
A cidade de São José da Barra (MG) é palco de pessoas admiráveis, que não possuem medo de correr atrás de seus objetivos. Quando se trata de personalidades que fazem a diferença para a sociedade, o município é exemplo. É o caso da barrense Terezinha Fernandes de Oliveira, de 44 anos, filha de Divino Fernandes de Oliveira, falecido em maio de 2011 e Esmeralda de Oliveira Alcântara, falecida em março de 2012.
Terezinha nasceu em Guapé (MG) e aos dois anos de idade se mudou, juntamente com sua família, para São José da Barra. Até os 13 estudou na Escola Estadual Dr. Juscelino Kubstichek. Logo depois se mudou para o bairro de Furnas para estudar, onde ficou durante um ano. Quando completou 14 anos decidiu morar em Passos (MG) e foi aprovada no Vestibulinho do Colégio Tiradentes, onde completou o colegial. Em seguida ingressou na Faculdade de Direito de Passos, na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), se formando em dezembro de 2001. Ela residiu na cidade até os 25 anos, quando foi embora para São Paulo, onde permanece até o momento.
O sonho de cursar direito começou aos seis anos de idade, quando a mineira conheceu o advogado Dr. Delzio Martins Vilela, de Passos. Ela perguntou para ele se a profissão de advocacia existia para mulheres e ele respondeu que sim, foi quando Esmeralda ouviu da filha que seria advogada.
Para Terezinha o melhor do direito são os resultados e a satisfação dos clientes. Apesar de amar o que faz, ela diz que também existem pontos que não gosta.
‘’O que menos gosto em ser advogada é a interpretação atribuída pelos julgadores quando do julgamento dos processos, não observando propriamente dito o que processo possui de provas e a aplicação da lei ao caso concreto’’.

Fernandes diz que desde o início do seu curso foi agraciada em poder trabalhar com o renomado advogado Dr. Renato Rattis Pádua.
‘’Aprendi muito com ele, desde as lições da vida, do advogado, ética, profissionalismo. Ele foi um verdadeiro ‘pai’ em minha vida. Trabalhei por muitos anos com ele, desde o início da faculdade. Me formei e continuei com ele como advogada no escritório. Tive oportunidade de trabalhar muito, aprendi tudo sobre a advocacia, audiências, reuniões, clientes, convivi com excelentes colegas de trabalho, conheci muitas pessoas de referência na minha vida, viajei muito à trabalho fazendo audiências’’.
O fato de já ter trabalhado com o Dr. Renato, fez com que Terezinha se preparasse para o mercado de trabalho em São Paulo.
‘’Quando cheguei em São Paulo, em poucos dias estava trabalhando em um escritório, onde tive a sorte de ter outro ‘pai’ em minha vida: o Dr. Paulo Eduardo Akiyama. Tive oportunidades de viajar por vários Estados do Brasil fazendo audiências, em todo o Estado de São Paulo e Capital. Participei de reuniões, atendimentos, processos no Brasil e exterior. Aprendi sobre administração de escritórios. Foi outra experiência fantástica em minha vida como advogada. Sou muito grata ao Dr. Renato e ao Dr. Paulo pelos ensinamentos que me transmitiram em todos os aspectos’’.
Quando chegou em São Paulo, ela procurou continuar os estudos. Fez duas pós-graduação e mestrado em Direito. Em 2011 deixou o escritório do Dr. Paulo Akiyama e abriu o seu próprio. No mesmo ano ingressou na carreira do Magistério Superior. Sendo assim, em 2011 estava cursando mestrado, abrindo seu escritório, iniciando a carreira de professora universitária, além de enfrentar a primeira eleição na OABSP como vice-presidente.
‘’Não foi fácil’’
Segundo a advogada, a carreira em que atua é masculinizada, porém esse quadro está mudando há anos.
‘’Vejo nas salas de aulas do curso de direito que há mais homens do que mulheres. No futuro, o quadro vai ser revertido, haverá mais mulheres do que homens. Posso dizer, com muita propriedade, que nunca sofri preconceito por ser mulher. Como disse, não foi e não é fácil. As vagas estão abertas para todas, o que precisa é que as mulheres ocupem essas vagas. A qualificação profissional é fundamental para que o preconceito não exista’’.

Terezinha Fernandes atualmente é Presidente da 116ª OABSP, na Capital. Porém ela afirma que não chegou onde está através de cotas ou por ser mulher. ‘’O mérito decorreu do meu trabalho na OABSP desde 2004, em vários cargos, sempre disposta a contribuir para a classe’’.
A posse da então presidente da OAB de Jabaquara aconteceu no dia 21 de junho, no campus Indianópolis da Universidade Paulista (UNIP).
Emocionada aqui…minha irmã caçula….você merece… dedicação, empenho, entusiasmo é seu lema….você ainda vai longe…. Parabéns parabéns