Jornal Folha Regional

Zema recua e apresenta PL que reajusta salário dos professores

Depois de ser pressionado pela oposição, o governo de Minas Gerais registrou na última terça-feira (30), na Assembleia Legislativa de Minas de Gerais (ALMG), o Projeto de Lei (PL) 822/23, que prevê o reajuste proporcional do salário dos professores do estado conforme o Piso Nacional do Magistério.

O aumento proposto pelo governador Romeu Zema (Novo) é de 12,84%, alterando o salário inicial da classe de R$ 2.350,49 para R$ 2.652,22.

Em abril, o Ministério da Educação anunciou o reajuste do valor do piso nacional para o ano de 2023 no patamar de R$ 4.420,55.

“Em Minas Gerais, a carga horária dos profissionais da educação básica é de 24 horas semanais, e o piso foi estabelecido em âmbito nacional para uma carga horária semanal de 40 horas”, disse o governo mineiro em nota.

De acordo com o bloco Democracia e Luta, os deputados de oposição iniciaram um processo de obstrução da pauta da ALMG em 17 de maio para que este e outros projetos fossem pautados pelo Executivo. 

“A enrolação do governo Zema para atender às reivindicações dos professores motivou isso. A proposta de reajuste de 12,84% é menor do que o pleiteado pela categoria, mas é o início do diálogo que inclui também as demandas de todos os servidores públicos”, disseram em nota.

Zema afirma que vem conversando com investidores sobre privatizar estatais

Imagem: redes sociais

O governador Romeu Zema (Novo) afirmou que vem conversando com investidores sobre a privatização de Cemig, Copasa, Gasmig, Codemig e concessão da rodoviária de Belo Horizonte. Ele está em viagem aos Estados Unidos onde participou da abertura de um pregão na Bolsa de Valores Nasdaq para lançar o “Vale do Lítio”, ação com intenção de desenvolver cidades do Nordeste e Norte de Minas em torno do lítio.

“Vamos iniciar esse processo pela Codemig e depois as demais. Isso significa um avanço muito grande porque tanto Cemig quanto Copasa e Gasmig precisam de bilhões de reais para atender melhor o mineiro”, afirmou o governador em entrevista.

Desde 2019, Zema vem fazendo reiterados acenos a intenção de negociar a companhia. Na época, o líder do Executivo mineiro conseguiu autorização para que 49% da companhia fossem negociados, mas o assunto nunca evoluiu na bolsa de valores.

No ano passado, ele chegou a pedir celeridade para a Assembleia Legislativa para o Projeto de Lei que tratava do tema de desestatização, mas o pedido foi negado.

Atualmente, a Codemig é uma sociedade de economia mista, administrada indiretamente pelo estado, dedicada à exploração de nióbio.

Para justificar sua decisão, Zema argumenta que Minas Gerais não possui recursos para melhorar o atendimento à população e que a iniciativa privada pode atender essa demanda de forma mais eficiente.

“Minas não tem recurso para fazer esses investimentos, para colocar, para aportar nessas empresas. Nós temos investidores privados que têm recursos de sobra”, completou o governador.

A privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) também é um desejo antigo do governo Zema, mas a pauta não teve avanços no legislativo.

Zema sanciona aumento do próprio salário e de secretários em quase 300%; veja valores

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionou o reajuste de 298% de seu salário nesta quarta-feira (3). Medida, aprovada pela Assembleia Legislativa (ALMG) foi divulgada no Diário Oficial do Estado. No texto, há previsão de que o chefe do Executivo, assim como o vice, Mateus Simões (Novo), e secretários, recebam até R$ 42 mil pelo serviço.  

Quando foi protocolado pela Mesa Diretora da Assembleia, no fim do mês passado, o projeto que propôs o aumento escalonado nos salários, foi defendido por Zema como um reajuste necessário. “São mais de 15 anos de congelamento dos salários dos Secretários Estaduais, situação incompatível com o cargo. Agradeço a ALMG que apresentou, a meu pedido, PL que resolve o problema”, escreveu o governador no Twitter. 
 
Os vencimentos saltaram de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil até 2025, enquanto o salário do vice-governador poderá chegar a R$ 37,6 mil. Salários dos secretários poderão chegar, nos próximos dois anos, a R$ 34,7 mil, de acordo com a proposta. A expectativa é que o pagamento dos adjuntos chegue a R$ 31,2 mil.

