Jornal Folha Regional

Eletrobras inicia implantação de Plano de Ação de Emergência na Usina Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra

Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra — Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Eletrobras Furnas iniciou a implantação do Plano de Ação de Emergência da Usina Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra (MG), em parceria com as defesas civis municipais e estadual.

Segundo a empresa, a medida atende a uma exigência legal e também tem o objetivo de proporcionar mais segurança à população na região da usina. O PAE consiste em estabelecer as ações a serem executadas em uma eventual situação de emergência.

Conforme a empresa, o plano de emergência da usina será implantado em etapas: o cadastramento dos moradores da zona de autossalvamento (ZAS), a área próxima da barragem; a implantação de placas informativas; a instalação de torres de alarme sonoro e a realização de simulados de emergência com a participação das defesas Civis, prefeituras e população.

O cadastramento permite conhecer e quantificar os vizinhos do empreendimento, planejar a evacuação, estabelecer pontos de encontro, além de identificar eventuais moradores com dificuldades de locomoção ou necessidades especiais.

Segundo a Eletrobras Furnas, na última terça-feira (7), moradores da zona de autossalvamento de São José da Barra e Alpinópolis participaram do cadastramento, que continua nesta quarta-feira (8) em São João Batista do Glória. Em Capitólio, o trabalho começa na próxima quinta (9) e segue até o dia 30 de novembro.

No caso da barragem da Usina de Furnas, foram delimitadas duas ZAS distintas: uma para a barragem principal e outra para a barragem auxiliar (Dique de Piumhi). A ZAS da barragem principal abrange áreas dos municípios de São João Batista do Glória, na margem direita, e São José da Barra, Alpinópolis e Passos, na margem esquerda. A ZAS do Dique de Piumhi envolve áreas urbanas e rurais dos municípios de Capitólio e Piumhi.

Instalação de placas e alarmes sonoros

Outra etapa é a instalação de placas de sinalização, demarcando as rotas de evacuação e os pontos de encontro, indicando a direção que a população deverá seguir, no caso de uma evacuação de emergência. Os locais e formatos das placas de sinalização foram definidos em conjunto com as Defesas Civis municipais.

Serão implantadas torres de alarme sonoro para compor o sistema de comunicação e alerta do PAE, que será utilizado para o empreendedor se comunicar, de forma rápida, direta e global, com toda a população situada na ZAS da usina.

Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra — Foto: Hélder Almeida
Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra — Foto: Hélder Almeida

A Eletrobras Furnas informou ainda que está disponibilizando para a população um sistema de comunicação e alerta por aplicativo. Ele apresenta as rotas de fuga e os pontos de encontro, estabelece um canal de comunicação entre o empreendedor e a população, possibilita o auto cadastramento da população e operacionaliza o PAE, entre várias outras funcionalidades.

Depois de toda operação implementada e funcionando, será realizado um simulado com a população, para que todos saibam os procedimentos a serem seguidos em uma situação de evacuação de emergência. Além da UHE Furnas, a Eletrobras Furnas implanta o PAE em outras 11 usinas hidrelétricas e uma subestação.

Usina Hidrelétrica de Furnas

A Usina Hidrelétrica de Furnas foi a primeira usina construída pela Eletrobras Furnas, da qual herdou o nome. A barragem está localizada no curso médio do Rio Grande, no trecho denominado “Corredeiras das Furnas”, entre os municípios de São José da Barra e São João Batista do Glória, em Minas Gerais.

Sua construção começou em julho de 1958, tendo a primeira unidade geradora entrado em operação em setembro de 1963 e a sexta, em julho de 1965. No início da década de 70, foi iniciada a ampliação para a instalação das sétima e oitava unidades, totalizando 1.216 MW, o que colocou a obra entre uma das maiores da América Latina.

Eletrobras inicia implantação de Plano de Ação de Emergência na Usina Hidrelétrica de Furnas — Foto: Divulgação / Arquivo Furnas
Eletrobras inicia implantação de Plano de Ação de Emergência na Usina Hidrelétrica de Furnas — Foto: Divulgação / Arquivo Furnas

A localização privilegiada da usina (500 km do Rio de Janeiro, 400 km de São Paulo e 300 km de Belo Horizonte) permitiu que se evitasse, em meados da década de 60, um grande colapso energético no Brasil, impedindo o racionamento e o corte no fornecimento de energia elétrica ao parque industrial brasileiro. A potência prevista no início de sua construção correspondia a 1/3 do total instalado no Brasil.

