
Profissionais da enfermagem devem fazer uma paralisação de 24 horas. A previsão é que o movimento seja realizado das 7h desta quarta-feira, 21, até as 7h de amanhã em protesto contra a suspensão do piso da categoria, definida pelo Supremo Tribunal Federal na última sexta-feira, 16. A lei que estabeleceu o piso prevê mínimo de R$4.750 para enfermeiros, 70% desse valor para técnicos e 50% para auxiliares e parteiras.
Em Passos, segundo informações do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (Seemg), está previsto um ato em defesa do piso nacional, a partir das 9h, em frente ao Paço Municipal. Após a concentração, os manifestantes devem fazer uma caminhada em direção à Santa Casa. Na Parte da tarde, também está marcada uma mobilização em frente ao hospital, às 14h.
“Nos setores gerais, como hospitais, clínicas e demais estabelecimentos com menos complexidade, terá uma paralisação de 70% e haverá apenas 30% de funcionamento. Também estamos orientando aos postos de saúde e prontos-socorros a trabalharem com esse percentual. Nos setores críticos, como blocos cirúrgicos, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), UTI neonatal e demais unidades do tipo, estamos orientando a trabalharem em 40% e, em alguns casos, com avaliação dos profissionais, até 45%, mas orientamos, no geral, para que 40% dos profissionais estejam no ambiente de trabalho”, afirmou o presidente do Seemg, Anderson Rodrigues.
Segundo Rodrigues, o mesmo percentual vale para o período de trabalho noturno e, em relação ao restante dos profissionais, devem participar da paralisação.
“É uma luta que esses profissionais vêm fazendo há anos por esse piso salarial. Então a gente espera que o ato cause um efeito muito bom e que se torne um marco da primeira paralisação para que as próximas possam vir. Estamos pensando realmente que as próximas serão por mais dias e que haverá uma boa adesão de todo o estado, uma vez que várias cidades já estão aderindo, sendo o interior de Minas Gerais, o norte, leste, região Zona da Mata Mineira e o centro-oeste também está apoiando, ou seja, várias cidades estão realmente se mobilizando”, disse Rodrigues.
Ele afirma que será necessário verificar como vai acontecer a paralisação para definir os próximos passos do movimento. Rodrigues disse acreditar que outras manifestações e paralisações devem ocorrer no país.
“A gente explicou todo o processo, então acredito que é bom dar um aviso, explicar para toda a população para que ninguém fique prejudicado também. Precisamos ainda de um ministro do STF para dar um próximo passo e há outros trâmites. Por isso, acho interessante esse aviso antes de realizar outros movimentos”, disse.
Na última quinta-feira, 15, foi realizada uma assembleia online, com a participação de enfermeiros convocados por edital, na qual foi aprovado o estado de greve e a paralisação nacional de 24 horas. (Clic Folha)