Justificativa

Na justificativa do projeto de lei, a Mesa Diretora da ALMG deixa claro que os reajustes foram pedidos pelo Executivo. Além disso, a justificativa informa que “a proposta apresentada busca corrigir os valores dos subsídios mencionados, que estão em vigor desde janeiro de 2007, utilizando-se como referência o subsídio estabelecido para o Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, no caso do Governador, e aquele fixado para o Deputado Estadual, no caso dos Secretários de Estado. Para definir os subsídios do Vice-Governador e do Secretário Adjunto de Estado, foi utilizado o percentual de 90% dos valores previstos, respectivamente, para o Governador e para o Secretário de Estado”. O projeto deve receber parecer da Mesa Diretora e depois segue para votação em plenário.

Durante a campanha eleitoral pela disputa de seu primeiro mandato, em agosto de 2018, Zema – que foi o candidato mais rico com um patrimônio declarado de R$ 69.752.863,96 –  registrou no 9º Ofício de Notas de Belo Horizonte a promessa de não receber salário. No documento oficializado, o então candidato registrou, ainda, que o vice-governador e os secretários também deixariam de receber “enquanto houver funcionário ativo ou inativo com vencimentos, aposentadorias ou pensões em atraso e parcelamento”. Como não era possível deixar de receber, a partir do momento que foi eleito, Zema informou que ele e o seu vice à época, Paulo Brant, estavam doando os salários, mas os secretários receberam normalmente.

Ao fim do escalonamento, o vice-governador Professor Mateus Simões deverá receber R$ 37.660,94, enquanto secretários devem passar a receber R$ 34.774,64 e secretários adjuntos, R$ 31.297,18.

Texto sancionado:

Art. 1º – O subsídio mensal do Governador fica fixado em: I – R$37.589,96 (trinta e sete mil quinhentos e oitenta e nove reais e noventa e seis centavos), a partir de 1º de abril de 2023; II – R$39.717,69 (trinta e nove mil setecentos e dezessete reais e sessenta e nove centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2024; III – R$41.845,49 (quarenta e um mil oitocentos e quarenta e cinco reais e quarenta e nove centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2025 

Art. 2º – O subsídio mensal do Vice-Governador fica fixado em: I – R$33.830,96 (trinta e três mil oitocentos e trinta reais e noventa e seis centavos), a partir de 1º de abril de 2023; II – R$35.745,92 (trinta e cinco mil setecentos e quarenta e cinco reais e noventa e dois centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2024; III – R$37.660,94 (trinta e sete mil seiscentos e sessenta reais e noventa e quatro centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2025 

Art. 3º – O subsídio mensal dos Secretários de Estado fica fixado em: I – R$31.238,19 (trinta e um mil duzentos e trinta e oito reais e dezenove centavos), a partir de 1º de abril de 2023; II – R$33.006,39 (trinta e três mil e seis reais e trinta e nove centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2024; III – R$34.774,64 (trinta e quatro mil setecentos e setenta e quatro reais e sessenta e quatro centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2025 

Art. 4º – O subsídio mensal dos Secretários Adjuntos de Estado fica fixado em: I – R$28.114,37 (vinte e oito mil cento e quatorze reais e trinta e sete centavos), a partir de 1º de abril de 2023; II – R$29.705,75 (vinte e nove mil setecentos e cinco reais e setenta e cinco centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2024; III – R$31.297,18 (trinta e um mil duzentos e noventa e sete reais e dezoito centavos), a partir de 1º de fevereiro de 2025 

Art. 5º – Fica assegurada aos agentes públicos de que tratam os arts. 1º a 4º a percepção da gratificação natalina, calculada proporcionalmente ao período de exercício do respectivo cargo no ano 

Art. 6º – Ao Governador, ao Vice-Governador, aos Secretários de Estado e aos Secretários Adjuntos de Estado é permitida a percepção de remuneração de qualquer natureza pela participação em apenas um conselho administrativo ou fiscal da administração direta ou indireta 

Art. 7º – Fica revogada a Lei nº 16.658, de 5 de janeiro de 2007 

Art. 8º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação 

O governador Romeu Zema (Novo) justificou, nesta sexta-feira (24/3), a necessidade do reajuste de quase 300% no salário do chefe do Executivo e de seus secretários. Em suas redes sociais, o governador disse que a medida é necessária para que Minas continue atraindo e mantendo “os mais competentes” em seus quadros técnicos. Zema aproveitou a postagem para agradecer à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

Zema não descarta candidatura à presidência em 2026

O governador Romeu Zema (Novo), reeleito em Minas Gerais, não descartou a possibilidade de se candidatar à presidência nas eleições de 2026, mas disse que ainda é cedo para conversar sobre isso.

