
O Ministério Público (MP) desencadeou a 2ª fase da Operação Vicário, contra uma organização criminosa especializada em clonagem, furtos e roubos de veículos de luxo no Sul de Minas, além de crimes contra a fé pública e lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão e nove de busca e apreensão em Passos, Itaú de Minas, Delfinópolis, Piumhi e Fortaleza de Minas.
A 2ª fase da operação é fruto de uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Para a ação, o Ministério Público conta com apoio da Polícia Militar de Passos e de São Sebastião do Paraíso. Três promotores de Justiça, dois servidores do Ministério Público e 42 policiais militares participam da operação.
A 1° fase da operação, que foi realizada em todo o país no dia 31, cumpriu mandados em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Maranhão.
Foram expedidos 10 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão nos municípios de Passos (MG), Piumhi (MG), Capitólio (MG), Itaú de Minas (MG), Fronteira (MG), Franca (SP), Bebedouro (SP), Bauru (SP), Londrina (PR), Arapongas (PR), Rolândia (PR), Itajaí (SC), Campo Grande (MS), Naviraí (MS), São Luís (MA) e Presidente Dutra (MA).

Segundo o MP, a quadrilha era especializada em furtar e roubar veículos de luxo utilizando equipamentos eletrônicos para a codificação de chaves e partida dos motores.
Os autores realizavam a clonagem, mediante adulteração da numeração do chassi e de outros sinais identificadores, além da replicação de placas e transplante de documentos de registro.
De acordo com o MP, posteriormente, os criminosos faziam a destinação dos automóveis falsificados com técnicas para dificultar o rastreio por meio de documentos, despistar o rastreio físico e conferir aparência lícita nas transações comerciais simuladas.
Conforme o Ministério Público, uma característica da atuação desse grupo foi o superdimensionamento de seus ganhos. Eles evoluíram do modus operandi padrão, ou seja, vender veículos no mercado clandestino, para modalidade criminosa bem mais lucrativa.
O MP informou que os criminosos comercializavam peças dos veículos clonados por preço de mercado, lesando os compradores, que acreditavam ser originais.
