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Menino de 8 anos com doença rara tem alta de hospital, ganha presentes e é levado para casa em comboio da PRF

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O pequeno Guilherme Gandra Moura, de 8 anos, é levado em comboio da PRF após receber alta — Foto: Arquivo Pessoal

O pequeno Guilherme Gandra Moura, de 8 anos, recebeu alta médica de um hospital particular da Zona Oeste, no início da tarde desta terça-feira (27). Gui emocionou o Brasil após acordar de um coma de 16 dias e reencontrar a mãe. A criança tem epidermólise bolhosa desde o nascimento.

Apaixonado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), o pequeno Guilherme ganhou presentes de agentes da corporação antes de deixar o hospital. Os policias levaram à tarde o menino em comboio até sua casa, em Itaguaí.

“Estou feliz porque hoje eu estou indo embora. Meu coração está acelerado”, disse Gui.

“Essa doença é horrível, mas nunca foi impedimento para ele fazer as coisas. Olha o tamanho da alegria que esse moleque gera. A família abraça e trás eles pra junto de nós. Ele poderia estar muito pior, mas damos o melhor pra ele”, disse o pai, Estevão Moura.

“Na semana passada recebemos o contato do pai do Gui e começamos a conversar e combinamos de fazer uma visita. Soubemos que ele teria alta hoje e a PRF veio fazer uma escolta de honra. Nós vamos acompanhá-lo da saída do hospital até a residência dele. É um momento importante e estamos aqui juntos, para acompanhar e é gratificante”, explicou agente da PRF José Hélio Macedo.

O pequeno Guilherme Gandra Moura, de 8 anos, é levado em comboio da PRF após receber alta — Foto: Rafael Nascimento

No fim de semana, o menino também recebeu visitas especiais de jogadores do Vasco, seu time de coração, e também ganhou uma camisa do time das mãos do filho do ídolo Roberto Dinamite.

Epidermólise bolhosa

Ao todo, o menino passou 23 dias internado para cuidar de uma doença autoimune. A família da criança foi à unidade médica, pela 23ª vez, para tratar de um resfriado, que evoluiu para pneumonia.

Com epidermólise bolhosa desde o nascimento, o cuidado com Guilherme é redobrado, uma vez que a doença, que não tem cura e não é transmissível, provoca graves ferimentos na pele.

As imagens de Gui viralizaram, depois que a nutricionista Tayane Granda Orrinco, mãe do menino, saiu do hospital para ir rapidamente em casa. Nesse intervalo de tempo, o menino despertou do coma e só perguntava pela mãe.

O pai de Gui ligou para avisar, e a mãe voltou correndo para o hospital. Ele gravou o momento em que o filho reencontra a mãe após o coma.

A nutricionista afirmou que os médicos queriam que a criança fosse submetida a uma traqueostomia.

“Com o diagnóstico, ele teria que fazer uma traqueostomia. Mas, desde o início, eu tinha certeza que ele não iria precisar. Eu falei com a médica que o meu Deus é Deus do impossível. Ela me disse que eu era otimista, mas que seria necessário o procedimento. Graças a Deus ele acordou desse pesadelo e todas as médicas comemoraram, porque ninguém entendeu como a traqueia dele estava íntegra. Tendo a doença que tem. Esse é um Deus do impossível que curou o meu filho”, destacou.

Pai conta reação do filho

O oficial de náutica Estevão Moura foi o responsável pela gravação. Ele disse que assim que o filho acordou, ele perguntou sobre a mãe:

“Foi muito emocionante. Eu mesmo durante a filmagem me emocionei. Fiquei com uma invejinha, mas mãe é mãe. Ele provou a saudade que ele teve da mãe era absurda. Ele acordou e lembrou cadê mãe, o que estava fazendo ali e o porquê”, destaca.

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