O vinho Sacramentos Sabina Syrah Seleção de Parcelas 2024, produzido na Serra da Canastra, foi eleito o Melhor Tinto Brasileiro no Guia Descorchados 2025, conquistando o título pela terceira vez em quatro safras.
Elaborado pela Sacramentos Vinifer, a vinícola plantou suas primeiras mudas em 2018 no Vinhedo São Miguel, na cidade de Sacramento, desafiando expectativas sobre a produção de uvas de alta qualidade na região.
Desde sua primeira safra em 2021, o rótulo acumula prêmios, incluindo uma Medalha de Prata no Decanter World Wine Awards 2022 e a maior pontuação brasileira no Descorchados 2022. Com um perfil moderno e frutado, o vinho reforça a evolução da viticultura nacional.
O enólogo-chefe da Sacramentos, Alejandro Cardozo – duas vezes eleito melhor enólogo pelo Guia Descorchados –, identificou variações no solo e selecionou parcelas específicas de Syrah para criar o Sabina Seleção de Parcelas.
“Essas diferenças no vinhedo revelaram novas expressões da Syrah no terroir brasileiro, especialmente em Minas Gerais. Com talento e sensibilidade, Alejandro nos guiou na criação de um vinho único, marcando um novo capítulo para a Sacramentos e o mercado”, destaca Jorgito Donadelli, co-fundador da Sacramentos Vinifer.
O rótulo premiado tem previsão de lançamento para março. Estará à venda por R$ 260 no site da Sacramentos Vinifer e nas lojas World Wine.
Vinho da vinícola Alma Gerais conquistou alta pontuação logo na primeira safra – Foto: reprodução/Instagram
Minas Gerais não é só a terra dos queijos e doces. O estado vem sendo reconhecido também pela produção de vinhos. Exemplo disso é a conquista do Alma Gerais, vinho branco seco da vinícola de mesmo nome, que fica em Bom Sucesso, no Sul de Minas. O rótulo foi classificado como o Sauvignon Blanc — casta de uva branca da família da Vitis Vinifera, originária da França — mais bem pontuado do país em 2024 na 14ª edição do Guia Adega Brasil.
A revista é referência em vinhos no Brasil e reúne os 20 melhores rótulos nacionais degustados pelo júri técnico. A garrafa Alma Gerais entrou para o top 20 da publicação, alcançando um AD 92, índice que seleciona as bebidas com notas acima de 90.
Outros dois rótulos da vinícola conquistaram títulos importantes: o Syrah Tinto e o Syrah Rosé receberam as notas AD 91 e 90, respectivamente, no Guia Adega 2024. Todos os três são produções de primeira safra.
Colheita de inverno
O vinho branco Alma Gerais, feito a partir da técnica de colheita de inverno, é elaborado exclusivamente a partir de uvas Sauvignon Blanc. Mantido em tanques de aço inoxidável durante 10 meses, tem contato com suas borras finas até ser engarrafado.
O rótulo chama atenção pela acidez, bom volume de boca e pela textura firme e cremosa, tudo envolto por frutas brancas, cítricas e tropicais. Austero nos aromas e franco nos sabores, tem final preciso, fluido e persistente, com toques de limão siciliano, maracujá, ervas e flores.
O trio de vinhos ‘Alma Gerais’, ‘Syrah Rosé’ e ‘Syrah Tinto’ alcançaram títulos importantes segundo avaliação da revista Guia Adega Brasil – Foto: Alma Gerais/Divulgação
O CEO da vinícola, Alessandro Rios, conta que o título vai além da premiação em si: “O que mais marca é que a partir disso (conquista do título), chegamos à conclusão do potencial que têm os nossos vinhos. Inaugurar uma safra de uma vinícola com os três primeiros vinhos produzidos já pontuados acima de 90 é uma conquista que mostra um futuro muito promissor”, celebra.
Leve e equilibrado
Já o vinho Syrah Rosé tem visual rosa-alaranjado, é bastante claro, límpido e brilhante. Tem acidez equilibrada e textura leve, com final refrescante e bem definido, além de um conjunto de aromas de frutas de caroço, como pêssego, e notas florais. A fermentação controlada a 15°C e o contato com as borras finas por 10 meses em tanques de aço inox conferem complexidade e frescor ao vinho.
