As represas de Furnas e Peixoto chegaram, na noite da última segunda-feira (31), ao nível da cota 762 e 663. A cota 762, do Lago de Furnas, é defendida pelas lideranças e grupos de toda região, como a cota mínima para o uso múltiplo das águas.
Com o aumento do nível do lago, as cidades do entorno, como Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, comemoram, já que o turismo local depende das águas do Mar de Minas.
Pelo histórico dos anos passados, a represa tem aumento no nível até os meses de abril e maio, portanto ela deve subir ainda mais, fazendo com que seu nível fique bem acima da cota mínima 762 metros.
Na região, formada por 34 municípios, conhecida pelo turismo, piscicultura, gastronomia e passeios de lancha, a cota 762 faz com que as águas verde esmeralda, cobrindo as encostas da represa, tornem o destino ainda mais atraente.
Turismo na região
Os passeios de lancha no lago estão acontecendo normalmente, porém com uma rota diferente. A região tem normas e protocolos de segurança para os passeios. A Marinha faz a fiscalização preventiva na região, fazendo com que os passeios aconteçam de forma profissional e segura.
Além dos passeios de lancha, a região oferece ecoturismo nas diversas cachoeiras, turismo rural nas fazendas de café, queijo e cachaça, opções gastronômicas diferenciadas e voos de balão e asa delta.
O Governador de MG, Romeu Zema defendia já em 2020 a cota mínima de 762 metros da represa acima do nível do mar, considerado suficiente para o uso múltiplo das águas, atendendo aos municípios banhados pelo lago com a manutenção de atividades econômicas voltadas ao turismo. Na época (dezembro de 2020), o nível da represa estava em 754 metros.
“Nos últimos dias a emoção tomou conta de todos nós que amamos o Mar de Minas e hoje é dia de celebrar e agradecer. Os Lagos de Furnas e Peixoto alcançaram suas cotas mínimas. Motivo de luta da sociedade civil, Governo de Minas, cidades e prefeituras, nosso patrimônio cultural está belíssimo. Cheio. No entanto, isso significa que a luta pelas nossas águas deve continuar. Garantir suas cotas é garantir emprego, renda e, sobretudo, a beleza dessa paisagem histórica e cultural na centralidade da nossa terra é fundamental para nosso turismo’’, disse o Secretário de Cultura e Turismo Leônidas Oliveira.
O Governo de Minas Gerais junto com prefeitos e sociedade civil organizada conseguiu uma normativa junto a ANA (Agência Nacional das Águas), que assegura a vazão, de forma a manter a cota mínima. Para fortalecimento de Furnas, o tombamento foi feito pela ALMG e aberto o processo de tombamento administrativo pelo Iepha-MG. A Secult vem acompanhando a situação desde 2020, inclusive com um grupo de trabalho sobre o tema com a participação de diversas secretarias. Importante destacar o papel cidadão e dos órgãos competentes na fiscalização, de forma que a normativa seja cumprida.
Empresários da região do Lago de Furnas estão promovendo um projeto para ‘reviver’ o turismo local após o acidente nos canyons. O objetivo da ação é trazer proprietários de agências do Brasil todo para mostrar que o turismo regional está funcionando normalmente. Os representantes recolherão material para apresentar aos clientes.
A idealizadora do projeto é a empresária Vivian da Vivi Tur. Ela apresentou a ideia ao Bruno Maia, também empresário, o qual cedeu as informações a Redação do Jornal Folha Regional. Além de abraçar o projeto, Bruno conversou com os prestadores de serviços locais
Os empresários aprovaram a ideia e cederam os espaços nós atrativos. Com isso, conseguiram montar um roteiro completo, mostrando que Capitólio segue funcionando com segurança.
‘’Isso vai ser um trabalho de formiguinha, mas vamos conseguir. Donos de agência e empresários do setor turísticos, se vocês quiserem vir estão convidados, será uma honra para gente. Todos os locais gratuitos. Queremos trazer um ônibus com 64 pessoas, estamos correndo atrás’’, disse o empresário Bruno.
Para participar do projeto e visitar a região, todas as agências e empresários do ramo precisam possuir CNPJ ou Cadastur. Será permitido apenas dois representantes por agência. Duas pessoas serão disponibilizadas para auxiliar no material a ser elaborado para as agências.