A Usina de Furnas, além de constituir um marco de instalação de grandes hidrelétricas no Brasil, possibilitou a regularização do Rio Grande e a construção de mais oito usinas, aproveitando, integralmente, um potencial de mais de 6.000 MW instalados.

Furnas segue com nível acima de 94% mesmo após abertura de vertedouros

O volume útil do Lago de Furnas é de 94,43%, marca que não era atingida há 11 anos. A hidrelétrica está com os vertedouros abertos desde o meio de janeiro e, mesmo com o aumento da vazão, segue com grande volume, além de ter atingido 767,3 metros acima do nível do mar.

São 1,5 m³ por segundo que descem pela barragem de Furnas, em São José da Barra. O cenário não era visto há anos, pois a última vez que a Usina Hidrelétrica de Furnas abriu as comportas para controlar o nível da água foi em 2012.

Onze anos depois, a ação foi necessária outra vez devido ao grande volume de chuva na bacia do Rio Grande nas últimas semanas.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a abertura das comportas ajuda a regular o volume de água dos cursos dos rios e reduzir o impacto das vazões elevadas. Ainda assim, a população que vive às margens da represa precisa ficar atenta.

“A população ribeirinha tem que ficar atenta. Estamos aumentando a vazão e faz muito tempo que isso não acontecia. Muitas das áreas de várzea, as áreas próximas aos cursos d’água estão sendo ocupadas e as pessoas podem se surpreender. Na história isso mostra muita gente morrendo, ilhada em situações como essas”, explicou o professor da Unifei Afonso Henrique Moreira Santos.

Hoje, o Lago de Furnas está em 767,3 metros acima do nível do mar, cinco metros a mais do que determina a cota 762.

“Porque, então, não encher mais e atingir 100%? Nós temos que tem um volume de espera, um volume que é uma reserva, que de repente, há uma chuva muito grande e intensa, o volume de água chegando ao reservatório, o vertedouro não seria capaz de passar aquela água. Portanto, preciso ter o volume de atenuação, esse volume que vai segurar a água, sem levar risco à população e também à segurança estrutural da barragem. É muito importante não deixar a água chegar ao nível de galgar a barragem, o que poderia ocasionar um acidente catastrófico”, pontuou o professor.

Chuvas de janeiro

O diretor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajuá (Unifei), Marcelo de Paulo Correa, explicou que, ao contrário do que parece, o mês de janeiro teve mais chuvas que o normal. Segundo ele, os últimos anos é que registraram menos chuvas.

“Este mês de janeiro ele teve chuva um pouco acima da média na região. Ele não é o janeiro mais chuvoso dos últimos 10 anos. Tivemos nos últimos três anos meses de janeiro com chuva abaixo da média. Essas chuvas que caíram em 2023 fizeram com que neste mês tenhamos o que é esperado de chuvas para este verão”, falou o diretor.

“Essas chuvas foram um alento para os reservatórios. Tivemos alguns anos de muita estiagem, diminuição da disponibilidade hídrica e, consequentemente, preocupação com a água para o uso cotidiano, geração de energia e todas as necessidades. Esperamos que essas chuvas, que têm sido recorrentes, sejam suficientes para que os reservatórios atinjam os níveis mínimos adequados. É muito difícil fazer uma estimativa para o inverno, mas esperamos que este ano não tenhamos um sufoco em relação à disponibilidade hídrica”, finalizou. (G1)

Após constantes chuvas, vertedouros da Usina Hidrelétrica de Furnas são abertos

As constantes chuvas que atingem a região nas últimas semanas têm contribuído para o aumento do nível do Lago de Furnas. Sendo assim, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela programação energética das unidades geradoras brasileiras, determinaram a abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Furnas, situada em São José da Barra (MG), em 500 m3/s para controle de nível de reservatório.

As oitos comportas foram abertas às 12h desta sexta-feira (13) e reuniu uma grande quantidade de pessoas no local. A previsão para fechamento é às 16h, podendo estender dependendo do nível do Lago.