“Vamos conversar sobre isso daqui a três anos. Falo que quem faz o segundo andar de um prédio tem que estar preocupado é em bater a laje do terceiro. Mas estão me falando sobre a construção do vigésimo. Vamos falar disso no momento adequado. Meu foco agora é resolver os problemas de Minas”, disse. A fala de Romeu Zema foi dada em entrevista publicada nesta segunda-feira (10) pelo Jornal Folha de S.Paulo.

O governador ainda citou que a prioridade é concluir os dez hospitais regionais com obras interrompidas no Estado. Uma dessas obras, a do Hospital Regional de Divinópolis, na região Central, foi alvo de um comentário e uma promessa do candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Em entrevista coletiva neste domingo, antes de um ato de campanha em Belo Horizonte, o ex-presidente comentou que esteve com um ex-prefeito de Divinópolis e garantiu que em seu governo, caso eleito, irá concluir as obras do hospital regional na cidade.

Zema também falou sobre a fusão do Novo com outro partido para conseguir fugir da cláusula de barreiras, que diminui recursos de partidos políticos que não atingiram um mínimo de votos nas eleições e desobriga o convite para participação de debates em emissoras de rádio e televisão.

Zema toma posse em Minas, menciona tragédia de Brumadinho e enaltece gestão da crise

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), exaltou ações do seu primeiro mandato no estado durante discurso de posse neste domingo 1º, após ter sido reeleito em outubro.

Zema mencionou os acordos de reparação firmados com os atingidos pela tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro de 2019. O rompimento, que causou pelo menos 267 mortes, é atribuído por especialistas à falta de responsabilidade de mineradoras e a um sistema de licenciamento afrouxado.

“Assumimos a responsabilidade de buscar uma justa reparação aos atingidos, uma justa compensação pelo impacto socioeconômico e ambiental provocado em todo o estado e de solucionar a crise de insegurança gerada por mais um rompimento de barragem de enormes proporções”, declarou.

Zema disse que seu governo firmou o “maior termo de reparação da história do Brasil” e mencionou o valor de 37 bilhões de reais. Segundo ele, o montante aplicado “já dá resultados práticos”. O governador, no entanto, é criticado por movimentos sociais que tratam do tema, sob a acusação de favorecer as mineradoras.

Ele evitou mencionar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diferentemente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que enalteceu a última gestão federal e fez agradecimentos.

Associado ao eleitorado bolsonarista, Zema venceu o candidato indicado pelo presidente Lula (PT), Alexandre Kalil (PSD). O petista, porém, saiu vencedor no estado no segundo turno contra Bolsonaro, com 50,2% dos votos.

Leia a íntegra do discurso de Zema:

Quero saudar primeiramente o vice-presidente da ALMG, deputado Antônio Carlos Arantes, em nome de quem eu saúdo todos os demais deputados. Quero também cumprimentar e agradecer a presença dos meus familiares, agradeço também a presença dos familiares do vice-governador e estendo a todas as demais autoridades do Legislativo, Executivo, Judiciário, integrantes das forças de segurança, prefeitos, vereadores, imprensa e demais autoridades que nos honram com sua presença. Há quatro anos iniciava neste mesmo local minha trajetória como gestor público, depois de mais de 30 anos de experiência com empresas, começou naquele dia uma jornada em serviço aos mineiros. E se os setores públicos e privados são verdadeiramente diferentes, o intuito por trás muito se assemelha quando o olhar do gestor é pelo atendimento às pessoas. No balcão de uma loja ou no serviço de atendimento público, o desejo de quem os procura é o mesmo: ser atendido corretamente, de maneira honesta, justa, e principalmente, receber por aquilo o que paga. Especificamente, no caso do setor público, em tributos. Assim, retorno hoje a essa casa legislativa, no meio da travessia que se renovou por mais quatro anos diante da confiança daqueles que diariamente são atendidos pelos serviços do Estado. Seja na saúde, na educação, estradas, nos campos e nas cidades. O que significa que, em sua maioria, enxergam na atual gestão do governo de MG o atendimento adequado, ou pelo menos melhor do que acontecia antes.

