Jornal Folha Regional

Agora é lei: SUS terá sala de acolhimento para mulheres vítimas de violência

Agora é lei: SUS terá sala de acolhimento para mulheres vítimas de violência – Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quinta-feira (25) o Projeto de Lei (PL) nº 2.221/2023, que prevê atendimento a mulheres vítimas de violência em ambiente privativo e individualizado nos serviços de saúde prestados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Mais um instrumento de proteção física e emocional que resguarda a dignidade das mulheres vítimas de violência”, escreveu Lula em seu perfil nas redes sociais. “O apoio às políticas públicas e ao SUS é fundamental”, completou o presidente.

Durante a cerimônia de sanção, no Palácio do Planalto, em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a pasta, agora, deve regulamentar a existência e o funcionamento das salas de acolhimento para que a lei seja cumprida.

Segundo a ministra, agora a pasta vai trabalhar com mais força para que, em todas as unidades básicas de saúde (UBS), na Saúde da Família, exista essa sala de acolhimento, para que todas as ofereçam acolhimento. “Que todos queles equipamentos conveniados ao SUS cumpram a lei, e a mulher e a menina vítimas de violência cheguem e possam ser acolhidas sem sofrer nenhum tipo de constrangimento – como a gente sabe que acontece” – completou Nísia Trindade.

“As pessoas têm que saber que, se elas forem vítimas de violência, terão acolhimento especial. E não é favor. É obrigação do Estado brasileiro cuidar das pessoas. É obrigação da prefeitura, dos postos de saúde, do governo do estado”, afirmou Lula, durante a cerimônia.

Entenda

O Projeto de Lei nº 2.221/2023 foi aprovado pelo Senado no último dia 26 e seguiu para sanção presidencial. O texto garante salas de acolhimento exclusivas para mulheres vítimas de violência nos serviços de saúde conveniados ou próprios do SUS.

À época, a relatora do projeto, senadora Jussara Lima (PSD-PI), apresentou parecer favorável no plenário, destacando a importância de acolher e atender mulheres vítimas de violência de forma adequada, com privacidade e proteção à sua integridade física. 

O texto muda trecho da Lei 8.080/1990, sobre serviços de saúde, na parte em que define diretrizes das ações e serviços públicos de saúde e dos serviços privados contratados ou conveniados que integram o SUS.

A diretriz a que se refere a exigência de salas de acolhimento trata do atendimento público específico e especializado com acompanhamento psicológico e outros serviços.

De iniciativa da deputada Iza Arruda (MDB-PE), o projeto inclui um parágrafo na Lei Orgânica de Saúde e restringe o acesso de terceiros não autorizados pela paciente, em especial do agressor, ao espaço físico onde ela estiver.

O parecer enfatiza que os serviços de saúde são fundamentais no acolhimento das mulheres logo após a violência, uma vez que é lá o local onde elas recebem o primeiro atendimento após agressão.

Homem é agredido com capacete em Alpinópolis

Homem é agredido com capacete em Alpinópolis - Foto: Reprodução/Redes sociais
Homem é agredido com capacete em Alpinópolis – Foto: Reprodução/Redes sociais

Na manhã de terça-feira (12), um homem de 48 anos, compareceu ao quartel da Polícia Militar Alpinópolis (MG), relatando que foi vítima de lesão corporal.

Ele informou que no final da tarde da última segunda-feira (11), estava andando pela rua Santíssima Trindade, próximo ao Mercado Dona Nica em Alpinópolis, momento em que testemunhou um cidadão sendo atacado por um cão solto na rua.

Diante do fato, o homem foi conversar com o dono do animal e orientá-lo que o cachorro poderia ferir mais alguém se ficasse na rua. O tutor do animal não gostou e partiu para cima dele com um capacete desferindo diversos golpes e posteriomente chutou sua cabeça.

A vítima foi até a Santa Casa de Alpinópolis e realizou o exame corpo de delito.

A Polícia Civil investigará o caso.

A agressão foi gravada por populares. Assista no link; https://www.instagram.com/reel/C4dw_HZOCDK/?igsh=MTdvdW5jbDNzMnlsNw==

Estado inicia programa de saúde mental nas escolas para conter onda de violência

Estado inicia programa de saúde mental nas escolas para conter onda de violência - Foto: reprodução
Estado inicia programa de saúde mental nas escolas para conter onda de violência – Foto: reprodução

A saúde mental de estudantes da rede estadual de ensino está em foco. Um plano do governo do Estado pretende trabalhar as competências emocionais desse público a fim de evitar situações de risco, como bullying, acidentes e até ataques criminosos a escolas, como os sofridos no ano passado, que resultaram em mortes de alunos. A partir desta terça-feira (6), um questionário sobre o clima escolar será aplicado para avaliar o ambiente e, a partir deste diagnóstico, trabalhar as ações.

“Nesta primeira semana, vamos aplicar esse questionário com o objetivo de conseguir compreender qual o clima escolar. Ele será aplicado a todos os diretores, e terá uma aplicação amostral para professores e estudantes”, explicou a subsecretaria de desenvolvimento da educação básica Kellen Senra.