Cronograma
A execução do projeto será nos dias 22 e 23 de fevereiro. Os ônibus sairão da Barra Funda, em São Paulo, às 21h, pelo Terminal Turístico Plataforma 5 ou 6. E também de Campinas, às 22h, pelo Largo do Pará.
O café da manhã e almoço serão servidos no Restaurante do Turvo, no Hotel Farol de Minas e no Restaurante Prosa do Mineiro. Os representantes farão o novo roteiro do passeio de lancha e visitarão pontos como: Complexo Capivara, Trilha do Sol, Mirante de Furnas e Cascata Eco Parque.
O valor do pacote completo fica R$ 225,00 reais via pix ou R$ 240,00 reais no cartão de crédito. Para fazer as reservas falar com a Vivian pelo telefone (11) 9 9699-9642 ou com o Claudeir, pelo número (11) 9 4031-1896.
Nota
Junto a nota de divulgação, os idealizadores deixaram uma mensagem aos proprietários das agências de turismo. Confira:
”Passamos por momentos difíceis, uma tragédia que mudou a visão de Capitólio, uma fatalidade que por muitas mídias e lacradores da internet foi usada para a busca de Ibope e likes trazendo muitas inverdades sobre o nosso turismo.
Vocês que trabalham trazendo pessoas para cá sabem da seriedade das várias empresas que trabalham com Turismo Receptivo em Capitólio e queríamos convidar vocês a estarem voltando, para mostrar aos seus clientes que nosso turismo continua com a mesma seriedade e de forma mais segura, seguindo normas rígidas de segurança.
Gostaríamos de convidar sua agência para participar dessa ação com filmagens, fotos para divulgar para o maior número de clientes possíveis e mostrar que Capitólio continua com seu turismo com ainda mais organização e segurança.
Juntos com nossos parceiros vamos coletar material para divulgação em nossas agências para os nossos clientes e mostrar que em Capitólio há inúmeros atrativos turísticos e isso irá ajudar a trazer o turismo de volta para Capitólio.
Queremos ver Capitólio com aquele mesmo brilho de um passeio de lancha pelo Mar de Minas, uma vista do pôr do sol no mirante da Hidrelétrica, as águas das cachoeiras que lavam e purificam a energia de todos os que vêm nos visitar.
Convidamos vocês a estarem vindo a Capitólio fazer parte deste evento de grande importância e JUNTOS POR CAPITÓLIO volte a ser um dos maiores destinos turísticos do Brasil”.
Após a tragédia nos canyons de Furnas no último dia 8 de janeiro, em Capitólio (MG), que deixou 10 pessoas mortas e 32 feridas, diversas publicações alertando sobre o turismo predatório na região viralizaram nas redes sociais.
Há exatamente três anos atrás, o prefeito de Alpinópolis (MG), Rafael Freire (PSB), postou em suas redes sociais uma nota advertindo sobre o turismo nas cidades localizadas no entorno do Lago de Furnas.
A publicação do prefeito de Alpinópolis é de 3 anos atrás, quando ele ainda era vereador, isso mostra a sensibilidade que um gestor deve avaliar os riscos e propor um caminho alternativo, o que, na visão dele, é possível explorar o turismo na região, mas de uma forma ordenada e sustentável, sem prejudicar nem a economia, nem o meio ambiente
Para especialistas, isso mostra a visão de um verdadeiro gestor público, atento ao que acontece a sua volta. A região e o estado de Minas Gerais deveria ouvir mais o prefeito de Alpinópolis.
Rafael Freire têm 28 anos, é advogado e técnico em administração, e já foi vereador naquele município com 22 anos de idade.
”O turismo predatório no Lago de Furnas (Rio Grande), em especial nas proximidades de Capitólio, Serra da Canastra, São José da Barra, São João Batista do Glória, precisa urgente ser posto em debate. O número de lanchas nas águas da represa aumentou, e consequentemente, a quantidade de turistas também. No entanto, falta uma política de desenvolvimento sustentável e de proteção ao meio ambiente. A prova disso é o grande fluxo de pessoas nas cachoeiras e beiras de rodovia, além do acúmulo do lixo nessas áreas. Ou o poder público toma a iniciativa e cuida disso em tempo, ou teremos o tempo de vida dessas belezas naturais reduzido drasticamente.”