Isso acontece porque o ambiente agora é completamente diferente do momento inicial, assumi o governo de MG em uma situação de total descrença com a política, em um dos piores momentos da história desse Estado. As galerias aqui estavam lotadas de prefeitos em greve simbólica protestando contra um calote inédito provocado pelo Executivo estadual passado. As manifestações que emergiam transformaram o momento solene em cobrança. Justa, é verdade, mas que naquele momento sequer havia tomado conhecimento do seu tamanho. Portanto, desde o primeiro momento da minha gestão, fui cobrado e sabia que teria um desafio extraordinário para colocar nosso Estado de novo nos trilhos.

Já no primeiro mês do governo, enfrentamos a tragédia de Brumadinho e assumimos a responsabilidade de buscar uma justa reparação aos atingidos, uma justa compensação pelo impacto socioeconômico e ambiental provocado em todo Estado, e de solucionar a crise de insegurança gerada por mais um rompimento de barragem de enormes proporções. Firmamos o maior termo de reparação da história do Brasil, no valor de R$ 37 bi e que já dá resultados práticos.

Junto com o Ministério Público e essa ALMG, implementamos a lei “Mar de Lama Nunca Mais”, que aumentou a segurança dos empreendimentos minerários e tornou mais rigoroso o monitoramento da atividade. As barragens a montante foram proibidas em novos licenciamentos e as já existentes estão em processos de descomissionamento. Estruturas como essas que causaram os desastres de Brumadinho e Mariana serão parte de um passado.

A partir do meu segundo ano de gestão, também enfrentamos a maior pandemia dos últimos 100 anos, que nos colocou sob pressão a ponto de em determinado momento ter que exigir restrições para o bem estar coletivo. Tivemos que gerenciar uma demanda de saúde pública só vista em cenários de guerra. Entramos em estado de calamidade pública, movemos forças imensuráveis para comprar equipamentos, contratar médicos, abrir leitos e reduzir os impactos da enorme crise sanitária e social. Fizemos a maior operação de vacinação da história, ainda estamos superando a pandemia, mas já ultrapassamos o pior, com relevante índice para nós mineiros: a menor taxa de mortalidade das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste. As vidas salvas não retiram a dor e o sofrimento de famílias que perderam seus entes queridos, mas são um alento e demonstração que a gestão pública dos recursos e da saúde foi feita de maneira honesta e com responsabilidade.

Em meio aos desafios previstos e tantos outros inesperados, alcançamos conquistas e melhorias em praticamente todas as áreas de atuação do Estado. Resumidamente, vou elencar aqui as principais. Pagamos R$ 30 bi em dívida, inclusive com as prefeituras, que agora têm condição de investir. Alcançamos o posto de Estado mais seguro do Brasil, segundo dados do Ministério da Justiça. Aumentos a participação da economia mineira no PIB do Brasil de 8,8% para 9,3%, o melhor resultado em 20 anos. Facilitamos a vida de quem trabalha e produz, geramos mais de 600 mil empregos diretos com carteira assinada. Atraímos mais de R$ 270 bi em investimentos privados. Reformamos 1.700 escolas estaduais. Retomamos o pagamento do piso mineiro de assistência social e reajustamos o valor do mesmo em 50%, um compromisso com as prefeituras e pessoas mais vulneráveis. Estamos dando uma profissão para 130 mil jovens mineiros que estão participando dos cursos técnicos do Trilhas de Futuro. Tivemos investimentos recordes em saúde com reforma e ampliação de hospitais e das cirurgias eletivas. Fomos também o primeiro Estado da América do Sul a aderir à campanha de zerar as emissões de gases estufa até 2050, demonstrando nosso compromisso com a sustentabilidade. Os servidores passaram a receber em dia os salários e benefícios e tiveram em 2022 a reposição inflacionária, uma obrigação que ficou quase 6 anos sem ser cumprida. Nos momentos críticos da economia brasileira, congelamos tributos e reduzimos impostos para aliviar o bolso dos mineiros e fizemos tudo isso sendo o Estado mais transparente do Brasil, segundo ranking da Controladoria Geral da União. Demonstrando que é possível, sim, fazer gestão pública de maneira honesta, justa e, principalmente, com respeito com recursos públicos.