Em março, outro questionário voltado ao sócioemocional vai ser aplicado aos estudantes de todas as 3.425 escolas de Minas Gerais. A partir dos dois estudos, a secretaria de educação vai começar a desenvolver as ações de desenvolvimento emocional dos alunos.

“O objetivo é trazer as competências socioemocionais que já estão previstas na grade nacional comum e no currículo referência de Minas Gerais, e a partir desse projeto, toda a rede será formada para compreender como vamos desenvolver ações pedagógicas para trabalhar essa competências. Hoje, sabemos que precisamos ir muito além do currículo, principalmente após o período pandêmico, que identificamos muitas questões específicas do socioemocional e dessa competências que precisam ser desenvolvidas para melhorar o processo de aprendizagem dos estudantes”, completou.

Casos de violência nas escolas se tornaram uma preocupação para o poder público desde que o ambiente escolar virou palco de ataques, sobretudo, após o período pós-pandemia. Dados do ano passado mostram que apenas nos oito primeiros meses (janeiro a agosto) o Estado contabilizou cerca de 180 casos por mês de lesão corporal e agressão nas instituições de ensino públicas e privadas, conforme a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG). Foram, ao todo, 1.474 registros policiais.

CONSEP realizará palestra na Escola Estadual de Furnas sobre ‘conflitos nas escolas e violência doméstica’

CONSEP realizará palestra na Escola Estadual de Furnas sobre ‘conflitos nas escolas e violência doméstica’ – Foto: divulgação

Continuando o trabalho de base para minimizar os conflitos nas escolas bem como os casos de violência doméstica em São José da Barra (MG), o CONSEP (Conselho Municipal de Segurança Pública), convida a comunidade de Furnas para um encontro na Escola Estadual de Furnas cujo tema será “A arte do conviver”.

A psicóloga Pollyane Freire e a policial militar Jaqueline serão responsáveis pela mediação.

“Acreditamos ser um assunto que merece a reflexão de todos, bem como o estabelecimento de ações para minimiza-lo. Vamos participar!”

A palestra acontecerá às 19h, desta quarta-feira (13), Escola estadual de Furnas no bairro Furnas em São José da Barra (MG).

Projeto que busca coibir violência política contra a mulher é aprovado em 1º turno

Projeto que busca coibir violência política contra a mulher é aprovado em 1º turno – Foto: Guilherme Dardanhan

Em Reunião Extraordinária na manhã desta quarta-feira (30/8/23), o Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em 1° turno o Projeto de Lei (PL) 2.309/20, que cria o Programa de Enfrentamento ao Assédio e Violência Política contra a Mulher. O projeto é de autoria de quatro deputadas: Leninha (PT), Andréia de Jesus (PT), Beatriz Cerqueira (PT) e Ana Paula Siqueira (Rede).

O texto do PL 2.309/20 define como violência política contra a mulher qualquer ação, comportamento ou omissão, individual ou coletiva, com a finalidade de impedir ou restringir o exercício do direito político pelas mulheres.

O projeto estabelece diretrizes e objetivos do programa de enfrentamento à violência política, além de critérios e procedimentos para as denúncias; fixa o dever de comunicação às autoridades por parte dos servidores públicos que tenham tomado conhecimento de atos dessa natureza; e prevê ações a serem instituídas pelo Poder Executivo para tornar eficaz a implementação da política.

Na reunião de Plenário, foram citadas ameaças como as sofridas recentemente pelas deputadas Lohanna (PV), Beatriz Cerqueira (PT) e Bella Gonçalves (Psol), e que se espera coibir a partir da criação do programa.

Foi acatado o texto sugerido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) durante a tramitação do projeto (substitutivo nº 1) e referendado na terça-feira (29) pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, durante a análise da emenda nº1, apresentada em Plenário no dia 23/8. A comissão opinou pela rejeição da mudança.

A emenda foi rejeitada também no Plenário, após falas contrárias e a favor de seu teor. Ela retirava do texto o artigo 3º, cuja manutenção havia sido defendida no parecer da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher por caracterizar a violência política contra a mulher, descrevendo alguns atos habituais de violência, que no entendimento da comissão são naturalizados e precisam ser combatidos.

Antes da votação final em Plenário, a matéria retorna à Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher para receber parecer de 2º turno.

Descrição de condutas consideradas violentas é mantida no texto

Conforme o artigo 3º do texto aprovado do PL 2.309/20, configura violência política contra a mulher, entre outros, os atos descritos em ao menos dez dispositivos, como assediar, constranger, humilhar ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, com a finalidade de impedir ou dificultar sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo.

Também configuram violência política:

  • ameaçar, intimidar ou incitar a violência contra a mulher ou contra seus familiares em razão de sua atuação política;
  • discriminar a mulher no exercício de seus direitos políticos por estar grávida, no puerpério ou em licença-maternidade;
  • realizar atos que prejudiquem a campanha eleitoral de candidata e que impeçam, por qualquer meio, mulheres eleitas de exercerem suas prerrogativas parlamentares em igualdade de condições com os homens;
  • impor à mulher, por estereótipo de gênero, com interseção ou não com raça, cor, etnia, classe social, orientação sexual ou religiosidade, a realização de atividades e tarefas não relacionadas às atribuições de seu cargo.

