
Na noite da última sexta-feira (1⁰), Hellen Jaqueline Lino Borges, recebeu um casal de amigos em sua residência na rua Gonçalves Dias, no centro de Passos (MG), pois era seu aniversário e sua filha de 2 anos estava andando de motoca, quando caiu e bateu a cabeça na quina de um cimentado.
Hellen, relata que, após alguns minutos da queda, começou a sair muito sangue da cabeça de sua filha, inclusive o vestidinho ficou todo ensanguentado. De imediato ela foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Passos. Chegando lá, o médico olhou a paciente sem muita questão e informou que não precisaria dar pontos porque o corte era pequeno.
Assista o vídeo gravado pela mãe:
https://www.instagram.com/reel/CwtMCcuPDE2/?igshid=NjIwNzIyMDk2Mg==
“O médico mal olhou e passou uma faixa na cabeça de minha filha, receitou um remédio tipo spray, o qual seria para aplicar duas vezes ao dia e não deu nenhum remédio para dor e nos liberou da unidade hospitalar. Fomos embora, já em casa, a pequena estava sentada sem fazer esforço, pois devido ter perdido muito sangue ela estava fraquinha, naquele momento começou a jorrar muito sangue da cabeça dela, eu já estava apavorada e fiquei mais ainda. Eu pedi uma colega minha para chamar o Uber para retornarmos na UPA, pois estava perdendo muito sangue novamente”, informou Helen.

A mãe citou que ao chegar na UPA, nem parou na recepção e foi direto com a filha para a triagem. A mesma funcionária que atendeu elas na primeira vez, atendeu na segunda e disse para Hellen que poderia aproveitar o prontuário do primeiro atendimento.
“A funcionária me levou para a sala de cirurgia, daí eu falei que queria que desse ponto na cabeça de minha filha, pois não tinha condições dela ficar assim. O médico estava com uma cara de quem não estava nem um pouco animado para trabalhar, levantou e falou que daria os pontos. Nessa hora, o médico abriu o cabelinho dela, pois estava duro de tanto sangue e ele mesmo me informou que estava saindo muito sangue porque havia cortado uma veia da cabecinha dela. Mesmo com curativo continuava saindo muito sangue. Eu perguntei para ele, o senhor não viu isso da primeira vez? Aí foi onde ele raspou um pouco do cabelo próximo ao corte, deu um ponto, enfaixou a cabeça dela novamente e nos liberou”, frisou a mãe.
Helen, afirma que em momento algum negou atendimento para sua filha, pois estava desesperada e não tinha o porque não procurar socorro.
“Na manhã deste sábado (2), conversei com algumas pessoas ligadas a prefeitura e inclusive com o diretor da UPA, e eles me disseram que não foi correto o que aconteceu com minha filha e perguntaram se a cabeça dela ainda estava sangrando, pois se fosse necessário retornar a UPA era para ligar para eles antes, que pediram para dar uma atenção especial. Dei banho nela com todo cuidado, pois ela está incomodada com o ponto, porém não saiu sangue, ou seja, ontem fui na UPA duas vezes, hoje graças a Deus ainda não precisou”, relatou a mãe.
A redação do Jornal Folha Regional entrou em contato com a UPA, porém foi informado que naquele momento não teria um responsável para pronunciar sobre o caso. Deixamos o espaço aberto para que possam manifestar.