Após sobreviver na pandemia, com aberturas e fechamentos durante quase dois anos, Capitólio, no Sul de Minas, convive mais uma vez com a dúvida: para quem ganha dinheiro com o “Mar de Minas” quais serão os impactos da tragédia nos cânions, que teve dez mortes em 8 de janeiro deste ano, após uma rocha ter despencado sobre uma lancha? A reportagem conversou com empresários de diferentes setores da cidade, que tem o turismo como principal atividade econômica, para entender as projeções para os próximos meses.
As opiniões divergem em alguns pontos, mas a maioria dos empresários do turismo de Capitólio acha que haverá uma implicação temporária, por algumas semanas. Todos os ouvidos pela reportagem, no entanto, são categóricos ao cobrar mais fiscalização e um estudo das autoridades sobre a região dos cânions para evitar novos acidentes. As atividades em todo o lago de Furnas seguem suspensas por tempo indeterminado, para avaliação do risco geológico da região, afetado por fortes chuvas nas últimas semanas.
“Todo mundo vem aqui esperando alegria e não estamos tendo (no momento). Espero que o comércio, após finalizar a investigação da Polícia Civil e dos geólogos, não sofra tanto. Já passamos por dois anos muito complicados. Janeiro, normalmente, é o melhor mês. Provavelmente, vai ter um impacto, infelizmente”, avalia Talita Rodrigues Ferreira, de 36 anos, proprietária do Restaurante Central, um dos mais tradicionais negócios do município. A família, que está há 40 anos no comércio da cidade, hoje depende do turismo. “A cidade, por ser pequena, está com toda a população em luto”, acrescentou.
Proprietária de um camping e uma pousada em Capitólio, Maria Perpétua da Costa, de 61 anos, já viu os prejuízos da tragédia. Ela trabalha ao lado do filho Guilherme, proprietário de uma das lanchas destruídas pelo impacto da pedra. No negócio da família, o turista encontra desde hospedagem até passeios. “Ele perdeu R$ 300 mil. Está chocado e quer parar de trabalhar com isso (passeios náuticos)”, lamenta. Para Perpétua, o impacto do acidente não deve durar muito tempo, já que o turismo no lago de Furnas está consolidado.
“Acredito que não será não será prolongado. Mas também tivemos as chuvas, que destruíram muitas estradas”, avalia. A empresária lembra ainda que sempre se preocupou com a situação dos cânions e a possibilidade de eventuais deslizamentos. “Muito antes de o turismo crescer na região, eu trabalhava para um empresário em Escarpas, e a gente fazia passeio de lancha. Eu falava com ele: ‘olha, aquela rocha ali está meio solta. Pode cair’”, recorda.
Expectativa frustrada
E o fato de a maioria dos negócios ainda se recuperar dos efeitos da pandemia fez com que muitos empresários apostassem em janeiro para reerguer seus negócios. Nesse cenário, a tragédia justamente no início do mês atrapalhou os planos. O ramo de passeios, por exemplo, depende 100% da procura dos turistas.
“Eu trabalho com esses roteiros aqui nas cachoeiras há quatro anos. Creio que esse impacto vai afetar no início, mas, daqui a pouc,o está tudo normal de novo. Nas pedreiras, é preciso uma vistoria permanente”, diz Daniel Orelhio Carvalho, de 59 anos, que oferece um tour pelas belezas de Capitólio por meio de um veículo 4×4. Esse tipo de atração tem dominado o turismo na cidade, ao lado das lanchas.
Principal atividade econômica
Com cerca de 8.000 habitantes, o município chega a receber mais de 4.000 turistas nos finais de semana, número que pode ultrapassar até 20 mil durante os feriados prolongados. Diante de dados tão expressivos, o turismo tornou-se a principal atividade econômica em Capitólio e, segundo a prefeitura, já representa 65% do Produto Interno Bruto (PIB). Ao todo, são mais de 20 hotéis e pousadas, além de campings e centenas de residências para aluguel por temporada.
