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Falta de água em Minas Gerais: diretor da Copasa culpa ausência de investimentos

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Falta de água em Minas Gerais: diretor da Copasa culpa ausência de investimentos - Foto: reprodução
Falta de água em Minas Gerais: diretor da Copasa culpa ausência de investimentos – Foto: reprodução

Falta de investimentos. Esse é o principal motivo, de acordo com o diretor da Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Copanor), Guilherme Faria, para o desabastecimento de água que afetou municípios mineiros e alguns bairros de Belo Horizonte durante a onda de calor que atingiu o Estado no último mês. A declaração foi dada em audiência pública que discutiu o tema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na última terça-feira (12).

Conforme Faria, a companhia pretende fechar o ano com investimentos na ordem de R$ 1,5 bilhão. De 2023 a 2026, os investimentos devem somar R$ 6,5 bilhões, um aumento de aproximadamente 100% em relação aos quatro anos anteriores. No entanto, existem gargalos para que eles sejam, de fato, efetuados.

“O problema não é financeiro. É incapacidade de se estruturar para realizar investimentos desse montante”, disse Faria. “Em se tratando de uma companhia, não é processo simples, é moroso”, afirmou ele.

O diretor lembrou que, para que haja investimentos, é preciso reestruturar a área de projetos, além da questão das licitações. Na hora de contratar empresas, a companhia está suscetível ao menor preço, lembrou ele, além de sujeita a interrupção de obras por conta das empreiteiras. Segundo ele, a companhia está sendo estruturada para executar os recursos que tem disponíveis.

Aumento do consumo e distribuição

Os investimentos são necessários para lidar com situações que foram apontadas por Faria durante a audiência. De acordo com ele, houve um grande aumento no consumo de água em novembro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2022 e de 2021.

Segundo o diretor, o desabastecimento, nesse cenário, envolve a dinâmica do sistema e de como as cidades cresceram para determinados pontos. “E a deficiência de investimentos que foram realizados ao longo do tempo para abastecimento daqueles pontos”, disse ele.

Além disso, outros desafios, conforme o diretor, estão relacionados a interrupções por falta de energia de concessionária. “Uma hora sem energia são horas sem água. Houve mais de mil paralisações por falta de energia em 2023”, afirmou ele, lembrando que o gerador nem sempre é suficiente. 

Plano de ação

Conforme Faria, atualmente, há 180 obras da companhia em andamento no Estado. Além disso, a empresa tem um plano de ação com 41 medidas imediatas, tendo em vista as perspectivas de uma nova onda de calor, e 43 em curto prazo. Há também ações pensadas para médio e longo prazos.

Entre as medidas previstas estão planos de manobra (capacidade de direcionar a água para certa região) e subdividir o sistema em um sistema menor. Reativações de postos também estão previstas. 

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