Monitoramento é um dos objetivos

Entre os 11 objetivos da política, estão instituir mecanismos de monitoramento e avaliação das ações de prevenção e enfrentamento à violência política contra a mulher, por meio de parcerias entre órgãos e entidades públicos e organizações privadas.

São também listados objetivos como promover a divulgação de informações sobre as formas de identificar, denunciar e combater a violência política contra a mulher, bem como ações para fomentar a paridade entre homens e mulheres em todos os órgãos e instituições públicos e nas instâncias decisórias de partidos políticos, associações e organizações políticas.

Parlamentares se dividem em falas

No encaminhamento da votação, parlamentares divergiram sobre o texto do projeto, embora tenham unanimemente criticado a violência política contra a mulher. O principal ponto de divergência é o mencionado artigo 3º.

Manifestaram-se a favor do projeto na forma como passou na CCJ e na Comissão dos Direitos da Mulher as deputadas Ana Paula Siqueira, Lohanna, Bella Gonçalves e Beatriz Cerqueira, essas três últimas tendo recebido ameaças recentemente.

Também se disseram favoráveis os deputados Ricardo Campos e Ulysses Gomes, ambos do PT. Ulysses Gomes afirmou que oito parlamentares em Minas e no Brasil foram vítimas de ameaças recentes.

As parlamentares citadas avaliaram que a própria democracia sofre com a violência política contra a mulher, porque condutas violentas visam obstruir a atuação delas.

O presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leis (MDB), foi citado como tendo tomado providências para apoiar as deputadas ameaçadas, mas elas pediram investigação séria das ocorrências por parte do Estado. 

“Faço aqui um apelo público para que levem a sério as ameaças que sofremos. Agora, andamos escoltadas e aguardamos a devida investigação da Polícia Civil”, frisou Lohanna, para quem não pode se repetir em Minas um caso como o de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018.

“Ninguém quer viver escoltada. O que nós esperamos é dar um recado do Parlamento a esses grupos de ódio e construir um arcabouço legal que proteja tantas outras mulheres que também virão”, acrescentou Bella Gonçalves.

Em desafabo emocionado, a deputada Beatriz Cerqueira leu da tribuna mensagem enviada por um ameaçador, em que este detalha o que fará ao “invadir sua casa”.

“O sistema não nos protege e não sabe lidar com violência política de gênero, sou ameaçada por ser deputada e pelas causas que defendo”, afirmou ela, sobre a necessidade de uma legislação específica para lidar com a questão.

No fim da votação, a 1ª-vice-presidenta da ALMG, deputada Leninha (PT), celebrou a aprovação da matéria e lembrou que também ela já foi ameaçada quando era presidenta da Comissão de Direitos Humanos, ainda na legislatura anterior.

Andréia de Jesus (PT), atual presidenta da mesma comissão, fez relato semelhante.

Subjetividade

Manifestaram-se contra o texto do projeto os deputados Coronel Sandro, Sargento Rodrigues e Bruno Engler, os três filiados ao PL. Eles se posicionaram contra a violência política dirigida à mulher, mas criticaram o teor da matéria, mencionando expressamente o artigo 3º.

Coronel Sandro frisou ser contra qualquer tipo de violência que tenha como vítima a mulher, mas disse que projetos como o PL 2.309/20 “semeiam a discórdia” entre homens e mulheres, porque, no seu entedimento, podem causar confusão.

Segundo ele, o texto traria tipificações genéricas quanto à violência, que na sua análise ferem a proporcionalidade e podem levar críticas de deputados feitos a posicionamentos de deputadas a serem consideradas como uma ofensa à lei.

Sargento Rodrigues disse que, em sua visão de legislador, entende que o projeto, da forma como está, pode trazer “dor de cabeça”, por ser passível de interpretações diferentes.

Bruno Engler (PL) também classificou o projeto de “subjetivo e abrangente”, que não defenderia, e sim diminuiria, o papel das mulheres na política, já que elas, na sua avaliação, têm condições de defender suas ideias.

Órgãos públicos realizam ações de combate à violência em São José da Barra

Ciclo de conversas contará com a participação da psicóloga Pollyanne Freire./ Foto: Divulgação

O Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep), a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a Prefeitura de São José da Barra, a Secretaria Municipal de Assistência Social e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) promoveram ações para a prevenção da violência doméstica e à promoção da cultura de paz em São José da Barra.

Segundo o Consep, liderado no município pela educadora Maria Albina Zero Morais (Nina), tem se empenhado em apoiar positivamente a segurança pública na Barra, que conta com uma equipe de 16 conselheiros, que contribue na abordagem voltada para a prevenção e promoção de uma cultura de paz e lidando com a questão da violência doméstica.