É verdade que não tivemos somente acertos, mas vale ressaltar que minha gestão tem a humildade de estar sempre aberta ao diálogo que promova melhorias, sem compromisso com erro, muitas vezes precisamos reavaliar decisões e corrigir rotas. Há conhecimentos que só a experiência é capaz de trazer, mas só é possível alcança-lo se houver abertura ao diálogo para ouvir contraditórios que permitam ampliar a visão. As urnas mostraram com a nossa vitória em primeiro turno, que nosso saldo é positivo e que estamos trilhando o caminho certo. Por isso teremos mais 4 anos para trabalhar. Após arrumar a casa, e colocar o trem de novo nos trilhos, estamos prontos para fazer essa locomotiva acelerar. Com a experiência adquirida, agora em cenário mais positivo de equilíbrio fiscal, meu compromisso é o de fazer nesses próximos 4 anos um governo muito melhor que o primeiro e para isso conto com o auxílio e contribuição dos senhores e senhoras. Temos muito o que fazer ainda. Em 2023 teremos a retomada das obras dos hospitais regionais há anos paralisadas, uma demanda histórica que começa a se transformar em realidade e vai beneficiar milhares de mineiros. As rodovias começaram a passar por uma grande restauração. Ao longo de quase todo o meu mandato, só pude fazer tapa-buracos, por isso ainda é crítica a situação das estradas e reconhecemos isso. Mas agora estamos recuperando as rodovias com asfalto novo. Colocaremos em obra o Rodoanel, que será a maior intervenção viária da região metropolitana das últimas décadas, que vai reduzir o número atrasos e acidentes no Anel Rodoviário. Conseguimos garantir o leilão do metrô de BH, um investimento de mais de $3 bi, que vai, enfim, melhorar o sistema atual e expandir a linha para o Barreiro, facilitando o transporte de milhares de pessoas na capital. Obras fundamentais para o desenvolvimento de Minas, que vão levar mais que os 4 anos da nova gestão, mas o mais importante já está feito, que é garantir os recursos para execução e começa-las. Em 2023 os produtos rurais de Minas começam o ano com Estado reconhecido como área livre da febre aftosa, o que libera a obrigatoriedade de vacinação, gerando redução de custos e a abertura ao mercado internacional.

Por fim, temos como missão fazer a repactuação dos termos da tragédia de Mariana, que dará finalmente uma justa reparação à população da Bacia do Rio Doce atingida por esse desastre há mais de 7 anos. Seguiremos avançando em todas as áreas, fortalecendo os serviços públicos, economia para que possa se realizar o sonho de termos um emprego digno para cada mineiro. O sonho de dizer que aqui em Minas só não trabalha quem não quer, pois igualdade de oportunidades haverá para todos. Em meu primeiro discurso de posse, disse que Minas sairia da crise em que estava maior do que entrou. Estamos hoje no meio desse caminho de retomada do protagonismo político, econômico e social.

Na maior obra da literatura brasileira, em Grande Sertão Veredas, o mineiro Guimarães Rosa escreveu: “O real não está na saída, nem na chegada, ele se dispõe pra gente no meio da travessia”. É agora, percorrendo esse caminho, que podemos influenciar o futuro que deixaremos para os mineiros. A saída já ficou pra trás, é parte do passado, a chegada é uma meta, mas a nossa travessia está em curso e ela será bem mais rápida e bem sucedida se estivermos todos juntos, no mesmo barco, remando na mesma direção. Tenho certeza que o bem estar dos mineiros é interesse comum entre o Poder Executivo, Legislativo, Judiciário, MP, Defensoria Pública e a sociedade civil. Todos temos como missão fazer de Minas e do Brasil um lugar mais livre, mais rico e mais igualitário. Por isso é fundamental que sejamos alinhados sobre o caminho que devemos seguir. Se estamos no mesmo barco e remamos em sentidos opostos, permaneceremos no mesmo lugar. Os maiores avanços que alcançamos ao longo do nosso governo vieram quando, juntos, seguimos em uma mesma direção. Cito como exemplos termo de reparação de Brumadinho e acordos firmados para pagamentos de dívidas com os municípios e também com o TJMG.

