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Quem é a beata que pode se tornar a primeira santa nascida em SC

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A beata Albertina Berkenbrock pode ser canonizada e se tornar a primeira santa nascida em Santa Catarina. O processo junto ao Vaticano aguarda a comprovação de um milagre atribuído a ela para ter prosseguimento (entenda abaixo).

A menina foi morta em 1931, aos 12 anos, e ganhou fama de milagreira em seguida. Albertina foi beatificada em 2007 pelo Vaticano.

Filha de agricultores, Albertina estava no meio do mato à procura de um boi, na comunidade rural de São Luiz, no Sul catarinense, quando foi atacada por um empregado da família. A menina resistiu a uma tentativa de estupro e morreu degolada por um punhal.

Segundo o padre Sérgio Jeremias de Souza, que atua no processo de canonização, alguns possíveis milagres são acompanhados e a dificuldade neste momento é que as pessoas enviem exames comprovando a cura por Albertina. O sacerdote diz que não é possível dar detalhes sobre os casos analisados durante o processo de avaliação.

“Uma outra dificuldade que encontramos são médicos que têm resistência a dar qualquer informação sobre curas inexplicáveis”, argumenta o padre.

Ao mesmo tempo, ele afirma que o número de devotos de Albertina tem aumentado no Brasil e no mundo, o que pode ajudar no reconhecimento de algum milagre. Segundo ele, dezenas de pessoas se manifestam diariamente em um site dedicado à beata. Ele também pede que relatos sejam enviados para seu e-mail.

“Nós pedimos que as pessoas que conseguiram graças por intermédio da beata Albertina enviem por escrito o relatório com fotocópia de exames”, explica.

Como Santa Paulina, que morou em Santa Catarina, nasceu na Itália, Berkenbrock será a primeira santa catarinense caso o processo de canonização avance. Já irmã Dulce foi a brasileira que teve milagres reconhecidos.

Beatificação

Albertina Berkenbrock foi beatificada pelo Vaticano em outubro de 2007. A cerimônia que marcou a titulação foi acompanhada por mais de 10 mil pessoas em Tubarão, no Sul catarinense.

Para ser beatificada, Albertina não necessitou de um primeiro milagre porque foi considerada mártir — que para a igreja católica é alguém que derrama o próprio sangue em nome de um valor do Evangelho, neste caso a castidade.

O Vaticano tem quatro exigências quanto à veracidade de uma graça, até ser considerada milagre: ser preternatural (a ciência não consegue explicar), instantâneo (acontecer imediatamente após a oração), duradouro e perfeito.

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