Redes sociais são aposta para retomada
O lago de Furnas passa por 34 cidades mineiras, a maioria na região Sul do estado. Vice-presidente da Associação dos Prestadores de Serviços Turísticos de Capitólio e Região (Astur) e empresário do turismo, Paulo César Santos analisa que a atividade deve ter queda nas próximas semanas. “Obviamente que a atividade turística vai cair bem sim, não só para Capitólio, mas para toda a região. As pessoas ficam com um pouco de receio. Creio que após a análise do local do acontecido, e ver que temos segurança nos pontos turísticos, vamos dar a volta por cima”, analisa.
Relativamente recente, o turismo se tornou vocação na região há menos de dez anos, principalmente com as atrações nas lanchas e SUVs. Nesse processo, os comerciantes estão seguros de que o advento das redes sociais se tornou o grande trampolim para essa atividade econômica. E serão justamente elas a aposta para a recuperação após a tragédia.
“Há alguns anos, todo mundo vinha aqui por causa de Escarpas. Agora, quem vem para ver mansão? As pessoas começaram a vir mais por causa do lago e dos passeios, a partir (do compartilhamento) das redes. Os cânions vão fazer falta, mas Capitólio tem mais de 20 cachoeiras”, avalia Renaldo Alves, de 71 anos, proprietário da Casa do Artesanato.
Com precauções, impacto será ameno
Como Capitólio está a cerca de quatro horas de BH e a seis de São Paulo, muita gente vai visitar o “Mar de Minas” de carro. Em datas de muito movimento, a oferta de hospedagem fica apertada, o que força muita gente a procurar opções mais baratas nos municípios próximos. É o caso de Piumhi, que fica a menos de meia hora de Capitólio. O gasto com pedágio – R$ 6,80 por trecho – compensa.
Dono do Stalo Hotel, Thiago dos Reis Melo, 38, afirma que 60% dos turistas que recebe estão em busca de visitar Capitólio.
“Realmente, os turistas podem ficar um pouco desconfortáveis com o que aconteceu. Mas a gente acredita que, voltando o tempo de sol, com as devidas precauções das autoridades, o turismo vai ser impactado de forma bem amena”, avalia o empresário.
Os reflexos da tragédia são amenizados porque o hotel recebe turistas que desejam conhecer a serra da Canastra – os outros 40% dos hóspedes.
Grupo de trabalho atuará na análise e panejamento da segurança e reposicionamento do Destino Capitólio e Mar de Minas.
O Turismo na região do Lago de Furnas e Peixoto, Mar de Minas, será a pauta principal de grupo de trabalho. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (14), em uma reunião na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, envolvendo o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, as prefeituras de Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, além das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Marinha do Brasil, Instâncias de Governanças Regionais (IGR’s), Sebrae , Fecomércio e sociedade civil.
A reunião, que começou com um minuto de silêncio em respeito às vítimas do acidente, foi seguida de uma reflexão de cada um dos presentes.
Decidiu- se chamar o Grupo de Trabalho de, “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”. A primeira ação a ser trabalhada será a realização de um vasto diagnóstico, com laudos técnicos e geológicos dos órgãos competentes, dos cânions e áreas interditadas.
O grupo seguirá o seguinte planejamento: 1. Diagnóstico pormenorizado, geológico e estrutural do local
Ordenamento, regulamentação de uso e ocupação dos cânions e suas águas, por parte dos municipios, visando a segurança dos usuarios, trabalhares e turistas. 3. Formação, informação e qualificação dos agentes públicos e privados, bem como usuários e turistas, sobre uso seguro da área.
Reposicionamento de Capitólio e Mar de Minas como destino seguro dentro e fora do estado com projetos de marketing e promoção. Neste ponto, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, propôs a criação de um edital específico para o Mar de Minas, visando a promoção de destino.
“Com segurança, planejamento, união, paz e seriedade. É como Minas se organizará para reestruturar o Turismo em capitolio e região. afirmou O secretário.
O diretor de operações do Sebrae, Marden Magalhães, adiantou que a instituição disponibilizarará sua estrutura e recursos para ajudar no diagnóstico e outros processos para a recuperação do destino turístico.
