Jornal Folha Regional

Minas recebe primeira remessa de vacinas contra varíola dos macacos

Minas Gerais recebeu, nesta terça-feira (14), a primeira remessa de imunizantes conta a mpox, ou varíola dos macacos, com 1.101 doses. As vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde são destinadas à pré e pós-exposição ao vírus monkeypox e indicadas para adultos com idade igual ou superior a 18 anos, considerados de alto risco para a infecção. Ainda não há data para início da imunização em BH.

Segundo a coordenadora estadual de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Josianne Gusmão, 1.077 doses serão utilizadas para a vacinação pré-exposição. “Esse quantitativo será destinado a imunizar 50% do público-alvo com duas doses. O envio de mais doses dependerá do andamento da vacinação e da demanda local”, explica Josianne.

As outras 24, conforme a coordenadora estadual, serão destinadas à chamada pós-exposição (quando a pessoa teve contato com alguém infectado). “Para esta vacinação, serão disponibilizadas para os municípios que tenham registrado circulação do vírus nas últimas 12 semanas, definido como dez ou mais casos neste período”, detalha. Em Minas, apenas BH está inclusa no critério para vacinação pós-exposição definido pelo Ministério.

Distribuição

Após o recebimento na Central Estadual de Rede de Frio, em BH, os imunizantes passam por conferência para depois serem enviados às Unidades Regionais de Saúde, para repasse aos municípios. Nessa segunda (13), a prefeitura de BH já havia informado, por meio de nota, que já tem equipe disponível e insumos e aguarda apenas a disponibilização das doses “para a imediata aplicação do imunizante, tão logo as vacinas cheguem”.

A reportagem de O Tempo procurou a SES-MG para saber quantas vacinas serão reservadas para BH e quando estarão disponíveis para a capital e aguarda retorno.

Público-alvo da vacina

A vacina contra mpox é indicada para adultos com idade igual ou superior a 18 anos, considerados de alto risco. O esquema de vacinação é de duas doses (0,5 ml cada) do imunizante MVA-BN Jynneos, com quatro semanas de intervalo (28 dias) entre elas. (O Tempo)

Jovem de 21 anos morre de varíola dos macacos em Pouso Alegre; morte é a segunda registrada em MG e a quarta no país

Um jovem de 21 anos morreu na manhã do último domingo (9) no Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre (MG), vítima da varíola dos macacos. A informação foi confirmada pela prefeitura da cidade.

Segundo a prefeitura, a vítima tinha comorbidades e estava internada desde o dia 11 de setembro.

Ainda de acordo com a prefeitura, no município há quatro casos confirmados (sendo um deles o paciente que foi a óbito e os demais que passaram pelo isolamento domiciliar), um em análise e 45 descartados.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Minas Gerais tinha até a última sexta-feira (7), 523 casos confirmados da doença, com uma morte.

A morte confirmada em Pouso Alegre é a segunda registrada em Minas Gerais e a quarta no país. Até o momento há outras duas mortes confirmadas no Rio de Janeiro.

Sul de Minas

No Sul de Minas, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), há 16 casos confirmados da doença. Pouso Alegre lidera a lista com quatro confirmações. Veja abaixo:

  • Alfenas – 1 caso
  • Andradas – 3 casos
  • Elói Mendes – 1 caso
  • Gonçalves – 1 caso
  • Itajubá – 2 casos
  • Paraisópolis – 1 caso
  • Poços de Caldas – 2 casos
  • Pouso Alegre – 4 casos
  • São Sebastião do Paraíso – 1 caso

Anvisa autoriza uso emergencial de kits para varíola dos macacos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, hoje (29), em Brasília, o uso imediato e emergencial de 24 mil kits moleculares para diagnóstico laboratorial da varíola dos macacos (monkeypox). Os reagentes são produzidos pela Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz e ainda estão em análise para aprovação de registro pela agência.

A autorização foi concedida após solicitação conjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, e do Instituto Bio-Manguinhos. A diretoria colegiada da agência levou em conta a atual situação epidemiológica emergencial da infecção da varíola dos macacos no Brasil, a limitação da capacidade de resposta laboratorial atual, a quantidade de exames represados, o risco associado à demora no diagnóstico e a necessidade de descentralização dos exames, entre outros fatores.