Segundo o conselho, neste segundo semestre ocorrerão entre agosto e novembro duas ações conjuntas. Uma delas será a realização de um ciclo de conversas voltado para a comunidade e os profissionais do município, com a participação da psicóloga e psicanalista Pollyanne Gonçalves Freire. A outra ação será direcionada aos estudantes da Escola Estadual Juscelino Kubitschek e da Escola Estadual de Furnas, que terá a mediação também de Pollyanne e da terapeuta ocupacional Jaqueline Cardoso.

Conforme o órgão, o projeto intitulado “Tudo começa em casa. E, depois de tudo isso? Um olhar sobre a arte do conviver” é uma proposta das duas profissionais que possuem ampla experiência clínica e estão comprometidas com um trabalho atento as sutilezas e as complexidades das questões relacionadas à saúde mental na região.

Ainda segundo o conselho, as ações objetivam lançar luz sobre as dinâmicas que se originam nos lares e oferecer um cuidado especial às questões de violência, que estão presentes nas relações interpessoais, sejam elas sutis ou mais evidentes.

O ciclo de conversas com a psicóloga Pollyanne Freire inicia na próxima quarta-feira, 9, com uma programação mensal que deve percorrer os bairros de Bom Jesus dos Campos, Furnas, Cachoeira da Laje e Can-Can. Já as ações nas escolas terão início na última semana de agosto e deverão ser concluídas no mês de novembro.

Perspectiva

A discussão sobre esses temas têm se tornado de interesse prioritário para diversos órgãos públicos, incluindo para a Organização das Nações Unidas (ONU), que considera erradicar todas as formas de violência como um dos principais objetivos para o milênio 2000-3000. Essa perspectiva demonstra a magnitude e o impacto da violência na vida contemporânea em escala global. (Clic Folha/Luciene Garcia)

Agosto Lilás: Mês de Conscientização no Combate à Violência Contra a Mulher

Agosto Lilás: Mês de Conscientização no Combate à Violência Contra a Mulher – Imagem: Agência Inova

Contribuir na luta contra à violência doméstica é um dever de todos nós. Todos os anos vemos estatísticas entristecedoras em relação a isso. Entretanto é importante estarmos juntos e não desistir de lutar por mais proteção às mulheres.

O oitavo mês do ano é dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher através da campanha Agosto Lilás, que busca chamar a atenção da sociedade para o tema. A campanha foi criada em referência à Lei Maria da Penha, que em 2023 completa 17 anos, e surgiu para amparar mulheres vítimas de vários tipos de violência como física, sexual, psicológica, moral e patrimonial.

O Observatório da Mulher Contra a Violência – do Senado Federal, realiza pesquisa desde 2005 com a população feminina de várias partes do Brasil e em seu último demonstrativo que foi divulgado em 2021 apontou elevação de aproximadamente 30% no número de mulheres que afirmaram ter sofrido violência física. Já no caso de violência psicológica os números subiram 165% e violência moral ultrapassou os 200%. 

Em relação ao feminicídio – assassinato de mulheres em razão do gênero – segundo a Secretaria de Segurança Pública, também houve uma crescente nos registros nos últimos anos. Em 2021, na capital paulista, 33 mulheres foram vítimas de feminicídios. Já em 2022 os números saltaram para 41 e nos primeiros cinco meses deste ano foram registradas 16 mortes.

Disque 180 – Denuncie 

Para comunicar algum caso de violência doméstica ligue para a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, através do 180. O telefone é de abrangência nacional. As denúncias podem ser feitas de forma gratuita e confidencial. A central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive nos fins de semana e feriados. 

Escolas de Minas vão ganhar câmeras de segurança para ajudar a coibir violência

A escalada de violência nas escolas fez com que a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) investisse na instalação de câmeras nas escolas estaduais para tentar minimizar os crimes. A expectativa é que, até o dia 30 de dezembro deste ano, 3.444 das 3.543 instituições estejam com o sistema de monitoramento instalado, e o funcionamento deles está previsto para o início do ano que vem. As câmeras de segurança nas escolas podem ajudar a evitar furtos e roubos, mas também contribuem para identificar autores de ameaças de massacres, destruições e ajudar no controle do acesso às dependências escolares.   

Cada vez mais as ameaças de massacres ou até mesmo a concretização da violência, como o ocorrido em duas escolas Aracruz, no Espírito Santo, se espalham pelo Brasil. Nesta terça-feira (29 de novembro) duas escolas municipais de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, amanheceram destruídas e com frases fazendo referência ao nazismo. Na Escola Municipal José Silvino Diniz, as carteiras estavam quebradas, banheiros foram destruídos e várias paredes com pichações faziam referência ao nazismo.  

Os funcionários suspeitam de um aluno do nono ano, mas a escola não tem câmeras de segurança, o que deve dificultar a identificação do suspeito. Se contasse com monitoramento, toda a ação teria sido gravada. “A escola está sem câmeras neste momento. Foi feita uma requisição para a instalação de câmeras, mas ela não foi aceita, e estamos sem esse, recurso que poderia auxiliar neste caso”, disse um funcionário da instituição. 

