Jornal Folha Regional

SUS passa a oferecer tratamento integral para dermatite atópica

SUS passa a oferecer tratamento integral para dermatite atópica - Foto: reprodução
SUS passa a oferecer tratamento integral para dermatite atópica – Foto: reprodução

A dermatite atópica – condição que acomete principalmente as crianças – poderá ser tratada de forma integral no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque as pessoas que lidam com essa doença crônica – que causa inflamação na pele, ocasionando lesões e coceiras intensas, dependendo da gravidade – passam a contar com três novos medicamentos, possibilitando o cuidado desde as fases iniciais até quadros mais graves da doença.

A novidade foi anunciada pelo Ministério da Saúde, com a publicação de três portarias, nesta terça-feira (26). Ela amplia as opções de tratamento com ganhos importantes para quem convive com a dermatite atópica em vista da incorporação, na rede pública de saúde, de duas pomadas para a pele – o tacrolimo e o furoato de mometasona – e um medicamento oral – o metotrexato.

Com recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), o tacrolimo tópico e o furoato de mometasona poderão tratar pessoas que não podem utilizar corticoides ou apresentam resistência aos tratamentos até então disponíveis. A ampliação de acesso ao tacrolimo tópico para os pacientes do SUS é um benefício relevante, já que, por ser um medicamento de alto custo, seu acesso era mais restrito.

 A outra novidade é o metotrexato utilizado no manejo da dermatite atópica grave, principalmente para pacientes que não podem utilizar a ciclosporina, medicamento já disponibilizado na rede pública.

Tratamento adequado e enfrentamento ao preconceito

A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS), Fernanda De Negri, explica que os novos medicamentos possibilitarão tratamentos mais personalizados e com menos efeitos colaterais, dependendo da gravidade da condição. “Outro fator importante do tratamento é o enfrentamento a estigmas sociais impostos às pessoas que vivem com a condição, que, muitas vezes, convivem com preconceitos em vista das lesões visíveis na pele. Estamos falando de uma doença que acomete, muitas vezes, crianças em idade escolar, que podem deixar de ir às aulas por isso”, afirmou.

Fernanda De Negri se refere aos impactos psicossociais que atingem não apenas as crianças, mas também os adultos que também podem ser acometidos pela doença. Muitas pessoas sofrem com feridas visíveis que podem impor limitações em suas atividades diárias e, portanto, da qualidade de vida, dependendo de sua condição clínica.

Dermatite atópica, uma condição genética e crônica

Doença não contagiosa, a dermatite atópica é uma condição genética e crônica, caracterizada principalmente por coceira intensa e pele ressecada. Ela afeta especialmente as áreas de dobras do corpo, como a parte frontal dos cotovelos, atrás dos joelhos e o pescoço. É uma das formas mais comuns de eczema, prevalente na infância, embora também possa surgir na adolescência ou na fase adulta.  

Em crianças pequenas, a face é frequentemente uma área afetada. A doença pode variar muito de paciente para paciente, com diferentes intensidades e respostas aos tratamentos.

Conheça detalhes dos novos medicamentos

Incorporados ao SUS para tratar casos leves, moderados e graves, o tacrolimo tópico, furoato de mometasona e o metotrexato serão ofertados na rede pública de saúde conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Dermatite Atópica. Esse documento está sendo atualizado para incluir as orientações de uso dos novos medicamentos.  Conheça mais sobre eles:

  • tacrolimo tópico será oferecido nas concentrações de 0,03% e 0,1%.  Trata-se de uma pomada que garante tratamento de lesões em áreas sensíveis, como o rosto, pois reduz a permeabilidade da pele e melhora a barreira cutânea. Ele funciona diferentemente dos corticoides que podem causar efeitos adversos significativos com o uso prolongado. SECTICS/MS, nº 18, de 12 de maio de 2025.
  • Já o furoato de mometasona 0,1%, em forma de pomada, promove alta adesão ao tratamento por sua eficácia na regeneração da pele sensível, auxiliando na cicatrização e proporcionando alívio rápido. A incorporação desse medicamento fortalece a linha de tratamento oferecida pelo SUS, que passa a atender diferentes idades e fases da doença e pacientes com restrições ao uso de outras substâncias. Confira  portaria SECTICS/MS, nº 18, de 12 de maio de 2025.
  • Já o metotrexato, medicamento oral, é um imunossupressor e atua na modulação da resposta inflamatória. Ele ajuda a controlar as crises da doença e ainda reduz a necessidade do uso contínuo de corticosteroides sistêmicos, que apresentam efeitos colaterais com o uso prolongado.

Tratamento da doença no SUS

Atualmente, a rede pública de saúde já oferece outras três opções de cuidado: duas pomadas para aplicação direta na pele, a dexametasona creme (1 mg/g) e acetato de hidrocortisona creme (10 mg/g – 1%). Ambas são classificadas como de potência leve. Para casos mais graves, está disponível a ciclosporina, opção oral.