Muitas vezes, para remarmos em um mesmo sentido, é preciso que a tripulação discuta sobre qual a melhor rota e chegar a esse entendimento pressupõe diálogo e respeito mútuo. Ao deparamos com dificuldades para um consenso, o caminho deve ser sempre o da flexibilidade para concessões e disposição para continuar o trabalho em busca de união e nunca pra ver quem rema mais forte. Tenham a certeza que o governo de MG seguirá os próximos anos pautado pelos princípios de colaboração, justiça e transparência. Muito dos desafios que enfrentaremos nesse nosso governo só serão superados com apoio dessa casa legislativa. Temos e teremos projetos importantes para destravar o desenvolvimento do Estado. Estamos todos no mesmo barco, temos todos o mesmo objetivo, por isso conto com os senhores e senhoras deputadas para atuarmos como um grande time que conduzirá Minas para outro patamar. Essa é a principal meta do meu segundo governo.

Podem contar também com apoio do Executivo estadual para discutir as pautas relevantes que surgirem do parlamento e que são fundamentais para essa evolução. Vamos caminhar em harmonia com os demais poderes para alcançar um Estado eficiente, que melhore a vida de todos, servindo de exemplo para o Brasil de que é possível um projeto político inovador, com compromisso fiscal, transparência e valorização da execução técnica, voltado exclusivamente para atender corretamente, de maneira honesta, justa e, principalmente, oferecer serviços com qualidade, respeitando os recursos pagos em tributos provenientes do esforço e trabalho de todos nós mineiros. Teremos, com toda certeza, um ótimo 2023, fica aqui os meus votos de feliz ano novo para todos.

Zema divulga dia de pagamento do 13º de servidores estaduais de MG em 2022

Nesta segunda-feira (28), o Governador Romeu Zema divulgou em sua conta do Twitter o dia de pagamento do 13º salário dos servidores estaduais de MG em 2022.

Segundo Zema, o pagamento será feito de forma integral e em parcela única no dia 14 de dezembro de 2022.

“Este é o segundo ano consecutivo com pagamento integral, após 6 anos de atrasos e parcelamentos. Com trabalho e gestão de verdade sigo cumprindo a obrigação, que outros não fizeram” disse Zema no Twitter.

Zema no twitter 13º salário MG

Zema assina acordo para devolver R$ 7,5 bilhões ao Judiciário

Belo Horizonte_MG, 08 de novembro de 2018Retrato doe Romeu Zema, Governador eleito de Minas Gerais pelo Partido Novo.FOTO: JOAO MARCOS ROSA/NITRO

O governador Romeu Zema (Novo) e o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) Gilson Soares Lemes assinaram nesta quarta-feira (11) um acordo para que o Estado devolva cerca de R$ 7,5 bilhões aos cofres do Judiciário por valores retirados durante a gestão de Fernando Pimentel. O valor será pago em 72 parcelas a partir de janeiro de 2022.

De acordo com o tribunal mineiro, em julho de 2015, o então governador petista enviou proposta de lei para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais que determinava o imediato repasse dos depósitos judiciais a uma conta do Poder Executivo para custeio da previdência social estadual, pagamento de precatórios e amortização da dívida com a União. À época, foram repassados cerca de R$ 4,8 bilhões de reais, que corrigidos, somam os R$ 7,5 bilhões.

A lei aprovada pela Assembleia, entretanto, foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado após ação da Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais.

O presidente do Judiciário mineiro disse durante a cerimônia que o STF, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), não definiu como seria a devolução dos valores ao TJMG, o que resultou na necessidade de negociação para definir a forma do ressarcimento.

Já o governador lembrou acordo assinado em 2019 com a Associação Mineira de Municípios (AMM) e que esse é “mais um passo no sentido de normalizarmos a vida do Estado de Minas, que foi totalmente desequilibrada nos quatro anos que antecederam a atual gestão”. Zema voltou a falar que Fernando Pimentel não honrou a dívida com os municípios, fazendo saques indevidos como o dos cofres do Poder Judiciário e muitas outras ações que “custam tão caro até hoje”. “Temos feito um governo de muito sacrifício, de extrema redução orçamentária para que fiquem recursos disponíveis para pagar todos estes entes que foram lesados na gestão anterior”, afirmou o governador.