Já a Escola Municipal Professora Maria Martins “Mariinha”, no bairro Tropical, amanheceu com os vidros quebrados. A instituição até tinha câmeras de segurança, mas elas não inibiram a ação dos criminosos, que arrancaram os equipamentos e os levaram embora. Na escola também foram escritas frases relacionadas ao nazismo. Ainda não se sabe se os dois crimes têm alguma relação. A Prefeitura de Contagem informou, por nota, que está em andamento um projeto para implantação de um sistema de videomonitoramento específico para as escolas.  

O subsecretário de Administração da Secretaria de Estado de Educação, Silas Fagundes, destaca que a instalação das novas câmeras vai funcionar como um reforço na segurança das escolas. “As câmeras podem auxiliar as forças de segurança na identificação de invasores em caso de furtos e roubos e auxiliar os gestores escolares no controle de acesso às dependências da escola. Os sensores de presença passam a sensação de segurança para professores, alunos e funcionários”, ressalta. 

Segundo ele, o projeto terá um investimento inicial de R$ 48,3 milhões e vai contemplar quase todas as escolas estaduais, exceto as das unidades prisionais, socioeducativas e Colégios Tiradentes da Polícia Militar. A definição dos locais onde as câmeras serão instaladas será feita pela empresa de segurança contratada para colocar o projeto em prática. O monitoramento das câmeras será feito 24 horas por dia, nos sete dias da semana, pela empresa contratada e pela gestão da escola.

A professora do Departamento de Educação e membro do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Publica (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Valéria Cristina enfatiza que as câmeras podem não impedir a concretização de um ataque, mas elas podem contribuir para impedir ações em que a pessoa não faria algo se soubesse que está sendo filmada e também ajudam na identificação dos suspeitos de um crime, como no caso das pichações nazistas nas instituições de educação de Contagem.  

“A instalação de câmeras pode prevenir alguns crimes contra o patrimônio e pode ajudar a esclarecer algum tipo de evento relacionado a conflitos entre estudantes ou envolvendo professores e alunos. Porém, um evento como o de Aracruz dificilmente seria evitado com a presença de câmeras, tal como não foi. Afinal de contas, a ação foi filmada em pelo menos uma das escolas. Esse tipo de resposta pode contribuir para dissuadir atos que seriam possíveis de serem dissuadidos com a presença de vigilância – aquele tipo de ação que, se alguém sabe que se está sendo filmado, ele deixaria de fazer”, destaca a especialista.  

Ainda de acordo com a professora, coibir crimes como furtos e roubos, uma das funções das câmeras de segurança, é importante para aumentar a sensação de segurança nas escolas. “Um ambiente em que se tem uma sensação de insegurança compromete as relações estabelecidas ali. Se eu tenho uma escola onde os professores e funcionários sentem que estão expostos a riscos de furtos e roubos, eles passam a ter um desinteresse de trabalhar no local. Os alunos também passam a não querer estudar naquela escola. Isso contribui indiretamente para dificultar uma boa relação de ensino e aprendizagem”, complementa a professora. 

Só as câmeras não são suficientes

Apesar de acreditar que as câmeras contribuem para ajudar na segurança das escolas, a professora da UFMG destaca que são necessárias outras medidas para conter a violência nesses espaços. “A escola e a comunidade podem contribuir para a prevenção desse tipo de evento, fazendo um acompanhamento próximo dos estudantes, observando as situações de conflito que podem se dar no espaço escolar de uma forma silenciosa, mas extremamente danosa quando escalam para situações de violência. Os casos de bullying, por exemplo, que são parte das motivações dos autores desses massacres, tendem a acontecer em espaços onde circulam professores e parte da equipe pedagógica, e nem sempre eles são entendidos por esses profissionais como algo que precisa ser prevenido, como situações para as quais é necessário realizar algum tipo de intervenção”, destaca. 

Ainda segundo ela, é importante um acompanhamento das questões psicológicas dos estudantes. “Um aluno com problemas de saúde mental também pode ser um sinal de que ele tem uma postura que lhe coloca em uma situação de cometer atos de violência com os demais colegas, se exposto a situação de violência, bullying, piadas e agressões que são entendidas como brincadeiras. É importante ampliar o apoio psicológico e pedagógico mais próximo aos estudantes para tentar identificar, antes que esses eventos aconteçam, sinais de que eles possam acontecer, sinais de que algum estudante ou alguém na comunidade escolar possa estar desenvolvendo um comportamento agressivo a ponto de atentar contra a vida de integrantes da comunidade escolar”, conclui. 

A opinião é compartilhada pelo diretor estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte-MG), Paulo Henrique Santos Fonseca. Segundo ele, as câmeras são importantes para controlar o acesso às escolas, mas a violência nesses espaços deve ser combatida com educação. “Estamos em um momento em que o ódio vem sendo incentivado na sociedade e reflete na escola. Precisamos ter um debate com a comunidade para revertermos essa situação. Os professores precisam ter liberdade para discutir temas com os alunos. A escola tem que retomar o papel de passar informação, de contar a história sem interferência e censura”, considera. 

