando uma menina de 15 anos morreu participando do mesmo desafio.
No funeral de Jacob, o pai tentou alertar os amigos do filho e conscientizá-los. “Eu apenas tentei dizer a eles para cuidarem uns dos outros e não convencerem seus amigos a fazer coisas assim”.
Agora, a família do adolescente luta por mudanças na legislação, para que medicamentos com venda livre, como Benadryl, tenham restrições de idade em sua compra.
Com a repercussão dos casos, atualmente, o TikTok bloqueia as buscas pelo desafio com um alerta: “Alguns desafios online podem ser perigosos, perturbadores ou até encenados. Saiba como reconhecer desafios perigosos para poder proteger sua saúde e bem-estar”.
Um vídeo curto de 8 segundos com uma imagem de uma jovem oriental que ri com as amigas ao fundo. Apesar de ser um vídeo rápido, a mensagem escrita sobre a imagem “inocente” tem uma influência tremenda na vida e na mentalidade de milhares de adolescentes de diversas cidades do Brasil e, principalmente, de Minas Gerais. A “Lista do Massacre”, texto que foi escrito com números no lugar de algumas letras para escapar da “censura” das redes sociais, traz cinco “possíveis Estados” e 35 cidades mineiras que poderiam ser alvo de atentados em escolas.
Neste domingo de Páscoa (9 de abril), a publicação atingiu, em um intervalo de apenas 10h, 61 mil curtidas e 18 mil comentários de adolescentes temerosos no TikTok. O texto completava com a informação de que o possível “Ma.” – mais uma forma de falar sobre o massacre sem cair na regulação da rede social -, “tem possibilidade de acontecer no dia 10 ou 20” de abril.
“Meu Estado e cidade tão aí. E sou obrigada a ir amanhã”, reclamou uma adolescente na publicação. “Gente, em Contagem será em quais escolas?”, perguntou, aterrorizada, uma outra garota na rede social.A reportagem conversou com uma estudante de 17 anos, que está no 3ª ano do ensino médio de uma escola de Belo Horizonte. Ela também recebeu o vídeo neste domingo.
“Não é de hoje que vejo esse tipo de alerta, minha amiga semana passada mandou um vídeo bem parecido com este e pensamos que seria fake news, algo momentâneo. O sentimento que fica é de receio de ir pra escola, pois mesmo não tendo certeza do que pode acontecer, com o mundo hoje em dia não dá pra duvidar de nada. Pensamos em entrar em contato com a coordenação, mas queríamos ter um pouco mais de certeza antes de fazer isso”, disse a jovem.
Ainda segundo ela, o vídeo está circulando entre adolescentes de todas as idades e de todas as escolas de BH e região metropolitana. “Se essa lista for fake, eu não acho que quem divulgou fez na intenção de gerar medo, mas sim de alertar. Mas pra quem fez na maldade, eu só bloquearia na rede”, completou a adolescente.
A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Educação (SEE), mas até a publicação desta matéria a pasta ainda não havia se posicionado. A assessoria de imprensa do TikTok também foi questionada sobre a postagem e até o momento a rede social ainda não respondeu.
Influência em adolescentes é principal risco, diz especialista
Advogado criminalista e pesquisador em segurança pública, Jorge Tassi afirma que o principal problema deste tipo de postagem estar circulando entre os adolescentes é o que ele chamou de “a força da ideia”. “A pessoa pode até não ter um interesse inicial no tema, mas ao ver essas postagens, pessoas com dificuldade emocional, que lidam com ansiedade, estresse, depressão, acabam se conectando à ideia”, alerta.
Segundo ele, é importante que esse tipo de postagem seja monitorado e tenha sua origem investigada, para que o autor possa ser responsabilizado. “Essas ideias acabam sendo incutidas na mente das pessoas que têm dificuldade de processar suas emoções. O jovem que se envolve nesse tipo de ocorrência (massacre) está em sofrimento mental, está em dificuldade”, completa o especialista.
Ele completa afirmando que as redes sociais deveriam ser obrigadas a retirar do ar estes conteúdos. “É uma forma de censura, mas acho absolutamente correto retirar aquilo que é indutor ao crime”, finaliza.
A estudante universitária Patrícia Linares, que foi ridicularizada por colegas de sala por ter 45 anos foi presenteada com uma bolsa de estudos na Inglaterra. Ela anunciou a novidade nas suas redes sociais.
Patrícia cursa Biomedicina e teve sua vida exposta após três jovens que estudavam com ela terem gravado um vídeo debochando da sua idade. “Quando algumas garotas tiram sarro de você na faculdade por você estudar depois dos 40 anos… E você realiza o SONHO de estudar fora!”, disse em um vídeo publicado no TikTok.
No vídeo, Patrícia deixou uma mensagem de incentivo a outras pessoas que também acreditam que podem seguir sonhando após os 40. “Então eu gostaria, assim, olha, que vocês investissem na educação, você que tá pensando e não tem coragem, você que é o seu sonho, você não quer por causa da idade, então vamos fazer o seguinte? Idade não nos define. A idade é só um número. Então vamos colocar nosso sonho pra correr porque a vida não espera. Então a gente tem que passar, assim, brilhando, estudando, aprendendo e evoluindo”, disse.