Já o diretor regional do Sesc, Luciano Fagundes, e o diretor adjunto do Senac, afirmaram que a Fecomércio contribuirá com o treinamento, workshops e cursos para capacitação de todos os envolvidos no trade turístico.
Também será expandido o raio da Rede Integrada de Proteção ao Turismo, que seria restrita à Capitólio e agora abordará toda a região. A iniciativa integra a Polícia Militar de Minas Gerais, Secult, prefeituras, além da cadeia produtiva do turismo e a comunidade em geral para promover a segurança pública, a cultura e o turismo, e assim estimular a geração de emprego e renda na cidade.
O prefeito de Capitólio, Cristiano Gerardão, agradeceu a iniciativa e afirmou que esse trabalho conjunto é fundamental para região, paras as famílias e pelas pessoas que dependem da atividade turística e, sobretudo, para que essa tragedia jamais se repita.
Contato das assessorias de imprensa envolvidas Secretaria de Estado de Cultura e Turismo – [email protected] / 31-3916-8094 Polícia Militar – [email protected] / 31-3071-2635 Defesa Civil de Minas Gerais – [email protected] / 31-3915-0274 Polícia Civil de Minas Gerais – [email protected] / 98671-1360 (Raquel) Bombeiros Militar de Minas Gerais – [email protected] / 31-3915-7554 Prefeitura de Capitólio – [email protected] / 37-99808-4553 Marinha do Brasil – [email protected] / 21-2104-5763
Cidades do Sudoeste mineiro enxergam no aquecimento do turismo uma possibilidade de retomada da economia após o baque proporcionado por quase dois de pandemia. A COVID-19 ainda assombra Minas e o mundo, mas o avanço da vacinação garante um alívio que pode ser observado no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado nessa segunda (30/11): aumento na geração de empregos puxado por atrações turísticas.
Quando analisada a região de Passos, que compreende 29 cidades, é possível ver uma alta em cidades como Capitólio, onde fica o Lago de Furnas, e São Roque de Minas, que abriga o Parque Nacional da Serra da Canastra. Capitólio, inclusive, lidera o saldo na geração de empregos na região em outubro, com 73 novos postos.
Desse total, 62 vagas são para o setor de serviço, o que pode ser explicado como falta de mão de obra para sustentar o retorno do turismo, segundo afirma o gestor do Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra, Kleyber Silveira.
“Os turistas procuram turismo ao ar livre. Aumentou muito os passeios de lancha para família. Por exemplo, antes as lanchas eram compartilhadas com outras pessoas. Hoje, o turista paga uma lancha para ele e a família”, alega.
Expectativa em alta
Ainda em Capitólio, o serviço é seguido – na oferta de novos postos – por construção (7), comércio (6) e agropecuária (1). O Obba Coema Village Hotel ilustra esse aquecimento do turismo: nem acabou 2021 e este ano já registrou, até outubro, um movimento maior do que o de todo 2020 – e as festas de fim de ano prometem movimentar ainda mais, já que a procura é grande.
“Houve um aumento de 16,37% no número de hóspedes, mesmo antes deste ano acabar. Durante o ano passado, recebemos 4.546 hóspedes e, em 2021, já temos um número de 5.290. Com a vacinação avançada no Brasil e limitações de ocupação caindo, podemos dizer que estamos vivendo a retomada do setor”, afirma Ana Paula Lemos Parreira, gerente-geral do hotel situado em Capitólio.
“Passamos por tempos difíceis durante a pandemia. Começou com fechamento parcial de nosso hotel e depois o fechamento total. Quando retornamos o turismo, por volta de agosto de 2020, houve procura nas hospedagens. Em setembro de 2020, a demanda começou a melhorar e chegou à ocupação de 50%, com a flexibilização, para chegar a hospedar 70%”, diz o gerente operacional de outro hotel em Capitólio, Gustavo Nogueira.
Ele conta que aos poucos a procura ficou cada vez maior, e chegou a atingir 100% de ocupação durante os finais de semana. “Neste ano de 2021, comparando com o cenário de 2019, a procura por hospedagem teve um aumento gradativo e significativo, trazendo de volta, empregos a procura de hospedagens principalmente para Grupos de Excursão”, conta.