Por outro lado, o Syrah Tinto tem visual vermelho rubi de média intensidade e aromas intensamente frutados, com destaque para frutas pretas e vermelhas frescas. Possui taninos macios e textura suave. A boa acidez equilibra o conjunto, resultando em uma bebida extremamente agradável e de final longo. O amadurecimento em tanques de inox por 10 meses garante a expressão pura do terroir — conjunto de fatores naturais e humanos que influenciam a produção de um vinho.
Alessandro Rios, CEO da vinícola Alma Gerais, no vinhedo onde são colhidas as uvas para a produção dos vinhos – Foto: Alma Gerais/Divulgação
Ainda segundo Rios, o sucesso se deve também ao terroir. O investimento em tecnologia na vinícola, com vários sistemas de controle e equipamentos de primeira qualidade, podem ser elencados como responsáveis pelos ótimos resultados.
Consultoria especializada
A vinícola Alma Gerais conta com a consultoria de dois profissionais reconhecidos no Brasil e no exterior: o engenheiro agrônomo, professor e sommelier chileno René Vasquez e Frederico Novelli, especialista na produção de uvas para vinhos de inverno.
Além disso, a vinícola recebe orientações estratégicas do renomado enólogo chileno Mário Geisse, que abriu o mercado da Chandon na América do Sul na década de 1970 e é, hoje, referência nacional na produção de espumantes, sendo proprietário da Cave Geisse, no Rio Grande do Sul.
Experiências enoturísticas
Até este mês de janeiro, os vinhos serão comercializados apenas nas experiências e visitas enoturísticas na própria vinícola Alma Gerais, em Bom Sucesso, que podem ser agendadas on-line ou pelo telefone (35) 99872-6721.
O preço dos vinhos varia de R$ 138 a R$ 198. Possivelmente a partir de março, a vinícola dará início a parcerias para levar os rótulos a restaurantes e lojas especializadas na Região Sudeste do Brasil.
Melhor vinho tinto do Brasil é produzido em Minas Gerais; veja detalhes – Foto: Reprodução/Instagram
O vinho tinto Sabina Syrah, de produção mineira, foi eleito pela segunda vez o melhor vinho tinto brasileiro.
A avaliação foi feita pelo Guia Descorchados, do crítico Patrício Tapia, que avalia vinhos dos países da América do Sul. O rótulo brasileiro está em sua terceira safra e alcançou 93 pontos na publicação.
Produzido pela Sacramentos Vinifer com uvas da Serra Canastra, em Minas Gerais, a safra de 2021 já havia conquistado o título de melhor vinho brasileiro no Decanter Wine Awards.
“Estamos orgulhosos em compartilhar uma conquista extraordinária! O nosso Sabina Syrah 2023 recebeu a distinção de 93 pontos, sendo reconhecido pela segunda vez como o Melhor Vinho Tinto, além de Melhor do Sudeste pelo renomado Guia Descorchados @guiadescorchados, uma verdadeira referência na América do Sul!”, diz uma publicação no perfil da vinícola nas redes sociais.
“Este reconhecimento é um tributo à dedicação incansável da nossa equipe e ao carinho que dedicamos a cada garrafa. Uma celebração do terroir único da região da Serra da Canastra e do compromisso com a excelência da Sacramentos Vinifer. Agradecemos a todos que tornam possível essa jornada”, completa o texto da nota.
Responsável pela vinificação, o premiado enólogo uruguaio Alejandro Cardozo deu detalhes sobre o vinho e a harmoninização.
“É um vinho que se mantém na linha de um vinho moderno. Claro que é um conceito muito amplo e parece vago. Mas estamos falando de um vinho em que a fruta predomina sobre a madeira. Claro que há madeira, mas a fruta, o frescor e a acidez estão sobre a madeira e o peso. É um vinho fresco, em que a sensação de frio na boca é muito importante. Ele tem um nervo, uma coluna. Parece um suco ácido, em que a fruta fresca, a fruta vermelha está muito bem definida”, disse ele ao jornal O Globo.