A jovem Milagres Soto, de 12 anos, foi encontrada morta no quarto da casa onde vive, em Capitán Bermúdez, na Argentina, após fazer o “Desafio do Apagão”, compartilhado em vídeos da rede social Tiktok.
A informação foi confirmada pela tia da menina pelo Facebook. Na postagem, a mulher pede que a notícia seja compartilhada. “Minha família e eu não temos consolo”.
O “Desafio do Apagão” desafia as pessoas a prenderem a respiração até desmaiar. Milagres foi encontrada com um laço improvisado enrolado no pescoço.
Em 2022, a família de uma menina de 10 anos que morreu fazendo o desafio do TikTok processou a rede social na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Nylah Anderson foi encontrada desacordada em 7 de dezembro de 2021 após ter tentado o “Desafio do Apagão”.
A criança foi levada ao hospital, mas morreu cinco dias depois. Logo após a morte da menina, em entrevista a ABC, a mãe de Nylah pediu para que os pais se atentem aos conteúdos que os filhos consomem na internet. “Certifique-se de verificar os telefones de seus filhos. Você nunca sabe o que pode encontrar nos telefones deles. Você não pensaria que crianças de 10 anos tentariam isso”, disse.
Outros desafios
Em agosto de 2022, um menino, de 10 anos, morreu depois de entrar em um guarda-roupa e cheirar desodorante aerossol, no Bairro Pirajá, Região Nordeste de Belo Horizonte.
A família levantou a possibilidade do menino ter entrado no guarda-roupa para cumprir um suposto desafio promovido pelas redes sociais.
Em 2018, uma menina, de 7 anos, morreu depois de inalar desodorante aerossol em São Bernardo do Campo. Segundo a família, Adrielly Gonçalves brincava do “desafio do desodorante”, que havia visto nas redes sociais, quando desmaiou e teve uma parada cardíaca.
Um detento de um presídio em Campos, no Norte Fluminense, foi transferido na última terça-feira (2) para uma unidade de segurança máxima no Rio de Janeiro por registrar e compartilhar, nas redes sociais, a própria rotina dentro da cadeia.
A utilização de aparelhos celulares por presos é proibida.
Os vídeos dentro do Presídio Dalton Crespo começaram a ser compartilhados nas redes no dia 7 de outubro deste ano, mas foram descobertos pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) na última segunda-feira (1º).
De acordo com a Seap, imediatamente após tomar conhecimento do fato, uma revista geral foi realizada na unidade e o detento responsável pelas imagens foi identificado. “O mesmo sofrerá as devidas sanções disciplinares e será encaminhado, nesta terça-feira (2), para a Penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1), no Complexo de Gericinó”, informou a secretaria.
Preso tiktoker compartilhava rotina em cadeia de Campos, RJ, nas redes sociais.
Durante a revista no local, também foram encontrados 17 celulares, 13 chips, além de uma pequena quantidade de drogas e outros itens não permitidos. O material apreendido foi encaminhado à delegacia local para realização de registro de ocorrência.
Ainda de acordo com a Seap, operações para impedir o ingresso de materiais ilícitos nas unidades prisionais fluminenses têm sido realizadas com frequência.
“Já iniciamos um procedimento de apuração com a Corregedoria, que irá apurar a ocorrência com o máximo rigor que a lei permitir. É intolerável que os presos continuem tendo acesso ao mundo exterior. Vamos intensificar as ações de repressão e punir quando descobrirmos os envolvidos no ingresso desses materiais não permitidos na unidade”, declarou o secretário de Administração Penitenciária, Fernando Veloso.
Preso compartilhava rotina e interagia com seguidores
Com poucos mais de 2,5 mil seguidores no TikTok, o detento compartilhava o dia a dia na prisão. Os vídeos mostram cenas do café da manhã, limpeza da cela, jantar e, até, uma partida de futebol durante o “banho de sol” dos presos.
O último vídeo foi publicado na rede social nesta segunda-feira (1º) e, até as 15h30 desta terça-feira (2), já conta com mais de 45 mil visualizações. Nele, o rapaz mostra a preparação de um misto quente em uma sanduicheira improvisada dentro da cela. “Bom dia pra todos. Que Deus proteja nosso dia de todo mal”, escreveu o detento.
Detento que compartilhava rotina em cadeia de Campos, no RJ, também interagia com seguidores.
O vídeo mais assistido, no entanto, tem pouco mais 137 mil visualizações e mostra roupas, lençóis pendurados e alguns detentos em uma das celas do presídio.
Além de publicar vídeos da rotina, o preso também interagia com os seguidores ao responder comentários. “Canta lili pra todos “, escreveu um seguidor fazendo referência a palavra liberdade. “Todos mesmo. Amém”, respondeu o detento.
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