Além das câmeras, a Secretaria de Estado de Educação informou que a rede pública estadual de ensino desenvolve diferentes iniciativas, ações e projetos no combate à violência no ambiente escolar. Dentre as ações está a “atuação de Psicólogos e Assistentes Sociais nas escolas através do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), que atendem de forma itinerante as unidades escolares pertencentes ao seu núcleo de atuação”. “No Estado, foram criados núcleos nas 47 Superintendências Regionais de Ensino (SRE). Juntos, os profissionais desenvolvem ações que cooperam para o processo de ensino-aprendizagem, auxiliando as escolas no desenvolvimento do processo pedagógico com o objetivo de prevenir e minimizar os problemas educacionais orientando os gestores na mediação desses conflitos”, informa.  

Belo Horizonte teve 186 registros de violência nas escolas em 2022 

Nas escolas de Belo Horizonte foram 186 casos de violência registrados pela Guarda Municipal até o dia 3 de novembro deste ano. Foram 22 crimes de ameaça e 37 de agressão. Os outros registros são relacionados a furtos e roubos. O município tem 323 instituições de ensino pública e 145 Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei).  

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Smed), “as escolas possuem sistema de alarme e concertina nos muros, além de porteiros terceirizados”. “As escolas são monitoradas, e a Smed realiza projetos pedagógicos entre alunos e professores, para a melhoria da convivência e a segurança nas instituições. Há também a Gerência do Clima Escolar e o Plano de Convivência Escolar, além de ações de abordagem preventiva e o tratamento das situações de violência”, explica.  

Além disso, o município tem também um documento chamado “Escola, Lugar de Proteção: Guia de Orientações e Encaminhamentos”, que traz orientações para casos de violência nas instituições de educação. A Guarda Municipal também atua na prevenção com a Patrulha Escolar e palestras para combater o bullying, o ciberbullying e o uso de linhas  

A maioria das instituições de ensino particulares de Minas possuem câmeras de segurança, segundo o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinep-MG), tanto para coibir atos de violência como para monitorar e garantir a segurança dos frequentadores.  

Ainda segundo o sindicato,  são também efetuadas outras medidas de prevenção como projetos objetivando autoconhecimento, autocuidado, construção de valores, relações saudáveis e construção de vínculos afetivos; acompanhamento diário dos alunos com diálogos, orientações, escuta das dificuldades que envolvem as relações sociais, a expansividade, a comunicação não violenta e a convivência saudável; e atuação de profissionais externos para combater bullying, ciberbullying e suas consequências em todas as faixas etárias, entre outras medidas.

Mulher vítima de violência doméstica pede socorro através de bilhete pendurado no portão de casa em Muzambinho

Uma mulher vítima de violência doméstica pediu socorro através de um bilhete pendurado no portão da casa dela, no bairro Jardim Altamira, em Muzambinho (MG). De acordo com a Polícia Militar, no bilhete a mulher de 30 anos pedia ajuda por estar sendo agredida frequentemente pelo marido e disse que tinha medo por sua vida e a de seus familiares caso denunciasse as agressões. No bilhete também constava que o homem tinha uma arma.

Ainda de acordo com a PM, o disque-denúncia de Belo Horizonte recebeu a informação de que uma moradora de Muzambinho estaria sendo vítima de violência doméstica. Quando os militares foram averiguar a denúncia, encontraram o bilhete pendurado na fechadura do portão da casa.

Diante dos militares, a vítima confirmou que estava sendo agredida e ameaçada pelo companheiro. A mulher também confirmou que escreveu o bilhete e que o homem tinha uma arma na casa onde moravam.

Durante as buscas, os policiais encontraram no telhado da varanda da casa uma carabina de fabricação artesanal, calibre 38. O carregador estava alimentado com quatro cartuchos intactos e com uma munição intacta na câmara, sendo um total de nove munições. O homem confirmou aos policiais conseguiu ilegalmente o objeto no estado de São Paulo.

O homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma. A arma e as munições encontradas foram apreendidas e encaminhadas para a delegacia.

A vítima foi encaminhada para o pronto-socorro. Segundo a PM, os exames confirmaram os hematomas no corpo da mulher. Segundo a vítima, as lesões foram ocasionadas pelo suspeito em uma data passada. A mulher será acompanhada pelo serviço assistencial do município.

Campanha idealizada por São José da Barrense ganha destaque Internacional

Campanha “Junho Violeta” para mobilizar a população contra a violência a pessoa idosa foi lançado em todo país, com o objetivo de conscientizar e diminuir a violência contra a pessoa idosa. O jovem mineiro Romulo Leandro idealizou a campanha em 2017.


A violência contra a pessoa idosa é um problema que se agrava e se estende, gradativamente, nos dias atuais. O idoso se torna uma vítima fácil, por, muitas vezes, depender de seus familiares em diversos aspectos, seja nos cuidados da saúde, nas relações sociais, na dependência financeira ou até mesmo pela simples convivência familiar.

