
As represas de Furnas e Peixoto chegaram, na noite da última segunda-feira (31), ao nível da cota 762 e 663. A cota 762, do Lago de Furnas, é defendida pelas lideranças e grupos de toda região, como a cota mínima para o uso múltiplo das águas.
Com o aumento do nível do lago, as cidades do entorno, como Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, comemoram, já que o turismo local depende das águas do Mar de Minas.
Pelo histórico dos anos passados, a represa tem aumento no nível até os meses de abril e maio, portanto ela deve subir ainda mais, fazendo com que seu nível fique bem acima da cota mínima 762 metros.
Na região, formada por 34 municípios, conhecida pelo turismo, piscicultura, gastronomia e passeios de lancha, a cota 762 faz com que as águas verde esmeralda, cobrindo as encostas da represa, tornem o destino ainda mais atraente.
Turismo na região

Os passeios de lancha no lago estão acontecendo normalmente, porém com uma rota diferente. A região tem normas e protocolos de segurança para os passeios. A Marinha faz a fiscalização preventiva na região, fazendo com que os passeios aconteçam de forma profissional e segura.
Além dos passeios de lancha, a região oferece ecoturismo nas diversas cachoeiras, turismo rural nas fazendas de café, queijo e cachaça, opções gastronômicas diferenciadas e voos de balão e asa delta.
O Governador de MG, Romeu Zema defendia já em 2020 a cota mínima de 762 metros da represa acima do nível do mar, considerado suficiente para o uso múltiplo das águas, atendendo aos municípios banhados pelo lago com a manutenção de atividades econômicas voltadas ao turismo. Na época (dezembro de 2020), o nível da represa estava em 754 metros.
“Nos últimos dias a emoção tomou conta de todos nós que amamos o Mar de Minas e hoje é dia de celebrar e agradecer. Os Lagos de Furnas e Peixoto alcançaram suas cotas mínimas. Motivo de luta da sociedade civil, Governo de Minas, cidades e prefeituras, nosso patrimônio cultural está belíssimo. Cheio. No entanto, isso significa que a luta pelas nossas águas deve continuar. Garantir suas cotas é garantir emprego, renda e, sobretudo, a beleza dessa paisagem histórica e cultural na centralidade da nossa terra é fundamental para nosso turismo’’, disse o Secretário de Cultura e Turismo Leônidas Oliveira.

O Governo de Minas Gerais junto com prefeitos e sociedade civil organizada conseguiu uma normativa junto a ANA (Agência Nacional das Águas), que assegura a vazão, de forma a manter a cota mínima. Para fortalecimento de Furnas, o tombamento foi feito pela ALMG e aberto o processo de tombamento administrativo pelo Iepha-MG. A Secult vem acompanhando a situação desde 2020, inclusive com um grupo de trabalho sobre o tema com a participação de diversas secretarias. Importante destacar o papel cidadão e dos órgãos competentes na fiscalização, de forma que a normativa seja cumprida.