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Candidato à Presidência do Equador é assassinado em Quito; suspeito é morto

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O candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, do Movimento Construir, foi assassinado na última quarta-feira (9), em Quito, capital do país. Ele deixava um comício político realizado no Anderson College, quando foi baleado três vezes na cabeça.

O Ministério do Interior e, posteriormente, o presidente Guillermo Lasso confirmaram o homicídio por meio de comunicados nas redes sociais.

“Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune”, comentou Lasso, em seu perfil na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.  

Após a confirmação da morte, os principais candidatos à Presidência anunciaram a interrupção das suas atividades eleitorais.

Lasso informou que o Gabinete de Segurança da Presidência da República fará reunião extraordinária. Também devem participar a presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint; a Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar e o Presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela. 

Logo após o ocorrido, imagens mostrando o momento do ataque começaram a circular nas redes sociais. Em um dos vídeos Villavicencio aparece deixando o Anderson College e se dirigindo a um carro, acompanhado de sua comitiva e apoiadores, quando se ouvem tiros e um grande tumulto toma conta do local.

Suspeito morto

Um dos suspeitos de assassinar Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador, foi morto em Quito na noite de quarta-feira (9). A informação foi confirmada pelo Ministério Público do país.

O suspeito, que ainda não teve a identidade divulgada, foi atingido durante uma troca de tiros com seguranças pessoais do candidato. Gravemente ferido, ele chegou a ser transferido para a Unidade de Flagrantes de Quito, mas não resistiu.

“Uma ambulância dos bombeiros confirmou a morte dele”, disse o ministério.

O órgão também informou que, até o momento, outras nove pessoas ficaram feridas durante a troca de tiros, entre eles uma candidata a deputada e dois policiais.

Eleições

Fernando Villavicencio concorria à presidência do Equador – Foto: Rodrigo Buendia

Villavicencio era um dos principais candidatos à Presidência do Equador. Nas pesquisas de opinião, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação. As avaliações de tendências eleitorais do país é deficiente em comparação a outros países sul-americanos como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maior índices de acerto.

Em junho, segundo o Centro de Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%), Otto Sonnenholzner, da aliança “Vamos Agir” (13%) e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).

Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).

O pleito acontece no próximo dia 20, de forma antecipada, depois que o presidente Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, que decretou a dissolução da Assembleia Nacional e reduziu o tempo de seu próprio mandato.

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