O número de casos de dengue em Passos subiu cerca de 180% em um mês, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). No dia 15 de fevereiro eram 24 casos, enquanto no dia 15 de março o número chegou a 68.
O número de contaminações vem crescendo semana a semana, conforme dados da SES-MG. Veja abaixo:
- 12 de janeiro – nenhum caso confirmado pela SES;
- 20 de janeiro – três casos confirmados;
- 25 de janeiro – sete casos confirmados;
- 15 de fevereiro – 24 casos confirmados;
- 15 de março – 68 casos confirmados.
Já pelos dados da prefeitura, mais atualizados, a situação é ainda mais preocupante: são 100 casos confirmados este ano na cidade. O montante representa mais de um caso por dia em 2022, que teve, até esta quarta-feira (23), 82 dias.
O diretor de saúde coletiva de Passos, Thiago Agnelo de Souza Salum, destacou que calor e chuvas contribuíram para o aumento dos casos.
“Depois dessas chuvas, juntamente com o calor, nós que somos um município infestado e já sabemos disso, começamos a receber notificações das unidades de saúde. Diante disso, sabemos que a cidade que tem que ter muita ação e muito trabalho de mutirões, colocamos todas as equipes na rua para fazer o trabalho de retirada de materiais inservíveis e eliminação de focos”, falou.
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O diretor revelou, ainda, os bairros que possuem maior incidência de contaminações pela dengue na cidade.
“Os bairros com maior incidência em Passos, que temos que ficar de olho, são os bairros da região da Penha, Bela Vista e Santa Luzia. São bairros mais populosos, com maior número de imóveis e são que têm pessoas que acumulam mais materiais dentro de casa, nos quintais. Por isso precisamos tanto da ajuda da população”, disse.
O diretor salientou que são mais de 110 agentes nas ruas, fazendo trabalho de busca, de ações e mobilizações contra a dengue. Ele destaca que é necessária a ajuda da população desde eliminação de qualquer objeto que esteja aparando água.
“Nos trabalhos que temos feito, a gente tem encontrado tanto pequenos depósitos, que são os depósitos atrás da geladeira, ralinho, o velho pratinho de planta, até mesmo lona, vasilhames e qualquer objetos fora de casa. É disso que precisamos do apoio da população, porque o agente de endemias tem de praxe passar na residência de dois em dois meses. Já o morador está na casa todos os dias”.