O enólogo explica que tem outra forma de ver os vinhos de inverno. “A premiação cria um novo precedente. É o segundo ano em que vence, nos três de produção. Portanto, marca uma característica de um vinho muito especial. É precisamente essa outra visão, uma visão diferente, uma nova opção para vinhos de inverno, com características que hoje não estão tão presentes. Dependendo se são vinhos que exigem concentração, alto teor alcoólico, estrutura, peso. É uma característica que a região permite fazer, mas o Sabina olha para outro mundo, que é mais jovem, com menos álcool”, explica.
Cardozo destaca que o vinho deve ter 12 graus, 12,5 no máximo, enquanto muitas vezes os vinhos de inverno estão em até 16 graus. “Ele olha um mundo mais jovem, mais leve, mais moderno e fala mais sobre o que é hoje o mundo dos vinhos”, completa.
Vinho de Capitólio conquista a terceira posição no Prêmio CNA Brasil Artesanal – Foto: reprodução
O vinho Tinto do Turvo safra 2022, da vinícola Quintas do Carcará de Capitólio (MG), conquistou a terceira colocação no Prêmio CNA Brasil Artesanal 2023 – Vinhos e Espumantes. O anúncio foi feito em na semana passada, no dia 7, em solenidade no município de Bento Gonçalves (RS).
A produção da vinícola começou em 2021, com o primeiro vinho elaborado com uvas da variedade Syrah, colhidas no inverno de 2021. O resultado foi um vinho fino seco, encorpado, de cor profunda e com aromas de frutas negras. Como a primeira produção foi muito limitada, foi realizado um pré-lançamento, numa degustação de vinhos de colheita de inverno no dia 20 de setembro de 2022.
Em 2023, foi lançada a safra 2022, de um vinho branco com uvas Sauvignon Blanc e um tinto de uvas Syrah. Ambos estão sendo vinificados pela Epamig em Caldas – MG.
Os vinhos da safra 2022, apesar de uma produção ainda limitada, começarão a ser comercializados a partir do lançamento oficial.
O vinho premiado foi produzido na vinícola da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Caldas, no Sul de Minas. Esta foi a primeira produção da marca.
“Para esta primeira safra, elaboramos um protocolo de vinificação que pudesse expressar o melhor do terroir. Nós queríamos entender o que a uva entregaria, preservamos as características da uva. Não houve passagem por barricas. E tivemos uma boa surpresa. Com uma planta ainda jovem, essa uva conseguiu, já na primeira safra, mostrar todo esse potencial. O que valida a região de Capitólio como possível produtora de vinhos finos, pela utilização da tecnologia de dupla poda da videira”, avalia o enólogo da Epamig, Lucas Amaral.
O Prêmio CNA Brasil Artesanal contemplou as categorias Vinho Branco, Vinho Tinto, Espumante Moscatel e Espumante Método Charmat ou Tradicional e foi dividido em três etapas de seleção e classificação, que consistiram em Júri Técnico, Júri Popular e avaliação da história do produto.
“Na primeira avaliação às cegas, o Júri Técnico apontou os cinco melhores vinhos de cada categoria, na etapa seguinte, também às cegas, os vinhos selecionados foram avaliados por um Júri Popular, em Brasília, e, para finalizar ocorreu a análise das histórias dos vinhos e espumantes, que considerou as informações sobre o processo produtivo, tradições e regionalidades, apontadas pelo próprio produtor. Vale lembrar que a avaliação do público foi de maior peso na pontuação final”, detalha Lucas.
Os cinco primeiros colocados em cada uma das quatro categorias receberam certificados e prêmios em dinheiro. Os três primeiros receberam também troféus e um Selo de Participação (Ouro, Prata ou Bronze, conforme a classificação) do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2023 – Vinhos e Espumantes.
O vencedor da categoria Vinho Tinto foi o Seu Galdino Syrah, da Villa Triacca, de Paranoá, no Distrito Federal, que também utiliza a tecnologia de dupla poda da videira para a produção de uvas finas. (Observo)
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