A seca que atinge o Brasil traz uma sobreposição de fatores que podem levar a um aumento na incidência de queimadas. A meteorologia traz prognósticos de permanência da seca severa na região, com risco de repetição dos estragos de 2020, quando grande parte do território de São José da Barra e região foram atingidos pelo fogo.
Os incêndios podem provocar danos profundos à natureza, à rede elétrica, aos motoristas nas estradas, aos animais e às pessoas. Queimadas perto de linhas de transmissão podem deixar hospitais, comércios e escolas sem energia. Isso é crime e pode dar cadeia.
Mesmo debaixo de clima semiárido, o único bioma exclusivamente brasileiro, o qual ocupa 11% do território nacional (850 mil km²), abriga rica biodiversidade e é considerado uma das mais importantes áreas secas do planeta.
Porém, o desmatamento crônico e principalmente as queimadas agravam o quadro socioambiental nas áreas de Caatinga. A ausência de dados sobre as causas e as dificuldades nas investigações são fatores que mostram como ainda pouco conhecemos sobre esse problema e sobre como ainda estamos longe de resolvê-lo.
Somente em junho de 2020, Minas Gerais registrou 2.269 queimadas, segundo informações do Corpo de Bombeiros. Entre janeiro e junho, foram 5.218 ocorrências no estado.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há uma média de 5,6 mil queimadas registradas nos últimos 20 anos somente entre os meses de junho e setembro em território mineiro.
Na última terça-feira (22), um internauta registrou um incêndio em grande proporção na rodovia que liga Alfenas a Areado, em MG. As imagens mostram o fogo alastrando onde antes era a represa. Um senhor tenta sucessivamente diminuir as chamas.