O reservatório de Furnas encontra-se na elevação 766,33 metros, o que corresponde a um volume útil de 86,53%. A usina de Furnas está operando conforme despacho do ONS, com uma geração em torno de 700 MW, cerca de 58% da sua capacidade instalada, que é de 1.216 MW. A última vez que a UHE Furnas abriu um vertedouro para controle de cheias foi em 2012. A cota mínima do Lago de Furnas é 762 e a máxima é 768.

Os vertedouros das usinas de Mascarenhas de Moraes, Luiz Carlos Barreto de Carvalho e Marimbondo também foram abertos nesta sexta. O de Porto Colômbia está aberto desde a última segunda-feira (9).  

A Eletrobras Furnas anunciou que haverá aumento do nível da água a jusante (após a barragem) das respectivas usinas. A empresa acionou as autoridades locais para que adotem providências visando à segurança de todos.  

Confira abaixo os níveis atuais de cada usina:

UHE Mascarenhas de Moraes  

O vertedouro da Usina de Mascarenhas de Moraes foi aberto em 13/01/23, às 9h, em 120 m3/s para controle de nível de reservatório e chegará 500m3/s às 16h. O reservatório de Mascarenhas encontra-se na elevação 664,44 metros, o que corresponde a um volume útil de 83,98%. A usina de Mascarenhas de Moraes está operando conforme despacho do ONS, com uma geração em torno de 370 MW, cerca de 77% da sua capacidade instalada, que é de 478 MW. A última vez que a UHE Mascarenhas de Moraes abriu o vertedouro para controle de cheias foi em 2012.  

UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho  

O vertedouro da Usina de Luiz Carlos Barreto de Carvalho (SP/MG) foi aberto em 13/1/23, às 12h, em 1.000 m3/s para controle de nível de reservatório. O reservatório de Luiz Carlos Barreto encontra-se na elevação 621,68 metros, o que corresponde a um volume útil de 79,29%. A usina de Luiz Carlos Barreto de Carvalho está operando conforme despacho do ONS, com uma geração em torno de 616 MW, cerca de 59% da sua capacidade instalada, que é de 1050 MW. A última vez que a UHE Mascarenhas de Moraes abriu o vertedouro para controle de cheias foi em 2012.  

UHE Porto Colômbia  

O vertedouro da Usina de Porto Colômbia (SP) foi aberto para controle de nível de reservatório em 09/1/23, às 13h, e atualmente está com vazão de 800m3/s. O reservatório de Porto Colômbia encontra-se na elevação 466,80 metros, o que representa um volume útil de 75,80%.  A Usina está operando conforme despacho do ONS, com uma geração de 240 MW, cerca de 75% de sua capacidade.  A última vez que a UHE Porto Colômbia abriu vertedouro para controle de cheias foi em 2012. 

UHE Marimbondo  

O vertedouro da Usina de Marimbondo (SP/MG) foi aberto em 13/1/2023, às 9h, em 500m3/s para controle do nível do reservatório e chegará a 2000 m3/s às 16h. O reservatório da usina encontra-se atualmente na elevação 443,14 metros, o que representa volume útil de 75,37%. Marimbondo está operando conforme despacho do ONS, com uma geração em torno de 1.092 MW, o que corresponde a 80% de sua capacidade instalada (1.440 MW). A última vez que a UHE Marimbondo abriu vertedouro para controle de cheias foi em 2012.  

A Eletrobras Furnas cumpre estritamente as determinações dos órgãos reguladores na operação dos empreendimentos hidrelétricos sob sua concessão. Os níveis dos reservatórios e a energia despachada são programados pelo ONS, responsável por operar o conjunto de reservatórios brasileiros de forma integrada, com o objetivo de garantir a segurança energética.

Vigilantes não armados estão com o salário atrasado em Furnas

A empresa Loc Temp já não comunica mais com os funcionários e nenhum telefone ou e-mail é respondido

Há meses a empresa Loc Temp, responsável pelos serviços de vigilância não armada na Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra (MG), vem atrasando o salário dos profissionais, que não receberam o salário de novembro, dezembro e do 13º salário em 2022.

De acordo com os vigilantes, quando eles recebem, o salário é parcial, sempre ficando um restante para o próximo mês.