Um profissional do setor de jardinagem e uma faxineira podem ganhar, no mínimo, quatro salários mínimos por mês.
Confira o saldo na geração de empregos das cinco cidades da região de Passos com melhor desempenho, responsáveis por 61,3% da geração de novos postos:
Com a aproximação do Natal, Ano Novo e do verão, a procura por hotéis, pousadas e aluguel de temporada tem aumentado nos municípios da região e em algumas empresas as vagas já estão esgotadas. De acordo com o empresário Alexandre Cardoso, proprietário de uma pousada em Carmo do Rio Claro e membro da Associação Carmelitana de Eventos e Turismo Urbano e Rural (Asceturis), as comemorações de Natal e réveillon podem ocorrer desde que as orientações sejam respeitadas.
“Para a virada do ano, já temos reservas em todos os chalés disponíveis e vamos preparar um evento bem legal, com uma ceia farta e música ao vivo. No entanto, é preciso levar em consideração que temos um espaço bem amplo, as mesas ficarão afastadas e vamos fornecer luvas descartáveis. É claro que não podemos fazer um evento grande e lotado mas, até que a pandemia acabe, podemos trabalhar de acordo com o que foi estabelecido”, disse.
Em São João Batista do Glória, Rodrigo Freire, gerente de um hotel, conta que todos os quartos disponíveis para hospedagem já têm reservas até o mês de janeiro.
“Quem fechou o pacote com antecedência conseguiu garantir vaga, mas, agora, já lotou e toda a equipe está se preparando para realizar um bom atendimento. Muitos turistas fazem questão de apreciar a famosa culinária mineira e, sendo assim, nosso restaurante também tem sido muito procurado, especialmente para o almoço no primeiro dia do novo ano. Nosso principal objetivo é surpreender os nossos clientes”, afirma.
Para Maria Eugênia de Assunção, proprietária de uma pousada em Delfinópolis, o movimento neste ano está melhor que em 2020.
“A procura aumentou sim, mas ainda temos muitas vagas. Sabemos que a pandemia ainda não acabou e agora ainda temos uma nova variante, mas não podemos parar porque nossa economia é fraca. Este ano foi melhor que o anterior e as expectativas estão altas”, contou.
De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), mesmo com os preços impulsionados pela alta temporada, na última semana do ano, cerca de 60% da rede hoteleira de todo o país deve registrar a ocupação máxima permitida.
Cidades do Sudoeste mineiro enxergam no aquecimento do turismo uma possibilidade de retomada da economia após o baque proporcionado por quase dois de pandemia. A COVID-19 ainda assombra Minas e o mundo, mas o avanço da vacinação garante um alívio que pode ser observado no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado no dia 30 de novembro: aumento na geração de empregos puxado por atrações turísticas.
Quando analisada a região de Passos, que compreende 29 cidades, é possível ver uma alta em cidades como Capitólio, onde fica o Lago de Furnas, e São Roque de Minas, que abriga o Parque Nacional da Serra da Canastra. Capitólio, inclusive, lidera o saldo na geração de empregos na região em outubro, com 73 novos postos.
Desse total, 62 vagas são para o setor de serviço, o que pode ser explicado como falta de mão de obra para sustentar o retorno do turismo, segundo afirma o gestor do Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra, Kleyber Silveira.
“Os turistas procuram turismo ao ar livre. Aumentou muito os passeios de lancha para família. Por exemplo, antes as lanchas eram compartilhadas com outras pessoas. Hoje, o turista paga uma lancha para ele e a família”, alega.
Expectativa em alta
Ainda em Capitólio, o serviço é seguido – na oferta de novos postos – por construção (7), comércio (6) e agropecuária (1). O Obba Coema Village Hotel ilustra esse aquecimento do turismo: nem acabou 2021 e este ano já registrou, até outubro, um movimento maior do que o de todo 2020 – e as festas de fim de ano prometem movimentar ainda mais, já que a procura é grande.
“Houve um aumento de 16,37% no número de hóspedes, mesmo antes deste ano acabar. Durante o ano passado, recebemos 4.546 hóspedes e, em 2021, já temos um número de 5.290. Com a vacinação avançada no Brasil e limitações de ocupação caindo, podemos dizer que estamos vivendo a retomada do setor”, afirma Ana Paula Lemos Parreira, gerente-geral do hotel situado em Capitólio.