Assinaram o documento também o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira Barbosa e o secretário-adjunto de Planejamento e Gestão do Governo, Luís Otávio Milagre de Assis. O acordo deve ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal nas próximas semanas.

Governador de Minas Gerais deixa prefeitos de mãos atadas

Diante do atual cenário da Pandemia no Brasil, prefeitos têm se dedicado à lutas juntamente com entidades de classes representativas, e deixado a economia de lado.

Não está sendo diferente para Minas Gerais, o Governador Romeu Zema (Novo), tem tomado decisões que vem prejudicando todas as classes e colocando em risco a economia estadual. Com a chegada da Onda Roxa, que não tem fim, o percentual de empresas fechando, aumento do desemprego têm sido maiores que o número de óbito.

O médico reumatologista Adriano Costa de Alfenas (MG), opinou sobre a atual situação. 

“Infelizmente o Sr. governador se perdeu no país das maravilhas, qual negócio sobreviverá? Não há nenhuma medida pensada, trabalhada apenas a velha politicagem contando com o acaso. Como médico me da tristeza mais de um ano de pandemia e não se acerta os pontos necessários. Infelizmente o governador está muito mal assessorado. Se tornou uma vergonha para todos os mineiros!” Informou o profissional da medicina.

Deri Araújo de Teófilo Otoni, atua no ramo de eventos e discorda totalmente do governador.

“Lockdown nunca foi solução, só olhar como os casos só aumentaram disparadamente desde seu início, caminhamos para um mês de fechamento e sua gestão fracassada, talvez seja porque as pessoas precisam de comida, remédios e qualidade de vida para sobreviver”. Informou o empreendedor.

Willian Daniel de Itaúna (MG), trouxe uma informação preocupante.

“Que isso Zema? Minha cidade já teve até suicídio devido as dividas contraídas pelo fechamento. Já estou com nome sujo, meu trabalho chegou ao fim, e você não vai fazer nada para Minas Gerais, povo já estão comentando que você aliou ao Dória, e pensa em quebrar o estado de Minas. Já virou comédia esta Onda Roxa”, Frisou o jovem desempregado.

Na região do Lago de Furnas, a luta dos prefeitos tem sido constante, pois ambos perderam a autonomia e a cobrança tem sido grande.

Os administradores municipais têm mostrado para o governador o atual cenário de cada cidade, para tentarem reverter tudo, mas em muitas vezes a luta tem sido em vão.

As Associações Comerciais tem sido grande parceiras nas cobranças e assim unindo forças para um novo rumo.

Zema assina decreto para prorrogação do Estado de Calamidade por mais seis meses em Minas

O govenador Romeu Zema assinou na última terça-feira (29), o decreto que prorroga por seis meses o Estado de Calamidade Pública, em decorrência do crescimento dos casos de contaminação pela covid-19 em Minas Gerais. Antes o prazo era até dia 31 de dezembro, o Estado de Calamidade é previsto para durar, agora, até 30 de junho do próximo ano.

A doença já vitimou 11.615 mil pessoas em Minas até o momento, e infectou quase 530 mil. “A impressão que tenho é que o relaxamento e o cansaço das pessoas nesses últimos três meses tenham causado o aumento do número de infectados e das internações”, alertou.

O decreto foi assinado durante videoconferência, que contou com a participação de parlamentares. No texto, que também será analisado pela Assembleia Legislativa, Zema justificou que a prorrogação não se deve apenas a questões de saúde pública, mas também pelas consequências sociais e econômicas da pandemia.

Segundo o governador, a prorrogação se faz necessária, principalmente, para que o Estado possa destinar mais recursos para a Saúde. A situação de calamidade foi reconhecida em Minas pela Resolução 5.529, de 25 de março deste ano.

Vacinação

Na reunião, o governador Romeu Zema voltou a destacar a atuação do Estado para garantir a vacinação em Minas. Foram adquiridas 50 milhões de seringas e mais de 600 câmaras refrigeradas para armazenamento dos imunizantes.

“Nossa logística já está planejada e pronta para ser iniciada. Os 853 municípios mineiros receberão o imunizante assim que a vacina chegar ao estado”, adiantou.

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