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Prefeitos fazem apelo ao Governador referente ao fechamento de leitos da UTI na Santa Casa de Passos

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Na tarde desta terça-feira (04), a Santa Casa de Misericórdia de Passos (MG), fez um comunicado sobre o fechamento de 10 leitos da UTI destinados aos pacientes com complicações da Covid-19.

De acordo com a nota, um dos motivos do fechamento é a falta do pagamento das diárias de janeiro a abril de 2021, totalizando o valor de R$6.736 milhões, e este montante ainda não envolve a fatura completa relativa a todo o mês de abril. Como consequência desse alto custo, ainda sem repasse financeiro à instituição, o caixa gerado impede que suportem arcar com esta despesa.

“O custo altíssimo dos medicamentos e a sua falta no mercado. Por exemplo, o Propofol, utilizado diariamente para anestesia geral, que no início da pandemia em março/2020 era comprado por R$17,90 cada ampola, atualmente está sendo adquirido por R$115. Levando em consideração que o consumo diário em média é de mil ampolas, o custo diário está sendo de R$115 mil. O repasse para o custeio dos leitos UTI Covid pelo Ministério da Saúde cobre 20 dos 50 leitos ofertados. O custeio dos demais 30 leitos é de responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde. O valor pago pela diária do paciente internado na UTI Covid pelo Ministério da Saúde é de R$1.600 e o custo apurado por paciente/dia é em média de R$2.600 a R$2.800. A Santa Casa de Misericórdia de Passos reafirma seu compromisso de cuidar de nossa população, no entanto, neste momento adverso não restou outra medida para impedimento do bloqueio destes 10 leitos de UTI”, Informaram Daniel Porto Soares, Superintendente Geral da Entidade, Dr. Vivaldo Soares Neto, Provedor e Dr. José Ronaldo Alves, Diretor Técnico da Santa Casa.

O Prefeito Municipal de São José da Barra e Presidente da AMEG, Paulo Sérgio Leandro de Oliveira (PSB), está preocupado com a situação, e disse que na próxima quarta-feira (05) irá conversar com a Diretoria da Santa Casa de Passos, para entender a situação e assim convocar os prefeitos da região para cobrarem a quem for de direito.

“Eu tenho certeza que todos os prefeitos da região não estão de acordo com este fechamento, pois, os comércios poderão serem afetados diretamente e teremos um prejuízo imenso, ao regredimos de Onda. A saúde é em primeiro lugar, temos que lutar para mantermos o direito de nosso povo, e um deles é a saúde básica”, citou Serginho.

O presidente da AMEG, após conversa na Santa Casa, irá contatar os demais prefeitos e assim tentar uma reversão desta decisão por meio de uma conversa com o Governador, caso contrário tomarão as medidas cabíveis.

“Garanto que nenhum prefeito quer acompanhar um retrocesso de Onda, e principalmente falta de leitos de UTI, temos que salvar vidas. Vamos para cima do Estado, pois, não estão honrando com os compromissos, ao falhar com o pagamento para a Santa Casa. Nós prefeitos somos cobrados, e se cometermos erros, somos penalizados. O Governo está deixando a Santa Casa em dificuldades. Vamos trabalhar para não fechar”, finalizou o presidente.

Serginho irá seguir todos os caminhos legais para que a região possa em breve receber a notícia que a Santa Casa não fechará estes leitos.

São José da Barra (MG), repassou R$100 mil para a Instituição, sendo R$50 mil pela prefeitura e R$50 mil pela Câmara Municipal

O Prefeito de Capitólio (MG), Cristiano Geraldo da Silva (PP), destacou que que toda região depende da Santa Casa de Misericórdia de Passos.

“Nossa Microrregião e Macrorregião é totalmente depende do atendimento da Instituição. O fechamento destes 10 leitos, trará um impacto negativo muito grande para nossa região. É uma questão muito preocupante e desconfortável, como foi colocado pelos diretores da Santa Casa a questão financeira. Pedimos ao Governador do Estado e também ao Governo Federal que tenham uma atenção especial para este importante hospital. Recentemente foram abertos mais 10 leitos, porém, conforme nota, não foi repassado os valores”, Frisou o prefeito.

Cristiano reforça o pedido em nome de toda população de Capitólio, do Poder Executivo e Legislativo, para que seja olhem de uma forma diferente, com mais carinho, pois a Santa Casa atende muitas cidades.

“Se faz de extrema necessidade que mantenham estes leitos. Não podemos afrouxar o cinto neste momento, e sim temos que redobrar a atenção, pois estamos migrando para Onda Amarela, e todo cuidado é necessário, até mais que nas Ondas Vermelha e Roxa do Minas Consciente. Em nossa cidade os casos diminuíram muito, porém, não é hora de descuidar. Manter os leitos será uma precaução para todos. No ano passado, foram criados leitos de hospitais de Campanha, os quais foram primordiais para salvarem vidas. Em nosso estado foram abertos mais de 10 mil novos leitos. Fica minha solicitação em nome dos capitolinos, pois, precisamos destes leitos”, finalizou Gerardão.

Capitólio fez uma doação para a Santa Casa de Passos no valor de R$70 mil, sendo R$50 mil pela prefeitura e R$20 mil pela Câmara Municipal.

O prefeito de Guapé (MG) Nelson Alves Lara, afirma que a responsabilidade é do Estado.

“Fizemos um repasse em parceria com a Câmara Municipal de R$100 mil para a Santa Casa de Passos, sabemos que é um valor pequeno, diante de tanta importância que a Entidade representa para o município de Guapé e toda região, porém, o que está acontecendo é uma irresponsabilidade do Governador de Minas. Ele precisa honrar com os compromissos, pois, quem será prejudicado é o povo”, informou Nelson.

Rafael Freire, prefeito de Alpinópolis (MG), diz que é inaceitável a irresponsabilidade do Estado.

“O Estado precisa pagar o que deve a Santa Casa de Passos e também aos municípios. É inaceitável que em meio a alta no número de contaminações a Santa Casa se vê obrigada a fechar leitos de UTI’s por falta de recurso estadual. Nós, prefeitos, mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia, estamos fazendo a nossa parte, enviando uma quantia em dinheiro por município. E o governador, o que tem feito? O povo não pode pagar essa conta”, relatou Rafael.

O município de Alpinópolis fez um repasse de R$50 mil para a entidade, o qual foi destinado pela prefeitura. A Câmara ainda não sinalizou sobre o repasse.

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