“Está difícil trabalhar aqui, diversos colegas pediram demissão devido aos compromissos que temos e a empresa não tem honrado. É aluguel, energia, água, luz, alimentação entre outros gastos que temos mensalmente, mas que está virando uma bola de neve. Honramos e vimos trabalhar, pois, temos carinho pelo nosso emprego e respeito com a comunidade que precisa de nosso trabalho”, informou um vigilante.

Ainda segundo informações, a empresa anterior a Loc Temp pagava o salário em dia, porém, perdeu a última licitação.

“Estamos confiantes que a empresa anterior retornará e assim trabalharemos com mais confiança, pois é triste chegar no início e não ter a certeza que vai receber o pagamento, afinal, estamos dois meses sem salários”, frisou.

Recentemente a Loc Tempo, informou para os trabalhadores, que a empresa Furnas estava atrasando os repasses devido a privatização da mesma.

A redação do Folha Regional tentou contato com a empresa Loc Tempo, porém, até o fechamento desta matéria não tivemos retorno.

Em nota, a empresa Furnas Centrais Elétricas, informou ao Jornal Folha Regional que não existe pendência de pagamento por parte de Eletrobrás Furnas à Loc Temp.

“Assim que a companhia, que é gestora do contrato, tomou conhecimento que a empresa Loc Temp não havia efetuado o pagamento do salário de novembro dos cinco vigilantes, entrou em contato para tentar solucionar a questão”, informou a assessoria de Furnas.

Alpinópolis vai receber usina de energia de resíduos sólidos

Os resíduos sólidos urbanos provenientes do lixo recolhido nas cidades da região vão ser os principais combustíveis de uma usina de geração de energia elétrica que será instalada no município de Alpinópolis, conforme anunciou o prefeito Rafael Freire.

Ele conta que ano passado recebeu representantes da Serrana Engenharia Ltda, de Joinville (SC), que mostraram interesse em investir, inicialmente, cerca de R$ 80 milhões. Agora empresa comprou uma área de 80 hectares, nas margens da MG 050, no trecho compreendido entre o Ribeirão Conquista e o trevo para Alpinópolis, pouco adiante do pedágio da AB Nascentes.

A empresa ainda não adiantou os detalhes do projeto. “Estamos aguardando apenas a conclusão nos próximos meses pelos órgãos competentes do governo estadual sobre o Estudo de Impacto Ambiental (EIA)”, informa uma fonte da empresa.

O projeto da empresa é recolher os resíduos sólidos urbanos de municípios localizados em um raio de aproximadamente 100 quilômetros ao redor da empresa.

Aterro Sanitário

De acordo com Rafael Freire, a prefeitura de Alpinópolis paga cerca de R$ 40 mil mensais para uma empresa de Tapiratiba (SP) dar o destino adequado ao lixo úmido coletado. ‘No município temos a coleta seletiva e os materiais recicláveis separados são recolhidos, comercializados para uma outra empresa intermediária da cidade que revende para a reutilização. Não temos aterro sanitário e tudo vai embora diariamente para o interior paulista. Como não há associação de catadores de lixo aqui, com o dinheiro arrecadado compramos cestas básicas que são distribuídas às famílias carentes”, disse o prefeito. (Observo)

ACMinas questiona ação da União contra tombamento do Lago de Furnas

A Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) vai enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste início de dezembro, um documento que questiona uma ação da União contra o tombamento estadual do Lago de Furnas como patrimônio natural. A decisão de entrar no processo como entidade que apoia o tombamento é um dos resultados do grupo de trabalho criado este ano para analisar a situação econômica, ambiental e social da região.

A escassez hídrica e a falta de investimentos públicos na preservação dos lagos de Furnas e Peixoto, que formam o complexo da hidrelétrica de Furnas, resultaram em baixa importante dos níveis de água dos dois reservatórios, problema que impacta não só a geração de energia elétrica como a economia da região.

“A ACMinas entra com determinação na defesa do legítimo interesse de Minas Gerais, com demais entidades empresariais junto às instituições e ao setor político mineiro. Reivindica ao Governo Federal, acima de tudo, um plano de curto e médio prazo para recuperação dos lagos e cobra que a Lei das Águas e a Constituição Federal, que garantem o direito ao uso múltiplo das águas, sejam cumpridas”, disse Maria Elisa Ordones, coordenadora do Movimento Pró-Furnas 762 e integrante do grupo de trabalho da ACMinas.