Uso emergencial

Atualmente, o Brasil tem oito laboratórios de referência para o diagnóstico da monkeypox, por biologia molecular, mas não estão dando conta da demanda. Com a autorização de uso emergencial, o Ministério da Saúde poderá descentralizar a realização do diagnóstico da doença para a Rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) nos estados e reduzir o tempo de liberação dos resultados aos pacientes.

Até o momento, não há nenhum teste de diagnóstico comercial para a varíola dos macacos com registro aprovado na Anvisa.

“A Anvisa reforça que o acesso a exames laboratoriais oportunos e precisos de amostras de casos sob investigação é uma parte essencial do diagnóstico e vigilância desta infecção emergente, a fim de mitigar a disseminação do vírus e contribuir na avaliação adequada dos critérios de elegibilidade para acesso a medicamentos e ou vacinas para combate à infecção”, destacou a agência, em publicação para informar sobre a decisão.

De acordo com a atualização mais recente, o Brasil tem 4.493 casos confirmados de monkeypox. Outros 4.860 estão suspeita, ainda em investigação. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e do Centro de Operações em Emergências – COE/Monkeypox, do Ministério da Saúde. (Agência Brasil)

Itajubá confirma 1º caso de varíola dos macacos no município; Sul de Minas já tem 9 casos confirmados

A Prefeitura de Itajubá confirmou o primeiro caso positivo de varíola dos macacos nesta terça-feira (23). O resultado foi confirmado após exame laboratorial da Fundação Ezequiel Dias, a Funed.

Segundo a prefeitura, trata-se de um morador do município que já está em fase de recuperação, apresentando boas condições clínicas e nenhuma complicação da doença. Ele está em isolamento domiciliar.

Ainda de acordo com o município, quatro casos de Monkeypox já descartados. Até o momento, não há notificação de casos secundários.

Em caso de suspeita, o paciente deve procurar o postinho de saúde mais próximo para avaliação.

Dados da SES

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde há oito casos confirmados de varíola dos macacos no Sul de Minas. Nesta terça-feira (23), dois novos casos foram confirmados em Gonçalves e São Sebastião do Paraíso. O caso de Itajubá ainda não consta no boletim da SES.

Casos no Sul de Minas

  • Andradas – 3
  • Gonçalves – 1
  • Poços de Caldas – 1
  • Pouso Alegre – 2
  • São Sebastião do Paraíso – 1

Via: G1.

Pouso Alegre tem 2º caso confirmado de varíola dos macacos; 4º no Sul de MG

Pouso Alegre teve o segundo caso de varíola dos macacos confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Com a nova contaminação, o Sul de Minas chegou a quatro confirmações da doença.

A confirmação do segundo caso de Pouso Alegre foi feita no último boletim atualizado divulgado pela SES-MG.

Com a nova contaminação, o Sul de Minas agora tem confirmações em Pouso Alegre, Poços de Caldas e Andradas.

Casos no Sul de Minas

  • Andradas: 1
  • Poços de Caldas: 1
  • Pouso Alegre: 2
Exame da varíola dos macacos — Foto: Divulgação

Na nova atualização, a Secretaria de Estado de Saúde informou que Minas Gerais tem 155 casos de Monkeypox confirmados por exames laboratoriais pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Outros 360 casos foram descartados e há 495 em investigação.

A SES-MG informou que, até o momento, há um caso confirmado do sexo feminino, 26 anos, puérpera e em monitoramento domiciliar. O restante dos casos confirmados é do sexo masculino, com idade entre 21 e 61 anos. Um paciente confirmado para Monkeypox encontra-se em internação hospitalar por necessidades clínicas. MG possui uma morte pela doença.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus – com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Via: G1.

Calendário de vacinação contra varíola dos macacos deve sair nesta semana

O Ministério da Saúde (MS) deverá saber nesta semana quando terá as primeiras vacinas disponíveis contra a varíola dos macacos. Segundo a representante da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, a fase de tratativas com o laboratório produtor da vacina terminaram, mas falta uma posição do laboratório sobre o calendário de entrega.

“Esperamos ter o calendário das vacinas nesta semana”, disse ela. “Não temos como apresentar um calendário [de entrega de vacina] neste momento. Sabemos que uma parte das vacinas vai chegar em breve. Esperamos que o fornecedor nos especifique quando nós poderemos transportar a vacina para o Brasil”, disse ela, em coletiva de imprensa, no Ministério da Saúde.

