Jornal Folha Regional

Queda no número de casos faz Santa Casa de Passos fechar 10 de 50 leitos para tratamento da Covid-19

Compartilhe:

A Santa Casa de Passos (MG) fechou dez dos 50 leitos disponíveis no hospital para tratamento da Covid-19. O motivo é a diminuição do número de casos da doença, que tem trazido um alívio na demanda de hospitais da região. Na semana passada, a Santa Casa de Guaxupé também já tinha reduzido o número de leitos.

“O hospital disponibilizou 50 leitos e após uma redução do número de casos, optou-se pelo fechamento de 10 leitos baseado em conversas direcionadas pela Secretaria de Saúde. É importante ter a noção que esses leitos não são fechados por conta do hospital, são todos controlados pela Secretaria de Saúde de acordo com a demanda de pacientes que necessitem de UTI Covid”, disse o coordenador da UTI da Santa Casa, Rodrigo Silveira de Almeida.

A redução no número de leitos também traz um alívio financeiro para os hospitais. Isso porque o custo diário para se manter um leito de UTI gira em torno de R$ 2,8 mil, enquanto o estado repassa apenas R$ 1,6 mil.

Queda no número de casos faz Santa Casa de Passos fechar 10 de 50 leitos para tratamento da Covid-19 — Foto: Reprodução/EPTV

Queda no número de casos faz Santa Casa de Passos fechar 10 de 50 leitos para tratamento da Covid-19 — Foto: Reprodução/EPTV

“Essa conta é sempre muito difícil de fechar. Não só Covid, mas pacientes de uma UTI em geral, eles têm um custo muito elevado e a diária paga pelo SUS fica aquém do que é o custo diário de cada paciente. No Covid você teve um acréscimo, um adicional em virtude do fato que esse paciente gasta muito mais, os custos são muito mais altos, o tempo de internação em UTI é muito maior, o tempo de ventilação é muito maior, os insumos, sedação, de medicamentos para a pressão, de antibióticos são caríssimos e isso gera uma despesa muito alta”, disse o coordenador da UTI.

Para fechar as contas, hospitais como a Santa Casa de Passos precisam fazer até campanha para arrecadar doações e ajudar no custeio dos leitos.

“O hospital não consegue fechar essa conta, vai se gerando um déficit acumulativo ao longo dos meses. O que a secretaria e o ministério fez foi tentar otimizar esse custo para o paciente e a gente tenta sem perder qualidade e segurança fazer uma gestão dos leitos e dos custos de cada paciente, sempre oferecemos o que há de recomendação, não privamos pacientes de medicamentos, de suporte, porém o custo é muito alto”, completou Rodrigo Silveira.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receber notificações de Jornal Folha Regional Sim Não
Jornal Folha Regional
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.