A ACMinas, além de entrar no processo no STF em defesa do tombamento do Lago de Furnas, entregou ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), o relatório final do grupo de trabalho, que confirma o entendimento de que os níveis mínimos do nível de água nos dois reservatórios – 762 metros para Furnas e 663 metros para Peixoto – devem ser mantidos. Esse encontro foi realizado no dia 17 de novembro.

Maria Elisa Ordones acredita que a manutenção dos níveis mínimos nos dois lagos que compõem o complexo é fundamental para a economia como um todo da região.

“Já passou da hora de Minas Gerais ver atendida sua reivindicação quanto ao uso múltiplo das águas dos Lagos de Furnas e Peixoto. E, sem dúvida alguma, respeitando os níveis adequados para compatibilizar a geração de energia hidrelétrica com a necessidade econômico-social de 41 municípios lindeiros, cuja população aprendeu a garantir sua sobrevivência a partir das águas que inundaram as terras férteis do sul, sudoeste e centro-oeste de Minas quando da inauguração da Represa de Furnas”, disse.

Ainda como resultado do grupo de trabalho, a ACMinas vai acompanhar de perto as votações de projetos e emendas à Constituição (PEC) que estiverem em votação tanto na Câmara Federal quanto no Senado.

O tombamento

O complexo formado pelos lagos de Furnas e de Peixoto, no sul e sudeste de Minas Gerais, teve seu tombamento como patrimônio natural e paisagístico estadual aprovado pela Assembleia Legislativa em 4 de dezembro de 2020, através da Emenda Constitucional 106. Um ponto principal no tombamento é a manutenção de níveis mínimos de água dos reservatórios acima do mar, sendo 762 metros para o lago de Furnas e 663 metros para o de Peixoto. Esses níveis asseguram o turismo, a agricultura e a piscicultura da região.

Para ser efetivamente protegido como patrimônio, o Governo de Minas Gerais tem que fazer o tombamento administrativo do complexo, através do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), que deve elaborar um dossiê com as diretrizes e encaminhar para o aval do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep). Esse último processo começou em setembro.

Mas em junho, o governo federal impetrou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o governo de Minas Gerais questionando o tombamento. Na ação, a União alega que a medida de proteção do complexo hidrelétrico ofende a prerrogativa privada ao governo federal de legislar sobre águas e energia e também de exploração dos serviços e das instalações de energia

Via: Clic Folha.

Lago de Furnas tem recuperação melhor que do ano do ‘Apagão’

O Operador Nacional do Sistema (ONS) informa que o Lago de Furnas fechou a semana com 21,1% do volume útil, superior aos 16,6% registrados no mesmo período de 2001, que antecedeu o ‘Apagão’, durante o Governo de Fernando Henrique Cardoso. O setor de turismo tem outro motivo para comemorar: redução de 100 metros cúbicos na vazão do reservatório pode alimentar novamente o sonho da cota mínima de 762 metros.

Especialistas já consideram praticamente descartado risco de ‘apagão’ em 2022, embora estratégias precisam ser tomadas para conservar o nível dos reservatórios.

Expectativa para o turismo da região é melhora significativa para temporada de férias e Carnaval.

Via: Da Redação.

Comissão debate validade das licenças ambientais das usinas de Furnas

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados discute nesta quarta-feira (29) a validade das licenças ambientais das usinas de Furnas. O debate atende a requerimento do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).

O parlamentar explica que, conforme matéria publicada no jornal O Tempo, as atividades relacionadas ao lago de Furnas, especialmente as destinadas para geração de energia, e as que mantêm a hidrovia da região encontram-se sem licenciamento ambiental. “Foram renovadas concessões de novos prazos que, até então, não foram cumpridos pela hidrelétrica de Furnas”, explica o deputado.

Foram convidados:
– o diretor de Engenharia de Furnas, Sidnei Bispo;
– a superintendente de Comunicação e Relações Institucionais de Furnas, Ana Claudia F. Gesteira;
– a superintendente de Gestão Ambiental de Furnas, Letícia Costa Manna Leite; e
– o diretor de licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jônatas Souza da Trindade.

Da Redação – RL

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