A aquisição dessas vacinas deve ser feita através da Opas, uma vez que o laboratório responsável por elas fica na Dinamarca e não tem representante no Brasil. Assim, o laboratório não pode solicitar o registro do imunizante junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e caso o país queira comprá-lo, a OPAS deve intermediar a transação.

Socorro Gross estava acompanhada do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e de secretários da pasta. Queiroga esclareceu que as 50 mil doses solicitadas pelo Brasil, caso cheguem, irão para profissionais de saúde que lidam com materiais contaminados. “Se essas 50 mil doses chegarem aqui no ministério amanhã, não terão o condão de mudar a história natural da situação epidemiológica em relação à varíola dos macacos. Essas vacinas, quando vierem, serão para vacinar um público muito específico”.

Queiroga também não considera, até o momento, declarar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) por causa da doença. Segundo ele, a área técnica do ministério não se manifestou nesse sentido.

Além disso, de acordo com Queiroga, mecanismos de vigilância em saúde já foram reforçados; pedidos de registros de testes rápidos já foram feitos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e outras providências podem ser tomadas fora do âmbito da Espin, caso seja necessário. Até o momento, Estados Unidos e Austrália já declararam emergência em seus territórios.

Dados

Na coletiva de imprensa, o Ministério da Saúde também divulgou dados atualizados sobre a doença. No mundo inteiro foram registrados 35.621 casos em 92 países.

Os países com mais casos são Estados Unidos (11,1 mil), Espanha (5,7 mil), Alemanha (3,1 mil), Reino Unido (3 mil), Brasil (2,8 mil), França (2,6 mil), Canadá (1 mil), Holanda (1 mil), Portugal (770) e Peru (654).

Até o momento, 13 mortes foram registradas, em oito países. São eles: Nigéria (4), República Centro-Africana (2), Espanha (2), Gana (1), Brasil (1), Equador (1), Índia (1) e Peru (1). No Brasil, foram confirmados até o momento 2.893 casos. Além disso, existem 3.555 casos suspeitos de varíola dos macacos, com uma morte.

Entre os contaminados, 95% são homens e a maioria está na faixa dos 30 anos de idade. Apesar de ser uma doença que acomete, em sua maioria, homens que fazem sexo com homens, o ministro faz um alerta para não se estigmatizar a doença a esse grupo específico ou mesmo discriminá-lo.

“Essas referências feitas aqui a homens que fazem sexo com homens é uma constatação tão somente epidemiológica. Não podemos incorrer nos erros do passado. Nós já sabemos o que aconteceu na década de 80 com HIV/Aids. Não é para discriminar as pessoas, é para protegê-las”. Queiroga também afirmou que apesar do nome, a doença não é transmitida pelos macacos e fez um apelo para a não agressão desses animais, por medo da doença.

“A varíola dos macacos é uma zoonose e o roedor é a provável origem da zoonose. Não é o macaco. O macaco é tão vítima da doença quanto nós, que também somos primatas. Portanto, não saiam por aí matando os macacos achando que vão resolver o problema da varíola dos macacos”. (Agência Brasil)

Brasil confirma 36 novos casos de varíola dos macacos nas últimas horas; total é de 142 casos

Os órgãos sanitários brasileiros confirmaram 36 novos casos de varíola dos macacos (monkeypox) nas últimas horas. No total, já foram registrados 142 casos da doença viral causada pelo vírus hMPXV (sigla para Human Monkeypox Vírus).

Segundo o Ministério da Saúde, a maioria (98) dos casos foi confirmada no estado de São Paulo. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 28 ocorrências da doença, Minas Gerais (oito), Ceará (duas), Paraná (duas), Rio Grande do Sul (duas), Distrito Federal (uma) e Rio Grande do Norte (uma).

Em nota divulgada à imprensa na manhã desta quinta-feira (7), a pasta reafirma que está em contato direto com as secretarias de Saúde estaduais, monitorando os casos e rastreando as pessoas com quem os pacientes tiveram contato.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), tradicionalmente, a varíola dos macacos é transmitida principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. A transmissão secundária ou de pessoa a pessoa pode acontecer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de uma pessoa infectada, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão. A transmissão ocorre principalmente por gotículas respiratórias. Não há evidência de que o vírus seja transmitido por via sexual.

Tratamento

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões, de acordo com a Opas. O maior risco de agravamento ocorre, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

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