
Uma equipe de peritos da Polícia Civil, especialistas em geologia e um perito da Polícia Federal, também especialista da área, visitaram a região dos cânions, em Capitólio (MG). Os trabalhos executados fazem parte das investigações e já estavam previstos, como mencionado pelo delegado responsável pelo inquérito, Marcos Pimenta.
A equipe chegou de helicóptero e pousou em São José da Barra (MG), na última quinta-feira.

O foco, neste momento, é tentar entender o que provocou o deslocamento da rocha e, principalmente, se era possível ter previsto a tragédia. Há, neste momento, três investigações paralelas: da Polícia Civil, do Ministério Público e da Marinha do Brasil. A ideia é a mesma: de quem é a responsabilidade de fiscalizar o local do acidente que também deixou 27 feridos.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Piumhi, instaurou um inquérito civil para apuração os fatos do acidente que matou dez pessoas
Segundo o delegado regional de Passos que responde por Capitólio, Marcos Pimenta, já foram ouvidas, até o momento, diversas pessoas, incluindo prefeitos da região, vítimas leves e usuários do local.
“Primeiramente a Polícia Civil acolheu os familiares. Posteriormente nós conseguimos fazer a identificação formal das 10 vítimas possibilitando assim o enterro digno. Concomitante a essa ação nós temos três grupos de trabalho, um com sede em Alpinópolis, outro na Delegacia de Piumhi e no núcleo de Passos. Já ouvimos diversas pessoas, usuários do local, vítimas leves, o prefeito de Capitólio e o prefeito de São José da Barra já prestaram depoimentos, declarações, apresentaram documentações. A Polícia Civil fará um estudo técnico no local com ajuda de geólogos visando no final das investigações, verificar se houve ou não, responsabilidade de terceiros, se alguma obra prejudicou a rocha, mas é muito prematuro, temos que ter cautela e o nosso foco inicial foi acolher as vítimas e possibilitar um enterro digno”, pontuou.

Quanto ao apoio de geólogos, o delegado informou que será uma incumbência da perícia criminal, em Belo Horizonte, que avalia quando o profissional poderá deslocado para a região de Capitólio.
“Hoje mesmo eu falei com geólogos da Universidade Federal de Ouro Preto, temos um contato também da Sociedade Brasileira de Geologia, então a Polícia Civil não poupará esforços para exaurir todo e qualquer questionamento visando que caso tenhamos algumas rochas dessas características nós possamos evitar que isso aconteça no Mar de Minas, que é um local de riqueza do mineiro, é uma área linda de turismo, nós não podemos deixar que aconteça novamente”, disse.
Via: Clic Folha.