“Passamos por tempos difíceis durante a pandemia. Começou com fechamento parcial de nosso hotel e depois o fechamento total. Quando retornamos o turismo, por volta de agosto de 2020, houve procura nas hospedagens. Em setembro de 2020, a demanda começou a melhorar e chegou à ocupação de 50%, com a flexibilização, para chegar a hospedar 70%”, diz o gerente operacional de outro hotel em Capitólio, Gustavo Nogueira.
Ele conta que aos poucos a procura ficou cada vez maior, e chegou a atingir 100% de ocupação durante os finais de semana. “Neste ano de 2021, comparando com o cenário de 2019, a procura por hospedagem teve um aumento gradativo e significativo, trazendo de volta, empregos a procura de hospedagens principalmente para Grupos de Excursão”, conta.
Um profissional do setor de jardinagem e uma faxineira podem ganhar, no mínimo, quatro salários mínimos por mês.
Confira o saldo na geração de empregos das cinco cidades da região de Passos com melhor desempenho, responsáveis por 61,3% da geração de novos postos:
Em época de pandemia de Covid-19, Minas Gerais mantém múltiplos atrativos a quem chega, e a recuperação do turismo surpreende, com injeção de recursos na economia estimados em quase R$ 4 bilhões. De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), a partir de dados gerados no programa Reviva Minas, foi identificada no estado movimentação de mais de 6 milhões de pessoas, superando o período anterior à pandemia.
Nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, será assinado o acordo entre os governadores de Minas, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal, para transformar a rodovia BR-O40 na “Via Liberdade”, caminho que atravessa 70% do patrimônio nacional tombado e nove sítios reconhecidos como patrimônio mundial.
Entre os destinos mais procurados pelos turistas em Minas, e hoje com 100% de ocupação nos hotéis, segundo o titular da Secult, o secretário Leônidas Oliveiras, estão Capitólio, no entorno do lago de Furnas, e Poços de Caldas, no Circuito das Águas, ambos no Sul de Minas; Paracatu, no Noroeste; os distritos coloniais de São Bartolomeu e Lavras Novas, em Ouro Preto, na Região Central; e Grão Mogol e o Vale do Peruaçu, com suas famosas cavernas, em Januária e outros municípios do Norte do estado.
“Não temos do que reclamar, pois este período está sendo muito bom, graças a Deus”, conta a empresária Andréia Costa, uma das proprietárias, junto com a família, da Pousada Recanto Rainha do Lago, na entrada do município de Capitólio. Dedicada ao tradicional passeio para turistas (de lancha e veículo com tração 4×4), a família começou a construção da pousada antes da pandemia, abriu as portas em 7 de setembro e põe fé nos próximos feriados, quando espera todos os leitos ocupados.
O programa Reviva Turismo, lançado em maio, quando o setor começou a dar sinais de retomada gradual com o avanço da vacinação no país, busca identificar tendências e promover o estado, seguindo os protocolos de biossegurança. A secretaria estadual estima que nos três primeiros meses de recuperação da atividade, até julho, o turismo em Minas movimentou R$ 600 milhões em tíquete de gastos de turistas.
“Nos últimos três meses, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas é o estado com maior crescimento (10%) no setor de turismo, o dobro da média nacional”, afirma o secretário Leônidas Oliveira. A razão está, ele esclarece, na política de turismo adotada pelo governo estadual, que inclui marketing, estruturação de destino e, principalmente, segurança pública.
Em julho, ressalta, em parceria da Secult com a Polícia Militar de Minas Gerais e o Ministério Público, por meio da Coordenadoria Estadual das Promotorias de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC), entrou em funcionamento a Rede Integrada de Proteção ao Turismo, como forma de proteger visitantes e acervos culturais.