Os maus-tratos contra o idoso representam uma grave violação de seus direitos como cidadãos, demonstrando assim, o retrocesso da evolução social quanto às afirmações dos direitos humanos, pois as mudanças ocorrem constantemente no país e no mundo. Sendo que a violência doméstica é a que mais contraria os princípios desses direitos que resguardam e protegem a pessoa idosa prevista no ordenamento jurídico internacional e brasileiro.


Dia 15 de junho marca o Dia Mundial da Conscientização da Violência conta a Pessoa Idosa. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência Contra à Pessoa Idosa, com o objetivo de serem preservados os direitos desses cidadãos e dessas cidadãs. Nosso idosos precisam de proteção e acima de tudo de respeito para que possam completar os ciclos com dignidade. Lutamos diariamente para isso.

Atualmente no Brasil temos 26 milhões de pessoas idosas com 60 anos ou mais, o que representa 13% da população brasileira. Sendo que a maior parte (20,95 milhões) vive em áreas urbanas e é composta por mulheres (13,84 milhões). O País atingiu também a marca de 49.177 centenários(as) (IBGE-2013).


De acordo com o idealizador e responsável pela criação do junho violeta Romulo Leandro, a iniciativa tem como objetivo estender a campanha para todo mês de junho e mobilizar toda população sobre este tipo de violência que vem crescendo a cada dia. Atualmente temos uma grande mobilização no dia 15 de junho onde diversos Conselhos, Instituições e população criam campanhas de conscientização.


”A cor violeta é o símbolo da luta contra a Violência ao Idoso. O tema é chamativo, onde ao invés de violentar um idoso, que tal darmos uma violeta em forma de gratidão por eles existirem. O lema nos chama atenção para que possamos tratar os idosos com dignidade e respeita-los de forma que merecem, pois, viveram uma vida árdua para chegarem onde chegaram. As três violetas simbolizam que temos que ter muito cuidado e que não precisamos de muita coisa para que elas floresçam e sim de carinho e atenção diário”. Destaca Romulo Leandro.


”Convidamos a todos para juntos abraçarmos e aderirmos esta campanha. Se cada um fazer sua parte teremos os direitos dos idosos respeitados, pois, todos nós iremos nos envelhecer, e ter paciência é uma dádiva de Deus. Não feche os olhos diante desta violência, caso desconfie ou presencie algum ato de violência contra o idoso, denuncie para o Direitos Humanos, disque 100, o atendimento é 24h”. Finaliza Romulo.


Romulo Leandro Alves, nasceu em São José da Barra, pequena cidade interiorana do sudoeste de Minas Gerais, porém, residiu em diversas cidades devidos oportunidades de trabalho, dentre elas destacam Varginha, Divinópolis, Arcos e São Paulo.


Ministra Damares Alves convida Romulo para discutir o fortalecimento das políticas públicas voltada aos idosos.


Os deputados federais Julio Cesar Ribeiro (DF) e Ossesio Silva (PE), estiveram com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, para debater o fortalecimento de políticas públicas em defesa da pessoa idosa

Na ocasião Julio Cesar reafirmou o seu apoio e reforçou o trabalho da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa na Câmara. “Queremos reafirmar o nosso empenho na aprovação e articulação na tramitação de propostas em prol dos idosos. Além disso, estamos aqui para destacar a atuação da Frente como um grande canal democrático de comunicação direta entre esse segmento e o parlamento”, disse.


Na Câmara dos Deputados, Julio Cesar Ribeiro é o atual presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Idosos, acompanhado do republicano Ossesio Silva, que ocupa a vice-presidência do colegiado.


A Frente tem o objetivo de promover políticas públicas relativas à defesa do idoso; acompanhar a tramitação de matérias que tratem do assunto correlato, fiscalizando o efetivo cumprimento das normas aprovadas pelo Congresso Nacional; e estimular a assistência ao idoso, propondo e analisando projetos que garantam a promoção e defesa dos direitos dos idosos.


Após reunião a Ministro entrou em contato com Romulo, para que o mesmo fosse para Brasília conhecer seu ministério, porém, devido a compromissos o encontrado foi adiado para janeiro de 2020.

Bruno Covas convida Romulo para seu secretariado


Entre os anos de 2014 e 2017, Romulo Leandro além de desenvolver a Campanha de Concientização em defesa dos Idosos, participou efetivamente de diversos projetos na cidade de São Paulo.

Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes:


O Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI) é um serviço público da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, da Prefeitura de São Paulo. Localizado no centro da cidade de São Paulo, o CRAI oferta apoio especializado e multilíngue para imigrantes, com foco em orientações sobre regularização migratória e acesso a direitos sociais, orientação jurídica e do serviço social, bem como encaminhamento de denúncias de violações de direitos humanos.

