
O grupo de trabalho criado para propor políticas de prevenção e enfrentamento à violência nas escolas se reuniu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) e discutiu ações emergenciais que devem ser implementadas. Entre elas, a possibilidade de criação de um disque denúncia exclusivo para receber alertas sobre ameaças em instituições de ensino.
De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a intenção é que o canal seja semelhante a outros disque denúncias já existentes, como o 180 para violências contra mulheres.
“A ideia é criar um canal direto, específico, porque é importante as pessoas se anteciparem. Sentiu um episódio suspeito em relação a um colega de sala de aula, a uma pessoa na rua, no bairro? É um dos pontos que nós queremos ter viabilidade o mais rápido possível para criar, um canal de disque denúncia de violência nas escolas, para ter esse canal mais rápido”, disse o ministro.
Outras ações emergenciais em debate são campanhas de comunicação envolvendo redes sociais, meios que costumam abrigar, atualmente, ideias de potenciais criminosos, e o repasse de recursos para que as escolas construam ações voltadas à cultura da paz com alunos. Além disso, são discutidos programas de capacitação de professores e diretores e protocolos que precisam ser estabelecidos para evitar casos de violência.
O grupo foi criado na quarta-feira (5) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, o mandatário foi motivado pelos ataques a uma creche em Blumenau (SC), na quarta, que deixou quatro crianças mortas, e a uma escola em São Paulo (SP) na última semana, que terminou com uma professora morta.