Entre 2024 e 2025, mais de 1 mil atendimentos hospitalares e mais de 500 mil ambulatoriais relacionados à dermatite atópica foram prestados na rede pública de saúde em todo o Brasil. O cuidado pode envolver consultas especializadas, exames e prescrição de medicamentos, de acordo com o quadro clínico apresentado.

O tratamento objetiva reduzir sintomas, prevenir exacerbações, tratar infecções quando presentes, minimizar os riscos de tratamento e restaurar a integridade da pele. Na maioria dos pacientes com a forma leve da doença, os resultados positivos são alcançados apenas com o uso de terapias tópicas, que inclui hidratantes e emolientes, adaptações nos banhos, fototerapia, curativos/bandagens e uma terapia com o foco na reversão de hábitos. Já para casos moderados ou graves, o tratamento envolve também medicamentos como corticoides, comprimidos e soluções orais.

Como acessar o tratamento na rede pública

Para ter acesso à assistência pública, basta procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência do paciente; a partir da avaliação clínica e se houver necessidade, ocorrerá o encaminhamento para consulta com especialista para diagnóstico preciso e definição da conduta terapêutica.

Santa Casa de Passos celebra três anos de agilidade no diagnóstico e tratamento

Santa Casa de Passos celebra três anos de agilidade no diagnóstico e tratamento - Foto: divulgação
Santa Casa de Passos celebra três anos de agilidade no diagnóstico e tratamento – Foto: divulgação

Na última sexta-feira (2), a Policlínica 2 da Santa Casa de Misericórdia de Passos (MG) celebra três anos de atuação, consolidando-se como uma importante estratégia para aumentar a resolutividade dos problemas de saúde da população. Localizada na Avenida Dr. Breno Soares Maia, 519, no bairro Belo Horizonte, a unidade foi criada para ampliar o acesso a consultas especializadas e agilizar encaminhamentos para cirurgias.

Desde sua inauguração, em maio de 2022, a Policlínica 2 já realizou 61.691 consultas e 6.732 cirurgias, contribuindo de forma decisiva para que os pacientes recebam diagnósticos mais rápidos, tratamentos adequados e orientações terapêuticas especializadas. O fluxo estruturado de atendimento, que vai da consulta inicial ao encaminhamento para cirurgias eletivas quando necessário, tem sido essencial para facilitar a resolução dos casos de saúde da população de Passos e região.

Segundo a coordenação da Policlínica, o modelo de atuação integrado e multiprofissional é um dos grandes diferenciais da unidade. “A Policlínica 2 foi pensada para ser um facilitador no cuidado com a saúde, oferecendo acolhimento, resolutividade e eficiência. Celebrar esses três anos é reconhecer o impacto direto que ela tem na vida dos pacientes e no fortalecimento da nossa rede de atendimento”, destaca Daniel Porto Soares, Superintendente Geral da Santa Casa.

Com foco no atendimento humanizado e na constante melhoria dos serviços, a unidade continua a se aprimorar para responder com agilidade e qualidade às demandas da comunidade.

Família pede ajuda para custear tratamento de Helena, diagnosticada com Hérnia Diafragmática e Trissomia do Cromossomo 9

Helena Maia Neves nasceu dia 23 de janeiro de 2023, e logo no nascimento foi diagnosticada com Hérnia diafragmática. Ela passou por uma cirurgia de emergência e seus primeiros 75 dias ficou na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

O tempo passou e com 10 meses de idade Helena passou por uma gastrostomia. Quando a pequena completou 1 ano e meio foi descoberto uma síndrome rara chamada trissomia do cromossomo 9.

Com 1 ano e 8 meses passou por uma nova cirurgia, desta vez cardíaca.

Helena é uma guerreira e enfrenta novos desafios todos os dias, já que seu tratamento é contínuo.

A pequena precisa de uma cadeira especial, um andador adaptado, um aparelho parapodium para ela melhorar sua qualidade de vida e mais conforto para seu desenvolvimento.

Cada contribuição por menor que seja fará uma enorme diferença na vida da Helena, e pode ser feito através do Pix: (35) 99982-7380 – pelo nome de Mayke Oliveira Neves, o pai da criança.

Helena é filha de Mayke e Giselle Cristina Maia Gautier Chagas. O genitor é de Cachoeira da Lage, mas reside, juntamente com a esposa e filha, em Passos (MG).