Cultura e negócios
Satisfeito com os resultados e dizendo que tem viajado “10 mil quilômetros por mês” para visitar os municípios, Leônidas explica que 70% do turismo tem a marca da cultura. “A tendência do turismo hoje, no mundo, é liberar. Isso significa procurar localidades menores, como ocorre com a maioria dos municípios, para fazer ecoturismo, andar de bicicleta e outras atividades ao ar livre, não comuns nos grandes centros urbanos.” Para o secretário, todo tipo de entretenimento em Minas remete à rica cultura gastronômica, histórica, sem falar nos atrativos naturais, como as cachoeiras. “Até nosso sotaque, o mineirês, foi reconhecido em pesquisa como o mais atraente entre os solteiros brasileiros.”
“Em todo lugar, no nosso estado, respira-se cultura”, resume Leônidas, lembrando que, este ano, Minas entrou na lista dos 10 destinos mais acolhedores do país, e teve ainda, de acordo com a plataforma de reservas on-line Booking.com, três entre as 10 regiões mais acolhedoras do Brasil. São elas Monte Verde, em Camanducaia, no Sul do estado; Lavras Novas, em Ouro Preto; e Serra do Cipó, que tem parte no município de Santana do Riacho, ambas na Região Central.
A expectativa, agora, é quanto ao distrito de São Bartolomeu, em Ouro Preto, candidato ao selo de Melhores Vilas Turísticas do mundo pela Organização Mundial do Turismo (OMT). ”
O governo abre amanhã as inscrições ao Edital Reviva Turismo, iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) para fomentar o setor turístico no estado. Orçado em R$ 10 milhões, o edital prevê o investimento em 60 projetos, sendo 20 de apoio à comercialização (R$ 80 mil para cada) e 40 de promoção (R$ 210 mil para cada).
Vagas
O emprego também dá sinais de melhora. “Já houve registro de mais de 12 mil novas vagas preenchidas no acumulado do ano. Somente no último mês de agosto, foram registrados mais de 5 mil postos de trabalho ocupados no setor do turismo no estado. O programa Reviva Turismo colocou como meta o aumento de 100 mil empregos na área em 15 meses. Em três, o estado já alcançou, portanto, 12% desse montante.”
BR-040, a nova “Via da Liberdade”
Em comemoração antecipada do bicentenário da Independência do Brasil e do centenário da Semana de Arte Moderna, ambos em 2022, o Palácio das Artes, em Belo Horizonte, será palco, nesta sexta-feira, às 19h30, de um momento importante para Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal. Antes do show do cantor Diogo Nogueira, será assinado um acordo entre os governadores dos quatros estados para criação da Via Liberdade na rodovia BR-040, que liga o Rio a Brasília (DF).
“Dessa estrada, que na verdade se chama Rodovia Juscelino Kubitschek, vão derivar os Caminhos da Liberdade para levar aos centros turísticos. Paracatu, na Região Noroeste, que tem um patrimônio rico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), será a Porta da Liberdade, enquanto em Juiz de Fora, na Zona da Mata, haverá o Eixo da Liberdade e da Natureza, com destaque para tesouros ambientais, como as serras da Ibitipoca e Negra da Mantiqueira.
Com extensão de 1.179 quilômetros, a rodovia BR-040 atravessa regiões entre montanha e mar, cidades coloniais e imperiais, natureza exuberante, capitais, metrópoles e um cardápio variado de sabores com vários sotaques e para todos os gostos. Na avaliação do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, o elo rodoviário entre os três estados e o DF coincide com oportunidades turísticas e culturais capazes de sintetizar a identidade e a alma do brasileiro. (GW)
BEM-VINDOS
Localidades de Minas Gerais que caíram no gosto dos turistas, e onde os hotéis estão com ocupação plena.
Capitólio, no entorno do Lago de Furnas/Sul
Poços de Caldas, no Circuito das Águas/Sul
Paracatu, antiga vila colonial/Noroeste
São Bartolomeu e Lavras Novas, em Ouro Preto/Região Central
No último sábado (09), um jovem de aproximadamente 20 anos, de São Paulo, desceu de uma embarcação na Lagoa Azul em Capitólio (MG), e ao adentrar em uma cachoeira para nadar, se afogou vindo à óbito.
De acordo com informações ele estava participando de uma excursão.
O corpo foi encontrado por civis por volta das 19h.
Polícia Civil e Corpo de Bombeiros foram acionados e compareceram no local.
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