Acolhimento à Migrante


Surgiu a partir do apelo social da imigração Haitiana chegando a São Paulo. Por ser uma entidade franciscana, o Sefras sentiu-se interpelado a abrir as mãos em solidariedade a esta questão e assim criou o Centro de Acolhida do Imigrante (Sefras Migrante) para o qual estabeleceu parceria com o poder público através da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. E o dia 28 de agosto de 2014 ficou marcado como a data da fundação do serviço.


O Sefras Migrante acolhe refugiadas e solicitantes de refúgio, provenientes de diversas partes do mundo. É um serviço que oferece acolhimento 24 horas e dispõe de alimentação, banho e atendimentos psicológico, social e jurídico. Por meio de um acolhimento humanizado, o serviço oferece acesso à garantia dos direitos básicos e acompanhamento para o processo de saída da situação de rua, buscando o caminho da autonomia dos participantes. Infelizmente nem sempre as oportunidades de acesso garantem o protagonismo do imigrante, devido aos desafios de aprovação da documentação (RNE) e dificuldade de acesso ao trabalho no momento em que chega ao país, caracterizado por cargos inferiores e salários baixos; além de grandes desafios na obtenção de moradia autônoma.


Outras frentes de trabalho foram dirigidas e implantadas por Romulo que já recebeu diversos títulos.


Assim como a a criação e manutenção do Centro de Acolhida para crianças e adolescentes em Perus e Caieiras (SP).


Rio de Janeiro


Na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro o projeto de Romulo Leandro se tornou lei


PROJETO DE LEI Nº 4372/2018
EMENTA:
ALTERA A LEI Nº 5.645/2010 E INCLUI NO CALENDÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A CAMPANHA JUNHO VIOLETA, POR DIGNIDADE E RESPEITO COM A PESSOA IDOSA.


Autor(es): Deputada TIA JU
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESOLVE:
Art. 1º. Fica incluído no Calendário Oficial do Estado do Rio de Janeiro a campanha “Junho Violeta, por Dignidade e Respeito com a Pessoa Idosa”, a ser realizada durante o mês de junho.


Art. 2º. A campanha “Junho Violeta, por Dignidade e Respeito com a Pessoa Idosa” tem como objetivo desenvolver ações de mobilização, sensibilização e conscientização da população, no âmbito do estado do Rio de Janeiro, sobre todos os tipos de violência contra as pessoas idosas.


Parágrafo Único. A campanha Junho Violeta terá como símbolo um pequeno laço de cor violeta.


Art. 3º. A campanha “Junho Violeta, por Dignidade e Respeito com a Pessoa Idosa” será desenvolvida no âmbito das unidades públicas de educação e de saúde da rede estadual durante o mês de junho, da seguinte forma:
I- Realização de palestras e debates e exibição de filmes para os pais e alunos da rede escolar, além da promoção de concursos de redação e de desenhos, e outras práticas pedagógicas destinadas aos alunos;
II- Realização de palestras e debates para os profissionais da rede de saúde, a serem ministrados por psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos da Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI).
Art. 4º. O Poder Executivo fica autorizado a iluminar os prédios públicos no âmbito do estado do Rio de Janeiro com a cor violeta durante o mês de junho para divulgar a campanha Junho Violeta.
Art. 5º. O Anexo da Lei nº 5645, de 06 de jJaneiro de 2010 passa a vigorar com a seguinte redação:
CALENDÁRIO DE DATAS COMEMORATIVAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(…)
Junho
Campanha “Junho Violeta, por Dignidade e Respeito com a Pessoa Idosa”
Art. 6º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 01 de agosto de 2018.
Deputada TIA JU
Líder do PRB


JUSTIFICATIVA


A iniciativa de lançar a campanha “Junho Violeta”, com o tema “Violetas contra a Violência” e o lema “Dignidade e Respeito para com a Pessoa Idosa”, surgiu em São Paulo, com o Serviço Franciscano de Solidariedade, em parceria com a Associação dos Bancários Aposentados. Idealizada pelo jovem mineiro Romulo Leandro Alves, a campanha Junho Violeta tem como objetivo mobilizar a população, utilizando a cor violeta como símbolo da luta contra a violência ao idoso. Nesta proposta, inclui-se a possibilidade da doação de violetas como forma de gratidão pela vida dos nossos idosos, lembrando que elas, assim como eles, precisam apenas de carinho e atenção para que permaneçam vivas.


Embora o dia 15 de junho marque o Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, instituído, em 2006, pela ONU, a finalidade desta campanha é disseminar o debate ao longo de todo o mês de junho, pois a violência contra os idosos cresce e se agrava com velocidade.


O Brasil já possui mais de 30 milhões de pessoas que estão acima dos 60 anos de idade. Somente em 2017, o Disque 100 recebeu 33.133 denúncias de violência contra idosos, com 68.870 violações. Seja imposta pelos próprios familiares (76,3% dos casos), por empregadas domésticas, cuidadores ou por funcionários de instituições de saúde, os idosos não têm como se defender diante de maus tratos, negligência (76,84%), abandono, abuso financeiro (42,82%), e violência física ou psicológica (56,47%).

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