Família pede ajuda para custear tratamento de Helena, diagnosticada com Hérnia Diafragmática e Trissomia do Cromossomo 9 - Imagem: arquivo pessoal
Família pede ajuda para custear tratamento de Helena, diagnosticada com Hérnia Diafragmática e Trissomia do Cromossomo 9 – Imagem: arquivo pessoal
Família pede ajuda para custear tratamento de Helena, diagnosticada com Hérnia Diafragmática e Trissomia do Cromossomo 9 - Imagem: arquivo pessoal
Família pede ajuda para custear tratamento de Helena, diagnosticada com Hérnia Diafragmática e Trissomia do Cromossomo 9 – Imagem: arquivo pessoal
Família pede ajuda para custear tratamento de Helena, diagnosticada com Hérnia Diafragmática e Trissomia do Cromossomo 9 - Imagem: arquivo pessoal
Família pede ajuda para custear tratamento de Helena, diagnosticada com Hérnia Diafragmática e Trissomia do Cromossomo 9 – Imagem: arquivo pessoal
Família pede ajuda para custear tratamento de Helena, diagnosticada com Hérnia Diafragmática e Trissomia do Cromossomo 9 - Imagem: arquivo pessoal
Família pede ajuda para custear tratamento de Helena, diagnosticada com Hérnia Diafragmática e Trissomia do Cromossomo 9 – Imagem: arquivo pessoal

‘Desvacinação’: tratamento falso é vendido para reverter efeitos da vacina contra a Covid-19

“Paciente contou que na cidade dela, interior de Minas, tem médico fazendo ‘desvacinação’. Isso mesmo.O foco é gente rica que foi obrigada a se vacinar pra viajar pra fora”. O relato apareceu no consultório da médica Júlia Rocha, que compartilhou a denúncia em seu perfil no Twitter.

A receita para reverter o efeito da vacina contra Covid-19 seria uma alta dosagem de vitamina D3, 100.000 UI por dia, durante três dias, mais uso de ivermectina. Porém, segundo especialistas ouvidos pelo O Tempo, a promessa é falsa. “Isso simplesmente não existe. Não existe qualquer evidência de que algo assim possa anular o efeito da vacina. É puro charlatanismo”, afirma Júlia. A médica explica que a resposta imunológica é gravada como uma memória das células de defesa, sendo, portanto, impossível reverter.

“O que pode ocorrer é que com o tempo a gente venha a precisar de doses de reforço. As novas doses funcionam como um novo estímulo ao sistema imune para que ele se mantenha capaz de reagir de forma eficiente caso ele detecte a presença do vírus. Um outro ponto são as mutações que podem fazer com que o vírus escape da imunidade conferida pela vacina, mas esta história de desvacinar simplesmente não existe”, afirma a médica.

O infectologista Estevão Urbano também rejeita a hipótese. “É um procedimento absolutamente sem qualquer embasamento científico, que não tem qualquer reação sobre a ação da vacina. E se tivesse seria péssimo. Porque as pessoas estariam voltando ao estágio de não vacinação que é o grande problema ”, afirma o médico.

Urbano destaca que esta é só mais uma informação falsa de remédio que não funciona e ressalta a importância da vacinação no controle da pandemia. “Se a gente comparar os índices de morte antes e depois da vacinação, vamos ver que a vacina salvou aí milhões de pessoas”, comenta.

Alerta de riscos

Para os especialistas, além de não ter efeito reverso para a vacina, a alta dosagem de vitamina e qualquer outro  medicamento pode trazer sérios riscos à saúde. “A ivermectina pode gerar comprometimento do fígado a depender da dose e da frequência de uso”, adverte Júlia. 

A médica explica que a dose de vitamina D considerada tolerável para adultos saudáveis é de cerca de 4.000 UI por dia, mesmo assim, com o paciente sendo monitorado de perto. “Os relatos documentados mostram que mais de 60.000 UI diárias podem ocorrer aumento das taxas de cálcio no sangue, confusão mental, entre outras coisas. Se esse uso se mantém por muitos dias, os riscos aumentam ainda mais”, alerta a profissional de saúde.

“Há que se considerar que, quando há uma doença a ser tratada, muitas vezes nos mantemos a prescrição mesmo sabendo da possibilidade de reação adversa porque o risco de obter aquele benefício valendo risco de alguma possível reação. Mas quando se toma uma medição desta sem nenhuma necessidade, o que sobra é o risco de dano à saúde”, ressalta Rocha.

Estevão Urbano destaca ainda que, do ponto de vista médico, a prescrição de tratamentos sem embasamento científico é proibida.“Se isso for escrito por médico, com carimbo e com esse objetivo pode gerar até processo disciplinar no conselho regulador da profissão”, afirma Urbano.

Adolescente de Alpinópolis precisa de ajuda para custear tratamento em Porto Alegre

O alpinopolense Jonathan Ferreira Silva Junior precisa de ajuda para custear seu tratamento contra a Síndrome do Intestino Curto em Porto Alegre (RS).

Atualmente e temporariamente, o adolescente reside na Santa Casa de Passos, mas será transferido para a cidade gaúcha. O garoto precisa morar em Porto Alegre até o término do tratamento, o que gerará custos. 

A família criou uma ‘vaquinha’ online para receber as doações. 

‘’Estou fazendo esta vaquinha online, será a minha esperança de conseguirmos bancar as despesas, pois será um tratamento de longa duração. Conto com a ajuda de todos vocês’’, escreveu o jovem.

Link da ‘vaquinha’: vaka.me/2487925

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