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Associações pró-Lago de Furnas temem queda no volume de água com uso menor das usinas térmicas

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As associações pró-Lago de Furnas temem uso menor das usinas térmicas após o governo federal antecipar o fim da bandeira de escassez hídrica. Isso aconteceu porque, desde o começo do ano, foi possível diminuir o uso das termelétricas. Se por um lado a medida vai baratear a conta de luz, por outro há quem tema a diminuição no volume de água no lago.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), diminuir o uso das termoelétricas não significa aumentar o uso da água para produzir energia hidroelétrica. No entanto, a organização pró-Lago de Furnas teme a diminuição do lago, que atualmente está com 82% do volume útil por causa de regras que haviam sido estabelecidas pelos órgãos responsáveis para vasão da água.

“É muito importante para toda população ter a conta de energia livre da bandeira de escassez hídrica, mas para nós da região do Lago de Furnas é preocupante, porque 65% da oferta de energia do país depende da hidroeletricidade. Então, nós nos preocupamos porque a tendência é aumentar a geração da usina de Furnas e, com isso, diminuir o nível do nosso lago”, destacou o secretário executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Fausto Costa.

Só que essas regras da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico [ANA] já não estão valendo desde que o lago atingiu 70% do nível. A vazão que durante a restrição podia ser de até 300 metros cúbicos por segundo, hoje já é de até mil e quinhentos metros cúbicos por segundo.

“A ANA publicou uma resolução em dezembro para vigorar até abril. Acontece que havia um permissivo para que ela, se atingisse 70%, deixasse de existir. Então, nós não estamos mais sob a orientação dessa resolução. De 70% para cá, deixou de exigir essa exigência, então nós temos a liberdade para a NOS aproveitar o Lago de Furnas como desejar. Isso preocupa muito para nós, porque o lago cheio é sinônimo de crescimento, de desenvolvimento econômico para nossa região”, disse.

“Atingimos a cota mínima e agora nossa luta é para permanecer na 762 e acima dela, porque nós sabemos que os próximos meses são de escassez hídrica e isso preocupa muito porque aumentar a geração de energia, diminuindo nosso lago”, completou.

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